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Agentes agressores do sist gastrointestinal (helmintos)

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• Helmintos 
Os helmintos são um grupo completo, que pode ser 
divido em nematelmintos (nematódeos) e 
platelmintos. 
Sendo os platelmintos, vermes de corpo achatado. Ex: 
lombriga tênia. 
E os nematelmintos são vermes com o corpo em forma 
de fio, ou seja, cilíndrico e alongado. 
 
 
Aqui vamos tratar mais especificamente das principais 
helmintoses gastrointestinais dos ruminantes, que 
serão muito importantes no quesito da produção de 
alimentos. 
Parasitos gastrointestinais dos 
ruminantes 
• Alimentam-se de sangue, fluidos tissulares 
(teciduais) e de nutrientes dos alimentos 
ingeridos pelo animal. 
• Evolução das lesões: 1- Processo inflamatório 
agudo/crônico (a depender do nível do 
parasitismo no animal) 2- Eosinofilia 3- Úlceras 
e nódulos. 
• Um parasita no intestino do animal 
logicamente vai Interferir na absorção de 
alimentos. 
Doenças diagnosticadas em ovinos 
 
Fatores determinantes de 
parasitoses 
Ligados ao hospedeiros 
• Idade 
Os mais novos são mais parasitados pois não tem um 
sistema imunológico tão desenvolvido ainda. 
• Imunidade 
Sendo o eosinófilo a célula envolvida nessa imunidade 
contra parasitas. 
• Raça 
Algumas são mais predispostas a serem parasitadas 
que outras. 
• Estado fisiologico 
Se é sênil, se é gestante, cada um vai ter uma resposta 
imunológica diferenciada. 
• Estado nutricional 
Animais bem nutridos tem uma melhor resposta 
imunológica. 
Parte desses fatores conseguimos controlar, como por 
exemplo ter um cuidado maior com os animais mais 
novos, cuidar da alimentação de todos, selecionar raça 
e animais mais resistente para se reproduzir etc. 
Ligados ao manejo 
• Nascimento e desmame 
São momentos criticos do animal, pois ele fica 
predisposto a paraitas durante a troca de alimentação. 
• Superlotação 
‘’Prato cheio’’ para doenças infecciosas e parasitárias; 
o animal nessas condições fica super estressado e por 
conta disso o sistema imunológico fica debilitado. 
• Introdução de novos animais 
Animais novos precisam ficar em quarentena, pois não 
se sabe se ele está ou não parasitado. 
• Estresse 
Animais estressado tem diminuição da resposta imune. 
Assim como os fatores ligados ao hospedeiro, os 
ligados ao manejo obviamente também conseguimos 
controlar. 
Ligados ao parasito 
• Hipobiose 
Estratégia do parasita no qual o parasito entra em um 
estado de ‘’hibernação’’, ou seja, ele diminui seu 
metabolismo e capacidade de reprodução esperando o 
melhor momento para dar continuidade ao seu ciclo. 
• Resistência ao antihelmíntico 
Necessário observar qual o principio ativo e como ele 
esta sendo usado, para evitar que haja essa resistência 
ao vermífugo. 
• Tolerância 
Mecanismo de tolerância do parasita a resposta do 
hospedeiro; a resp. imune já não ‘’o afeta’’ mais. 
Parasitas gastrointestinais de ovinos 
e caprinos 
Parasitas de rúmem 
• Paramphistomum cervi 
Parasitas do abomaso 
• Heamonchus contortus 
• Ostertagia circumcinta 
• Trichostrongylus axei 
Parasitas do intestino grosso 
• Trichuris ovis 
• Oesofagostomun venolusum 
Parasitas do intestino delgado 
• Trichostrongylus capricola 
• Coopreia curticei 
• Bunostomun trigonocephalum 
• Nematodirus batus 
• Eimeria ovinoidalis 
Parasitas gastrointestinais de 
bovinos 
Abomaso 
• Heamonchus contortus 
• Ostertagia kolchida 
• Trichostrongylus axei 
 
Rúmen 
• Paramphistomum cervi 
Intestino Grosso 
• Oesophagosttomum radiatum 
• Trichuris discolor 
Intestino Delgado 
• Bunostomum phlebotomum 
• Cooperia punctata 
• Nematodirus battus 
• Toxocara vitulorum 
• Trichostrongylus colubriformis 
• Eimeria. bovis 
Hipobiose 
Interrupção temporária no desenvolvimento do 
parasita após ingestão da larva (hibernação). 
 
Ciclo: Ovos eclodem – L1, L2, L3 (larva infectante) – em 
L4 ele pode entrar em hipobiose, ou seja antes de virar 
adulto. 
Condições: 
• Presença de grandes quantidades de larvas 
Quando se tem muitas larvas no intestino, ocorre uma 
espécie de competição entre elas, então elas podem 
entrar em hipobiose, até esperar ‘’diminuir’’ essa 
quantidade. 
• Condições externas desfavoráveis 
Períodos frios e secos ou muito quentes, elas preferem 
ficar em hipobiose dentro do hospedeiro. 
• Imunidade do animal 
Elas ficam em hipobiose, até a resposta imunológica 
‘’cessar’’ e elas conseguirem dar a continuidade. 
Curiosidade; muitos casos de hipobiose ocorrem em 
rebanhos do sul do Brasil por conta dos fatores 
climáticos desfavoráveis. 
Importância epidemiológica: 
• Assegura a sobrevivência dos parasitos 
• Aumenta a contaminação das pastagens 
Isso acontece por que você não consegue saber se o 
animal está parasitado, por que ele não está expelindo 
ovos. 
Ex: animal sai do Sul estando parasitado, porem suas 
larvas então em hipobiose, ou seja, o animal não 
aparenta estar infestado. Mas ao chegar em outro 
lugar, onde as condições são mais favoráveis, as larvas 
saem desse processo de hipobiose, e o animal começa 
a expelir todos os ovos. 
Ciclo biológico dos nematódeos 
Animal expele os ovos, esses ovos no esterco eclodem 
em L1 (fase larval), L1 faz a muda para L2, e no pasto 
elas evoluem para L3 (larva infectante). 
O animal ingere aquele capim com a L3, e se 
contamina. Iniciando novamente um ciclo. 
 
Parasitas 
Haemunchus 
• Parasita muito importante dentro da 
pecuária (gado de corte, ovinos e caprinos) 
ele é responsável por perdas bem 
significantes. 
• Localização: abomaso 
• Espécies: Harmonchus contortus; H. placei 
e H. similis. 
Catacterísticas 
• Período pré patente 
Período em que o animal se infecta até a 
sintomatologia começa a aparecer é entre 26 e 28 
dias. 
• Hematófago 
Se alimenta de sangue 
• Fezes escuras 
Isso acontece quando o sangue esta na parte mais 
superior do TGI, ou seja, no abomaso. O parasita 
‘’machuca’’, fere o estômago, as enzimas ali 
presente vão coagular o sangue que vai sair, e 
quando ele passar para o intestino já vai estar bem 
escuro, fazendo as fezes ficarem escurecidas 
também. 
Fezes escuras (sem outra patologia associada, ou 
algum distubio nutricional) = sangramento a nével 
de estômago. 
Patogenia 
Grande retirada de sangue (filhotes podem morrer 
por anemia) 
Redução de Fe (derivada da grande retirada de 
sangue) 
Hematócritos, proteínas e esgotamento da 
medula (por que ela vai tentar repor o ferro 
perdido) 
Sinais clínicos 
• Anemia e hipoproteinemia 
• Mucosa pálida 
Mas isso depende da resistência do hospedeiro, 
alguns podem estar bastante parasitados, mas a 
mucosa ainda vai estar mais rosinha (sem estar tão 
branca). 
• Edema submandibular (sinal clássico) 
• Caquexia (animal magro e fraco) 
• Redução do potencial zootécnico 
• Morte súbita em infecção hiperaguda 
• Surto levando a alta morbidade (muitos 
animais doentes) 
Hemoncose 
É o nome que se dá a doença causada por esse parasita 
haemunchus. 
Pode ser: 
Hiperaguda 
Quanto não tem sinal clínico nenhum antes, eles se 
infectam e de repente depois de um tempo, eles estão 
com uma sintomatologia grave e morrendo. 
• Geralmente associadas a animais já 
susceptíveis. 
• É uma infecção maciça repentina 
• Pode causar gastrite hemorrágica intensa 
(visto que o parasita é hematofágo do 
estômago) 
• Que leva a morte súbita 
Aguda 
• Geralmente associadas a animais mais jovens 
• Causa anemia, hipoproteinemi, edema e pode 
levar a morte (sempre dependendo do animal). 
Crônica 
• Muito comum e de importância econômica 
• Morbidade (capacidade do parasita de infectar 
o animal e causar alguma sintomatologia, 
doença) de 100%. Ou seja todos os animais que 
tem contato com a Haemonchus adoecem. 
• Anemia e hipoproteinemia. 
Método famacha 
Uma das ferramentas no controle da haemoncose. 
 
Vantagem: ecomia com hemograma; um assistente 
consegue classificar atravésda mucosa. 
Desvantagem: nem tudo que é anemia é verminose, ou 
seja, ele pode estar com essa mucosa e não ser uma 
verme e ser uma bactéria. 
Trichostrongylus 
• Localização: Intestino delgado, com exceção 
do Trichostrongylus axei que em bovinos se 
localiza no abomaso. 
• Espécies: T. columbiformis (bovinos); T. vitrinus 
(caprinos e ovinos) e T. capricola (caprinos e 
ovinos). 
 
Catacterísticas 
• Pequeno 
• Hematófago 
• Período pré patente: 15 a 23 dias 
Patogenia 
• Enterite (as vilosidades tornam se deformadas 
e achatadas) 
• Redução da absorção de nutrientes e líquidos 
• DIarréia 
Ostertagia 
• Localização: abomaso 
• Espécies: Ostertagia ostertagi (bovino); O. 
circumcincta (ovino e caprino) e O. trifurcata 
(ovino e caprino) 
Características 
• Pequenos 
• Hematofagos 
• Alta capacidade de hipobiose 
• Invade a mucosa do abomaso (ela fica lá em L4 
em hipobiose, esperando o momento 
adequado para virar adulto e eclodir). 
Patogenia 
• Redução funcional da glândula adomasal, 
reduzindo produção do HCl (mexendo com o 
metabolismo animal) 
• Destruição das células gástricas, elevando o 
pH, inativando a pepsina. 
• Desenvolvimento de bactérias anaeróbicas, 
provocando diarréias. 
Oesophagostomum 
• Localização: Ceco e cólon 
• Espécies: Oesophagostomum columbianum 
(ovinos e caprinos); Oe. Venulosum (ovinos e 
caprinos) e Oe. Radiatum (bovinos e 
bubalinos). 
Patogenia 
• Os nódulos na serosa do intestino interferem 
na absorção do alimento e podem 
sercontaminados por bactérias. 
• Diarréia verde escura. 
Bunostomum 
 
• Localização: Intestino Delgado. 
• Espécies: Bunostomum trigonocephalum 
(ovinos e caprinos) e B. phlebotomum 
(bovinos). 
Características 
• Pequeno 
• Hematófagos 
• Infectam por via oral e percutânea 
Ciclo 
 
O animal expele os ovos, eles eclodem em larva 
infectante. Outro animal pode se contaminar ingerindo 
a larva (apresentando sinal clinico entre 7 e 10 
semanas) ou por penetração cutânea (apresentando 
sinal clínico em até 6 semanas). 
Patogenia 
• Causam anemia principalmente em animais 
jovens 
• Sangue ingerido não é metabolizado e sim 
reabsorvido no duodeno 
• Causa diarréia mais escuras 
Trichuris 
• Localização: intestino grosso, particulamente o 
ceco. 
• Espécies: Trichuris ovis (ovinos e caprinos); T. 
globulosa (bovinos). 
Patogenia 
• Em grandes infestações leva a lesão nas 
vilosidades da mucosa 
• A lesão abre portas para infeccção secundária 
(gastrenterite infecciosa) 
Diagnóstico 
Exame de contagem OPG (ovos por grama) de fezes. 
• Possibilita identificar o grau em que parasitas 
estão infectando e ou são resistentes no 
rebanho. 
• Ferramenta importante para 
acompanhamento (faz o OPG e ve que não 
reduziu nada dos ovos, sinal que o vermigufo 
não funciona) e prevenção. 
Coprocultura – cultura dos ovos de parasitas 
• Técnica de comprovação dos parasitas 
infectantes (saber realmente de que parasita 
são aqueles ovos). 
• Permite vermifugação específica (vantagem) 
• Indispensável para um eficiente controle tático 
associado ao estratégico 
Importante 
• Vermífugos amplo espectro nas dosificações 
estratégicas (dose minima necessária para 
controle do parasita) 
• Observação do período de segurança nas 
ovelhas prenhes (para não causar deformações 
e nem abortos) 
• Nas dosificações táticas utilizar vermífugos 
específicos (para combater x verme, usa x 
vermífugo – encontra isso na literatura) 
• Pesar rebanho (lotes por categoria) 
• Trocar o principio ativo, anualmente, não o 
nome comercial. 
Resistência 
Transmissão genética da perda da sensibilidade em 
uma população, previamente sensível a determinada 
droga. 
• Eficácia menor que 95% = resistência. 
Causas: 
• Uso prolongado de um principio ativo 
• Subdoses 
• Baixa qualidade do produto 
• Principio ativo inadequado 
• Ocorre quando um maior numero de 
individuos de uma população é capaz de 
tolerar doses de um composto que outra 
população da mesma espécie.

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