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Sistema Único de Saúde

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Sistema Único de Saúde 
O que é? 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos 
maiores e mais complexos sistemas de 
saúde pública do mundo, abrangendo desde 
o simples atendimento para avaliação da 
pressão arterial, por meio da Atenção 
Primária, até o transplante de órgãos, 
garantindo acesso integral, universal e 
gratuito para toda a população do país. 
Conforme o previsto na Lei 8.080 de 
19/09/1990 e 8.142 de 28/12/1990, Lei 
Orgânica de Saúde. 
O SUS é um sistema ÚNICO, pois apresenta 
a mesma doutrina, filosofia e a mesma 
sistemática. 
Princípios ideológicos: 
Universalização: a saúde é um direito de 
cidadania de todas as pessoas e cabe ao 
Estado assegurar este direito, sendo que o 
acesso às ações e serviços deve ser garantido a 
todas as pessoas, independentemente de sexo, 
raça, ocupação ou outras características sociais 
ou pessoais. 
Equidade: o objetivo desse princípio é 
diminuir desigualdades. Apesar de todas as 
pessoas possuírem direito aos serviços, as 
pessoas não são iguais e, por isso, têm 
necessidades distintas. 
Integralidade: este princípio considera as 
pessoas como um todo, atendendo a todas 
as suas necessidades. Para isso, é 
importante a integração de ações, incluindo 
a promoção da saúde, a prevenção de 
doenças, o tratamento e a reabilitação. 
Juntamente, o princípio de integralidade 
pressupõe a articulação da saúde com 
outras políticas públicas, para assegurar 
uma atuação intersetorial entre as diferentes 
áreas que tenham repercussão na saúde e 
qualidade de vida dos indivíduos. 
Princípios Organizativos: 
Regionalização e Hierarquização: os 
serviços devem ser organizados em níveis 
crescentes de complexidade, circunscritos a 
uma determinada área geográfica, 
planejados a partir de critérios 
epidemiológicos e com definição e 
conhecimento da população a ser atendida. 
A regionalização é um processo de 
articulação entre os serviços que já 
existem, visando o comando unificado 
dos mesmos. 
A hierarquização deve proceder à divisão de 
níveis de atenção e garantir formas de 
acesso a serviços que façam parte da 
complexidade requerida pelo caso, nos 
limites dos recursos disponíveis numa dada 
região. 
Descentralização e Comando 
Único: descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis de 
governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar serviços 
com maior qualidade e garantir o controle e 
a fiscalização por parte dos cidadãos. No 
SUS, a responsabilidade pela saúde deve 
ser descentralizada até o município, ou seja, 
devem ser fornecidas ao município 
condições gerenciais, técnicas, 
administrativas e financeiras para exercer 
esta função. Para que valha o princípio da 
descentralização, existe a concepção 
constitucional do mando único, onde cada 
esfera de governo é autônoma e soberana 
nas suas decisões e atividades, respeitando 
os princípios gerais e a participação da 
sociedade. 
Participação Popular: a sociedade deve 
participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, 
devem ser criados os Conselhos e as 
Conferências de Saúde, que visam formular 
estratégias, controlar e avaliar a execução 
da política de saúde. 
Reforma Sanitária: 
O movimento da Reforma Sanitária nasceu 
no contexto da luta contra a ditadura, no 
início da década de 1970. A expressão foi 
usada para se referir ao conjunto de ideias 
que se tinha em relação às mudanças e 
transformações necessárias na área da 
saúde. Essas mudanças não abarcavam 
apenas o sistema, mas todo o setor saúde, 
em busca da melhoria das condições de vida 
da população. 
As propostas da Reforma Sanitária 
resultaram na universalidade do direito à 
saúde, oficializado com a Constituição 
Federal de 1988 e a criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
Constituição Federal de 1988: 
A constituição Federal de 1988 traz alguns 
artigos muito importantes que versam sobre 
a saúde. Trata-se de uma conquista 
histórica, de uma série de reivindicações 
que visavam uma outra forma de enxergar a 
saúde e sua importância para a população. 
 
Título VIII, seção II. Da saúde. 
Art. 196. A saúde é um DIREITO de TODOS 
e DEVER do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem a 
redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso UNIVERSAL e 
igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações 
e serviços de saúde, cabendo ao Poder 
Público dispõe, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente, 
ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física, jurídica ou de direito privado. 
 
Art.198. As ações e serviços públicos de 
saúde integral uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema 
único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
 
I- descentralização com direção única em 
cada esfera de governo ( município, estado 
e união) 
II- atendimento integral, com prioridade para 
as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais; 
III- participação da comunidade. 
 
 
 
 
 
SUS e parcerias: 
O SUS é formado por várias instituições das 
três esferas de governo: município, estado e 
união. Além disso, pelo setor privado 
contratado e conveniado, como se fosse o 
mesmo corpo. 
Um serviço privado, quando contratado pelo 
SUS, deve se submeter às mesmas normas 
do serviço público. 
 
Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 
Art 1. Esta lei regula, em todo território 
nacional, as ações e serviços de saúde, 
executados isolada ou conjuntamente, em 
OBS: saúde não é apenas ausência de 
doença, de acordo com a OMS, é um 
estado completo de bem-estar físico, 
mental e social. 
 
caráter permanente ou eventual, por 
pessoas naturais ou jurídicas de direito 
público ou privado. 
 
No tocante a saúde, temos vários fatores 
condicionantes e determinantes, como por 
exemplo: a alimentação, moradia, 
saneamento básico, meio ambiente, 
trabalho, renda, educação, transporte e 
lazer. 
 
Contribuições do SUS: 
 
• Ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica 
• Saúde do trabalhador 
• Assistência terapêutica integral 
• Formulação e execuções de ações do 
saneamento básico 
• Vigilância Nutricional 
• Formulação e execução de ações de 
doação de sangue 
 
Financiamento do SUS: 
As três esferas do governo – federal, 
estadual e municipal – financiem o Sistema 
Único de Saúde (SUS), gerando receita 
necessária para custear as despesas com 
ações e serviços públicos de saúde. Os 
percentuais de investimento financeiro dos 
municípios, estados e União no SUS são 
definidos atualmente pela Lei Complementar 
nº 141. 
 
Lei Orgânica da Saúde 8142: 
Define a participação social no SUS, que 
podem ocorrer de 02 formas: 
• Conferencia da saúde: Reúnem-se cada 4 
anos com a representação dos vários 
segmentos sociais, para avaliar a situação 
de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação da política de saúde nos níveis 
correspondentes, convocada pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, por este 
ou pelo Conselho de Saúde. 
• Conselho da saúde: órgão colegiado 
composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de 
saúde e usuários, atua na formulação de 
estratégias e no controle da execução da 
política de saúde na instância 
correspondente, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, cujas decisões 
serão homologadas pelo chefe do poder 
legalmente constituído em cada esfera do 
governo. 
 
 
 
 
 
 
A base do sistema de saúde seria o 
município, o qual fica responsável pela 
prestação direta da maioria dos serviços 
em ações coordenadas sob a direção de 
um único gestor em cada espaço 
políticoinstitucional, ou seja, o secretário 
municipal de saúde no âmbito do 
município, o secretário estadual no 
âmbitodo estado e o ministro da saúde 
no âmbito da União.

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