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Conceitos: - Resistentes: Impedem instalação dos adultos -> não adoecem -> habilidade do animal em suprimir o estabelecimento e/ou desenvolvimento da infecção - Resilientes: Contaminam o pasto -> não adoecem -> apesar da existência da infecção, o nível de produção sofre poucas perdas. - Sensíveis: Adoecem Importância: - Diminuição na produção de leite - Diminuição na taxa de parição - Entrada tardia (recria e fase reprodutiva) - Aumento da mortalidade Efeitos: - Destruição epitelial -> Digestão, Absorção de alimentos/água -> Renovação celular -> Biota -> Diminuição da eficiência alimentar -> Diminuição no desempenho produtivo Predisposição: - Aumento da Prolactina -> Aumento das infecções adquiridas - Aumento de vermes fecundos -> Aumento da maturação larval-> Aumento do OPG -> Infecções das crias Tricostrongilose e Cooperiose: Destruição das vilosidades -> Diminuição na absorção Esofagostomose: Infecção aguda (bezerros); Infecção crônica (ovinos e suínos) Hemoncose (Abomaso): Gastrite hemorrágica -> Morte; Úlceras -> Hemorragias -> Reticulocitose Forma Crônica: - Baixas cargas - Alimentação inadequada - Baixo desempenho - Menor valor de mercado Diagnóstico: - OPG e Coprocultura - Sinais Clínicos - Necropsia - Doenças associadas Helmintoses de Ruminantes e Suínos - FARMACHA: Identifica resistentes a infecção por H. contortus, identifica o grau de anemia - Uso: Período seco (30 dias); Período Chuvo (15 dias) - Trata somente os parasitados Ciclo Biológico geral dos tricostrongilídeos: - O período pré-patente é de aproximadamente 3 semanas. Os ovos saem nas fezes para o meio ambiente -> Em condições favoráveis de temperatura e umidade -> Desenvolvimento de L1 – L2 – L3 (formadas em até 7 dias após a postura) -> Ingestão de L3 -> No rúmen do animal, as larvas perdem a bainha e se dirigem ao local de ação –> abomaso ou intestino delgado -> onde passam a L3, L4 e L5, tornando-se parasitos adultos em até 2 semanas -> Os parasitos adultos fixam-se no local e copulam; e então a fêmea faz a postura de 500 a 10 mil ovos/dia. *As larvas migram verticalmente para a ponta do capim (aproximadamente 15 cm) quando há umidade suficiente. Entretanto, o calor do sol e a falta de umidade podem danificar as larvas; assim, nos horários mais quentes do dia, elas descem para a base das plantas. Durante períodos de seca, algumas larvas podem sobreviver ao penetrarem no solo buscando alguma umidade. Haemonchus spp - Ovinos, caprinos (H. contortus) e bovinos (H. placei). Pode haver infecção cruzada. - Hematófagos - Infecta o abomaso - Principal parasita de ovinos e caprinos Ciclo Biológico – Semelhante aos demais tricostrongilídeos - Ciclo direto; O período pré-patente é de 2 a 3 semanas em ovinos e 4 semanas em bovinos. Ovos nas fezes -> passam para L1 no pasto e se desenvolvem em L3 (condições favoráveis de temperatura e umidade pode ser em 5 dias ou mais em condições desfavoráveis). -> Ingestão e desencapsulamento no rúmen -> se dirigem ao local de ação – abomaso ou intestino delgado -> L3 realiza duas mudas no interior das glândulas gástricas. -> Até o desenvolvimento da última muda, penetram na mucosa, onde se alimentam de sangue. -> Os parasitos adultos fixam-se no local e copulam e podem migrar livremente na superfície da mucosa. - Os parasitas podem fazer hipobiose. Patogenia: - Hemoncose hiperaguda, aguda e crônica - Parasita hematófago -> Causa anemia – principalmente em animais jovens - Infecta o abomaso -> Provocam gastrite. hemorrágica - Em casos graves, pode causar apatia profunda e edema submandibular e ascite (papeira) pela perda de albumina, em razão da dor e das lesões no abomaso. Família Trichostrongylidae - Há queda da qualidade da lã, com perda acentuada desta, por ficar quebradiça. - Fezes de cor escura - Perda de peso e hiporexia ou anorexia - Óbito nos casos agudos. - A hemoncose crônica é muito comum e de grande importância; se manifesta com um baixo número de parasitas, ocorrendo anemia (sinal mais evidente), hipoproteinemia, progressiva perda de peso e fraqueza. Diagnóstico: - Anamnese - Sinais clínicos - OPG e Coprocultura - Necropsia -> presença de parasitos no abomaso e mudanças na medula óssea e nos ossos longos Mucosas e pele pálidas, hidrotórax, ascite, caquexia e necrose medular Controle: - Método FAMACHA - Tratar somente os parasitados - SICOPA: Avaliar individualmente os animais; Adotar tratamento antiparasitário de maneira seletiva, quando possível; Manter nutrição adequada; Conhecer a epidemiologia dos parasitos presentes no ambiente; Conhecer o modelo de criação (intensiva ou extensiva); Conhecer as condições climáticas locais; Ajustar a lotação animal; Manter um nível razoável de larvas na pastagem com característica suscetível (refugia); Avaliar a necessidade de tratamento de bovinos (vacas) adultos. - OPG; - Rotação de pastagens; - Evitar superlotação de animais - Uso de esterqueiras. - Vermifugação: Evitar a troca do vermífugo sem necessidade; não trocar o vermífugo antes de um ano de uso Trichostrongylus axei - Equinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos e, raramente, humanos. - Localização: Estômago e abomaso. Ciclo Biológico - O ciclo é direto. - A fase pré-parasitária é típica dos tricostrongilídeos. - As fêmeas colocam 200 ovos/dia. - O período pré-patente é de aproximadamente 3 semanas nos ruminantes e de 4 semanas nos equinos. Os ovos se desenvolvem em L3 (aproximadamente 7 a 10 dias em condições ótimas.) -> Ingestão -.> As larvas penetram na mucosa do intestino delgado, onde realizam duas ecdises, e a L5 é encontrada, então, no epitélio intestinal por volta de 2 semanas após o início da infecção. Patogenia: - Causa gastrite em equinos. -> A gastrite pode ser associada a áreas de necrose e a infecção pode levar a uma inflamação crônica, com úlceras presentes na superfície. - Infecções graves causam rápido emagrecimento e diarreia em todos os hospedeiros. Diagnóstico e Controle: Semelhante a Haemonchus (menos o método FAMACHA). Trichostrongylus colubriformis - Hospedeiros. Bovinos, ovinos, caprinos, camelos e, ocasionalmente, suínos e humanos. - Localização. Duodeno e porção anterior do intestino delgado. Patogenia: - Os animais apresentam hemorragia, edema, hipoalbuminemia e hipoproteinemia, com enterite grave, principalmente no duodeno, a qual pode resultar em erosão e grave atrofia das vilosidades. - Em infecções graves, os principais sinais clínicos compreendem rápida perda de peso, diarreia de coloração escura e morte. - Em infecções maciças, pode haver redução na reposição de cálcio e fósforo no corpo do animal, o que induz à osteoporose e à osteomalacia. Cooperia spp. - Cooperia oncophora - Hematófagos - Hospedeiros: Bovinos, ovinos e caprinos. - Localização: Intestino Delgado Ciclo Biológico: - É direto. - As fêmeas colocam até 3 mil ovos/dia. - O período pré- patente é de aproximadamente 3 semanas. Ingestão de L3 -> migração para as criptas intestinais, onde realizam duas mudas -> os adultos se desenvolvem na mucosa e na superfície epitelial do intestino delgado. Patogenia: -Bezerros -> considerado de baixa patogenicidade -> causa inapetência e emagrecimento. - Infecções moderadas a graves -> enterite catarral e edema da mucosa intestinal. - Infecções -> diarreia intermitente. - Ocorre imunidade parcial após 8 a 12 meses do contato com larvas infectantes. Oesophagostomum radiatum - Hospedeiros. Bovinos e bubalinos. - Local: Intestino grosso. Ciclo Biológico: - O período pré-patente é de 40 dias. Ingestão de L3 -> penetram na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso, formando nódulos evidentes, onde se dá a muda para L4 -> As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon, a fim de se desenvolverem até adultos.Em reinfecções, as L4 podem ser mantidas nos nódulos por até 1 ano. Patogenia - Em bovinos, o efeito patogênico é atribuído à presença de nódulos de até 5 mm de diâmetro na parede do intestino, os quais causam danos quando os vermes estão em quantidade suficiente para produzir sintomatologia clínica, isto é, com mais de 200 vermes adultos em bezerros e mais de 1.000 em bovinos adultos. - Em infecções agudas, há anemia, edema e diarreia verde-escura; pode ocorrer também emagrecimento e edema submandibular, com hipoalbuminemia. - Não são consideradas espécies muito patogênicas Diagnóstico: - Semelhantes aos outros -- Necropsia -> presença de nódulos com formato de ervilha na parede intestinal é indicativa da infecção Oesophagostomum columbianum - Hospedeiros: Ovinos e caprinos. - Localização. Intestino grosso. Ciclo Biológico - A fase pré-parasitária é típica dos estrongilídeos. - O período pré-patente é de aproximadamente 45 dias. - Semelhante a outra espécie de Oesophagostomum Subfamília Oesophagostominae Patogenia: - Causa patologia moderada a grave. - Os nódulos na parede do intestino são visíveis a olho nu e contaminados por bactérias, deixando o intestino impróprio para processamento (é usado como pele de linguiça e material cirúrgico de sutura). - Em Infecções agudas o principal sinal clínico é a grave diarreia esverdeada e escura, que normalmente causa emagrecimento rápido, prostração e morte em animais jovens. - Em infecções maciças, pode ocorrer colite ulcerativa, com debilitação progressiva do animal e sinais sobre a produção de lã e carne. - Em infecções crônicas, há inapetência e emaciação, com diarreia intermitente e anemia. Diagnóstico e Controle: - Semelhante as outras espécies de Oesophagostomum - Em infecções agudas, ovos de Oesophagostomum spp. normalmente não estão presentes nas fezes. Em infecções crônicas, os ovos estão presentes e as L3 podem ser identificadas por cultura fecal. Oesophagostomum dentatum - Hospedeiros. Suínos. - Localização. Intestino grosso. Ciclo Biológico - A fase pré-parasitária é tipicamente de estrongilídeos. - O período pré-patente é de aproximadamente 45 dias. - O ciclo de vida é livre Eliminação dos ovos nas fezes -> L1 (se rompem ainda nas fezes) – L2 – L3 -> Ingestão de L3 (embora seja possível a penetração pela pele) -> As L3 penetram na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso, para ocorrer a muda para L4 -> As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon, onde se desenvolvem até adultos -> Na reinfecção, as larvas podem ficar inibidas como L4 no interior de nódulos por até 1 ano, porém são pouco visíveis nessa espécie Patogenia: - Causa doença moderada a grave. - Em infecções maciças, há espessamento da parede intestinal, com enterite catarral. - Os nódulos formados pelo O. dentatum são pequenos em comparação com os de outras espécies. - São menos frequentemente associadas à doença clínica, mas, ocasionalmente, podem causar diarreia, depressão e aumento na conversão alimentar -> Diminuição da produtividade - Porcas prenhes -> inapetência, emagrecem muito e têm sua produção de leite reduzida, com efeitos negativos sobre o desempenho da ninhada. Diagnóstico: - Semelhante o de outras espécies Controle: - A infecção ocorre mais facilmente em suínos criados livremente no pasto -> Boas práticas de manejo nos pastos, como rotação e redução da carga animal - Para suínos em recintos abertos, recomenda-se o controle descrito para Hyostrongylus. - Para suínos em recintos fechados, pode-se usar o controle recomendado para Ascaris suum.
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