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Prova A1 - Coletivos Protetivos - 2021-1 - respondida

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Prova A1- Direitos Coletivos Protetivos 
 
1- Leonardo da Silva, aos 13 anos, foi contratado para trabalhar na distribuidora de 
fogos de artifício Fogos Tiradentes Ltda., em 13/02/2013, sem anotação de seu 
contrato de trabalho na CTPS, trabalhando das 13h às 23h, com uma hora de 
intervalo para refeição e descanso. Foi dispensado em 22/04/2016, quando tinha 
16 anos. Distribuiu ação trabalhista em 25/05/2018, pleiteando reconhecimento 
do vínculo empregatício, pagamento de horas extras e adicional de 
periculosidade. Defendendo-se a reclamada, preliminarmente, arguiu prescrição 
bienal, eis que passados mais de dois anos do término do contrato de trabalho. 
No mérito, alegou que o vínculo empregatício não deve ser reconhecido, por se 
tratar de trabalho ilícito, eis que o reclamante era menor de idade e não poderia 
trabalhar, não havendo como anotar seu contrato de trabalho e que não houve 
qualquer irregularidade no trabalho prestado. Afirmou que não houve 
descumprimento de normas trabalhistas, tendo em vista o trabalho ilícito. 
Pergunta-se: tem razão a reclamada em suas alegações? Fundamente sua 
resposta abordando todos os itens da defesa. (2,5) 
Não tem razão, pois no Art. 7º CF XXXIII proíbe o trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98). A inobservância do art. 7º, 
inciso XXXIII da CF poderá acarretar consequência de três orbitas: administrativa, 
trabalhista e penal. Assim, o trabalho do menor de 16 anos, ainda que na 
infância, com observância dos requisitos do art. 3º da CLT, bem como o trabalho 
noturno, perigoso ou insalubre gerará o pagamento dos direitos trabalhistas, 
inclusive dos adicionais correspondentes. 
2- No que se refere à proteção à maternidade, discorra sobre: (2,5) 
a- qual é o período de garantia de emprego previsto para a trabalhadora 
gestante? 
A emprega gestante tem a garantia de emprego assegurada desde a 
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos da alínea 
“b”, inciso II do artigo 10 dos Atos das Disposições Constitucionais 
Transitórias (ADCT) 
b- qual a diferença entre licença maternidade e estabilidade gestante? 
A licença maternidade é um benefício que deve ser pago pelo empregador 
diretamente à empregada, durante 120 dias, no valor do salário 
integral da empregada que passou por uma gestação. Já a estabilidade 
gestante é o período de 5 meses a partir do parto, em que a mulher não pode 
ser dispensada sem justa causa. 
 
3- Ângela foi contratada através de contrato de experiência, com duração de 45 
dias, prorrogável por mais 45 dias para a empresa Confecção Brasil Ltda., em 
20/03/2018. Foi dispensada antes do término do contrato após 60 dias, em 
20/05/2018, oportunidade em que se encontrava gestante de 3 semanas. Ao 
comunicar o fato à reclamada, e pedir sua reintegração, esta informou que a 
reclamante se encontrava em contrato de experiência que tem prazo 
determinado e por tal motivo não faz jus à garantia de emprego. A reclamante 
teve seu filho em novembro de 2018 e passado o período de garantia de 
emprego, em 02/07/2019, distribuiu ação trabalhista, pleiteando a reintegração 
ou a indenização correspondente à garantia de emprego. 
Defendendo-se a reclamada alegou que a trabalhadora não faz jus à garantia de 
emprego, eis que se trata de contrato de experiência, e ainda que assim não 
fosse, a reclamante não tem direito à reintegração, eis que passado o período 
estabilitário e a indenização não é devida, na medida em que a garantia de 
emprego prevista à gestante lhe garante direito ao trabalho e não ao salário sem 
trabalho, uma vez que deixou de distribuir sua ação no período de estabilidade. 
Pergunta-se: Tem razão a reclamada em suas alegações? Aborde todos os 
temas alegados na defesa. (2,5). 
 
Não. Mesmo que a gestante esteja no período de contrato de experiência, 
ela fará jus a estabilidade provisória. Desta maneira, é vedado dispensar 
trabalhadora que engravida durante o período de experiência. (Súmula 244, 
I do TST e Art. 10, II, "b" do ADCT) 
 
4- Explique em que consiste o princípio da adequação setorial negociada no direito 
coletivo do trabalho e se esse princípio foi afetado pela Lei 13.467/2017 
(Reforma Trabalhista). (2,5) 
O princípio da adequação setorial negociada é uma forma de impor limites jurídicos à 
negociação coletiva, ao estipular condições que devem ser observadas pelos entes 
coletivos, quando da elaboração das normas autônomas jus coletivas, e sim, o Princípio 
da adequação setorial negociada foi afetado pela Lei 13.467/2017, tendo em vista que 
esta reforma trouxe novas discussões no âmbito do Direito Coletivo do Trabalho, 
especialmente em relação aos limites da negociação de direitos por meio de normas 
coletivas.

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