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Metabolismo dos Carboidratos no Exercício Conceitos ♥ São moléculas orgânicas mais abundantes na natureza; ♥ Fornece energia para o sistema nervoso e cérebro; ♥ Possuem ampla faixa de funções, incluindo o fornecimento da maior parte da energia da dieta para o bom funcionamento do organismo. ♥ A gliconeogênese ocorrerá caso o corpo necessite daquela energia para sobreviver, tentando buscar um equilíbrio – comprometimento da composição corporal e da performance do atleta quando utilizado a proteína para esta energia Necessidade de atenção para qual tipo de carboidrato está sendo oferecido na dieta, tanto qualitativamente quanto quantitativamente Carboidrato engorda? Ele só irá engordar caso seja consumido de forma exacerbada, sem controle e dentro de todo um contexto alimentar ♥ Atenção especial para a qualidade dos carboidratos oferecidos para os indivíduos diabéticos; Carboidrato refinado e carboidrato simples são coisas diferentes: ♥ Os carboidratos refinados possuem esse nome pois passaram por um processo de refinamento, retirando o farelo/casca e o gérmen do trigo e deixando apenas o endosperma rico em amido (produtos à base de farinha branca). ♥ No processo absortivo, a liberação de insulina ocorre de maneira mais rápida, e a proporção da saciedade ⇣ ♥ Importante lembrar que não há sentido na troca do pão pela tapioca para fins de emagrecimento quando consideramos o consumo deles isoladamente, no caso da doença celíaca, a troca é válida. ♥ A farinha branca é composta por ingredientes além do necessário, a fim de combater a proliferação de fungos, que é muito presente neste produto ♥ Os carboidratos simples possuem esse nome pois são compostos quimicamente de apenas um ou dois tipos de sacarídeos. CLASSIFICAÇÃO ♥ Açúcares: - 1-2 monômeros - Subgrupos: Monossacarídeos – Glicose, Galactose, Frutose Dissacarídeos – Sacarose, Lactose, Trealose Polióis – Sorvitol, Manitol, Xilitol ♥ Oligossacarídeos: - 3-9 monômeros - Subgrupos: Maltoligossacarídeos –Maltodextrina (bastante utilizada como intratreino) Conteúdo por: @biascb Outros oligossacarídeos – Rafinoses, Estaquioses, Frutoligossacarídeos. ♥ Polissacarideos: - > 9 monômeros - Fibra: Componentes estruturais dos vegetais, não são nutrientes, logo não são digeridas pelo trato digestivo → Atuam na saciedade, na melhora do funcionamento intestinal, na melhora do tipo de bactéria que povoa as mucosas, na melhora da integridade da mucosa, na melhora do perfil glicêmico e lipídico; - Sobre o perfil Lipídico: A melhora ocorre por meio do ciclo êntero-hepático (ou circulação êntero- hepática) que é o movimento das moléculas de sais biliares do fígado para o intestino e de volta ao fígado (reciclagem da bile). Quando as fibras estão presentes, elas levam consigo a bile, e outros componentes, para as fezes, fazendo com que a bile seja excretada. Dessa forma, será necessário sintetizar outra bile e, para isso, será necessário buscar colesterol, já que ele é um dos componentes necessário para a formação – ou seja – por consequência, o colesterol sérico será diminuído, já que ele foi retirado do sangue para ajudar na composição de uma nova bile, ♥ Subgrupos: → Amido – Amilose, Amilopectina, → Amido- resistente, Polidextrose → Polissacarídeos não amido – Celulose, Hemicelulose, Gomas, Mucilagens, Pectinas. ♥ Quanto maior a cadeia, mais complexo é o carboidrato e maior será a quantidade de enzimas necessárias para favorecer a quebra em monossacarídeos (ex: lactose necessita da lactase para sua quebra). Monossacarídeos ♥ São chamados açúcares simples ♥ Incluem: → Pentoses: ribose e desoxirribose. → Hexoses: glicose, frutose e galactose. DISSACARÍDEOS ♥ Eles são compostos/formados por dois monossacarídeos ♥ Exemplos: → Maltose = Glicose + Glicose → Lactose = Glicose + Galactose (6% dos carboidratos da dieta) → Sacarose = Glicose + Frutose (30 a 40% da ingestão dos carboidratos) ♥ A ribose, a desoxirribose e a maltose entram em pequeníssimas frações na dieta. Oligossacarídeos ♥ São compostos/formados por 3 a 9 monossacarídeos ♥ São carboidratos mais complexos, já que possuem uma cadeia maior. ♥ São fermentáveis no lúmen intestinal por bactérias probióticas gram positivas, influenciando na proliferação destas bactérias benéficas. - Ou seja, são substratos, energia, para estas bactérias ♥ Essa proliferação ainda ajuda no mantimento da integridade da mucosa, deixando a barreira intestinal seletiva. ♥ Rafinose e Estaquinose → Grãos e Leguminosas. Polissacarídeos ♥ Cadeia grande – carboidrato mais complexo ♥ O amido é o principal polissacarídeo alimentar ♥ O amido vegetal (pectina) e o amido animal (glicogênio) constituem juntos mais de 50% da ingestão diária A celulose também é um polissacarídeo da glicose, porém as enzimas do TGI não conseguem digeri-las, sofrendo degradação parcial por bactérias do intestino, humano. Ela é o principal componente das fibras alimentares. Falando sobre as fibras Elas que ajudam nesta proliferação das bactérias benéficas servindo de substratos para elas, na modulação intestinal e na saciedade, exemplificando a diferença entre a batata inglesa e a batata doce, onde as duas possuem amido, porém, a batata doce possui fibras alimentares em quantidade importante, ajudando na saciedade. Digestão e Absorção ♥ Boca – amilase salivar; ♥ Intestino – ação da amilase pancreática; ♥ Produtos: maltose, maltotriose e glicose; ♥ Dissacarídeos – ação das dissacaridades (lactase, sacarase e maltase) – secretadas pela borda em escova no intestino. ♥ O estado absortivo é o período de 2 a 4h após a ingestão dos alimentos ♥ Durante este intervalo, ocorrem aumentos transitórios das concentrações plasmáticas de glicose, aminoácidos e triglicerídeos: → Aumento de insulina; → Queda dos níveis de glucagon; → Período anabólico (síntese de glicogênio e proteínas). - Período de construção (ocorre principalmente no repouso, quando falamos de atividade física). ♥ Tecidos usam glicose – importante mantimento adequado dos níveis. ♥ Alterações do metabolismo do fígado, tecido adiposo, músculos e cérebro ▪ ♥ Absorção intestinal – veia porta – fígado (aumento da glicose) liberada para o sangue e suprir as necessidades energéticas de todas as células do organismo ♥ As concentrações normais de glicose plasmática (glicemia) são de 60 a 99 mg/dL ♥ A hiperglicemia torna o sangue concentrado, alterando os mecanismos de troca da água do MIC (meio intra celular) com o MEC (meio extra celular), além de ter efeitos degenerativos no SNC ♥ O sistema hormonal entra em ação para evitar que o aporte sanguíneo de glicose exceda os limites da normalidade ♥ Os hormônios pancreáticos insulina e glucagon possuem ação regulatória sobre a glicemia plasmática trabalhando de forma antagônica. ♥ Os hormônios sexuais como a epinefrina, os glicocorticoides, os tireoidianos, o GH e outros, também influenciam na glicemia. Transporte ♥ Co-transporte ativo sódio-glicose: → Baixa concentração extracelular para uma alta concentração intracelular ♥ Difusão facilitada (proteínas transportadoras): → GLUT 1, 2, 3, 4 e 5 → Dentro das células existem os transportadores de glicose (GLUT). As fibras musculares contêm GLUT 1 e GLUT 4, onde grande parte da glicose durante o repouso penetra na célula via GLUT 1. Com altas concentrações sanguíneas de glicose ou de insulina, como ocorre após comer ou durante os exercícios, as células musculares recebem glicose pelo transportador GLUT 4 ♥ A musculação é bem vinda na síndrome metabólica e na diabetes tipo 2, já que ela estimula ação dos receptores celulares GLUT 4, ajudando naqueda da glicemia e da insulina – o ganho de massa muscular ajuda na redução do percentual de gordura, já que a massa muscular é um tecido metabolicamente ativo e ajuda nesta perda. Controle Metabólico ♥ Hormônio tireoidiano: → Aumenta o efeito da adrenalina, aumentando a glicólise e a gliconeogênese → Potencializa a ação da insulina, na síntese de glicogênio e na utilização da glicose ♥ Hormônio crescimento: → Liberação de ácidos graxos pelos adipócitos / inibição do metabolismo da glicose ♥ Insulina: hipoglicemiante → Produzida nas células beta das ilhotas de Langerhans → Nas células existem receptores celulares que detectam níveis de glicose plasmática (hiperglicemia) após uma alimentação rica em carboidratos ♥ A deficiência na produção ou ausência total de insulina ou dos receptores caracteriza uma das doenças metabólicas mais comuns: o Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 ♥ No Diabetes Mellitus (DM) tipo 2, ocorre a deficiência na secreção da insulina e a resistência à insulina → Como efeito imediato, a insulina possui três principais: - Estimula a captação de glicose pelas células (com exceção dos neurônios e dos hepatócitos que não possuem receptores para a insulina, sendo a glicose absorvida por difusão) - Estimula o armazenamento de glicogênio hepático e muscular (glicogênese); - Estimula o armazenamento de aminoácidos (fígado e músculos) e ácidos graxos (adipócitos). ♥ O armazenamento de aminoácidos nos músculos possui ação anabólica, ou seja, de construção da massa muscular; ♥ Nos músculos, a glicose em excesso é convertida em glicogênio (reserva). → Como resultado dessas ações, ocorre a queda da glicemia (hipoglicemia) que estimula as células alfa pancreáticas a liberar o glucagon. ♥ Glucagon: glicogenólise hepática → Este hormônio possui ação antagônica à insulina, com três efeitos básicos: - Estimula a mobilização dos depósitos de aminoácidos e ácidos graxos. - Estimula a glicogenólise (degradação do glicogênio). - Estimula a neoglicogênese (síntese de glicose a partir de compostos que não são carboidratos). ♥ Esses efeitos hiperglicemiantes possibilitam nova ação insulínica, o que deixa a glicemia de um indivíduo normal em torno dos níveis normais de 60 a 99 mg/dl. Funções nos tecidos corporais ♥ Reserva de glicogênio – importante antes, durante e depois da atividade física; ♥ Poupador de energia – a presença de carboidratos suficientes para satisfazer a demanda energética impede que as proteínas sejam desviadas para essa proposta, permitindo que a maior proporção de proteína seja usada para função básica de construção de tecido; ♥ Efeito anticetogênico – a quantidade de carboidrato presente determina como as gorduras poderiam ser quebradas para suprir uma fonte de energia imediata, desta forma afetando a formação e disposição das cetonas. Fonte de energia emergencial para o músculo cardíaco ♥ Sistema Nervoso Central – o cérebro não armazena glicose e, dessa maneira, depende minuto a minuto de um suprimento de glicose sanguínea. Uma interrupção prolongada glicêmica pode causar danos irreversíveis ao cérebro. ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS ♥ Aumento da área sob a curva da glicemia em resposta a uma dose padronizada de carboidrato, sendo, portanto, a resposta da curva de glicemia acima do nível de glicose sanguínea em jejum. ♥ Alimentos ricos em carboidratos diferem em sua capacidade de elevar a glicemia, principalmente pela diferença na capacidade de absorção e digestão; - Alimentos de alto índice glicêmico: >85 - De Moderado índice glicêmico: 60-85 - Alimentos de baixo índice glicêmico: < 60 ♥ Por mais que alguns alimentos possuam um índice maior, cada caso é um caso, em indivíduos disciplinados, que seguem uma boa alimentação e um bom padrão de atividades físicas, este alto índice de certos alimentos não irá intervir de forma negativa. já em um indivíduo que está acima do peso, este consumo pode interferir no processo de emagrecimento. Carboidratos no exercício A fase inicial de degradação da glicose como fonte de energia no exercício ocorre sem a presença de O2 (anaeróbico) → Glicólise e Glicogenólise. ♥ Glicólise: - Regulada para garantir que o suprimento de ATP seja coordenado com a velocidade de hidrólise do ATP e disponibilidade de outras fontes - Processo para obtenção de ATP – torna a energia disponível para a célula - Oxidação do NADH e Regeneração do NAD+: redução do piruvato → Lactato. - Ocorre na ausência de O2, fazendo o acúmulo nas células musculares, a redução do pH intracelular, extravasamento extracelular e acúmulo sanguíneo. - Nas atividades de alta intensidade, ocorre a redução do pH intracelular (muscular) pela elevação do lactato. ♥ Glicólise aeróbia → Piruvato - Piruvato → CO2 e H20 (ocorre na mitocôndria) ♥ Glicólise anaeróbia → Lactato - A glicose no interior da célula (GLUT 4) passa pelo processo de fosforilação (conversão), que é irreversível já que a hexocinase impede sua saída, e transforma-se em Glicose 6-fosfato (G6-P), que é utilizada pelo músculo -A hexocinase é inibida proporcionalmente ao acúmulo de G6-P no exercício de alta intensidade. - Com o aumento da adrenalina, ocorre o aumento da fosforilase → ocorrendo o processo de glicogenólise na atividade intensa (aumento do cálcio intracelular que inicia o processo contrátil) - No fígado, a fosfatase catalisa a reação reversa (Hepatócito → Circulação). Utilização dos carboidratos ♥ Exemplificando, independente do grupo muscular trabalhado, toda musculatura esquelética, de uma maneira geral, necessita do carboidrato como suprimento básico. ♥ Medula renal, eritrócitos e retina não realizam metabolismo oxidativo, pois não possuem mitocôndria. ♥ Glicólise para produção de energia - Músculo esquelético -> existe metabolismo oxidativo e metabolismo aeróbio ♥ Escolha do combustível pelo tecido é feita pela: 1. Capacidade metabólica do tecido 2. Disponibilidade de substrato e de O2 ♥ Glicose → Lactato: ocorre mesmo na presença de O2 e não representa baixo suprimento de O2 ♥ Fibras musculares oxidativas de contração lenta (Tipo 1) ♥ Fibras musculares glicolíticas oxidativas de contração rápida (Tipo 2) e glicolíticas de contração rápida (Tipo 2 b). Anotações Extras
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