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GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

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Universidade Federal do Espírito Santo
Rayza Guedes Fontes - Odontologia 2017/02
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
Hormônios e Células endócrinas
Hormônios são moléculas que agem como sinalizadores químicos e muitos deles agem distantes do seu local de secreção. Os tecidos e órgãos nos quais os hormônios atuam são chamados tecidos-alvo ou órgãos-alvo. Eles reagem aos hormônios porque as suas células têm receptores que reconhecem especificamente determinados hormônios e só a eles respondem. A existência de receptores permite que a capacidade de resposta das células-alvo aos respectivos hormônios, mesmo se esses estiverem no sangue em concentrações muito pequenas, o que normalmente acontece
O organismo pode controlar a secreção de hormônios por um mecanismo de retroalimentação (feedback) e manter níveis hormonais plasmáticos adequados dentro de limites muito precisos. Isso acontece porque células endócrinas também podem ser células-alvo de outras glândulas endócrinas.
Os hormônios são liberados por células especializadas chamadas endócrinas. Estas células comumente se unem, formando glândulas endócrinas, em que se organizam geralmente sob forma de cordões celulares. Uma exceção é a glândula tireoide, cujas células são organizadas em folículos. 
Além das glândulas endócrinas, há muitas células endócrinas isoladas, como as encontradas no trato digestivo. As células endócrinas estão sempre muito próximas de capilares sanguíneos, que recebem os hormônios secretados e os distribuem pelo organismo, diluídos no plasma.
 Hipófise 
	A hipófise, também chamada pituitária, é um pequeno órgão que pesa cerca de 0,5 g no adulto. Localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide - a sella turcica - que é um importante ponto de referência radiológico. A hipófise se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por um pedículo que é a ligação entre a hipófise e o sistema nervoso central.
A glândula tem origem embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. A porção de origem nervosa se dá pelo crescimento do assoalho do diencéfalo. A porção ectodérmica da hipófise se desenvolve a partir de um trecho do ectoderma do teto da boca primitiva que cresce em direção cranial formando a bolsa de Rathke. Uma constrição na base dessa bolsa separa a hipófise da cavidade bucal.
Em razão de sua origem embriológica dupla, a hipófise consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro-hipófise e a adeno-hipófise, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, porém inter-relacionadas.
O suprimento sanguíneo, que ajuda na secreção hormonal da hipófise como um todo, é feito por dois grupos de artérias originadas das artérias carótidas internas: as artérias hipofisárias superiores, direita e esquerda, irrigam a eminência mediana e o infundfüulo; as artérias hipofisárias inferiores, direita e esquerda, irrigam principalmente a neuro-hipófise, mas enviam alguns ramos para o pedículo da hipófise.
Há, portanto, dois sistemas venosos em cascata, o que caracteriza um sistema porta, denominado sistema portahipofisário. O suprimento sanguíneo da pars distalis é feito de sangue vindo principalmente do infundíbulo através do sistema porta-hipofisário e em escala muito menor de alguns ramos das artérias hipofisárias inferiores. Através desse sistema vascular vários neuro-hormônios produzidos no hipotálamo são levados diretamente do infundíbulo à pars distalis, controlando a função de suas células.
Os tumores da hipófise são, em sua grande maioria, benignos e aproximadamente dois terços produzem hormônios, o que resulta em sintomas clínicos. Os tumores podem produzir hormônio de crescimento, prolactina, adrenocorticotropina e, menos frequentemente, hormônio tlreotrófico.
Adeno-hipófise
A porção originada do ectoderma da hipófise- a adeno-hipófise - não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em três porções: a primeira e mais volumosa é a pars distalis ou lobo anterior; a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, denominada pars tuberalis ; a terceira, denominada pars intermedia, é uma região rudimentar na espécie humana. Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá o nome de lobo posterior da hipófise.
A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão.
Pars distalis
A pars distalis representa em tomo de 75% da massa da hipófise. É formada por cordões e ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônios. Os hormônios produzidos pelas células secretoras são armazenados em grânulos de secreção.
Entre os cordões e ilhas de células há muitos capilares sanguíneos (que pertencem ao plexo capilar secundário do sistema porta-hipofisário). Os poucos fibroblastos dessa região produzem fibras reticulares que sustentam os cordões de células.
Há na pars dista/is um tipo de célula que se supõe não ser secretora e cuja função ainda não está bem estabelecida. São as células foliculoestelares, que constituem cerca de 10% das células desta região da adeno-hipófise. Elas têm muitos prolongamentos, os quais estabelecem contato com outras células do mesmo tipo por meio de junções intercelulares, comunicantes e desmossomos
A pars distalis secreta vários hormônios, fatores de crescimento e citocinas (Hormônio de crescimento ou somattotropina (GH), Prolactina (PRL), Hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), Hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina (TSH) hormônio adrenocortícotrõfico (ACTH) e hormônio melanotrópico) e a secreção de vários deles obedece a um ritmo circadiano, isto é, varia nas diferentes horas do dia e da noite.
Neuro-hipófise 
A neuro-hipófise consiste na pars nervosa (porção volumosa) e no infundíbulo (pedículo de fixação), é a porção de origem nervosa da hipófise. A pars nervosa, diferentemente da adeno-hipófise, não contém células secretoras. Apresenta um tipo especí- fico de célula glial muito ramificada, chamada pituícito.
O componente mais importante da pars nervosa é formado por cerca de 100 mil axônios não mielinizados de neurônios secretores cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supraópticos e paraventriculares. Os neurônios secretores têm todas as características de neurônios típicos, inclusive a habilidade de liberar um potencial de ação, mas têm corpos de Nissl muito desenvolvidos relacionados com a produção de neurossecreção.
Essa neurossecreção armazenada na pars nervosa consiste em dois hormônios. A composição de aminoácidos desses dois hormônios é ligeiramente diferente, resultando em funções muito diferentes. Cada um desses hormônios - a ocitocina e a vasopressina-arginina, também chamada hormônio antidiurético (ADH) - é unido a uma proteína chamada neurofisina.
A vasopressina, ou hormônio antidiurético, é secretada quando a pressão osmótica do sangue aumenta. Seu efeito principal é aumentar a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água. A vasopressina ajuda a regular o equilibrio osmótico do ambiente interno, mas m doses altas, promove a contração do músculo liso de vasos sanguíneos (principalmente de arté- rias pequenas e arteríolas), elevando a pressão sanguínea.
Já a ocitocina estimula a contração do músculo liso da parede uterina durante o coito e durante o parto, assim como das células mioepiteliais que cercam os alvéolos e duetos das glândulas mamárias. A secreção de ocitocina é estimulada por distensão da vagina, da cérvice uterina e pela amamentação, por meio de tratos nervosos que agem sobre o hipotálamo.
Sistema hipotalámo-hipofisário
A hipófise mantém com o hipotálamo importantes relações anatômicas e funcionais. Por essa razão esse conjunto de estruturas é denominado sistema hipotálamo-hipofisário. Há no sistema hipotálamo-hipofisário pelo menos três locais em que são produzidos diferentes grupos de hormônios.
Peptídios produzidos por agregados de neurônios secretores situados no hipotálamo, nos núcleos supraópticos e paraventriculares. Os hormônios produzidos nos corpos celulares desses neurônios sãotransportados ao longo dos seus axônios e acumulados nas terminações destes axônios, situadas na pars nervosa da neuro-hipófise. Quando estimulados, esses neurônios liberam a secreção que se difunde pelo meio extracelular e entra em capilares sanguíneos da neuro-hipófise. Esses capilares originam vênulas e veias que distribuem os hormônios pelo corpo.
Peptídios produzidos por neurônios secretores dos núcleos dorsomediano, dorsoventral e infundibular do hipotálamo. Esses hormônios são levados ao longo dos axônios até suas terminações na eminência mediana, onde são armazenados. Quando liberados os hormônios entram nos capilares que formam o plexo capilar primário na eminência mediana e são transportados para a pars distalis por vasos comunicantes. Esses hormônios controlam a secreção da pars distalis.
Proteínas e glicoproteínas produzidas por células da pars distalis. Esses hormônios entram nos vasos que formam o segundo trecho do sistema porta-hipofisário, o plexo capilar secundário. Deste plexo são transportados por veias e são distribuídos pela circulação sanguínea.
Hipotálamo
O hipotálamo ocupa uma posição muito estratégica no corpo, pois recebe inervação de várias partes do encéfalo e (entre outras funções) controla a hipófise e, consequentemente, um número muito grande de atividades do organismo. Dessa maneira, muitos estímulos externos, assim como também estímulos formados no cérebro, podem afetar a função da hipófise e, por conseguinte, a função de muitos tecidos e órgãos.
Lesões do hipotálamo, que destroem as células produtoras de ADH, causam a doença diabetes insípido, caracterizada pela perda da capacidade renal de concentrar urina. Como resultado, um paciente pode elimínar até 20 I de urina por dia e beber grandes quantidades de líquidos. Essa doença não tem nada a ver com o diabetes caracterizado pelo aumento da taxa de glicose no plasma.
Adrenais 	
 São duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim. O tamanho das adrenais varia com a idade e as condições fisiológicas do indivíduo, e as duas glândulas de um adulto pesam cerca de 10 g. 
 É um órgão encapsulado e dividido nitidamente em duas camadas concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada camada cortical ou córtex adrenal, e outra central menos volumosa, acinzentada, a camada medular ou medula adrenal.
 As duas camadas podem ser consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas diferentes, apenas unidos anatomicamente. O córtex tem origem no epitélio celomático, sendo, portanto, mesodérmico, enquanto a medula se origina de células da crista neural, isto é, tem origem neuroectodérmica.
 As glândulas adrenais recebem várias artérias que entram por vários pontos ao seu redor. Os ramos dessas artérias formam um plexo subcapsular do qual se originam três grupos de vasos arteriais: (1) artérias da cápsula; (2) artérias do córtex e (3) artérias da medula.
Córtex
As células do córtex adrenal têm a ultraestrutura típica de células secretoras de esteroides em que a organela predominante é o retículo endoplasmático liso. As células não armazenam os seus produtos de secreção em grânulos, pois a maior parte de seus hormônios esteroides é sintetizada após estí- mulo e secretada em seguida. Os esteroides, sendo moléculas de baixo peso molecular e solúveis em lipídios, podem difundir-se pela membrana celular e não por exocitose.
Diferenças na disposição e na aparência das células tornam possível que o córtex adrenal seja subdividido em três camadas concêntricas: a zona glomerulosa, a zona fasciculada e a zona reticulada.
A zona glomerulosa secreta o principal mineralocorticoide, a aldosterona, importante hormônio que contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de água no organismo, e consequentemente dos níveis de pressão arterial.
Os glicocorticoides, dentre os quais um dos mais importantes é o cortisol, são secretados principalmente pelas células da zona fasciculada e em menor grau por células da zona reticulada. Os glicocorticoides regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, exercendo ações no organismo inteiro. Também suprimem a resposta imune. O sistema de defesa do organismo e o córtex adrenal estão associados, porque o cortisol tem propriedades anti-inflamatórias por meio dos leucócitos, supressão de citocinas e também ação imunossupressora.
A zona reticulada produz andrógenos (principalmente deidroepiandrosterona) e, em menor grau, mineralocorticoides.
Os hormônios secretados pelo córtex, em sua maioria, são esteroides, hormônios lipídicos formados pelas células a partir do colesterol. A síntese de colesterol é feita principalmente a partir de acetil-coenzima A e ocorre no retículo endoplasmático liso em vários locais do corpo, especialmente no fígado.
Os esteroides secretados pelo córtex podem ser divididos em três grupos, de acordo com suas ações fisiológicas: glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos.
Disfunções do córtex adrenal podem ser classificadas como hiper ou hipofuncionais. Tumores do córtex podem resultar em produção excessiva de glicocorticoides (síndrome de Cushing) ou aldosterona (síndrome de Conn).
Medula
A medula adrenal é composta de células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Além das células do parênquima, há células ganglionares parassimpáticas. Todas essas células são envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos.
O citoplasma das células da medula têm grânulos de secreção que contêm epinefrina ou norepinefrina (catecolaminas). Os grânulos também contêm ATP, proteínas cromograninas (que podem servir como proteína de ligação para catecolaminas), dopamina beta-hidroxilase (converte dopamina em norepinefrina) e peptídios semelhantes a opiáceos (encefalinas).
Ao contrário das células do córtex, que não armazenam esteroides, as células da medula armazenam os seus hormônios em grânulos. Epinefrina e norepinefrina podem ser secretadas em grandes quantidades em resposta a intensas reações emocionais (ex., susto, pânico). A secreção dessas substâncias é mediada pelas fibras pré-ganglionares que inervam as células da medula. Vasoconstrição, hipertensão, alterações da frequência cardíaca e efeitos metabólicos, como elevação da taxa de glicose no sangue, resultam da secreção de catecolaminas na circulação sanguínea.
Ilhotas de Langerhans (pâncreas)
	As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas, onde são vistos ao microscópio como grupos arredondados de células de coloração menos intensa, incrustados no tecido pancreático exócrino.
 Pode haver mais de 1 milhão de ilhotas no pâncreas humano, e há uma pequena tendência para ilhotas serem mais abundantes na região da cauda do pâncreas. Existem pelo menos cinco tipos de células nas ilhotas: alfa (produtoras de glucagon), beta (produtoras de insulina), delta (Somatostatína), PP (Polipeptídio pancreático )e épsilon (Grelina).
As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões em volta dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. Há uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota e a separa do tecido pancreá- tico restante.
Tireoide 
	É uma glândula endócrina que se desenvolve a partir do endoderma da porçâo cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por um istmo.
Os principais reguladores da estrutura e função da glândula tireoide são o teor de iodo no organismo e o hormônio tireotrópico (TSH ou tireotropina) secretado pela pars dista/is da hipófise
A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a O, 9 mm de diâmetro. A tireoide é um órgãoextremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glândulas endócrinas. Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue. 
Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os folículos tireoidianos. As células parafoliculares produzem um hormônio chamado calcitonina, também denominado tirocalcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em consequência, diminuir o nível de cálcio no plasma. A secreção de calcitonina é ativada por aumento da concentração de cálcio do plasma.
A tireoide é a única glândula endócrina que acumula o seu produto de secreção em grande quantidade. O armazenamento é feito no coloide, e calcula-se que na espécie humana haja quantidade suficiente de hormônio dentro dos folículos para suprir o organismo por cerca de 3 meses.
A síntese e o acúmulo de hormônios tireoidianos ocorrem em quatro etapas: síntese de tireoglobulina, captação de iodeto do sangue, ativação de iodeto e iodação dos resíduos de tirosina de tireoglobulina.
Os hormônios tireoidianos estimulam a síntese proteica e o consumo de oxigênio no organismo. Agem nas mitocôndrias aumentando o m'.1mero dessas organelas e de suas cristas e também a oxidação fosforilativa. Além disso, alunentam a absorção de carboidratos no intestino e regulam o metabolismo de lipídios. Os hormônios tireoidianos também influenciam o crescimento do corpo e o desenvolvimento do sistema nervoso durante a vida fetal.
Uma dieta carente em lodo pode causar a diminuição da síntese de hormônios tireoidianos. Em consequência, a menor taxa de T3 e T4 circulantes estimula a secreção de TSH, que por sua vez causa hipertrofia da tireoide. Esse aumento de volume da glândula, chamado de bócio por deficiência de iodo (bócio endêmico), ocorre em regiões do mundo em que o suprimento de iodo na alimentação e na água é baixo.
Paratireoides
São quatro pequenas glândulas, que medem 3 x 6 mm e têm peso total de cerca de 0,4 g. Localizam-se mais comumente nos polos superiores e inferiores da face dorsal da tireoide, geralmente na cápsula que reveste os lobos desta glândula.
Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dessa cápsula partem trabéculas para o interior da glândula, que são contínuas com as fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras. Há dois tipos de células na paratireoide: as principais e as oxífilas.
As células principais predominam amplamente sobre as outras, têm forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; essas células são secretoras do hormônio das paratireoides, o paratormônio, que além de aumentar a concentração de Ca2+ plasmá- tico, o hormônio da paratireoide reduz a concentração de fosfato no sangue. Esse efeito resulta da atividade do paratormônio em células dos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando sua excreção na urina. O paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca² no trato digestivo, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária para essa absorção.
Glândula pineal (epífise)
É uma pequena glândula que mede 5 por 8 mm e pesa cerca de 150 mg. Localiza-se na extremidade posterior do terceiro ventrículo, sobre o teto do diencéfalo, com o qual está conectada por wn curto pedúnculo. A pineal é revestida externamente pela pia-máter, da qual partem septos de tecido conjuntivo (contendo vasos sanguíneos e fibras nervosas não mielinizadas) que penetram a glândula, dividindo-a em lóbulos de formas irregulares.
A pineal está envolvida no controle dos biorritmos circadianos, isto é, que duram cerca de 24h, relacionados com o ciclo de sono e vigília. Além disso, está envolvida também com eventos relacionados com a estação do ano. 
A pineal responde a estúnulos luminosos que são recebidos pela retina, transmitidos ao córtex cerebral e retransmitidos à pineal por nervos do sistema simpático. A escuridão provoca secreção de melatonina e de vários peptídios, cuja quantidade na c irculação, portanto, varia muito durante um ciclo diário de 24 h. Essas moléculas, por sua vez, promovem mudanças rítmicas nas atividades secretoras de vários órgãos. A pineal é importante também no controle do desencadeamento da puberdade.
A calcificação da pineal, por depósito de cálcio e fosfato que acontecem naturalmente, não impede sua atividade, porque, mesmo na idade avançada, quando o acúmulo de concreções é maior, a glândula funciona normalmente, a julgar pelas substâncias ativas e enzimas nela contidas.
Bibliografia
JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 556 p.

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