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Tutoria P2/M3/Pr1: Diabetes @mileaguiar DIABETES DIABETES carboidratos bioquímica 🗨 Introdução 🗨 ⤷ Açúcares, glicídeos, sacarídeos, oses, osídeos ou hidratos de carbono; ⤷ Obtidos na dieta; ⤷ Biomoléculas mais abundantes; ⤷ Sua oxidação é a principal via de produção de energia = maioria das células não fotossintéticas; ⤷ Funções: * Energética: glicose, glicogênio (animais/fígado e músculos), amido (vegetais); * Estrutural: celulose (vegetais), exoesqueleto de artrópodes, parede celular bacteriana, articulações (cartilagens), membrana basal da pele; ⤷ Glicoconjugados: - Quando interagem com outros grupos prostáticos (lipídeos, proteínas); - Exemplos: reconhecimento celular, interação célula-matriz, defesa (imunoglobulinas), hormônios (FSH, tireoidianos); ♥ Fórmula empírica (CH2O)n ♥ Podem apresentar nitrogênio, fósforo ou enxofre; ♥ Classes principais: - Monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos; monossacarídeos ♥ Açúcares simples; ♥ Uma unidade de poli-hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído; ♥ Sólidos cristalinos; ♥ Incolores; ♥ Solúveis em água e insolúveis em solventes apolares; ♥ Maioria com sabor adocicado; ♥ Divisão em aldose e cetose, dependendo da posição do grupo carbonila; ♥ Possuem em sua estrutura hidroxilas, na forma de álcool, e pode ter em sua estrutura um aldeído ou uma cetona; - Depende da posição do grupo carbonila; - Mistura de álcool com aldeído (poliálcool-aldeído) – cetoses ou álcool com cetona (poliálcool-cetona) – aldoses; ♥ Mais abundante = D-glicose (dextrose) – aldo-hexose e D-frutose – ceto-hexose; ♥ De acordo com a quantidade de carbonos: - Tetroses, pentoses, hexoses e heptoses; - Ligações covalentes entre os átomos; ♥ Todos os mono, exceto a di- hidroxiacetona, contém um ou mais átomos de carbonos assimétricos (quirais); - Isomeria óptica = enantiômeros; - “n” centros quirais – 2^n estereoisômeros; - Divididos em dextro (D) quando a configuração é a mesma do D-gliceroaldeídeo e em levo (L) quando a configuração é a mesma do L-gliceroaldeído; ♥ Fórmulas de projeção de Fischer = - Representação tridimensional dos açúcares; - Ligações horizontais = fora do plano do papel; - Ligações verticais = trás do plano do papel; ♥ Epímeros: 2 açúcares que se diferenciam apenas pela posição de um carbono; trioses ♥ Monossacarídeos mais simples; ♥ Duas trioses com 3 carbonos: aldotriose (gliceraldeído) e cetotriose (di-hidroxiacetona); pentoses ♥ Monossacarídeos de 5 carbonos; ♥ Mais importantes = Ribose e 2-desoxirribose (composição química dos ácidos nucleicos); ♥ Com 5 ou + carbonos = tendência a formação de estruturas cíclicas = em anel; * Resultado de uma reação geral para formar derivados chamados de hemiacetais (álcool adicionado a uma aldose) ou hemicetais (álcool adicionado a uma cetose); - Representadas mais corretamente pelas formulas em perspectiva de Haworth; ♥ Estereoisomeria: Importante para a especificidade enzimática; ♥ Piranoses = anéis com 6 carbonos; ♥ Furanoses = anéis com 5 carbonos; ♥ Podem ter classificações em alfa e beta, dependendo do plano da hidroxila em relação ao carbono 1 das Piranoses e do 2 das Furanoses; hexoses ♥ Monossacarídeos de 6 carbonos; ♥ Fórmula geral = CnH2n0n sendo n=6; ♥ Mais importantes: - Glicose, frutose e galactose; - Ricas em energia = principal combustível para o metabolismo celular; ♥ Naturalmente sintetizadas por fotossíntese; oligossacarídeos ♥ Com 2 a 10 monossacarídeos; ♥ Unidos por ligação glicosídica; dissacarídeos ♥ Exemplos: * Sacarose = D-glicose + D-frutose; * Maltose = D-glicose + D-glicose; * Lactose = D-glicose + galactose; * Celobiose = glicose + glicose; * Trealose = glicose + glicose; * Isomaltose = glicose + glicose; ♥ Glicoconjugados; - Proteoglicanos, glicoproteínas e glicoesfingolipídeos; trissacarídeo ♥ Rafinose (C18H32O16); polissacarídeos ♥ Mais de 20 unidades de monossacarídeos; ♥ Chamados também de glicanos; ♥Exemplos: - Celulose (cadeias lineares); - Glicogênio (cadeias ramificadas); ♥ São classificados em: * Homopolissacarídeos - + e 10 monossacarídeos; - Mesma unidade monomérica; - Exemplos: quitina, celulose, glicogênio e amido; * Heteropolissacarídeos - Formados por estruturas diferentes; - Exemplos: Peptidoglicanos, glicosaminoglicanos (ác. Hialurônico, líquido sinovial, humor vítreo...) amido ♥ Formado por várias moléculas de glicose que podem se apresentar como amilose ou amilopectina; ♥ Função de reserva energética nos vegetais; ♥ AMILOSE - Cadeias longas e não ramificadas de unidade de D-glicose; - Se apresentam na forma helicoidal; ♥ AMILOPECTINA - Altamente ramificada; - Menos hidrossolúvel = mais apolar; glicogênio ♥ Principal polissacarídeo de armazenamento energético das células animais; ♥ Polímero de subunidades de glicose; ♥ Mais ramificado e compacto que o amido; ♥ Especialmente abundante no fígado e no músculo esquelético; ♥ O glicogênio é quebrado em glicose pela glicogenólise; **OBS** - O glicogênio estocado nos músculos só pode ser metabolizado pelas próprias células musculares; celulose ♥ Substância fibrosa, resistente e insolúvel em água; ♥ Encontrada na parede celular de vegetais; ♥ Homopolissacarídeo linear e não ramificado; ♥ Configuração beta da glicose = diferencia a celulose das alfa na amilose, amilopectina e glicogênio; **OBS** - A celulose não pode ser utilizada pela maioria dos animais, mas cupins digerem facilmente pela presença do Trichonympha que secreta celulase, assim como alguns fungos e bactérias de madeira em decomposição; - Os únicos vertebrados que utilizam a celulose como alimento são os bovinos e outros ruminantes (ovelha, cabra, camelo, girafa); quitina ♥ Homopolissacarídeo linear; ♥ Componente do exoesqueleto duro dos artrópodes; mureína ♥ Componente das paredes celulares bacterianas; ♥ Heteropolímero/ heteropolissacarídeos; ♥ Lisozima presente nas lágrimas = hidrolisa ligações glicosídicas; metabolismo ♥ Principal/primeira fonte de energia; ♥ Ingestão recomendada = 5 – 10 g/kg/dia; ♥ Digestão e absorção de glicose; ♥ AÇÃO ENZIMÁTICA: - Boca: amilase salivar (converte o amido em dextrinas, Isomaltose e maltose); - Duodeno: amilase pancreática (atua nas dextrinas), enzimas da mucosa intestinal como isomaltase, glicoamilase, lactase e sacarase (atuam na Isomaltose, maltose, lactose e sacarose, convertendo em glicose, galactose e frutose); - Intestino (demais porções): absorção dos monossacarídeos. *Glicose e galactose são transportadas por cotransporte de sódio; ⤷ Fundamento do soro caseiro = o sal com o açúcar ajuda na sua absorção a nível intestinal; *Frutose é transportada para os enterócitos pela GLUT-5; * Dos enterócitos para o sangue, os monossacarídeos passam pela GLUT-2; ♥ Glucoses transporters: - GLUT-1: captação de glicose nas hemácias, rins e cérebro; - GLUT-2: entrada de glicose nos hepatócitos e nas células pancreáticas; * Necessidade de uma glicemia elevada para este transporte; * Quando o pâncreas começa a receber glicose via GLU-2, o reflexo é a liberação de insulina; - GLUT-3: captação de glicose nos neurônios e na placenta; * Capta facilmente, sem necessitar de elevada glicemia; - GLUT-4: dependente de insulina, transportando glicose para células musculares e adiposas; * Exercícios físicos aumentam glut4 nas células musculares; glicose ♥ Glicemia = nível de glicose no sangue; - Normal no jejum: entre 70-100 mg/dL; - Após uma refeição = pico 2h depois (Pico hiperglicêmico) = 140 mg/dL; - 3 – 4h depois da refeição (Pico hipoglicêmico); No tecido hepático.. ♥ Glicose absorvida é captada pelo tecido hepático; - Não insulinodependente; ♥ Glicose convertida pela hexoquinase em glicose-6-fosfato; - Para aprisionar a glicose no tecido; ♥ Glicose-6-fosfato transformada em glicogênio pela glicogênio sistetase; * Não pode ser armazenada como glicose porque ela atrai água – força osmótica = evita edemas; * A hexoquinase e a glicogênio sistetase são dependentes de insulina; ♥Via de geração de energia: - Glicose-7-fosfato ➜ piruvato(que adentra a mitocôndria) ➜ complexo piruvatodesidrogenase ➜ acetil-coA 1. Formar o ATP / ciclo de Krebs e cadeia respiratória; 2. É armazenado na forma de corpos cetônicos e vão para a corrente sanguínea/ principalmente representados acetoacetato, betahidroxidato, acetona; 3. Citrato, que sai da mitocôndria é convertido em oxalacetato + acetil-coA, se unindo formando Malonil-coA, e forma depois triacilgliceros = glicogênese; * Lipoproteína lipase (LPL) = quando o TAG passa por ela, é quebrado em ácido graxo + glicerol; * O ácido graxo entra no tecido adiposo, se unindo ao glicerol e formando um novo TAG, que é incapaz de sair do tecido adiposo; - Efeito influenciado pela insulina, ativando a enzima LPL; * Glicídio em excesso vira gordura; * O excesso de ATP interrompe o ciclo de Krebs; controle hormonal ♥ Sistemas glicorreguladores envolvendo as ilhotas de Langerhans e receptores hipotalâmicos (que respondem a baixa de glicose liberando epinefrina e GH); insulina ♥ Produzida pelas células beta pancreáticas; ♥ Hormônio hipoglicemiante; ♥ Hormônio anabólico = construir substâncias = glicogênio; ♥ Aumenta a expressão de transportadores de glicose; - A partir de uma pré-insulina ➜ pró-insulina ➜ insulina e peptídeo C; ♥ No fígado promove o estoque de glicose na forma de glicogênio, aumenta a síntese de triglicerídeos, inibe a glicogenólise e Gliconeogênese; ♥ No músculo esquelético e no tecido adiposo aumenta o número de transportadores GLUT-4, aumentando a captação de glicose, aumenta a síntese de glicogênio muscular e síntese proteica; ♥ No tecido adiposo aumenta o estoque de triglicerídeos e o transporte de glicose para dentro da célula; ♥ Regulação da secreção: * ↑ = glicose (após uma refeição) / aminoácidos (aumento de níveis plasmáticos de AA induzem a secreção); glucagon ♥ Produzido pelas células alfa do pâncreas; ♥ Hormônio hiperglicemiante; ♥ Inibe a utilização da glicose; ♥ Aumenta a atividade de adenilciclase no fígado, promovendo a glicogenólise; ♥ Estimula a gliconeogênese = conversão de AA e ácido lático em glicose; hormônios hiperglicemiantes ♥ Hormônios contrarreguladores (epinefrina, gh e cortisol) frutose e sequestro de fosfato - Reação feita nas células do fígado que utilizam frutose para obtenção de energia: - A frutose recebe um átomo de fósforo (que mantém a frutose dentro da célula); - Uma ingestão muito grande de frutose aumenta as concentrações de frutose 1-fosfato, causando um excesso de consumo de fosfato, causando uma carência geral desse elemento no organismo; - “Sequestro de fosfato” diabetes INTRODUÇÃO ♥ DEFINIÇÃO ♥ – Distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos; ♥ DADOS E INFORMAÇÕES RELEVANTES ♥ - 3ª principal causa de mortalidade prematura; - 50% dos casos de diabetes em adultos não são diagnosticados; - Maiores taxas de hospitalizações; - Maior utilização dos serviços de saúde; - Maior incidência de doenças CVC e cerebrovasculares; ♥ IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO - Prevenção primária: prevenção do início / proteção do desenvolvimento; - Prevenção secundária: prevenção de complicações agudas e crônicas; - Prevenção terciária: Limitação das incapacidades produzidas por suas complicações; * Estudo do DPP (Diabetes Prevention Program) = Intervenções no estilo de vida reduziram em 58% a incidência de diabetes em um período de 3 anos; * Perda de peso e atividade física de 150 min por semana; * Alguns fármacos têm diminuído a incidência de diabetes em indivíduos pré-diabéticos : metformina, inibidores da alfa-glicosidade, orlistase, tiazolidinedionas e agonistas do receptor peptídeo semelhante a glucagon (glucagon-like peptide-1, GLP-1); CLASSIFICAÇÃO - Baseada na etiologia; DM TIPO 1 ♥ Doença autoimune, poligênica; ♥ Células B pancreáticas destruídas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina; ♥ Mais frequente diagnosticada em crianças, adolescentes e alguns casos de adultos jovens; ♥ Afeta igualmente homens e mulheres; ♥ Hipóteses etiológicas: * Neuroantígenos gerados pelo estresse da célula B pancreática por excesso de peso, rápido crescimento, infecções, deficiências nutricionais, microbiota intestinal, exposição precoce a alimentos com glúten, estresse psicológico; * Fatores que podem produzir exaustão das células B pancreáticas e falência por destruição autoimune secundária; ♥ Divide-se em tipo 1A e 1B, dependendo da presença ou ausência laboratorial de autoanticorpos circulantes; tipo 1A ♥ Forma mais frequente do tipo 1; ♥ Confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos; ♥ Descreve-se uma forte associação com antígeno leucocitário humano DR3 e DR4; ♥ Fisiopatologia não totalmente conhecida; ♥ Envolve a predisposição genética, fatores ambientais que desencadeiam uma resposta autoimune; *Ex: infecções virais, componentes dietéticos e certas composições da microbiota intestinal; ♥ Marcadores conhecidos de autoimunidade: - Anticorpo anti-ilhota; - Autoanticorpo anti-insulina; - Anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico; - Anticorpo antitirosina-fosfatase IA-2 e IA-2B; - Anticorpo antitransportador de zinco; ♥ Geralmente estes autoanticorpos precedem a hiperglicemia por meses a anos, durante um estágio pré-diabético; ♥ Mais autoanticorpos = maior chance do indivíduo desenvolver diabetes tipo 1A; ♥ O início da doença é geralmente abrupto; ♥ A primeira manifestação pode ser uma cetoacidose diabética (1/3 dos casos); ♥ Os adultos no geral sofrem de uma forma lentamente progressiva chamada Latent autoimune diabetes in adults (LADA); tipo 1B ♥ Idiopática = causas não identificadas; ♥ Autoanticorpos não são detectáveis na circulação; ♥ Necessidade precoce de insulinoterapia plena; ♥ Recomendações terapêuticas iguais a do tipo 1A; tipo 2 ♥ Maioria dos indivíduos apresentam obesidade, HÁ e dislipidemia; ♥ 90-95% dos casos; ♥ Etiologia complexa e multifatorial; ♥ Doença poligênica com forte herança familiar; ♥ Glicemia de jejum alterada, tolerância a glicose diminuída, ou ambas; ♥ Fortemente influenciada pela inatividade física e hábitos dietéticos; ♥ Maioria das vezes assintomática ou oligossintomática por longo período; ♥ Sintomas clássicos de hiperglicemia: - Poliúria, polidispsia, polifagia e perda de peso inexplicada); fatores de risco ♥ História familiar da doença, avançar da idade, obesidade, sedentarismo, diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional, presença de componentes da síndrome metabólica (hipertensão arterial e dislipidemia); ♥ O desenvolvimento da hiperglicemia vem com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, disfunção incretínica, aumento de lipólise e aumento de ácidos graxos circulantes; gestacional ♥ A placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas plasmáticas que degradam a insulina; - Aumento compensatório da produção de insulina e na resistência à insulina; - Pode evoluir com disfunção nas células beta; ♥ Pode ser transitória ou persistente; ♥ Riscos de malformações fetais e outras complicações gestacionais e neonatais; outras formas de dm ♥ Defeitos genéticos que resultam na disfunção das células B; ♥ Defeitos genéticos na ação da insulina; ♥ Doenças no pâncreas exógeno; ♥ Endocrinopatias; ♥ Diabetes induzido por medicamentos ou agentes químicos; ♥ Infecções como rubéola e citomegalovírus; ♥ Algumas síndromes; fisiopatologia ♥ A glicose é o principal combustível para o encéfalo; - Quantidade diminuída = letargia, coma, dano cerebral permanente e morte; ♥ Mecanismos hormonais evolutivos para manter a glicemia constante (5mm); ♥ Alta glicemia = insuficiência renal, doenças cardiovasculares, cegueira e cicatrização prejudicada; ♥ No diabetes tipo 1 a produção de insulina está comprometida, já na tipo 2 há uma resistência a ação dela; tipo 1 ♥ Se não há insulina; - Absorvemos normalmente os carboidratos/glicose; - A glicose entra no tecido hepático, mas não é aprisionada;- Voltando para o sangue; ♥ Hiperglicemia; - O glicogênio antes formado começa a ser degradado = seu corpo vai entender que você não tem glicose porque ela não está ficando dentro dos tecidos; - Sofre glicogenólise = quebra do glicogênio; ♥ Intensifica a hiperglicemia; - Aumento da viscosidade do sangue; cetoacidose x estado hiposmolar hiperglicêmico ♥ Na DM2 = mais comum o EHH; - Ainda tem insulina; - Mais velhos (acamados) e pouco acesso a líquido; *insulinopênico e estresse metabólico = CAD; ♥ Na DM1 = mais comum CAD; - Mais jovens e má aderência ao tratamento ♥ Infecções, isquemia, intoxicações, inflamações, pancreatite; ♥ Buscar outras fontes de energia = tecido adiposo = lipólise; - Lipase hormônio sensível (LHS) = ativa = quebra o TAG (triacilglicerol) = ácido graxo + glicerol; - O AG vai para a corrente sanguínea = fígado capta o AG = para produzir energia; * AG entra na mitocôndria se houver o complexo carnitina; - Sofre a beta oxidação = produz acetil-coA; - AG podem produzir muitos acetil-coA = entra na ideia de que produzir energia necessária já = saturação dos sistemas enzimáticos; - Acetil-coA forma corpos cetônicos = alta concentração = pode induzir uma cetoacidose = altera o pH do sangue; ♥ Hálito cetônico = mal hálito; * Fatores patognomônicos; ** Fisiopatologia da cetoacidose= - Falta de insulina = aumento de glicose = o organismo interpreta a falta de insulina = glucagon quebra o glicogênio = catabolismo dos AA e gordura; - Aumento de triglicerídeos = consequência do aumento dos hormônios contrarreguladores; - Início do catabolismo proteico para gerar energia = AA captado pelo fígado para produção de glicose (gliconeogênese ou neoglicogênese); - Tira o componente amina = formação de amônia = converte em ureia = aumenta ureia na corrente sanguínea; - Ureia alta = catabolismo protéico; glicosúria - Glicose filtrada pelos glomérulos; - Deveria ser totalmente reabsorvida para os capilares peritubulares; - Saturação do sistema de reabsorção = glicose sai na urina = é osmótica = atrai água e estimula a diluição da urina; ♥ Glicosúria e cetonúria; catarata ♥ Algumas células precisam da insulina para assimilar glicose, mas algumas não precisam como as células ováricas, da vesícula seminal, do cristalino, da retina, hemácias e outras; - A glicose entra passivamente; - É convertida em frutose: * Ação da enzima aldose redutase, transformando a glicose em sorbitol, e ação da sorbitol desidrogenase, transformando o sorbitol em frutose; ♥ Na diabetes, a glicose entra nas células do cristalino e se transformam excessivamente em sorbitol, que acumulado no citoplasma gera um aumento da pressão osmótica, favorecendo a entrada de água; - Há então um edema de cristalino e precipitação de proteínas, gerando uma opacidade generalizada, explicando a catarata; diagnóstico ♥ Exame de urina, sangue, insulina jejum, glicemia jejum, glicemia casual, HBA glicemia em jejum ♥ Coletada em sangue periférico; ♥ Após jejum calórico de no mínimo 8 horas; Glicose em jejum Normoglicemia < 100 Pré-diabetes >/= 100 e < 126 Diabetes >/= 126 totg ♥ Ingestão prévia de 75g de glicose dissolvida em água; ♥ Uma coleta em jejum e outra após a ingestão de glicose (2h depois da sobrecarga oral); ♥ Pode identificar o início da DM, perda da primeira fase da secreção de insulina; TOTG Normoglicemia < 140 Pré-diabetes >/= 140 e <200 Diabetes >/= 200 Hemoglobina glicada (hba1c) ♥ Reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses; ♥ Idade e etnia podem interferir nos resultados; HbA1c (%) Normoglicemia < 5,7 Pré-diabetes >/= 5,7 e < 6,5 Diabetes >/= 6,5 ♥ Transportadores na membrana dos eritrócitos equilibram a concentração de glicose intracelular e plasmática, de modo que a hemoglobina está constantemente exposta à concentração de glicose presente no sangue, qualquer que seja essa concentração. - Uma reação não enzimática ocorre entre a glicose e os grupos amina primários da hemoglobina; - A velocidade desse processo é proporcional à concentração de glicose; por isso, essa reação pode ser usada como base para a estimativa do nível médio de glicose sanguínea ao longo de semanas. - A quantidade de hemoglobina glicada (HbG) circulante em qualquer momento reflete a concentração de glicose sanguínea média durante o “período de vida” do eritrócito (cerca de 120 dias), embora a concentração das últimas duas semanas anteriores ao teste seja a mais importante na determinação do nível de HbG. - A extensão de glicação da hemoglobina é medida clinicamente pela extração da hemoglobina de uma pequena amostra de sangue seguida pela separação eletroforética de HbG e hemoglobina não modificada (Figura Q-2), aproveitando a diferença de carga resultante da modificação do(s) grupo(s) amina. - Valores normais de hemoglobina monoglicada, denominada HbA1c, representam cerca de 5% do total da hemoglobina (correspondendo a uma concentração de glicose no sangue de 120 mg/100 mL). Em pessoas com diabetes não tratado, entretanto, esse valor pode ser tão alto quanto 13%, indicando um nível de glicose sanguínea médio de cerca de 300 mg/100 mL, ou seja, perigosamente alto. glicemia casual ♥ Indicada para pacientes com sintomas clínicos de hiperglicemia; ♥ Caso maior que 200mg/dL, não há a necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem; outras explicações ♥As concentrações de glicose no sangue e na urina podem ser determinadas por meio de um ensaio simples para açucares redutores, como a reação de Fehling; ♥ Métodos modernos = gota de sangue sobre uma fita de teste contendo a enzima glicose-oxidase que catalisa a reação: * D-glicose + O2 ➜ D-glicono-delta-lactona + H2O2 - Uma segunda enzima (uma peroxidase), catalisa a reação com H202 e um composto incolor, gerando um produto colorido, quantificado por um fotômetro simples; gestacional ♥ Investigar na 1ª consulta de pré-natal; ♥ TOTG entre 24 e 28 semanas de gestação; tratamento - Intervenções no estilo de vida, com ênfase a uma alimentação saudável e à prática regular de atividade física, reduzem a incidência de diabetes tipo 2 = grau de recomendação A; * Indivíduos com tuberculose devem ser monitorados quanto à existência de tuberculose; ♥ Controlar o nível de glicose = evitar complicações; ♥ Planejamento alimentar: - Regular a quantidade de doces e gorduras, ter uma alimentação variada e saudável; ♥ Exercícios físicos regulares; ♥ A insulina para diabetes do tipo 1; ♥ Hipoglicemiantes orais, agonistas do receptor peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1) injetáveis, insulina ou uma combinação destes para DM tipo 2 ♥ Bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (inibidores ECA ou bloqueadores dos receptores de angiotensina II), estatinas e ácido acetilsalicílico para prevenção de complicações; ♥ Objetivos = controle da hiperglicemia para aliviar os sintomas e complicações; em emergências hipeglicêmicas ♥ Hidratação, insulina + potássio, condutas de exceção; - Hidratação = * SF 0,9% = 10-20 mL/Kg; referências ♥ David L. Nelson e Michael M Cox - Princípios de bioquímica de Lehninger (7ª edição) ♥ Diretriz Brasileira de Diabetes;
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