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Prova A1- Direitos Coletivos Protetivos 1- Leonardo da Silva, aos 13 anos, foi contratado para trabalhar na distribuidora de fogos de artifício Fogos Tiradentes Ltda., em 13/02/2013, sem anotação de seu contrato de trabalho na CTPS, trabalhando das 13h às 23h, com uma hora de intervalo para refeição e descanso. Foi dispensado em 22/04/2016, quando tinha 16 anos. Distribuiu ação trabalhista em 25/05/2018, pleiteando reconhecimento do vínculo empregatício, pagamento de horas extras e adicional de periculosidade. Defendendo-se a reclamada, preliminarmente, arguiu prescrição bienal, eis que passados mais de dois anos do término do contrato de trabalho. No mérito, alegou que o vínculo empregatício não deve ser reconhecido, por se tratar de trabalho ilícito, eis que o reclamante era menor de idade e não poderia trabalhar, não havendo como anotar seu contrato de trabalho e que não houve qualquer irregularidade no trabalho prestado. Afirmou que não houve descumprimento de normas trabalhistas, tendo em vista o trabalho ilícito. Pergunta-se: tem razão a reclamada em suas alegações? Fundamente sua resposta abordando todos os itens da defesa. (2,5) Não tem razão, pois no Art. 7º CF XXXIII proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98). A inobservância do art. 7º, inciso XXXIII da CF poderá acarretar consequência de três orbitas: administrativa, trabalhista e penal. Assim, o trabalho do menor de 16 anos, ainda que na infância, com observância dos requisitos do art. 3º da CLT, bem como o trabalho noturno, perigoso ou insalubre gerará o pagamento dos direitos trabalhistas, inclusive dos adicionais correspondentes. 2- No que se refere à proteção à maternidade, discorra sobre: (2,5) a- qual é o período de garantia de emprego previsto para a trabalhadora gestante? A emprega gestante tem a garantia de emprego assegurada desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos da alínea “b”, inciso II do artigo 10 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) b- qual a diferença entre licença maternidade e estabilidade gestante? A licença maternidade é um benefício que deve ser pago pelo empregador diretamente à empregada, durante 120 dias, no valor do salário integral da empregada que passou por uma gestação. Já a estabilidade gestante é o período de 5 meses a partir do parto, em que a mulher não pode ser dispensada sem justa causa. 3- Ângela foi contratada através de contrato de experiência, com duração de 45 dias, prorrogável por mais 45 dias para a empresa Confecção Brasil Ltda., em 20/03/2018. Foi dispensada antes do término do contrato após 60 dias, em 20/05/2018, oportunidade em que se encontrava gestante de 3 semanas. Ao comunicar o fato à reclamada, e pedir sua reintegração, esta informou que a reclamante se encontrava em contrato de experiência que tem prazo determinado e por tal motivo não faz jus à garantia de emprego. A reclamante teve seu filho em novembro de 2018 e passado o período de garantia de emprego, em 02/07/2019, distribuiu ação trabalhista, pleiteando a reintegração ou a indenização correspondente à garantia de emprego. Defendendo-se a reclamada alegou que a trabalhadora não faz jus à garantia de emprego, eis que se trata de contrato de experiência, e ainda que assim não fosse, a reclamante não tem direito à reintegração, eis que passado o período estabilitário e a indenização não é devida, na medida em que a garantia de emprego prevista à gestante lhe garante direito ao trabalho e não ao salário sem trabalho, uma vez que deixou de distribuir sua ação no período de estabilidade. Pergunta-se: Tem razão a reclamada em suas alegações? Aborde todos os temas alegados na defesa. (2,5). Não. Mesmo que a gestante esteja no período de contrato de experiência, ela fará jus a estabilidade provisória. Desta maneira, é vedado dispensar trabalhadora que engravida durante o período de experiência. (Súmula 244, I do TST e Art. 10, II, "b" do ADCT) 4- Explique em que consiste o princípio da adequação setorial negociada no direito coletivo do trabalho e se esse princípio foi afetado pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista). (2,5) O princípio da adequação setorial negociada é uma forma de impor limites jurídicos à negociação coletiva, ao estipular condições que devem ser observadas pelos entes coletivos, quando da elaboração das normas autônomas jus coletivas, e sim, o Princípio da adequação setorial negociada foi afetado pela Lei 13.467/2017, tendo em vista que esta reforma trouxe novas discussões no âmbito do Direito Coletivo do Trabalho, especialmente em relação aos limites da negociação de direitos por meio de normas coletivas.
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