Principais helmintoses - ruminantes

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Isabela Alves - @vetgram.i 
 
 
Parasitas gastrintestinais dos 
ruminantes 
 
Alimentam-se de sague, fluídos tissulares e 
de nutrientes dos alimentos. 
Evolução das lesões: 
o Processo inflamatório agudo/crônico; 
o Eusinofilia; 
o Úlceras e nódulos. 
Interferindo na absorção de alimento. 
Doenças diagnosticadas em ovinos 
 
Fatores determinantes de 
parasitoses 
Ligados ao 
hospedeiro 
Ligados ao 
manejo 
Ligados 
ao 
parasito 
Idade; Nascimento e 
desmame; 
Hipobiose; 
Imunidade; Superlotação; Resistência 
ao anti-
helmíntico; 
Raça; Introdução de 
novos animais; 
Tolerância. 
Estado 
fisiológico 
Estresse. 
Estado 
nutricional 
 
 
Parasitas Gastrintestinais de ovinos 
e caprinos 
Rúmen: 
o Paramphistomun cervi. 
I.G: 
o Trichuris ovis; 
o Oesofagostomun venolusum. 
ID: 
o Trichostrongylus capriola; 
o Coopreia curticei; 
o Bunostomun trigonocephalum; 
o Nematodirus batus; 
o Eimeria ovinoidalis. 
Abomaso: 
o Heamonchus contortus; 
o Osterlagia circumcinta; 
o Trichostrongylus axei. 
Parasitas Gastrintestinais de 
bovinos 
Abomaso: 
o Haemonchus contortus; 
o Oesterlagia kolchida; 
o Trichostrongylus axei. 
Rúmen: 
o Paramphistomun cervi. 
I.G: 
o Oesophagosttomun radiatum; 
o Trichuris discolor. 
ID: 
o Bunostomun phlebotomum; 
o Cooperia punctata; 
o Nematodirus battus; 
 
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o Toxocara vitulorum; 
o Trichostrongylus colubriformis; 
o Eimeria. bovis. 
Hipobiose 
Interrupção temporária no desenvolvimento 
após a ingestão da larva – “hibernação”. 
Condições 
o Presença de grandes quantidades de 
larvas; 
o Condições externas desfavoráveis 
(períodos frios e secos, períodos muito 
quentes); 
o Imunidade do animal. 
Importância epidemiológica 
o Assegura a sobrevivência dos 
parasitos; 
o Aumenta a contaminação das 
pastagens. 
 
 
Larvas em 
hipobiose na 
lâmina 
própria do 
intestino. 
 
Ciclo Biológico – Nematódeos 
 
Haemunchus 
Hospedeiros: 
o Caprinos; 
o Ovinos; 
o Bovinos. 
Localizados principalmente no abomaso. 
 
Espécie mais comum – Haemonchus 
contortus. 
 
Outras espécies: 
o H. placei; 
o H. similis. 
Características 
o Período pré patente: 26-28 dias 
(período entre a infecção e a evolução 
do parasita); 
o Nematódeo hematófago (por isso as 
fezes apresentam-se escurecidas); 
o Fezes escuras; 
o Patogenia: grande retirada de sangue, 
com redução de Fe, hematócritos, 
proteínas e esgotamento da medula. 
Sinais clínicos 
Anemia e hipoproteinemia. 
Mucosa pálida. 
Edema submandibular; 
Caqueixa; 
 
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Redução do potencial zootécnico; 
Morte súbita em infecção hiperagura; 
Surtos, alta morbilidade. 
 
 
Hemoncrose 
Hiperaguda: 
o Animais susceptíveis; 
o A infestação maciça repentina; 
o Gastrite hemorrágica intensa; 
o Morte súbita. 
Aguda: 
o Animais jovens; 
o Anemia, hipoproteinemia, edema e 
pode levar a morte. 
Crônica: 
o Muito comum e de importância 
econômica; 
o Morbidade (100%); 
o Anemia e hipoproteinemia. 
Método Famacha 
Uma das ferramentas no controle da 
haemoncose. 
Vantagens 
Auxilia o pequeno produtor na visualização 
das mucosas do animal. 
Possibilita uma ideia de quando começar a 
usar o anti-helmíntico, quais animais estão 
com anemia severa necessitando de suporte 
e fazer o acompanhamento sem necessitar 
do hemograma e separar os animais de 
acordo com o grau. 
Desvantagens 
Perspectivas diferentes de como ver.É um 
método muito subjetivo. 
Nem sempre a anemia é causada por 
parasito, podem ser desnutrição por exemplo 
(deficiência de algum mineral). 
 
Trichostrongylus 
Localização – ID. 
Espécies: 
o T. axei – Abomaso/bovinos; 
o T. columbiformis – ID/bovinos; 
o T. vitrinus – ID/caprinos e ovinos; 
o T. capricola – ID/caprinos e ovinos. 
Características 
o Pequeno; 
o Hematófago; 
o Período pré patente menor: 15-23 
dias. 
Patogenia 
o Causa enterites, deixa as vilosidades 
deformadas e achatadas. 
o Redução da absorção de nutrientes 
líquidos. 
o Diarreia. 
 
 
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Ostertagia 
Localização 
o Abomaso. 
Espécies 
o Ostertagia ostertagi – bovino. 
o O. circumcincta – ovino e caprino. 
o O. trifurcata – ovino e caprino. 
 
Características 
o Pequeno; 
o Hematófafo; 
o Alta capacidade de hipobiose; 
o Invade a mucosa do abomaso. 
 
Patogenia 
o Redução funcional da glândula 
abomasal, contribuindo com uma 
dificuldade na digestão, porque a 
produção do HCL é menor. 
o Destruição das células gástricas, 
elevando o pH, inativando a pepsina. 
o Desenvolvimento de bactérias 
anaeróbicas, provocando diarreias. 
o Pode levar o animal a uma disbiose – 
alteração da microbiota de trato 
gastrintestinal. 
 
Oesophagostomum 
Localização 
o Ceco e cólon (intestino grosso); 
Espécies 
o Oesophagostomum columbianum – 
ovinos e caprinos; 
o Oe. Venulosum – ovinos e caprinos; 
o Oe. Radiatum – bovinos e bubalinos. 
 
Patogenia 
o Provoca nódulos na mucosa do 
intestino. Os nódulos na serosa do 
intestino interferem na absorção do 
alimento e podem ser contaminados 
por bactérias. 
 
Bunostomum 
Localização 
o Intestino delgado (ID). 
Espécies 
o Bunostomim trigonocephalum – ovinos 
e caprinos; 
o B. phlebotomum – bovinos. 
 
Características 
o Pequeno; 
o Hematófagos; 
 
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o Infectam por via oral e percutânea. 
Ciclo 
 
PPP 
o Ingestão – 7-10 semanas. 
o Cutânea – 6 semanas. 
Patogenia 
o Causam anemias principalmente em 
animais jovens; 
o Sangue ingerido não é metabolizado e 
sim reabsorvido no duodeno; 
o Diarreias e fezes mais escuras por 
conta do sangue. 
Trichuris 
Localização 
o IG, particularmente o ceco. 
Espécies 
o Trichuris ovis – ovinos e caprinos; 
o T. globulosa – ovinos. 
 
Patogenia 
o Em grandes infestações leva a lesão 
nas vilosidades da mucosa. 
o A lesão abre portas para infecção 
secundária (gastrenterite infecciosa). 
Diagnóstico 
Exame de contagem OPG de fezes. 
o Possibilita identificas o grau em que 
parasitas estão infectando e ou são 
resistentes no rebanho (larvas ou fase 
adulta). 
o Ferramentas importante para 
acompanhamento e prevenção. 
Coprocultura – Cultura dos ovos de 
parasitas. 
o Técnica de comprovação dos 
parasitas infectantes; 
o Permite vermifugação específica; 
o Indispensável para um eficiente 
controle tático associado ao 
estratégico. 
Importante 
o Vermífugos amplo espectro nas 
dosificações estratégicas; 
o Observação do período de segurança 
nas ovelhas prenhes; 
o Nas dosificações táticas utilizar 
vermífugos específicos; 
o Pesar rebanho (lotes por categoria); 
o Trocar o princípio ativo, anualmente, 
não o nome comercial. 
Resistência 
Transmissão genética da perda da 
sensibilidade em uma população, 
previamente sensível a determinada droga. 
Causas: 
o Uso prolongado de um princípio 
ativos; 
o Subdoses; 
o Baixa qualidade do produto; 
o Princípio ativos inadequado; 
o Ocorre quando um maior número de 
indivíduos de uma população é capaz 
de tolerar doses de um composto que 
outra população da mesma espécie. 
o Eficácia menor que 95%. 
Resistência anti-helmíntica 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i