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(
CIRLENE SANTOS SOUZA
)
 (
Sistema
 de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
)
 (
O adolescente e o Ato infracional
)
 (
Eunápolis-BA
2011
)
		
 (
O adolescente e o Ato infracional
) (
CIRLENE SANTOS SOUZA
)
	
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Trabalho 
Interdisciplinar 
apresentado a Universidade Norte do Paraná – UNOPAR como pré requisito para avaliação semestral do l péríodo do curso de Serviço Social.
Prof. Gleiton Luiz de Lima
Profª. Giane Albiazzetti
Profª. Lisnéia Aparecida Rampazzo
Profª. 
Rosane
 A
. B
elieiro
 M
alvezzi
)	
 (
Eunápolis-BA
2011
)
Introdução 
O jovem de hoje é exposto a demasiados tipos de violências cuja gravidade se limita ao seu nível socioeconômico que este possui, porém, que muitas vezes não impede de ser criticados pela educação ou o meio cultural que estão inseridos, mas sim transformados pela sociedade que os manipulam num capitalismo sem limites morais. 
 	É desespero social alcançar os frutos do capitalismo sem ética, onde estar na moda é ser parte de um mundo, onde o belo, o caro e a fama seja ela boa ou má faz de um individuo ser visto por vários grupos, e no caso dos adolescentes também respeitados. Respeito este que se convenha aqui é sinônimo de intimidação e medo. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. (Art. 103 – ECA)
 	O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8069 de 13 de julho de 1990) é um marco na conquista dos direitos sociais no Brasil de proteção ao menor, mas a hermenêutica da lei trás conseqüências que de alguma forma soluciona muitos problemas, no entanto acaba servindo de uma faca de dois gumes, onde protege o menor adolescente em situação de risco, e serve também como meio no qual certos indivíduos possam usar esta condição no menor infrator a induzi-los ao erro, este sabendo da sua condição e punição irá cometer a transgressão, sem mensurar os limites morais e físicos dos danos por si praticados.
 	Como já dito por Priuli e Moraes (2006), há um envolvimento cada vez maior de jovens brasileiros no mundo do crime, pouco se sabe sobre estes jovens e o sistema empregado para as crianças e adolescentes, em especial a competência da lei e das medidas oficiais adotadas para conter o crime entre nesta população (...).
É necessário ir alem de um simples aspecto psicológico, ou mesmo econômico, étnico e cultural. Faz-se imprescindível adentrar num novo mundo, onde as experiências são feitas para serem vividas e percebidas dentro de um conceito de grupo ainda a ser fixado dentro da psique e da formação de cada individuo, ainda que se desviem fatores como família e religiosidade e se inclua um estilo de vida, tentando e sendo um ser diferente numa sociedade competitiva e violenta.
Excluir não é a palavra de ordem, as medidas ditas sócio-educativas devem ser revistas, como já visto por alguns juristas que compreendem o ECA, as monstruosidades devem ser enfrentadas com seriedade, e o menor que venha a acometer uma infração deva dentro da lei responder pelas suas atitudes e sua família compreender que ele é integrante de uma sociedade. 
O menor Infrator e a sociedade 
A criança e o adolescente brasileiro é vergonhosamente exposto a diversos riscos sociais e entre os quais está à fragilidade da sociedade em proteger seu cidadão a violência que é tão visível e que infelizmente faz parte do cotidiano de milhões de famílias brasileiras. A mídia irresponsavelmente enfatizando os absurdos e exageros de alguns e explorando a impunidade como se isso (o ato infracional) fosse algo realmente banal e conveniente em uma sociedade.
A responsabilidade da família incide do ponto de vista pessoal ainda maior, se é a família a célula de uma sociedade e formadora de bons cidadãos por que não a mesma responsável pelos seus frutos? Talvez seja indiscutível tal questão, porem, caráter também é uma problemática subjetiva em uma sociedade e isso não se pode prevê em uma lei, muito menos na formação de um individuo.
Percebe-se que a sociedade de um modo não geral está perdendo a mensuração dos valores morais que a constituem, e isto é mais perceptível ainda mais na população de adolescente, talvez seja por isso a sensação de impunidade que nos assola.
A falta de perspectivas de vida, o convívio com as drogas e outras formas de violência, e a dificuldade de acesso aos bens de consumo são fatores condicionantes, mas que de alguma forma tem relação direta com tais malfeitos contradiz o que segundo Priuli e Moraes (2006) enfatiza e consiste em seu texto não se pode atribuir à pobreza toda pratica de atos infracionais. 
A relevância esta atrelada a varias vértices que não se pode atribuir somente a um ou outro fator, ate o Estatuto da Criança e do Adolescente tem sua “contribuição” tanto aqui, negativa quanto positiva, alias convenha-se mais positiva, salientar que se o individuo não tem moral, amor e respeito ao próximo, isso pode se subjugar pela sua falta de maturidade e desinência.
A antiga FEBEM foi num passado negro tudo aquilo que não se espera na reeducação e reinserção de crianças e adolescentes em conflito com a lei o que não se pode fazer, pois de acordo no que diz os dados evidenciados no artigo referenciado, esta instituição tornou-se não um lugar de apoio as famílias, mas onde eram despejadas pessoas consideradas perdidas pela sociedade.
Hoje a fundação Casa, antiga FEBEM, tem uma metodologia voltada primeiro no desenvolvimento do individuo, a inserção da família como método pedagógico trás resultados satisfatórios não somente para o menor infrator, mas também para sua família e a sociedade que é justamente quem paga a conta por estes prejuízos causados pela delinqüência e ausência do estado.
 
A legislação e sua fragilidade
O estado criou leis que blindam os menores de 18 anos, mas apenas poucos se beneficiam desse aparato, pois na realidade ao andar pelas ruas de pequenas e grandes cidades o que se pode ver, são crianças em pleno abandono, sujeitas a uma educação básica cambaleante e a ação devastadora das drogas, o que, aliás, fragiliza ainda mais a nossa juventude, uma vez que, sabendo dessa proteção o tráfico de drogas e a prostituição infantil acaba de jogar no lixo os sonhos da infância. 
Tomando com referencia a Constituição Federal de 1988 em seu art. 227 o Estatuto da Criança e do Adolescente tem neste fragmento constitucional os princípios norteadores que asseguram a proteção ao menor e o respaldo a sua dignidade. 
 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (Art. 227, CF 1988).
Em seu titulo lll da lei 8069 (ECA) destaca-se as condições nas quais o menor infrator deve responder segundo seu ato, sua idade e o papel familiar, mas a prática é inconveniente à lei, e o Estado completa o papel da sociedade e o que não se deve o da família. Mas a co-responsabilidade é de todos, e está na lei, basta à aplicabilidade seja voltada para o bem estar do menor e sua família. 
Prevenção e o Serviço Social
 
A importância da prevenção é um fundamento inquestionável, (previsto no ECA – Arts. 70,71), porém faz se necessário saber empregar uma metodologia distinta para que haja um retorno melhor desse objetivo acessível e de resultados certos.
 Todavia quando se tenta empregar uma cultura de paz, conscientização do dolo e de cidadania a atenção volta-se as picuinhas sociais de moda, classe e acessão social. Então, enfatizar talvez um amor ao próximo, medidas psicológicas, contextos de grupos, minorias e tentar adotar conceitos que possam levar o jovem em formação a pensar por si próprio, e tornar a reflexão uma ferramenta de trabalho do assistente social. 
Conclusão 
 	Os menores em conflito com a lei possuem especificidades ligadas em sua trajetóriade vida que se somam a realidade de sua comunidade e claras o contexto sociocultural que estes indivíduos estão inseridos. Tantos fatores sociais e tamanha complexidade de riscos que estes estão expostos que já não há outra conduta se não o caminho da prevenção.
 	Há graves problemas a serem superados que aqui foram exauridos, mas que a busca por uma sociedade justa começa por uma infância saudável e uma adolescência livre de riscos e sem exploração seja ela qual for.
 	A família é sem duvida a célula de uma sociedade, e esta sendo justa terá seus filhos justos também. Alcançar o ideal é uma busca continua e o serviço social tende a procurar o melhor para aqueles que o assiste.
 A banalidade e o descaso fazem parte do mundo cruel em que vivemos, a morte, a violência e o coquetel de drogas e álcool transformam um individuo em formação em anomalia de um ser humano, sem moral, sem amor e sem limites.
A auto-afirmação e a necessidade de identidade levam menores a buscar grupos, a infração de menores são maiores quando estes atuam em prol do bem comum a manutenção do medo. O art. 227 da Constituição Federal é a pedra fundamental do que deve ser feito, o Estatuto da Criança e do Adolescente o princípio do que é correto e a realidade um desafio a ser superado.
 
Referências
Disponível em: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1619152-menores-em-conflito-com-lei/#ixzz1MQtMWIy0 acesso em 28/04/2011.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm. Acesso em 05/05/2011.
Brasil, Constituição Federal. 1988 art. 227. CAPÍTULO VII - Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso. Brasilia - DF.
Priuli, Roseana Mara Aredes. / Moraes, Maria Silvia de Moraes. - Adolescentes em conflito com a lei. Artigo/2006.

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