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Waldemar VT - 2

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VT nota:
 
Curso: Medicina Veterinária	
Disciplina: Citologia	
Aluno:	 Waldemar Lemos dos Santos Neto														
Sistema ABO, Fator Rh e Transfusão de Sangue.
Introdução: O seguinte resumo pretende apresentar o funcionamento do sistema ABO e do Fator
Objetivos: Este trabalho apresenta como objetivo apresentar um resumo sobre o funcionamento do sistema ABO e fator Rh na transfusão de sangue e também sobre os riscos que o tratamento de transfusão pode trazer relacionado a doenças, de maneira que se deve dar a devida importância para o conhecimento do funcionamento desses sistemas de forma que a incompatibilidade possa trazer grandes prejuízos a vida do receptor, tendo assim que ser conhecido o seu sistema como também o do doador.
Metodologia: Este trabalho é resumo para fins acadêmicos onde foram pesquisados artigos por meio da plataforma Google Acadêmico, para fins de utilizar aqueles que possam contribuir mais para este trabalho e conhecimento do aluno.
Resultados: Sistema ABO é o nome dado ao grupo sanguíneo formados por dois tipos de proteína o aglutinogênio A e o aglutinogênio B que é responsável pela determinação de fenótipos sanguíneo. O plasma pode abrigar outras duas proteínas aglutininas anti A e anti B. Assim os indivíduos pertencentes ao grupo AB possuem aglutinogênios A e B, os de grupo A possuam aglutinogênios A e aglutininas anti-B; já o grupo B possuem aglutinogênios B e aglutininas anti-A os indivíduos do grupo O possuem anti A e anti B.
No alelo A o gene A determina a produção de antígeno A, em B o gene B a produção do antígeno B, enquanto em gene O, quando em homozigose, é responsável pela falta dos antígenos A e B. Os alelos A e B mantêm uma relação de codominância entre si, de forma que os heterozigotos AB são responsáveis pelo grupo sanguíneo AB. Esses dois alelos apresentam relação de dominância sobre o alelo O. 
O fator Rh é o segundo maior sistema de triagem e classificação sanguínea. Quem possui esse antígeno é classificado como D-positivo ou Rh positivas (Rh+). As pessoas que não possuem esse fator são denominadas D-negativo ou Rh negativas (Rh-). Além disso há alterações no gene D de forma que pode gerar fenótipos DD, Dd sendo esses dominantes ou dd que são recessivos.
A presença de um antígeno significa que o indivíduo herdou o gene de um ou ambos os pais, nos humanos os genes possuem diferentes frequências entre algumas populações. A classificação dos grupos sanguíneos está muito ligada a lei da hereditariedade.
O sistema sanguíneo ABO encontra-se anticorpos naturais que começam a aparecer no plasma depois de 3 a 6 meses após o nascimento e representam uma mistura com maior quantidade imunoglobulinas da classe M (IgM) do que imunoglobulinas da classe G (IgG) e imunes que podem ocorrer por heteroimunização por substâncias de origem animal ou bacteriana, ou por aloimunização por gestação ou transfusão ABO incompatível.
A presença de anticorpos hemolíticos no sistema ABO, deve ser respeitada, sempre que houver possíveis transfusões de isogrupos, caso contrário deve-se respeitar o esquema de compatibilidade estando atento aos antígenos. Por isso é importante conhecer grupos sanguíneos de outros doadores, para que desta forma, afaste-se a possibilidade de ocorrerem reações perigosas à transfusão, de forma que se feita incorretamente a transfusão dos grupos sanguíneos ABO/RH pode colocar a vida do receptor em risco.
A transfusão de sangue caracteriza-se pela administração de diversos produtos sanguíneos por via endovenosa, sendo um procedimento complexo, ondes e faz necessário conhecimento específico por parte dos profissionais que trabalham com esse processo, visto que pode ocorrer complicações agudas ou tardias, sendo imunológicas ou não.
Dentre as reações agudas Imunológicas podemos citar; Hemolíticas tendo como causa principal a incompatibilidade ABO; Anafilática devido ao anticorpo do paciente contra IgA do plasma do doador; Febril não hemolítica quando o anticorpo do paciente age contra antígenos leucocitários do doado; Urticariforme quando o anticorpo do paciente age contra proteínas plasmáticas do doador e TRALI quando os anticorpos do doador agem contra leucócitos do paciente.
As reações não imunológicas mais ocorrentes são: Sobrecarga de volume que é devido ao volume excessivo em pacientes com ICC; Contaminação Bacteriana; Embolia gasosa devido a infusão endovenosa de ar; Hipotermia devido a infusão rápida de hemocomponente frio; Hipercalemia infusão rápida de várias unidades de sangue estocado e Hipocalcemia devido a transfusão maciça de sangue citratado.
As reações tardias imunológicas estão ligadas a: Reações hemolíticas tardias devido a resposta amnéstica ao antígeno eritrocitário transfundido; DEVH-PT por linfócitos funcionais no hemocomponente transfundido; Púrpura pós-transfusional devido ao desenvolvimento de anticorpo antiplaquetário (anti-HPA- 1a).
As reações não imunológicas tardias estão ligadas a Sobrecarga de ferro devido a múltiplas transfusões e também devido a doenças infecciosas como Hepatites, HIV, infecção por Citomegalovírus, Malária, infecção pelo HTLV I/II, Brucelose, Babesiose, Doança de Chagas, Parvovirose e Sífilis.
Em uma pesquisa feita por Silva, et. al. para determinar e analisar a ocorrência das principais classes fenotípicas relativas aos sistemas sanguíneos ABO e RH, foi realizada uma coleta de dados que teve 1276 mulheres doadoras voluntárias de sangue da Unidade de Coleta e Transfusão do Serviço de Hemoterapia de Primavera do Leste, contribuindo assim para a formação de um banco de dados. 
Foi observado pela pesquisa que os tipos sanguíneos mais comuns no brasil são A e O. Juntos eles abrangem 87% de toda a população. Ao grupo B corresponde a 10% e o AB 3%. Observou-se também ao considerar a estimativa de frequência alélica entre as mulheres doadoras voluntárias de sangue na Unidade de Coleta e Transfusão do Serviço de Hemoterapia de Primavera do Leste que os alelos IA, IB e i apresentaram frequências bem diferenciadas, isto porque essa diferença pode estar ligada à origem de mulheres de diferentes grupos geográficos, visto que os grupos sanguíneos resultam da combinação dos alelos que são herdados de seus pais. Também foi observado o fator Rh de forma que 1.097 mulheres (85,97%) eram de fenótipo RH positivo e 179 mulheres (14,03%) de RH negativo.
Conclusões: Portanto é possível concluir que para realização de uma transfusão sanguínea é preciso não só entender sobre os sistemas de grupos sanguíneos, fator RH, visto que são mais complexos do que se pensa, mas também procurar saber sobre o tipo da pessoa que irá passar pelo processo de transfusão bem como daquele sangue que foi doado visto que todo cuidado deve ser tomado para evitar reações adversas e em caso dessa saber como intervir.
Palavras-chave: sistema ABO, fator Rh, transfusão de sangue, reações à transfusão de sangue.
Bibliografia: FAQUETTI, M. M. et al. Percepção dos receptores sanguíneos quanto ao processo transfusional. Revista Brasileira de Enfermagem: [S.L] v. 67, ed. 6, p. 936-941, 2014.
OLIVEIRA LCO & COZAC APCNC. Reações transfusionais: Diagnóstico e tratamento. Ribeirão Preto, Medicina, p. 431-438, abr./dez. 2003
SILVA, R. A.; SOUZA, A. V. V.; MENDES, S. O., MEDEIROS, M. O. Variabilidade dos Sistemas de Grupos Sanguíneos ABO e RH em Mulheres Doadoras de Sangue em Primavera do Leste-MT. 2011 Revista Biodiversidade: [S.L] v. 10, n. 1, p. 101-109, 2011.
SILVA, K. F. N.; SOARES, S.; IWAMOTO, H. H. A Prática Transfusional e a Formação dos Profissionais de Saúde. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. [online] v.31, n.6, p. 421-426, 2009.

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