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Leitura de Imagens-VI

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Prévia do material em texto

Leitura de Imagens 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Maria Jose Spiteri Tavolaro Passos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
• Introdução;
• Os Estudos Culturais e a Cultura Visual;
• Um Grafitti na Paisagem da Cidade sob o 
Ponto de Vista Positivista;
• Entre a Película Cinematográfica e a Embalagem do DVD: 
um Olhar Historicista;
• O Fotojornalismo em uma Perspectiva Sociológica;
• Viajando no Tempo para a Análise Fenomenológica 
de uma Imagem Publicitária;
• Análise Semiótica;
• Análises Híbridas;
• Outras Possibilidades de Leitura – Roteiros...
• Estudar as relações entre a leitura de imagens e a cultura visual.
• Aplicar os conteúdos estudados em análise de imagens.
• Compreender as relações entre forma e conteúdo na leitura e entendimento de ima-
gens em diferentes contextos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Estudos de Caso: Leituras 
de Imagens contatos com Cultura Visual
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Introdução
Ao longo dos nossos estudos, temos verificado que todas as imagens podem 
ser lidas. Assim, embora estejamos trabalhando predominantemente em torno do 
universo da fotografia, é importante destacar que uma obra de arte, uma cena de 
filme, um videogame, a capa de um caderno, uma ilustração em um livro, a emba-
lagem de um sabão em pó, tudo pode ser lido e interpretado sob diferentes pontos 
de vista.
Considerando que, ainda bebês, vemos o que nos cerca antes mesmo de verba-
lizar de modo racional as nossas ideias, é possível imaginar o quanto as imagens 
estão presentes no nosso modo de nos relacionar e compreender o mundo.
Os estudos relacionados à Cultura Visual passaram a ser desenvolvidos nas úl-
timas décadas do século XX, no sentido de se buscar uma maior compreensão a 
respeito dos aspectos visuais como um campo para a transmissão de conhecimen-
tos, de cultura e como os próprios sistemas culturais podem interferir no processo 
de entendimento da realidade. 
Nesta unidade, vamos retomar algumas das propostas metodológicas dirigidas à 
leitura de imagens já estudadas, porém, desta vez buscaremos aplicá-las não ape-
nas à fotografia, mas também inserindo esta e outras linguagens no amplo campo 
da cultura visual e, assim, dirigiremos nosso olhar para o mundo do grafitti, carta-
zes, capas de revista, anúncios de publicidade etc. É interessante pensar que essas 
imagens convivem conosco, fazem parte do nosso dia a dia, porém, podem até 
passar despercebidas, o que reforça a necessidade de uma educação visual que nos 
torne mais críticos, inclusive em relação ao nosso entorno visual. 
No final desta unidade teremos ainda dois roteiros de análise propostos por 
teóricos contemporâneos que vêm se dedicando ao estudo das imagens em dife-
rentes contextos.
Convido você a embarcar nesta jornada e, talvez, olhar com “outros olhos” para 
esse universo que nos cerca. Vamos lá?!
Os Estudos Culturais e a Cultura Visual
Surgida da década de 1950, a área dos Estudos Culturais tem um caráter inter-
disciplinar dirigido ao estudo do processo social, da evolução da cultura etc., nas 
sociedades atuais. Para os pesquisadores dessa linha de estudos, a cultura envolve 
as práticas sociais e as suas inter-relações, os significados e os valores presentes na 
sociedade, bem como onde e como se expressam.
[...] os estudos culturais tratam de compreender de que maneira os sujeitos 
buscam dar sentido ao consumo na cultura de massas, a cultura visual dá prio-
ridade à experiência cotidiana do visual, interessa- se pelos acontecimentos 
8
9
visuais nos quais o consumidor busca informação, significado e/ou prazer 
conectados com a tecnologia visual. (SARDELICH, 2006, p. 462).
Os estudos relacionados à Cultura Visual são entendidos por muitos autores como 
um campo que se insere nos Estudos Culturais e como uma proposta de análise do 
universo visual que nos cerca baseada em uma esfera mais abrangente do que um 
olhar concentrado apenas em aspectos formais, históricos, psicológicos etc.
Essa abordagem fundamenta-se em uma base socioantropológica, o 
que significa focalizar o conhecimento tanto nos produtores dessas ex-
periências quanto no contexto sociocultural em que são produzidas. 
(SARDELICH, 2006, p. 462). 
Mas, por que cultura “visual”? Para tentar entender do que se trata esse “visu-
al” nesse campo de investigação, Pablo Petit Passos Sérvio, em seu texto “O que 
estudam os estudos da cultura visual”, fala-nos de dois conceitos importantes – vi-
sualidade e visão – e nos coloca em contato com a interpretação de Hal Foster a 
esse respeito: 
O que Foster chama de “visual” está dividido em dois planos. Esses planos 
não atuam de modo separado, mas tampouco são idênticos. 1) visão trata 
da percepção como operação física, trata de seus mecanismos e dados; e 
2) visualidade trata da percepção como fato social, suas técnicas históricas 
e determinações discursivas. Enquanto a visão foca na parcela biológica 
da experiência visual, o corpo e a psique, a visualidade trata da parcela 
cultural da experiência visual, aquilo que é aprendido social e historica-
mente. (SERVIO, 2014, p. 197)
Enquanto as análises mais tradicionalmente relacionadas à leitura de imagem 
estejam bastante atreladas ao campo da História da Arte, os estudos ligados à Cul-
tura Visual envolvem uma multiplicidade de entendimentos a partir das imagens, 
propondo que se construa um novo olhar sobre as imagens que não se incluem no 
campo das obras de arte; afinal, todas as imagens têm seu valor porque indepen-
dente de transmitir ideias, cada um de nós lhes damos sentidos. 
Cada pessoa tem seus valores próprios, suas verdades construídas a partir de 
um repertório pessoal que envolve a sua cultura em todos os sentidos e tal diver-
sidade tornaria impossível haver uma só verdade, uma só leitura a respeito de 
uma única imagem.
Assim, para uma análise pessoal de uma imagem, é preciso considerar as nossas 
características pessoais de formação, crenças e experiências; refletir criticamente 
sobre como, quando, por quem e por que determinada imagemfoi produzida; 
e considerar criticamente o posicionamento do outro, que também se pauta em 
características individuais, fazendo escolhas e recortes dentro do código comparti-
lhado para construir sua compreensão da imagem. 
Veja que não se trata de um estudo desenvolvido com base em “acho que”, 
mas sim associando o repertório pessoal daquele que analisa a imagem a outros 
9
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
conteúdos que podem envolver aspectos históricos, sociais, antropológicos etc., 
e, assim, a Cultura Visual admite que estudemos as diversas formas de expressão, 
desde uma escultura até a embalagem de um bombom, já que ambos serão vistos 
por diferentes pessoas e desencadearão significados diferentes para cada uma. 
Portanto, procura-se pensar de modo crítico as imagens que nos cercam, sejam 
elas capas de revistas ou outdoors, capas de discos ou placas de vendedores ambu-
lantes. O importante é ver essas imagens sob diferentes ângulos, buscando o que 
está por trás delas, a intenção com que foram produzidas.
Vamos agora verificar como metodologias como a Positivista, Historicista, Feno-
menológica, Sociológica e Semiótica podem contribuir para um estudo da Cultura 
Visual e até como trabalhar uma leitura com base no hibridismo de referências 
teóricas através de elementos extraídos de correntes como a Semiótica, o Estru-
turalismo e a Fenomenologia, entendendo assim que as metodologias podem se 
complementar e contribuir até para a construção de leituras subjetivas, mas sempre 
calçadas por uma base teórica consistente.
Um Grafitti na Paisagem da Cidade 
sob o Ponto de Vista Positivista
Alexandre Orion é um artista contemporâneo, multimídia, que ganhou visibilida-
de por seus trabalhos ligados ao universo do grafitti. Vamos aplicar a proposta de 
base positivista a uma de suas obras e verificar uma das diferentes possibilidades de 
estudo a respeito de um de seus trabalhos (link a seguir).
Alexandre Orion – Metabiótica 8, 2004 – intervenção urbana seguida de fotografia, acervo 
da Pinacoteca de São Paulo. Disponível em: https://goo.gl/1VKNDSEx
pl
or
O nome de Orion se tornou muito popular quando em 2006 fez uma intervenção em túneis 
da capital paulista. As paredes desses túneis ficavam cobertas pela fuligem produzida pelos 
veículos que ali passavam e Alexandre Orion, utilizando-se de pedaços de tecido, começou 
a limpar seletivamente aquela poluição que escurecia as paredes. Como se fosse uma borra-
cha aplicada sobre uma camada de grafite, a limpeza de Orion formou figuras (caveiras) e, 
assim, o artista criou grandes painéis nesses espaços. 
A intervenção foi polêmica, atraindo os olhares da mídia e da própria prefeitura da cidade.
Saiba mais a respeito deste e de outros projetos desse artista visitando o seu website em: 
https://goo.gl/r2SwuJ
Ex
pl
or
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11
Ênfase Formal
O trabalho em questão começa como grafitti e se finaliza em fotografia. A inter-
venção inicial foi realizada em uma parede da cidade e, em seguida, buscou-se pelo 
momento exato da passagem de um motociclista que acaba interagindo de modo 
indireto com a imagem fixada na parede.
Observa-se aqui uma oposição entre a indefinição da forma do motociclista e seu 
veículo em deslocamento real e a imagem na parede. Enquanto o motociclista tem ên-
fase na mancha cromática, sem traços definidos, indicando movimento, a imagem na 
parede, executada em estêncil, é pura linearidade. Não há planos, há apenas um traço 
simples e preciso, evidenciando as diferenças entre os dois elementos da imagem.
Plano x Profundidade
A composição fotográfica é aqui constituída de dois planos: o do motociclista e 
o da intervenção feita em estêncil ao fundo. 
A imagem fotográfica se constrói pela sobreposição entre o volume do primeiro 
plano e a rigidez bidimensional e muito definida da imagem na parede.
História Concreta
Em Metabiótica, Alexandre Orion escolhe um local da cidade, realiza uma 
pintura na parede e, com a câmera em punho, aguarda pelo momento em 
que as pessoas interagem espontaneamente com suas pinturas. Orion atri-
bui à intervenção urbana uma dimensão na vida real e promove o encontro 
(ou o confronto) entre realidade e ficção dentro do campo fotográfico.
É no momento decisivo de interação entre o pedestre e a imagem pintada 
que a fotografia de Metabiótica é gerada, contrapondo-se aos tradicionais 
quadros fotográficos que nos transmitem a falsa ideia de que tudo o que 
é fotográfico é real. Em Metabiótica, a veracidade é posta em dúvida: as 
pinturas estão de fato nas paredes, as pessoas realmente passaram por ali 
e agiram espontaneamente, no entanto, o que se vê nos sugere um tipo 
de montagem que não existiu. É tudo verdade, é tudo mentira.1
Unidade
Dependendo da posição do fotógrafo e do motociclista em relação à parede, 
talvez essa imagem não tivesse o mesmo impacto. 
Quem garante a unidade nesta obra é a escala cromática, a proporcionalidade 
aqui aplicada. Mesmo distinguindo dois elementos de forma muito clara, há uma 
harmonia e uma complementaridade nascida da interação desses dois elementos. 
1 Disponível em: <https://goo.gl/5WhtHR>. Acesso em: 20/10/2018.
11
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
A luz da imagem fotográfica cria sombras bem delineadas que ajudam a criar a 
identificação de cada objeto e a brincar com a complementaridade captada entre 
tais elementos.
Aguardar o momento certo para o clique fotográfico é parte importante do mé-
rito desse trabalho.
Comentário Final
Em outros momentos da história da fotografia, uma imagem como esta talvez só 
fosse possível por meio de uma montagem, mas estamos tratando de uma imagem 
do século XXI. Dificilmente se poderia realizar uma tomada como esta se estivés-
semos considerando os recursos técnicos disponíveis no século XIX ou, ainda, nos 
primeiros tempos do século XX, quando o tempo de exposição necessário para se 
registrar uma imagem ainda era longo. No entanto, com o desenvolvimento dos 
equipamentos, as possibilidades de registros tornaram-se muito maiores, permitin-
do ao fotografo explorar ao máximo os recursos de seu equipamento. 
Trata-se de um artista urbano, envolvido com as questões que afligem os grandes 
centros: o espaço, a velocidade, o tempo e até mesmo a perda de referenciais que 
podem fazer com que às vezes as pessoas se sintam “fora” de sintonia com a realidade.
Entre a Película Cinematográfica e a 
Embalagem do DVD: um Olhar Historicista 
Identificação das Obras
Este é um dos mais célebres e paradigmáticos 
filmes de Ingmar Bergman. O DVD reproduz a 
imagem de cartaz do clássico filme Det Sjunde 
Inseglet (O Sétimo Selo) de Ingmar Bergman, 
1957, e reúne por meio da fotomontagem ce-
nas emblemáticas do longa-metragem. Na ima-
gem, o cavaleiro e a morte estão jogando xa-
drez, na disputa pela vida do cavaleiro, enquanto 
na parte superior da imagem, um grupo de seis 
pessoas se desloca em fila, de mãos dadas, sen-
do guiadas por uma que traja uma capa esvoa-
çante, levando na mão um instrumento que nos 
remete à foice, símbolo da morte.
O roteiro trata basicamente a história de 
um cavaleiro que, após dez anos, retorna das 
Cruzadas, vê o seu país físico e espiritualmente Figura 1 – Capa do filme “O sétimo selo”Fonte: Wikimedia Commons
12
13
devastado pela peste negra. Encontra então uma estranha e enigmática figura, 
trata-se da Morte que vem avisá-lo da chegada de “sua hora”. Com o objetivo 
de ganhar tempo em vida, o protagonista convida a Morte para uma longa 
partida de xadrez no qual será realizado o intento do vencedor (a permanência 
em vida ou a partida para o mundo dos mortos). É durante esse longo embate 
que ambos discutem diversas questões, sobre a fé e a dúvida, que permanecem 
sem resposta.
O Contexto e o Lugar para qual ela foi Realizada
O roteiro do filme foi produzido tendo por base o contexto da Suécia (terra natal 
do diretor) no período pós Segunda Guerra Mundial, quando a polarização do mun-do entre capitalismo e socialismo deixava todos preocupados com uma potencial 
hecatombe nuclear.
Estabelecimento de Cronologias
A imagem em questão provavelmente não corresponda àquelas que circularam 
divulgando o filme quando de seu lançamento, na década de 1950. Trata-se da 
capa elaborada para um DVD, onde foram utilizados padrões estéticos mais próxi-
mos da virada do milênio.
Veja a capa completa do DVD box disponível em: https://goo.gl/ui4WXz
Ex
pl
or
O sétimo selo compõe a obra de um diretor/autor que tem como alguns dos 
temas centrais das suas obras um estudo psicológico dos personagens e a influência 
da religião na vida das pessoas, o que nem sempre ocorre de modo positivo. 
A imagem se refere a um filme que, ao retratar a Idade Média e o homem amea-
çado pelas mazelas da época em questão, o faz enquanto alegoria para seu tempo: 
o final dos anos 50, onde o mundo sente o peso da grande ameaça de uma guerra 
nuclear. Ou seja, o filme trata da onipresença da morte quando o sentimento de 
uma destruição de mundo imanente também é onipresente.
Esse premiado fi lme de Ingmar Bergman teve uma serie de cartazes com composições das 
mais diversas e você poderá ver algumas delas em: https://goo.gl/CNerxREx
pl
or
Interpretações Gerais
A capa do DVD, enquanto imagem, é uma ponte de conexão com a obra cine-
matográfica de Bergman. O cartaz materializa parte das inquietações apresentadas 
pelo cinema transcendental do diretor. O tema é a proximidade entre a morte e 
13
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
a batalha que será travada com o cavaleiro. Sua figura é representada de forma 
clássica, permitindo ao observador não só reconhecê-la enquanto personagem, 
mas também a estabelecer uma interpretação sobre sua natureza fria e sombria 
como sempre foi retratada na cultura ocidental.
Se nos concentrarmos apenas na imagem, sem assistir o filme, identificaremos 
claramente o protagonismo dos dois personagens na história e também a sobrieda-
de que a temática evoca, bem como os sentimentos que afligirão os personagens.
Era urgente, para Bergman, expressar a angústia do mundo em que vivia, 
comum a estes dois períodos históricos [idade média e anos 1950]. Em-
bora seu foco principal não fosse a reconstituição do passado, suas inves-
tigações da época e a reconstrução da sociedade de então são preciosas 
e bem elaboradas.
No enredo, o protagonista Antonius Block, interpretado magistralmente 
por Max Von Sydow, tem um encontro com a Morte assim que volta das 
Cruzadas e vê sua terra natal completamente arrasada pela peste. Seu 
momento também parece ter chegado, mas ele rejeita o fim da existência 
antes de realmente compreender o significado da vida. Determinado, ele 
convida a Morte para ser sua parceira em um jogo de xadrez, com o ob-
jetivo também de driblá-la.2
O filme evoca uma possibilidade de confronto, colocando a morte e o cavaleiro 
em pé de igualdade e a imagem retrata essa possibilidade. É um prenúncio do que 
se desenrolará sem, no entanto, revelar a trama. 
Experimentações Metodológicas
Neste caso específico, para uma melhor interpretação da imagem (Figura 2), é 
conveniente que se agregue a análise do filme. Desse modo, podemos ampliar o 
contexto da obra e traçar relações entre imagem do DVD e o enredo, aumentando 
as possibilidades de análise e interpretações da imagem.
O Fotojornalismo em uma 
Perspectiva Sociológica
Passemos aqui a um exercício de análise com base em um direcionamento so-
ciológico e, para tanto, utilizaremos uma imagem de fotojornalismo, realizada em 
2013, quando ocorreram muitos protestos contra os grandes gastos que se reali-
zavam, entre outras, durante os preparativos para a Copa do Mundo que ocorreria 
no Brasil em 2014.
2 SANTANA, Ana Lúcia. “O Sétimo Selo”. Disponível em: http://www.infoescola.com/cinema/o-setimo-selo/
14
15
Figura 2 – José Cruz (Agência Brasil)
Fonte: Wikimedia Commons
Nota: Protestos de 2013 no Brasil - junho de 2013, manifestantes protestam 
em frente ao Congresso Nacional contra gastos na Copa, corrupção e por melho-
rias no transporte, na saúde e educação – fotojornalismo.
Descrição sumária dos elementos linguísticos: 
temáticos, técnicos, formais
Aspectos temáticos
• Gênero artístico: fotojornalismo;
• Reconhecimento do tema: histórico. Registro dos movimentos ocorridos no 
Brasil em junho de 2013 contra a corrupção e por melhorias no transporte, 
saúde etc.
Aspectos Técnicos
• Materiais e Técnicas: fotografia digital;
• Elementos arquitetônicos: o espaço da rampa do Congresso Nacional, onde 
se concentravam muitas pessoas empunhando bandeiras do Brasil. Ao fundo, 
é possível ver as duas torres do Congresso;
• Suportes e procedimentos: a obra tanto pode ser vista em suportes digitais 
quanto impressa em alguns jornais da época.
Aspectos Formais
• Espacialidade: Ao analisar o espaço registrado, vemos dois planos composi-
tivos que ainda poderiam ser subdivididos. Ao fundo, iluminadas, as torres do 
Congresso Nacional. Ao longo da rampa que liga o passeio às torres, temos 
um grupo de manifestantes em primeiro plano. Pela redução da luminosidade 
15
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
na rampa, a imagem perde gradativamente a nitidez e o grupo se transforma 
em uma massa densa, sem que se possa identificar com facilidade os indivídu-
os, como ocorre no primeiro plano;
• Tipo de composição: a composição, embora não muito clássica, é muito usa-
da em fotografia. Cria-se uma diagonal que se desenvolve da esquerda para a 
direita e em um movimento de baixo para cima;
• Tipo de iluminação: realista, captada do ambiente em que a imagem foi ti-
rada. Há uma luminosidade acentuada no primeiro plano e na parte inferior 
da rampa. Uma luz um pouco menos intensa surge no plano de fundo, junto 
às torres. O restante do campo, por apresentar baixa luminosidade, contrasta 
com essas áreas. 
É provável que no momento da tomada da fotografia, o equipamento (fotômetro 
da câmera) tenha considerado como referência a luz na base da rampa.
Relação destes elementos com outras linguagens 
Anteriores ou Posteriores
Um dos objetivos do fotojornalismo é registrar, por meio de imagens, fatos que 
ocorrem em uma sociedade, em um determinado contexto. Atualmente, com a po-
pularização dos equipamentos e a facilidade do acesso à fotografia (hoje qualquer 
criança fotografa com um aparelho celular, por exemplo), acompanhamos uma 
certa banalização do registro fotográfico, o trabalho do fotojornalista se destaca ao 
buscar ângulos e enquadramentos exclusivos e inusitados.
Ao posicionar-se de baixo para cima, agigantando tanto manifestantes como o 
próprio edifício do Congresso Nacional, o autor agregou ao registro jornalístico um 
simbolismo que se constrói junto ao observador. Sob o ponto de vista do qual foi 
tomada a foto, seu autor conferiu simbolicamente à cena uma monumentalidade 
que ultrapassa sua mera configuração formal.
Conexões Entre o Tema e o Meio – Vinculação Sócio-Histórica
No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações populares ocor-
reu nas ruas de centenas de cidades brasileiras. Tendo inicialmente como foco 
de reivindicação a redução das tarifas do transporte coletivo, as manifestações 
ampliaram-se ganhando um número imensamente maior de pessoas e também 
novas reivindicações. A imagem em questão foi capturada quando, durante uma 
dessas manifestações, centenas de jovens invadiram o prédio do Congresso Na-
cional em Brasília. Não se tratava de entrar no prédio e sim se tomar seu entor-
no. Ao que tudo indica, o ato não foi previamente articulado por nenhuma força 
específica. Jovens entenderam que suas reinvindicações permitiam tomar posse 
da “casa do povo”.
16
17
Análise das Conexões Entre Signifi cado e Meio Histórico
Este registro fotográfico retrata uma tomada de poder, ainda que momentâ-
nea. Registrou-se (com uma certa teatralidade, há de se reconhecer) um momento 
que, como outros na históriado Brasil, a população toma as ruas reivindicando 
uma causa. O ponto de vista adotado pelo fotógrafo, o foco nas duas bandeiras 
brasileiras carregadas pelos manifestantes, o Congresso Nacional ao fundo, como 
único objeto iluminado na noite brasiliense, apontam para a construção de uma 
legitimação do ato. Ao julgar apenas por essa imagem, poderíamos concluir que as 
manifestações de julho de 2013 são um ato de democracia, onde o poder do povo 
se sobrepõe ao poder estatal.
Viajando no Tempo para a Análise 
Fenomenológica de uma Imagem 
Publicitária 
A abordagem fenomenológica considera que uma imagem pode ser constituída 
por planos interdependentes. Para este exercício, selecionamos uma imagem de 
divulgação de um refrigerante criado nos Estados Unidos nas últimas décadas do 
século XIX. 
Figura 4 – Autor desconhecido – Anúncio da Coca-Cola, 1890 
– ilustração (peça publicitária)
Fonte: Divulgação
17
UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Plano Terrestre (A Matéria)
• O Material: Trata-se de uma impressão (possivelmente litográfica) realizada 
sobre papel. A superfície apresenta fisicamente uma textura lisa e regular;
• O Sensível: O papel, enquanto suporte para representações bidimensionais, 
recebe com facilidade as imagens que lhes são aplicadas, desde que sejam 
consideradas as qualidades específicas do suporte (papel) como porosidade, 
gramatura etc., e dos materiais que lhe forem aplicados (tipos de tinta etc). 
Desse modo, respeitando suas condições físicas, o papel pode atender satisfa-
toriamente à condição de servir como suporte para que sejam simuladas visual-
mente, texturas e volumes tridimensionais sem que de fato sejam apresentados 
(o desenho, determinadas modalidades de pintura, a fotografia, a gravura etc 
são basicamente expressões bidimensionais).
Plano Cósmico (A Forma)
Fatores Representativos – espaciais e temporais
• Espaciais: Ao retratar um ambiente luxuoso por meio da ilustração, a peça 
simula uma iluminação naturalista onde se destacam o brilho e a transparên-
cia do jarro de flores e as pérolas do colar. As cores usadas, bem como a luz 
que banha uniformemente toda a composição, trazem ainda uma sensação de 
maciez e de viço tanto à pele da jovem, às pétalas das fores e aos materiais de 
que se veste a personagem (plumas, tecidos);
• Temporais: A ilustração data de 1890. A personagem traja a moda da épo-
ca, trazendo ícones de sofisticação e bom gosto como as pérolas, as luvas, o 
chapéu e o babado da gola. O bordado da roupa também é uma referência de 
elegância para o período.
Fatores significativos – miméticos, expressivos e sugestivos
• Miméticos: No que diz respeito à ideia de mímesis, um elemento se sobressai 
na ilustração: o vaso de flores. Observe a transparência e os reflexos repre-
sentados no vaso de rosas amarelas; busca-se uma construção que simule a luz 
natural e a reação daquele tipo de material a ela;
• Expressivos: O destaque dado à marca e ao preço mostram a função publi-
citária da peça que busca associar a marca em questão com o hábito de ser 
consumida por uma pessoa de “bom gosto”. Também sobre a mesa, observa-
-se uma folha com as seguintes inscrições: “Home Office, The Coca-Cola 
Co. Atlanta, Ga. Branches: Chicago, Philadelphia, Los Angeles, Dallas”, 
tal qual um cartão de visitas, contendo indicacões dos escritórios da empresa, 
reforçando assim a função publicitária da imagem;
• Sugestivos: A imagem é uma peça publicitária, então já sabemos de ante-
mão que ela tem como missão principal estabelecer uma conexão positiva 
entre a marca e o espectador. Ao retratar uma mulher jovem, feliz e elegante 
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(de acordo com os padrões da época), a marca quer associar a ideia de beleza, 
elegância, felicidade e inovação, ao seu consumo.
Importante!
Ao longo de sua história, a Coca-Cola investiu signifi cativamente no campo da divulgação 
de seu produto e de sua imagem, sempre a relacionando à cultura norte-americana, per-
manecendo desde sua criação como um dos produtos mais emblemáticos da cultura popu-
lar no Ocidente. Sua imagem e alcance já fi zeram com que se tornasse tema de fi lmes, além 
de estar presente também em obras como as do estadunidense Andy Warhol e do brasileiro 
Cildo Meirelles.
Você Sabia?
Análise Semiótica
Segundo Jesús Viñuales (1986, p. 146), há diferentes caminhos para se realizar 
uma leitura semiótica de uma imagem e um deles foi proposto por Moles em sua 
obra Psicología del espacio, estruturado a partir de cinco pontos de vista: uma 
análise sociológica, uma psicológica, uma física (calcada nos aspectos sobretudo 
compositivos), uma informativa e uma interpretativa.
Figura 5 – Taurus, Sisley: Fashion Junkie, 2007
Fonte: Divulgação
A imagem analisada foi extraída de uma campanha denominada Fashion Junkie, 
desenvolvida para a marca italiana Sisley em 2007.
Análise Sociológica
A imagem aqui apresentada nos remete a um ponto que historicamente desper-
ta o debate nas mais diversas sociedades: o dos vícios e das compulsões. 
Frequentemente, acompanhamos nos meios de comunicação campanhas de 
combate ao uso de drogas, principalmente aquelas que mais facilmente podem 
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
conduzir a quadros de dependência como é o caso dos derivados de coca. Usuários 
da droga costumam valer-se de canudos para aspirá-la transformada em pó.
A imagem que aqui vemos faz uma alusão a essa prática, no entanto, em lugar 
da tradicional “carreira de pó” (nome popular dado a fileiras formadas com cocaí-
na), vemos uma peça de vestuário feminino, de cor branca.
Análise Psicológica
É interessante observar que a peça publicitária foi direcionada ao público jovem, 
urbano, consumidor de moda e que se relaciona com mídias como o cinema, a 
televisão e a internet. 
É provável que o discurso de fundo neste caso não seja uma apologia às drogas 
ou ao consumismo, mas sim uma reflexão a respeito de uma possível associação 
entre ambos como algo que possa levar à dependência.
Certamente trata-se de uma campanha bastante ousada, já que a imagem 
pode, em um primeiro momento, esbarrar em preconceitos que conduziriam o 
consumidor a rejeitar o produto em lugar de refletir a respeito do discurso por 
trás da imagem.
É difícil intuir o resultado que se espera de uma peça polêmica quanto essa. Ela 
faz uso de elementos que claramente associam o produto a uma experiência que 
tanto pode ser vista como libertadora, quanto opressora. 
Análise Formal
Vemos duas jovens vestidas com trajes de festa, debruçadas sobre uma mesa 
onde se estende uma peça de roupa branca (provavelmente um vestido sem 
mangas). Por meio de um canudo, uma delas cheira a peça de roupa enquan-
to a outra olha na direção da câmera com uma expressão vazia (como que se 
estivesse em um efeito alterado de consciência). Uma clara alusão ao consumo 
de cocaína.
O fundo escuro se mistura com a superfície da mesa. As jovens têm pele clara 
e usam uma maquiagem escura em torno dos olhos, o que acentua o aspecto de 
aparentemente drogadas.
No meio da imagem observa-se o nome da marca “Sisley”.
Análise da Informação
A mensagem aqui é direcionada a um público consumidor de moda.
Ao estabelecer um paralelo entre a roupa e o consumo de drogas, a mensagem 
da marca é a de que a moda pode se tornar um vício.
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Análise Interpretativa
A droga utilizada por muitos com intenções recreativas pode gerar um bem-estar 
imediato que um viciado procurará repetir até a exaustão. 
A partir do exposto, podemos concluir que a principal mensagem do anúncio é 
a de que a moda vicia, porém, enquanto a experiência proporcionada pelas drogas 
possa ser tão passageira, porém com consequências ruins, o contato com a moda 
pode ser mais duradouro e positivo.
No entanto, para que o espectador chegue a essa conclusão, é preciso libertar-se 
de preconceitos e, com “bom humor” e acuidade perceptiva, para realizar tal leitura. 
É interessante observar que a marca sepermitiu expor ao risco de ser associada 
a esse lado devastador. Porém, no meio publicitário, a polêmica pode favorecer 
discussões mais aprofundadas como as aqui apontadas a respeito do consumo de 
moda e sobre como nossa sociedade pode lidar com o vício de um consumismo 
sem limites. 
Cabe aqui resgatar a ideia de primeiridade, secundidade e terceiridade, estuda-
das na abordagem Semiótica. Cada nível de interpretação lhe permitirá abordar o 
mote da campanha por uma perspectiva distinta da outra: desde o estranhamento 
do primeiro contato com a imagem, a identificação racional dos signos que a cons-
tituem, chegando até a interpretação dos significados.
Análises Híbridas
Conforme estudamos desde o início desta disciplina, as metodologias podem 
contribuir para ampliar nosso conhecimento para um estudo mais profundo das 
imagens. Verificamos que, de acordo com os seus princípios teóricos, as diferen-
tes propostas metodológicas tendem a privilegiar determinados aspectos de uma 
imagem, porém, se somados, esses diferentes olhares podem no conduzir a uma 
rede de elementos que instigam o pensamento crítico e analítico das imagens que 
nos cercam.
Para concluirmos esta unidade, vamos apresentar duas análises de imagem que 
mesclam diferentes elementos de metodologias e teorias distintas.
As duas últimas análises referem-se a dois exemplos de imagens que estão 
inseridas em nossa Cultura Visual: a primeira é uma publicidade de moda, da 
marca francesa Marithé et François Girbaud; a segunda é uma capa da revista 
Superinteressante. Ambas imagens nos levam à reflexão sobre temas relaciona-
dos ao universo feminino, tão polêmicos e pertinentes nos dias de hoje. 
Veremos que estas análises são híbridas, mesclando elementos provenientes da 
Semiótica, da Iconologia, da Gestalt, da Fenomenologia e do Estruturalismo.
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Análise Híbrida – Campanha Publicitária 
Contexto
Em 2002, a marca francesa Marithé et François Girbaud veiculou em uma de 
suas campanhas uma imagem (Figura 5) que claramente faz uma alusão “A Última 
Ceia” de Leonardo da Vinci (Figura 6). Por ter sido considerada pelo público fran-
cês como ofensiva, teve sua veiculação proibida na França.
Figura 5 – Campanha publicitária da marca de roupas 
francesa Marithé et François Girbaud, 2002
Fonte: Divulgação
Figura 6 – Leonardo Da Vinci, A Última Ceia, 1495-98
Fonte: Wikimedia Commons
Composição e simbolismo
A imagem apresenta uma composição clássica do Renascimento italiano: privi-
legia a horizontalidade, distribuindo simetricamente os elementos ao longo de um 
eixo central. 
O centro perceptivo da imagem (ponto de maior atenção visual) recai na figura 
da jovem de longos cabelos, posicionada ao centro da imagem (Figura 7). Ela traz 
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as mãos voltadas para cima, numa posição muito associada às orações, ao ato de 
receber uma inspiração divina ou ainda de entrega a Deus. Seu olhar cabisbaixo 
nos remete à ideia de humildade e serenidade. O cabelo longo e a pele clara tam-
bém nos remete a representações tradicionais de Jesus Cristo, em particular a de 
Leonardo da Vinci (Figura 6).
Figura 7 – Estudo da composição
Observe a jovem posicionada no centro da imagem e como as demais fi guras se 
distribuem simetricamente ao longo da mesa.
Assim como na obra de Da Vinci, a figura central está isolada. Convém observar 
que há um espaço entre ela e os outros dois grupos que a cercam. Esses dois gru-
pos de personagens por sua vez estão tão próxi-
mos que é difícil identificar espaços vazios entre 
eles. A composição foi construída de maneira 
que não consigamos separar cada um desses 
personagens. Isolados eles perdem o sentido. 
Embora sejam dois grupos, é clara a relação e a 
referência à composição de Da Vinci, a qual é 
estruturada por 4 grupos de 3 apóstolos.
A única figura menos vestida é também o 
único homem da foto. Notem que ele também é 
o único de costas para o observador. Não vemos 
seu rosto. Poderíamos diante disso entendê-lo 
como um “não pessoa”, um objeto, um pedaço 
de carne (já que tem sua “carne” exposta), sem 
rosto, sem identidade. Seria isso uma crítica a 
maneira como as mulheres são retratadas pela 
publicidade de moda? Seria isso uma alusão à 
necessidade de se reverter o machismo e colo-
car a mulher como figura central? 
Figura 8 – Detalhe: única fi gura masculina 
presente na imagem, posicionada de costas
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Fazendo a conexão com a imagem clássica que claramente a peça publicitária 
tenta referenciar, os papéis de gênero se inverteram. Os “apóstolos” dessa imagem 
são mulheres e o homem faz o papel de Maria Madalena. 
Nesse mesmo recorte, vemos a imagem da única personagem da cena que olha 
diretamente para o observador. Seria possível estabelecer um diálogo com essa 
personagem? Seria ela a nossa ponte para com a cena? 
Atente que ela é a única que segura uma bolsa. Quem mais nesse contexto 
carregaria uma bolsa que não o próprio Judas que acabara de vender Cristo? Se 
apenas Judas se conecta com o expectador, em que lugar a imagem nos coloca 
enquanto observador? Seria Judas nosso único ponto de conexão com o quadro da 
Santa Ceia da moda? 
Figura 9 – Detalhe: mão com pomba
Outro ponto interessante da composição é o que se passa “sob a mesa”. Note 
que não há uma coerência entre a quantidade de personagens e as “pernas” dispo-
níveis. Não há banco, embora muitas delas pareçam estar sentadas. E já no canto 
direito, há uma pomba. Podemos aludir aqui a duas possíveis conexões simbólicas, 
a pomba da paz ou, a mais provável, o “Espírito Santo”. Colocar qualquer um 
desses símbolos “debaixo da mesa” lhes atribui um caráter inferior a todo o resto 
da composição. Seria um indicativo de presença, mesmo que furtiva, ou um claro 
rebaixamento da figura?
A moda, o observador, a marca 
Como poderíamos avaliar a imagem veiculada pela marca? Trata-se de uma 
peça publicitária que vem utilizar instrumentos diversos para despertar o interesse 
do consumidor pela marca. A imagem referência, a Santa Ceia, é tão presente na 
cultura ocidental que os consumidores poderiam se sentir diretamente atraídos pela 
imagem, seja de que forma fosse, aprovando-a ou não. Há uma ligação forte entre 
a imagem e o espectador, isso é inegável.
Dessa forma, a polêmica era certa e aí nos questionamos se os resultados da 
apreensão poderiam ser previstos e controlados. O resultado obtido, ao menos na 
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França, foi que os cristãos se sentiram ofendidos por algo tão mundano, superficial 
e materialista como a moda subverter a proposição sacra da Santa Ceia. Ao mesmo 
tempo, se avaliada despida de preconceitos, podemos inferir algumas discussões 
que essa imagem levanta. Questões de gênero, a posição da religião na vida das 
pessoas, a relação da devoção ao Cristianismo e a devoção a moda ou a simples 
vontade de provocar. Apenas com a imagem e o histórico da marca é impossível 
afirmar sua intenção, mas é possível identificar esses pontos para a discussão.
Análise Híbrida – Capa de Revista 
Contexto
A imagem em questão foi a capa de uma revista de circulação nacional, a 
Superinteressante, publicada mensalmente pela Editora Abril desde setembro de 1987. 
A imagem da capa se refere a uma das matérias publicadas na edição de número 
349, que tinha como tema o estupro de mulheres e como é tratado no Brasil.
Figura 10 – Revista Superinteressante - Edição 349 - Julho de 2015
Fonte: Divulgação
Composição e simbolismo
A capa usa uma composição clássica aplicada aos retratos, colocando o elemen-
to principal centralizado em uma estrutura triangular, conforme podemos ver no 
esquema gráfico (Figura 11).
Protagonizando a composição, temos uma mulher, jovem, com os cabelos aver-
melhados, olhando fixamente para frente (na direção de um horizonte indefinido), 
um olhar assustado. Ela é o único ponto de fato iluminado da capa da revista. Em 
torno dela, mãos masculinastensionadas se aproximam de seu corpo tentando 
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
tocá-la por todos os lados. Uma mão puxa-lhe os cabelos, a outra apalpa o seio es-
querdo, outra vai em direção ao pescoço, outra segura-lhe fortemente o colarinho 
da blusa, dando-nos a clara sensação de que a jovem será despida, provavelmente 
sem o seu consentimento. Seu olhar fixo e o tônus corporal captados pela fotogra-
fia nos mostram que ela está paralisada diante do ataque.
Analisando a escolha da modelo que ilustra a capa, podemos elencar uma série 
de elementos que funcionam como índices de uma situação: a imagem feminina da 
juventude ali exposta é de grande fragilidade e impotência. Seu cabelo é vermelho, 
ela usa uma franja, seu rosto é sardento, sua boca carnuda e de batom vermelho, 
sua roupa (uma camisa) faz referência ao que ainda povoa nosso imaginário como 
“uniforme de colégio” (reforça a ideia de que é muito jovem, inexperiente e indefesa). 
Todos esses elementos aí reunidos nos fazem oscilar entre uma jovem ou uma ado-
lescente. Só isso já lhe atribui, instintivamente, um ar de fragilidade, de desproteção.
Figura 11 – Análise da composição onde se observa 
o elemento central posicionado em uma estrutura 
triangular, destacada ainda pela maior concentração 
de luminosidade
Figura 12 – Hierarquia de leitura dos elementos textuais
Outro elemento importante nessa capa é o conteúdo verbal ali presente e como é 
apresentado. Verificamos uma hierarquia de informações, que por sua vez geram uma 
linha de leitura: a primeira palavra, de mais peso, usada em fonte de corpo maior é a 
palavra “estupro”. Se trocarmos essa palavra por “pesadelo”, “ameaça”, “sequestro”, 
“pedofilia” ou qualquer outra situação de tensão que possa ocorrer com uma jovem, a 
imagem descrita anteriormente muda de sentido. Ou seja, sem o auxílio de informação 
verbal ali presente, a associação feita à imagem fica mais solta e mais aberta. 
Por tratar-se de uma capa de revista, a imagem ilustra uma reportagem e seu 
objetivo é provocar a curiosidade do leitor, levando-o a adquirir a revista e ler o 
conteúdo. Assim, a associação entre imagem e texto é aqui de suma importância.
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A leitura segue pela página e é conduzida pelo peso visual do texto. Mesmo que 
tradicionalmente leiamos em formato de “z”, da direita para a esquerda e de cima 
para baixo, o peso visual da palavra “estupro” chama a nossa atenção. Em seguida, 
lemos o texto em zig-zag acima: “o mais acobertado dos crimes”. A opção por 
construir esse texto de forma irregular, ladeando a imagem, nos remete à ideia de 
“envolver”. O texto, assim como as mãos masculinas, envolve a garota. Não é cla-
ro, linear, nem direto, ele paira em torno dela numa clara alusão à maneira como 
o estupro se dá em nossa sociedade.
A escolha da iluminação traz para a imagem o mesmo ar de enevoamento, 
talvez uma luz artificial, noturna, como a luz de um poste no meio de uma rua 
escura, onde nosso imaginário poderia nos conduzir a uma associação com situ-
ações de perigo. 
Estamos à noite, isso é claro, justamente porque “é a hora” em que os estupros 
ocorrem. A capa constrói uma aura que o senso comum acredita estar ligada ao es-
tupro: a vítima jovem de batom avermelhado, o ambiente escuro, cabelos e roupas 
também joviais, a sensação de paralisia ante ao perigo, à violência.
O fora de quadro
A capa tem a clara função de nos instigar a ler a reportagem no interior da revis-
ta. Além do texto, a reportagem traz uma série de imagens que fazem alusão a um 
comportamento muito comum em nossa sociedade quando o assunto é o estupro. 
Leia a reportagem na íntegra, compare com a imagem, refl ita e tire as suas próprias conclu-
sões a respeito do discurso apresentado pela imagem da capa e aquele presente no texto.
HUECK, Karin. Como silenciamos o estupro. Disponível em: https://goo.gl/gqcGKR
Ex
pl
or
Outras Possibilidades de Leitura – Roteiros...
Como já comentamos anteriormente, com o intuito de aprofundar as nossas 
leituras, é possível associar pontos de vista de diferentes metodologias.
Assim, para finalizar este nosso estudo, compartilho duas propostas de roteiros 
para análises das imagens apresentadas.
Ver, compreender e analisar as imagens
O primeiro roteiro de análise está construído a partir da proposta de Laurent 
Gervereau (2004), publicada em seu livro Ver, compreender e analisar as imagens. 
Para esse autor, a análise de imagens deve passar por três etapas básicas: a 
primeira delas tem um caráter descritivo, a segunda um estudo do contexto e a 
terceira e mais conclusiva, envolve a interpretação.
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Embora o estudo de Laurent Gervereau tenha sido direcionado à análise de 
obras de arte, entendo que sua proposta pode ser adaptada e direcionada a outros 
tipos de imagens.
Para facilitar a compreensão, elaboramos um quadro contendo uma síntese do 
que o autor denominou “grelha de análise”. Veja a seguir como ele subdivide cada 
uma das etapas:
Quadro 1 - grelha de análise
SÍNTESE DA GRELHA 
DE DESCRIÇÃO
Técnica
– Nome do(s) emissor(es).
– Modo de identificação do(s) emissor(es).
– Data de produção.
– Tipo de suporte e técnica.
– Formato.
– Localização (onde a obra está).
Estilística
– Cores e predominância.
– Tratamento de volume e intensidade do volume.
– Organização icônica.
Temática
– Título e relação texto-imagem.
– Inventário dos elementos apresentados.
– Símbolos.
– Temáticas de conjunto.
SINTESE DA GRELHA 
DE ESTUDO DO CONTEXTO
Contexto a Montante
– Em que meio técnico, estilístico, temático tem origem a imagem.
– Quem realizou e que relação existe entre a obra e sua história pessoal.
– Quem encomendou a obra e qual a sua relação com a história da sociedade de então?
Contexto a Jusante
– Como foi a difusão da obra à época de sua criação? E posteriormente?
– O que se sabe acerca de sua recepção ao longo de sua existência?
SÍNTESE DA GRELHA DE 
INTERPRETAÇÃO
Significações Iniciais, Significações Posteriores
– Relação (ou não) entre a mensagem pretendida pelo artista e o título.
– A interpretação do próprio artista e de seus contemporâneos.
– Resultados das análises realizadas posteriormente.
Balanço e Apreciações Pessoais
– A somatória dos dados obtidos a partir dos estudos descritivos, de contextualização e 
das diferentes interpretações realizadas acerca do objeto ao longo do tempo.
– Como vemos a imagem hoje.
– Interpretações subjetivas acerca da imagem.
Fonte: Elaborado pela autora
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Uma proposta metodológica para a análise de fotografi as
Considerando a relevância de metodologias como as com ênfase em aspectos 
biográficos do autor, aspectos históricos, sociológicos, os estudos da Semiótica 
etc., mas sem eleger definitivamente nenhuma delas, Javier Marzal Felici propõe 
uma estrutura de análise que mescla diferentes abordagens.
Felici (2009, p.173-229) divide a análise em quatro níveis: o contextual, o mor-
fológico, o compositivo, o enunciativo e, por último, chegamos à interpretação da 
imagem fotográfica.
Quadro 2 – Roteiro para análise de imagens fotográfi cas 
1. Nível Contextual
Dados Gerais
• Título;
• Autor;
• Nacionalidade;
• Ano;
• Procedência da imagem;
• Gênero;
• Movimento.
Parâmetros técnicos
• P/b ou Cor;
• Formato;
• Câmera;
• Suporte;
• Objetivo;
• Outras informações.
Dados biográficos e críticos
• Fatos relacionados à biografia 
do autor (incluindo comentários 
críticos).
2. Nível morfológico
Descrição do motivo da fotografia
Elementos morfológicos
• Ponto; 
• Linha; 
• Planos (espaço); 
• Escala; 
• Forma; 
• Textura;
• Nitidez da imagem;
• Iluminação;
• Contraste;
• Tonalidade / p/b / cor; 
• Outros.
Reflexão geral
3. Nível compositivo Sistema compositivo
• Perspectiva; 
• Ritmo; 
• Tensão;
• Proporção;
• Profundidade;
• Distribuição de pesos;
• Lei dos terços;
• Ordem icônica;
• Estaticidade/dinâmica;
• Pose; 
• Outros.
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UNIDADE Estudos de Caso: Leiturasde Imagens contatos com Cultura Visual
3. Nível compositivo
Espaço da representação 
• Campo/fora do campo;
• Aberto/fechado;
• Interior/exterior;
• Concreto/abstrato;
• Profundidade/ plano;
• Habitabilidade;
• Posição na cena;
• Outros. 
Tempo da representação
• Instantaneidade;
• Duração;
• Atemporalidade;
• Tempo simbólico;
• Tempo subjetivo;
• Sequencialidade/narratividade;
• Outros.
Reflexão geral
4. Nível enunciativo
Articulação do ponto de vista
• Ponto de vista físico;
• Atualidade dos personagens;
• Qualificadores;
• Transparência/verossimilhança;
• Marcas textuais;
• Olhar dos personagens;
• Relações intertextuais;
• Outros.
Interpretação global do texto fotográfico.
Fonte: Adaptado de FELICI (2009)
Fechando o discurso
Muito bem, chegamos ao fim de mais uma unidade desta disciplina.
Desta vez, a ideia foi oferecer a você diferentes possibilidades de leituras e aná-
lises de imagens e, pela diversidade de exemplos, aproximá-las do universo da 
Cultura Visual.
Observe que tanto Gervereau quanto Felici estruturam suas propostas de leitura 
de imagens a partir de um movimento que aos poucos aproxima o leitor do seu 
objeto de estudo: inicialmente o contato se dá a partir de elementos mais objeti-
vos como aspectos técnicos e contextuais, passando a questões mais técnicas e 
formais, e, gradativamente, nos dirigimos a aspectos mais subjetivos, portanto, 
ligados à interpretação desse objeto (imagem).
Veja, ainda, que as diferentes possibilidades metodológicas nos trazem um signi-
ficativo embasamento teórico para que a nossa interpretação das imagens ocorra 
de modo estruturado e racional, por mais poético que seja o nosso objeto de es-
tudo. Afinal, “eu acho que” não condiz com o discurso de um profissional, certo? 
Espero que a experiência tenha sido bastante produtiva, enriquecedora e que 
assim possa ter ampliado o seu repertório teórico acerca do estudo crítico do uni-
verso das imagens. 
30
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Analisis fotográfica
https://goo.gl/N2nYCb
 Livros
História da arte 
GOMBRICH, E.H. História da arte. Rio de Janeiro: Guanabara: 1978.
Significado nas artes visuais 
PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. Ed. Perspectiva, São Paulo, 1964.
 Filmes
A Vida Secreta de Walter Mitty
A Vida Secreta de Walter Mitty (Dir.: Ben Stiller, 2013, EUA)
Nascidos em Bordéis
Nascidos em Bordéis (Dir.: Zana Briski, 2006, EUA)
 Leitura
Metabiótica
https://goo.gl/5WhtHR
O Sétimo Selo
https://goo.gl/igk1FC
Revista Superinteressante
https://goo.gl/gqcGKR
Cómo se lee una fotografía: interpretaciones de la mirada
https://goo.gl/4Hi1A6
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UNIDADE Estudos de Caso: Leituras de Imagens contatos com Cultura Visual
Referências
ARGAN, G. C.; FAGIOLO, M. Guia de História da Arte. Lisboa: Editorial Estam-
pa, 1994.
AUMONT, J. A imagem. Campinas: Papirus, 2011
COSTELLA, A. F. Para apreciar a arte: Roteiro Didático. 3. ed. São Paulo: Se-
nac, 2002.
FARTHING, S. Tudo sobre Arte. Rio de Janeiro. Editora Sextante, 2010.
FELICI, Javier Marzal. Cómo se lee una fotografía: interpretaciones de la mirada. 
Madrid: Cátedra, 2009.
GERVEREAU, L. Ver, compreender e analisar as imagens. Portugal: Edições 
70, 2007.
HACKING, Juliet (ed.) Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de tra-
balho. Porto Alegre: Artmed, 2000.
JOLY, M. Introdução a análise da Imagem. 9. ed. Campinas: Papirus, 2005.
SARDELICH, Maria Emília. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. 
In: Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 128, p. 451-472. mai/ago. 2006. Disponí-
vel em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v36n128/v36n128a09.pdf. Acesso em: 27 
ou7. 2018.
SÉRVIO, Pablo Petit Passos. O que estudam os estudos de cultura visual? In: Re-
vista Digital do LAV - Santa Maria - vol. 7, n.2, p. 196-215 - mai./ago.2014.
TREVISAN, A. Como Apreciar a Arte: Do Saber ao Sabor: Uma Síntese Possí-
vel. 3. ed. Porto Alegre: Age, 2002.
VIÑUALES, Jesús. El comentário de La obra de arte. Espanha: UND, 1986.
32

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