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A FUNÇÃO SOCIAL ARTIGO

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A FUNÇÃO SOCIAL, DA PROPRIEDADE E DA POSSE EM CONFORMIDADE COM O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE
Joyce Quéren Medeiros Lima
RESUMO
O trabalho que hora se apresenta se ocupa brevemente com o redirecionamento da função social da propriedade e da posse em conformidade com o princípio da dignidade da pessoa humana. Para o direito, convém explanar a finalidade de um modelo jurídico, algo que necessite ser feito em determinada ordem legal. Referente a função social da propriedade, a mesma é direcionada ao que ela é dada uma forma de conceito do habitante de um certo local da sociedade inserida. Ao passo que a posse é compreendida como sendo fenômeno social, satisfaz as necessidades básicas de uma sociedade, como moradia e trabalho. Verificando os elementos abordados, torna-se possível fazer uma relação entre o instituto da posse e da propriedade, e sim, um direito ocasionalmente autônomo criador de uma relação entre possuidor e possuída. Onde, é detentora de função social, já que permite ao homem o acesso à terra por realização própria, garantindo desta forma a efetiva realização do princípio da dignidade da pessoa humana. As reflexões propostas são interessantes de serem pensadas não somente em função do atual contexto, como também por se levar em consideração a relevância da discussão acerca da função social, visto que possibilitará o acesso à terra para o homem, a partir do seu trabalho próprio, permitindo dessa forma a efetiva realização do princípio da dignidade da pessoa humana. 
Palavras Chave: Função Social. Posse. Propriedade. 
1 INTRODUÇÃO 
A constituição, pelo seu caráter, deve ser sempre utilizada como um tipo de filtro de informações, quando se houver alguma argumentação na qual irá de encontro contra interesses a vedar quaisquer disposições ou decisões que atentem contra os interesses máximos da sociedade. Desta forma, o Princípio Da Dignidade Da Pessoa Humana E O Princípio Da Funcionalidade Do Direito deverão ser atuantes como normas guiadoras na aplicação e interpretação do direito. Por diante, a posse pode se dizer que é a efetivação do Direito de Propriedade.
Diante essa vertente, o presente artigo se dispôs a analisar ações decorrentes da própria vida dos homens, visto que, mesmo com o advento do Código Civil de 2002, o mesmo vislumbrou uma retórica discussão sobre o direito das coisas e considerando que para trazer a pauta a temática referida sobre posse e propriedade, é sugerido que a efetiva hermenêutica seja item fundamental para desencalhar estigmas firmados e impostos por conta uma interpretação equivocada restrita e inacabada sobre a aura da função social, esta tão preeminente nos dias atuais. De acordo com Washington de Barros Monteiro (1998, p.1) o homem no passado podia usar, gozar e dispor da coisa que lhe pertencesse, como melhor lhe aprouvesse, sem que fosse lícito opor qualquer restrição ao livre exercício deste direito. O real entendimento constitucional sobre a função social da propriedade ou a função social da posse de maneira alguma pode se dar sob quaisquer primas que se oponha aos princípios constitucionais reavivados em nossa Constituição Federal de 1988. Tais princípios que a priori devem ser ressaltados em como o insubstituível Princípio da Dignidade Humana que na verdade é o norteador de todos os demais princípios que seguem na criação do nosso texto Constitucional e que deverá reproduzir na mesma intensidade em todos os desmembramentos que se mostram positivamente em nossos demais livros jurídicos.
2 BREVE DISCUSSÃO ACERCA DA FUNÇÃO SOCIAL, DA PROPRIEDADE E DA POSSE
Segundo Orlando Gomes (2008) “propriedade é o direito real que dá a uma pessoa, denominada proprietário, a posse de uma coisa, em todas as suas relações e desta forma poderá então ter o direito de usar, gozar e dispor desta coisa, podendo inclusive reavê-la caso tenha esta injustamente possuída”. É importante atentar, durante períodos históricos havia uma relação intrínseca entre o e a coisa, sendo essa marcante no tocante de superar toda e quaisquer insinuação de parâmetros. A condição de poder irrestrito do homem com relação aos bens de sua propriedade não era passível de condições impostas.
A pratica de poderes que se mostra como atos de propriedade faz existir a posse, diferentemente das situações pontuadas como detenção. De acordo com Orlando Gomes, (2001, p.19) a posse é um direito exercido tal qual o direito de propriedade, ou qualquer outro direito real, consequentemente, sem exigência de animus domini, de modo incidência abrange várias espécies de pessoas, dentre as quais cita o usufrutuário, o locatário, o transportador, o mandatário, o depositário, o administrador, o testamenteiro e diversos outros que utilizaram coisa alheia por força de um direito ou obrigação. Mesmo existindo a prevalência da teoria de Ihering em nosso ordenamento jurídico, existem divergências quanto a aplicabilidade destas teorias nos casos concretos. O fato é que a posse da coisa, objetiva ou subjetivamente faz com que o direito de propriedade preexista gerando como consequências, defeitos/direitos, estes assegurados devido aos interditos possessórios. A proteção possessória, o direito aos frutos a responsabilidade com relação a deterioração da coisa, indenização no caso de benfeitorias. Apenas como resumo das ações possessórias cita-se nesta explanação o esbulho e a turbação.
A primeira pela retirada total ou parcial por meio de situação precária ou violência existente e o segundo por situação de embaraço no direito de uso. O primeiro pela reintegração de posse e o segundo pela manutenção de posse. Já o interdito proibitório tem em sua máxima em situações de iminente ameaça de invasão de posse. Ao contrário do que normalmente se diz, e o interdito citado apresenta características que são facilmente encontradas no processo cautelar, mas mesmo assim com ele não se confunde, visto que esta ação se encerra em si à situação que lhe deu início. No Código Civil em seus vários artigos, particularmente com referência a posse é importante se atentar: Art. 1.196 considera-se possuidor todo aquele que tem feito de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Art. 1.198.
Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com o outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou classificados, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. O ofendido, este que teve de alguma maneira iminente ofensa à posse pode demandar sob o égide do Código Civil, solicitando a proteção possessória e também reparação indenizatória pelos danos causados pelas situações já citadas. 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante disso, a função social da posse tem sua relevância destacada como forma de se interpretar o direito de posse, que deve passar a ser analisada sob sua feição social, soba importância de sua utilidade social, e não unicamente como uma forma de proteger o direito de propriedade.
Levando em consideração a carência, por parte de muitos cidadãos, de um local adequado para a sua residência ou sendo até um ponto ideal para a pratica de atividades profissionais, acaba em diversos casos, comprometendo os pressupostos básicos para uma vida com dignidade.
REFERÊNCIAS
FACHIN, Luiz Edson. A Função social da Posse e a Propriedade contemporânea. 1°. Ed. Sergio Alegre 1998.
SOUZA, A. S. R (ORG). Estudos Avançados da Posse e dos Direitos Reais. 1°. Ed. Belo Horizonte: Del Rey Editora, 2010.
_____LEU N° 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2012. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19/09/2018.
TORRES, Marcos Alcino de Azevedo. A propriedade e a posse: um confronto em torno da função social. 1°. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
BONIZZATO, Luigi. Propriedade Privada e direito sociais. 1°. Ed. Coritiba: Jaruá, 2007.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/L7405.htmAcesso em <13 de set 2018>

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