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Roteiro 05 - Teoria Geral da Norma Penal - Lei Penal no Tempo

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NOME DO ALUNO
	Camila Fragozo Vargas e
 Radharani Bertazzo da Silva
	26/04/2020
	ESTUDO DIRIGIDO
	DIREITO 
PENAL
1
	
TEORIA GERAL DA NORMA PENAL:
LEI PENAL NO TEMPO
	ORIENTAÇÕES:
1. Preencha os tópicos abaixo, utilizando ao menos TRÊS autores diferentes, fazendo as devidas citações dos mesmos em notas de rodapé, e referindo exemplos esclarecedores.
2. Ao final, CRIE UMA questão objetiva, que abranja todo o conteúdo do presente estudo, e UMA questão objetiva sobre um conteúdo específico, destacando-as com a resposta correta. O critério para avaliação deste item será a ORIGINALIDADE (o não envolvimento do nome do Professor.)
3. O trabalho deverá ser entregue em formato PDF, com o corpo do texto em fonte Calibri, tamanho 12, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e recuo de 1,25cm na primeira linha. As notas de rodapé em fonte Calibri, tamanho 9, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e Hanging de 0,5cm. O documento deverá ter margem direita em 1,5cm e as demais em 2,0cm. 
Bom trabalho!!
TEMPO DO CRIME
Conforme as palavras de Nucci: [footnoteRef:1]“Cuidar do tempo do crime significa estabelecerem qual exato momento se deve considerá-lo praticado. Esse debate tem valor prático quando se trata do delito de resultado (denominado material), ou seja, a infração penal que possui: conduta e resultado naturalístico (transformação visível do mundo exterior). [1: NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal : parte geral: arts. 1º a 120 do Código Penal. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense. 2017. P 271. ] 
Conforme Luiz Flávio Gomes: “CP, art. 4.°: [footnoteRef:2]“Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.” [2: GOMES, Luiz Flávio. Direito Penal Parte Geral. 2ª. Ed. vol. 1. Editora RT. p 208. ] 
Conforme as palavras de Sanches:[footnoteRef:3] “Para a correta (e justa) aplicação da lei penal é imprescindível definir o tempo do crime, ou seja, quando um crime se considera praticado. (…) Pelo princípio da coincidência (da congruência ou da simultaneidade), de todos os elementos do crime (fato típico, ilicitude e culpabilidade) devem estar presentes no momento da conduta.” [3: CUNHA, Rogério Sanches. Manual do Direito Penal Parre Geral. 4.ª. ed. Vol. Único. Salvador/ BA: Juspodivm. 2016. P 103 e 104. ] 
No meu entendimento, o tempo do crime é o exato momento em que o crime acontece. A teoria adotada pela lei do tempo do crime é a teoria da atividade. 
Exemplo esclarecedor:
-121, § 1º, tempo do crime: domínio de violenta emoção LOGO em seguida a injusta provocação.
Exemplo de Jurisprudência do Tempo do Crime:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. AUSÊNCIA DE DOCUMENTO HÁBIL A COMPROVAR A MENORIDADE DO RÉU AO TEMPO DO CRIME. 1. O reconhecimento da redução do prazo prescricional pela metade, nos termos do art. 115 do Código Penal, requer a apresentação de documentos que atestem de forma segura a idade do agente. 2. Agravo regimental desprovido.
(STJ - AgRg no REsp: 1342353 ES 2012/0189229-9, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 11/06/2013, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 18/06/2013)
Observo que o julgado demonstrou, que o réu no tempo do crime, não conseguiu comprovar que era menor de 21 anos. 
SUCESSÃO DE LEIS PENAIS
Conforme as palavras de Rogério Sanches Cunha:[footnoteRef:4] Enrre a data do fato praticado e o término do cumprimento da pena, podem surgir várias leis penais, ocorrendo aquilo que chamamos de sucessão de leis no tempo. Quando ocorre a sucessão, é necessário observar, em especial, as regras da ultra-atividade ou retroatividade. O artigo 5°, XL da CF/88 enuncia, como regra geral, que "a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu': Trata-se da irretroatividade da lei penal, excetuada somente quando esta lei beneficia de algum modo o acusado (ou mesmo o condenado). Esta retroatividade da lei benéfica é determinada por razões de política criminal, aLtorizando que a lei nova - que deveria produzir efeitos a partir da sua entrada em vigor – produza efeitos sobre as ações ou omissões realizadas antes de sua existência no mundo jurídico. [4: CUNHA, Rogério Sanches. Manual do Direito Penal Parre Geral. 4.ª. ed. Vol. Único. Salvador/ BA: Juspodivm. 2016. P 104.] 
Da sucessão de leis no tempo podem se apresentar 10 intérprete cinco cenários distintos:
Conforme as palavras de Greco:[footnoteRef:5] “Entre a data do fato praticado e o término do cumprimento da pena podem surgir várias leis penais, ocorrendo aquilo que chamamos de sucessão de leis no tempo. Nessa sucessão de leis, vamos observar as regras da ultra-atividade ou retroatividade benéficas. À medida que forem surgindo às leis, faremos as comparações entre elas, com a finalidade de ser escolhida e aplicada aquela que melhor atenda aos interesses do agente. Se a anterior for considerada mais favorável, gozará dos efeitos da ultra atividade; se a posterior é mais benéfica, será retroativa.” [5: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19ª. Ed. vol. 1. Niterói/RJ: Impetus. 2017. P 196.] 
Conforme as palavras de André Estefam: “Sob tal rubrica, situam-se os casos em que o mesmo fato é regido por diversas leis penais, as quais se sucedem no tempo, regulando o tema de maneira distinta. Ainda que tal situação possa parecer de difícil solução, para resolvê-la devem ser aplicados os critérios acima estudados, ou seja, deve-se sempre adotar como regra o critério da atividade da lei penal e, somente quando se tratar de lei benéfica, sua extra-atividade.” 
Observamos que a sucessão de leis penais é o conflito de normas retroativas e irretroativas. No caso de alguém praticar um crime, dependendo da vigência da norma, se aplicará a lei mais benéfica, ou seja, retroagirá em benefício do réu. 
Exemplo esclarecedor:
Conforme o exemplo de André Estefam: [footnoteRef:6]“Acompanhe o seguinte exemplo: imaginemos que o agente tenha cometido determinado delito no ano de 2011, quando a conduta era apenada com detenção, de dois a quatro anos. Em 2012, quando corria o processo, nova lei modifica a sanção para um a três anos de detenção. Finalmente, em 2013, dias antes de o juiz proferir a sentença, surge uma terceira lei, aumentando a pena para dois a cinco anos de reclusão. No caso de condenação, deverá ser aplicada a segunda norma, que retroage à data do fato, por ser mais benéfica que a primeira (lex mitior), e impede a incidência da última, que se mostra mais gravosa (lex gravior) em relação a ela. Teremos neste caso, portanto, a aplicação de uma lei, ao mesmo tempo, retroativa, porque incidente sobre fato anterior à sua vigência, e ultraativa, porquanto aplicada depois de sua revogação.” [6: ESTEFAM, André. Direito Penal: Parte Geral. 7ª. Ed. vol. 1. São Paulo: Saraiva. 2018. P 170.] 
 “Abolitio criminis”
Conforme as palavras de Salim e Azevedo:[footnoteRef:7] “A abolitio criminis somente ocorrerá quando não houver, na nova lei, previsão da conduta proibida, ocorrendo uma revogação material e formal da lei. (...) abolitio criminis cessa os efeitos penais da sentença condenatória, o agente que vier a praticar novo delito não poderá ser considerado reincidente. OBS.: nestas hipóteses, mesmo havendo a extinção da punidade após o trânsito em julgado, a sentença do crime anterior perderá a força de gerar reincidência.” [7: SALIM, Alexandre e AZEVEDO, Marcelo André de. Direito Penal Parte Geral. 7ª. Ed. Salvador/BA: Juspodivm. 2017. P 110 e 462. ] 
Conforme as palavras de Nucci: [footnoteRef:8]“Abolitio criminis: é a abolição do crime (descriminalização de uma conduta), devendo produzir efeitos benéficos ao réu, mesmo que já tenha sido condenado com trânsito em julgado. (...) Trata-se de lei nova deixando de considerar determinada conduta como crime. Nesse caso, como preceitua o art.2.º do Código Penal, ocorre o fenômeno da retroatividade da lei penal benéfica. Assim acontecendo, nenhumefeito penal subsiste, mas apenas as consequências civis. O art. 107 a insere no contexto das excludentes de punibilidade, mas, na realidade, sua natureza jurídica é de excludente de tipicidade, pois, desaparecendo do mundo jurídico o tipo penal, o fato não pode mais ser considerado típico.” [8: NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal : parte geral: arts. 1º a 120 do Código Penal. Vol.1. Rio de Janeiro: Forense, 2017. P 267 e 1.081.] 
Conforme o entendimento de Capez: [footnoteRef:9]“Trata-se de lei posterior que revoga o tipo penal incriminador, passando o fato a ser considerado atípico. Como o comportamento deixou de constituir infração penal, o Estado perde a pretensão de impor ao agente qualquer pena, razão pela qual se opera a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, III, do Código Penal. Consequências da abolitio criminis: o inquérito policial ou o processo são imediatamente rancados e extintos, uma vez que não há mais razão de existir; se já houve sentença condenatória, cessam imediatamente a sua execução e todos os seus efeitos penais, principais e secundários; os efeitos extrapenais, no entanto, subsistem, em face do disposto no art. 2º, caput, do Código Penal, segundo o qual cessam apenas os efeitos penais da condenação. Atenção: não é possível a ocorrência da abolitio criminis por medida provisória que não foi transformada em lei pelo Congresso Nacional, pois o Poder Executivo não tem a prerrogativa de concretizar disposições penais, atribuição essa privativado Poder Legislativo, assim como inadmite-se abolitio criminis pelo costume, que não tem o condão de revogar a lei.” [9: CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 1, parte geral: arts. 1º a 120. 23ª. Ed. São Paulo: Saraiva. 2019. P 148 e 149. ] 
No meu entendimento, abolitio criminis é a lei que deixa de considerar como crime o fato anteriormente incriminado. O abolitio criminis beneficia o réu, mesmo que ja tenha sido condenado em trânsito em julgado.
Exemplo esclarecedor:
- 210 e 240, abolitio criminis: extinguiu o tipo penal;
Exemplo de Jurisprudência:
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO. POSSE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM NUMERAÇÃO HÍGIDA. ABOLITIO CRIMINIS. OCORRÊNCIA. ORDEM CONCEDIDA. 1. A Sexta Turma, a partir do julgamento do HC n.º 188.278/RJ, passou a entender que a abolitio criminis, para a posse de armas e munições de uso permitido, restrito, proibido ou com numeração raspada, tem como data final o dia 23 de outubro de 2005. 2. Dessa data até 31 de dezembro de 2009, somente as armas e munições de uso permitido (com numeração hígida) e, pois, registráveis, é que estiveram abarcadas pela abolitio criminis. 3. No caso concreto, a benesse legal há de ser reconhecida porque o paciente foi flagrado, em 30 de novembro de 2000, por possuir e guardar uma arma de fogo de uso permitido, com numeração hígida, fato a ensejar a exclusão do crime (abolitio criminis temporária). 4. Ordem concedida, para decotar a condenação pela posse de uso de arma de fogo permitida. (STJ - HC: 425802 SP 2017/0301928-4, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 06/03/2018, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/03/2018)
Observo esta Jurisprudência, pois no momento da ação havia uma abolitio criminis. 
 “Novatio legis” incriminadora
Conforme Estefam: [footnoteRef:10] “A novatio legis incriminadora, por fim é a que passa a definir o fato penalmente ilícito. Em outras palavras, uma conduta penalmente atípica passa a ser definida como crime ou contravenção.” [10: ESTEFAM, André. Direito Penal Parte Geral. 7ª. Ed. São Paulo: Saraiva. 2018. P. 168. ] 
Conforme as palavras de Bitencourt: [footnoteRef:11] “A novatio legis incriminadora, ao contrário da abolitio criminis, considera crime fato anteriormente não incriminado. A novatio legis incriminadora é irretroativa e não pode ser aplicada a fatos praticados antes da sua vigência, segundo o velho a forisma nullum crimen sine praevia lege, hoje erigido a dogma constitucional (art.5º,XXXIX,daCFeart.1ºdoCP). Nessas circunstâncias, o autor do fato não praticou crime, uma vez que, no momento da execução, sua conduta era indiferente para o Direito Penal. Nesse sentido, pontificava o saudoso Assis Toledo (Princípios básicos de Direito Penal...,p.31), inverbis: “A lei penal mais grave não se aplica aos fatos ocorridos antes de sua vigência, seja quando cria figura penal até então inexistente, seja quando se limita a agravaras consequências jurídico-penais do fato, isto é, a pena ou a medida de segurança. Há, pois, uma proibição de retroatividade das normas mais severas de direito penal material.” [11: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal : parte geral, 1 / Cezar Roberto Bitencourt. – 17. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n. 12.550, de 2011. – São Paulo : Saraiva, 2012. P. 83. ] 
Conforme Fernando Capez: [footnoteRef:12] “É a lei posterior que cria um tipo incriminador, tornando típica conduta considerada irrelevante penal pela lei anterior. Saliente-se que a lei penal mais grave, seja quando cria figura penal até então inexistente, seja quando agrava a pena ou a medida de segurança, não se aplica aos fatos ocorridos antes da sua vigência, em razão da proibição da retroatividade das normas penais materiais mais severas.” [12: CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 1, parte geral : arts. 1º a 120 / Fernando Capez. – 23. ed. – São Paulo : Saraiva Educação. 2019. P. 175. ] 
No meu entendimento, a novatio legis incriminadora é a lei nova que prova de fato o que anteriormente não era crime.
Exemplo esclarecedor:
-215, novatio legis: acrescentou um verbo ao tipo penal; 266, §§1º e 2º, acrescentou tipo penal nos parágrafos.
Exemplo de Jurisprudência:
APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO MAJORADO. LEI MARIA DA PENHA. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA. SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. CONDENAÇÃO. DOSIMETRIA. DETRAÇÃO. CUSTAS PROCESSUAIS. Mérito. Furto. Materialidade e autoria delitivas comprovadas. Palavras firmes e coerentes da vítima e de uma testemunha ocular da subtração, quem descreveu detalhadamente presenciar o réu levando uma centrífuga da casa da bisavó dele, esta idosa. Inaplicabilidade do princípio da insignificância, ante o valor da res furtiva e a reprovabilidade do agir. Inimputabilidade. Defesa que não se desincumbido do ônus probatório que lhe cabia, tampouco requereu a submissão do denunciado a perícia técnica com este fim. Exegese do art. 156, caput, do Código de Processo Penal. Juízo condenatório mantido. Majorante. Manutenção da majorante do repouso noturno, bem comprovada na prova oral judicializada. Privilégio. Primariedade e valor do bem aquém do salário mínimo nacional, preenchendo os requisitos legais. Descumprimento de medida protetiva. Materialidade e autoria delitivas comprovadas. Demonstração de que o acusado tinha medidas protetivas de urgência deferidas judicialmente contra si e em favor de sua avó, quem habitava o mesmo terreno da bisavó, local do furto. Retorno do denunciado, após... o fato-subtração, quando se desentendeu com a avó. Condenação. Refutada a tese de consunção do presente delito pela subtração. Inconstitucionalidade. Lei nº 13.641/2018 com caráter de novatio legis incriminadora, ao criar o crime de descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência, estando textualmente previsto que o disposto não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. Bis in idem não verificado. Eventual tese de inconstitucionalidade a ser veiculada pelos canais apropriados, em controle de constitucionalidade concentrado, perante o Supremo Tribunal Federal. Dosimetria. Basilares fixadas no mínimo legal. Para o furto, compensadas as agravantes e as atenuantes reconhecidas. Para o delito da lei extravagante, a despeito de reconhecida uma atenuante, esta não surte efeitos, ante a proibição da Súmula nº 231 do STJ. Majoração da reprimenda do furto em 1/3, pelo repouso noturno, e minorada em 1/3 pelo privilégio. Cúmulo material, resultando empena carcerária definitiva de 10 meses e 20 dias de reclusão e 03 meses de detenção, em regime inicial aberto. Aplicação, já na origem, de sursis bienal. Multa. Sanção principal e cumulativa, sem previsão legal de isenção. Redução para 10 dias-multa, à razão unitária mínima legal. Detração. Deferida,... cujo cálculo competirá ao Juízo execucional. Custas processuais. Suspensão da exigibilidade. APELAÇÃO DEFENSIVA PARCIALMENTE PROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Crime Nº 70080357890, Sexta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ícaro Carvalho de Bem Osório, Julgado em 30/05/2019). (TJ-RS - ACR: 70080357890 RS, Relator: Ícaro Carvalho de Bem Osório, Data de Julgamento: 30/05/2019, Sexta Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 04/06/2019)
Observo esta Jurisprudência, pelo fato de ser criado o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência, o que antes não era crime, agora se torna crime. (novatio legis incriminadora)
 “Novatio legis in mellius” ou “lex mittior”
Conforme as palavras de Toledo: [footnoteRef:13] “Denomina-se mais benigna a lei mais favorável ao agente, no tocante ao crime e à pena, sempre qüe, ocorrendo sucessão de leis penais no tempo, o fato previsto como crime tenha sido praticado na vigência da, lei anterior. Será mais benigna a que “de qualquer modo favorecer o agente” podendo, portanto, ser a lei anterior ou a posterior. Nos termos do art. 5. °, XL, da Constituição, a lei mais benigna prevalecerá sempre, em favor do agente, quer seja a anterior (ultra-atividade) quer seja a posterior (retroatividade).” [13: TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal : de acordo com a Lei n. 7 .2 0 9 , de 1 1 -7-1 984 e com a Constituição Federal de 1988. 5ª. ed. São Paulo : Saraiva. 1994. P 83. ] 
Conforme as palavras de Greco: [footnoteRef:14]“A novatio legis in mellius será sempre retroativa, sendo aplicada aos fatos ocorridos anteriormente à sua vigência, ainda que tenham sido decididos por sentença condenatória já transitada em julgado. Se, por exemplo, surgir uma lei nova reduzindo a pena mínima de determinada infração penal, deve aquela que foi aplicada ao agente ser reduzida a fim de atender aos novos limites, mesmo que a sentença que o condenou já tenha transitado em julgado. Só não terá aplicação a lei nova, no exemplo fornecido, se o agente já tiver cumprido a pena que lhe fora imposta.” [14: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral, volume I / Rogério Greco. – 19. ed. – Niterói, RJ: Impetus, 2017. P 190. ] 
Conforme as palavras de Nucci: [footnoteRef:15]“A lei penal inconstitucional pode servir para beneficiar o réu, desde que o juiz entenda correta a sua aplicação. Em verdade, o controle de constitucionalidade feito pelo magistrado, quando aplica a lei ao caso concreto, é cabível e efetivado de forma independente, ou seja, caso entenda ser a norma constitucional, certamente poderá o juiz aplicá-la à situação vivenciada pelo réu.” [15: NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal : parte geral: arts. 1º a 120 do Código Penal. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense. 2017. P 251. ] 
No meu entendimento, a novatio legis in mellius lex mittior é a lei mais suave, a lei que mais beneficia o réu.
Exemplo esclarecedor:
-242, reformacio in mellius: incluiu a parte final, da cominação da pena, a possibilidade do juiz deixar de aplicar a pena;
Exemplo de Jurisprudência:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. ROUBO. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. NOVATIO LEGIS IN MELLIUS. CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL. POSSIBILIDADE. DOSIMETRIA DA PENA. DISCRICIONARIEDADE. 1. Para a jurisprudência desta Corte, o afastamento da causa de aumento de pena pelo uso da arma em razão da novatio legis in mellius engendrada pela Lei n. 13.654/2018 não impede a valoração dessa circunstância para a fixação da pena-base, desde que respeitada a pena aplicada anteriormente. Precedentes. 2. Contudo, não importa em violação a lei federal o simples afastamento da majorante, sem que essa circunstância seja considerada na primeira fase da dosimetria. 3. Isso porque a dosimetria da pena está inserida no âmbito de discricionariedade regrada do julgador, estando atrelada às particularidades fáticas do caso concreto e subjetivas dos agentes, elementos que somente podem ser revistos por esta Corte em situações excepcionais, quando malferida alguma regra de direito. 4. Agravo regimental desprovido. (STJ - AgRg no REsp: 1806124 MG 2019/0097621-9, Relator: Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Data de Julgamento: 18/02/2020, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/02/2020)
Observo esta Jurisprudência, para o caso de novatio legis in mellius, pelo fato de que fica a critério do julgador usar ou não usar essa circunstância para a fixação da pena base. 
 “Novatio legis in pejus” ou “lex gravior”
Conforme as palavras de Luiz Flávio Gomes: [footnoteRef:16]“A lei nova prejudicial —novatio legis in pejus (que aumenta pena, que agrava regime de execução da pena etc).” [16: GOMES, Luiz Flávio. Direito Penal Parte Geral. 2ª. Ed. vol. 1. Editora RT. P 170.] 
Conforme as palavras de Damásio:[footnoteRef:17] ““NOVATIO LEGIS IN PEJUS”: A LEI NOVA MODIFICA O REGIME ANTERIOR, AGRAVANDO A SITUAÇÃO DO SUJEITO Se a lei posterior, sem criar novas incriminações ou abolir outras precedentes, agrava a situação do sujeito, não retroage. Há duas leis em conflito: a anterior, mais benigna, e a posterior, mais severa. Em relação a esta, aplica-se o princípio da irretroatividade da lei mais severa; quanto àquela, o da ultra-atividade da lei mais benéfica. Dessa forma, se o sujeito pratica um fato criminoso na vigência da lei X, mais benigna, e, no transcorrer da ação penal, surge a Y, mais severa, o caso deve ser apreciado sob a eficácia da antiga, em face da exigência de não fazer recair sobre ele uma valoração mais grave que a existente no momento da conduta delituosa.” [17: JESUS, Damásio de. Direito penal, volume 1 : parte geral / Damásio de Jesus. 32ª. ed. São Paulo : Saraiva, 2011. P 124. ] 
[footnoteRef:18]“O fenômeno jurídico da novatio legis in pejus refere-se à lei nova mais severa do que a anterior. Ante o princípio da retroatividade da lei penal benigna, a novatio legis in pejus não tem aplicação na esfera penal brasileira.” [18: Disponível em https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6591/A-Lei-Penal-no-tempo-novatio-Legis-incriminadora-abolitio-criminis-novatio-legis-in-pejus-e-a-novatio-legis-in-mellius, acesso em 28/03/2020 ás 11:25 ] 
No meu entendimento, a novatio legis in pejus lex gravior é a lei mais rigorosa, que prejudica a situação do réu.
Exemplo esclarecedor:
-215, CP, reformacio in pejus: acresceu um verbo ao tipo e aumentou a pena base.
Exemplo de Jurisprudência:
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS. CRIME DE DESOBEDIÊNCIA. ATIPICIDADE. PRECEDENTES DO STJ. ART. 24-A DA LEI 11.340/06. NOVATIO LEGIS IN PEJUS. IRRETROATIVIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que o descumprimento de medidas protetivas impostas nos termos a Lei 11.340/06 não configura o delito do art. 359 do Código Penal. 2. Em se tratando de novatio legis in pejus, cuja irretroatividade se impõe, conforme os arts. 5º, XL, da CF e 1º do CP, não incide o art. 24-A da Lei Maria da Penha aos fatos anteriores à publicação da Lei 13.641/18, que criou tipo penal específico para a conduta de desobedecer decisões judiciais que impõem medidas protetivas. 3. Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg no AREsp: 1216126 MG 2017/0315996-2, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento: 21/08/2018, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 03/09/2018)
Observo esta Jurisprudência, pelo fato de ser irretroativa. Na Jurisprudência, cita-se o descumprimento de medida protetiva, ou seja, o autor estava com a medida protetiva, e o réu descumpriu esta medida, só que no momento em que o sujeito descumpriu a medida protetiva, não existia uma lei dizendo que era crime descumprira mesma. 
 “Lex Tertia”
Conforme as palavras de Toledo: [footnoteRef:19]“Questão polemica e a de saber se, na determinação da lei mais benigna aplicável, pode o juiz tomar os preceitos ou os critérios mais favoráveis da lei anterior e, ao mesmo tempo, os da lei posterior, combina-los e aplica-los ao caso concreto, de modo a extrair o máximo benefício resultante da aplicação conjunta só dos aspectos mais favoráveis de duas leis.” [19: TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal : de acordo com a Lei n. 7 .2 0 9 , de 1 1 -7-1 984 e com a Constituição Federal de 1988. 5ª. ed. São Paulo : Saraiva. 1994. P 36. ] 
Conforme as palavras de Japiassú e Guerreiros:[footnoteRef:20] “Combinação, conjugação ou composição de leis significa, em linhas gerais, utilizar-se das partes que forem consideradas benéficas, tanto da lei anterior como da lei posterior, visando favorecer ao réu. Trata-se de uma questão polêmica, mas de elevado alcance prático, tendo em vista as constantes alterações legislativo-penais. O Código Penal é omisso quanto a essa questão. A doutrina se divide entre os que são a favor e os que não aceitam a composição de leis. Os doutrinadores contrários à conjugação de leis afirmam que a utilização das partes das normas que se sucedem transformaria o aplicador numa espécie de “legislador do caso concreto”, criando uma terceira lei (lex tertia).” [20: GUERREIROS, Artur e JAPIASSÚ, Carlos Eduardo. Direito penal: volume único. São Paulo: Atlas. 2018. P 149. ] 
Conforme as palavras de Capez: [footnoteRef:21]“o tema é bastante polêmico, por quanto se argumenta que, ao dividir a norma para aplicar somente aparte mais benéfica, estar-se-ia criando uma terceira regra.” [21: CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 1, parte geral :(arts. 1º a 120). 15ª. ed. São Paulo: Saraiva. 2011. P 80. ] 
No meu entendimento, lex tertia é a terceira lei, ou seja, se existe uma lei benéfica e uma lei rigorosa, o juiz pega algumas partes de ambas as leis e cria uma terceira lei, que é conhecida também por combinação de leis.
Exemplo esclarecedor:
-Art. 12, da Lei 6.368/76: pena de 3 a 15 anos, sem previsão de diminuição de pena. Entra em vigor a nova Lei 11.343/06, prevendo pena de 5 a 15 anos, mas acaso o réu seja primário, dentre outras condições, terá possibilidade de causa de diminuição de pena de 1/6 a 2/3. Nesse passo, inclusive adotando entendimento da súmula 501, do STJ, se permite a “mescla” da parte mais benéfica ao réu, considerando as duas leis supracitadas. 
Exemplo de Jurisprudência:
Súmula 501, STJ.
Órgão Julgador 
Data da Decisão 23/10/2013
Fonte
DJE DATA:28/10/2013
RSSTJ VOL.:00043 PG:00501
RSTJ VOL.:00232 PG:00749
Ementa
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
Observo que, a tempos atrás era possível o juiz combinar duas leis, criaria uma terceira lei, em benefício do réu. Atualmente não é mais possível.
Exceções
Conforme as palavras de Cezar Roberto Bitencourt: “A regra geral é a atividade da lei penal no período de sua vigência. A extra-atividade é exceção a essa regra, que tem aplicação quando, no conflito intertemporal, se fizer presente uma norma penal mais benéfica. São espécies dessa atividade estendida a retroatividade e ultratividade. Esses dois efeitos ocorrem: quando a lei revogada for mais benéfica, ela terá ultratividade, aplicando-se ao fato cometido durante sua vigência; no entanto, se a lei revogadora for a mais benigna, esta será aplicada retroativamente.”[footnoteRef:22] [22: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal : parte geral, – 17. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n. 12.550, de 2011. – São Paulo : Saraiva, 2012. P. 351] 
Conforme o que diz o Código Penal brasileiro: Art.14: “Diz-se o crime: Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena da tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrario, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz.”[footnoteRef:23] [23: CÉSPEDES, Lívia e ROCHA, Fabiana Dias da. Vade Mecum tradicional. 29. Ed- São Paulo: Saraiva Educação,2020. 2568p.] 
Conforme as palavras de Rogério Greco: “Por causa da ressalva contida no parágrafo único do art. 14, é que podemos concluir ter o Código Penal adotado a teoria objetiva temperada, moderada ou matizada, isto é, a regra é que a pena correspondente ao crime tentado sofra uma redução. Contudo, tal regra sofre exceções, conforme previsto pelo próprio artigo. Assim, embora adotando-se uma teoria objetiva, ela não é pura, mas sim, como já o dissemos, temperada, moderada ou matizada.”[footnoteRef:24] [24: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol.1. 19. ed.–Niterói,RJ: Impetus, 2017. 983p.] 
Conforme as palavras de Celso Delmanto: “O chamado conflito de leis no tempo: quando há sucessão de leis penais, torna-se necessário encontrar qual a norma que é aplicável ao fato; se aquela que vigia quando o crime foi praticado, ou a que entrou depois em vigor.”[footnoteRef:25] [25: DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado... [et al]. — 6. ed. atual. e ampl. — Rio de Janeiro: Renovar, 2002. 1114p.] 
Conforme as palavras de Capez:“O fenômeno jurídico pelo qual a lei regula todas as situações ocorridas durante seu período de vida, isto é, de vigência, denomina-se atividade. A atividade da lei é a regra. Quando a lei regula situações fora de seu período de vigência, ocorre a chamada extra-atividade, que é a exceção” (CAPEZ, 2007. P. 54)
	Deste modo compreendemos que, a revogação é a retirada da vigência de uma lei por meio de outra lei. Em regra, apenas uma lei pode revogar outra. No Direito Penal por sua vez, há exceções: as leis temporárias e as excepcionais, elas são autorrevogáveis. Contudo percebemos que a exceções das leis ocorrem diversas vezes, em todos os ramos, porém no ramo da Lei Penal do tempo a exceção é chamada de extra-atividade que tem laço com as leis temporárias e excepcionais.
	Exemplo: Uma lei foi criada em janeiro de 2025, porém diferente das demais leis penais normais, a mesma e terá um tempo previsto de 5 meses, depois será encerrada. Nesta lei criada, temos uma exceção, pois ela ficara vigente somente no período mencionado e não terá que ser abatida por uma lei nova para que se torne inconstitucional. 
Leis Temporárias e Excepcionais
Conforme o que diz o Código Penal brasileiro: “Art. 3. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.”[footnoteRef:26] [26: CÉSPEDES, Lívia e ROCHA, Fabiana Dias da. Vade Mecum tradicional. 29. Ed- São Paulo: Saraiva Educação,2020. 2568p.] 
Conforme as palavras de Celso Delmanto: “O princípio da retroatividade benigna não é aplicável em casos de leis excepcionais ou temporárias. Leis excepcionais são as promulgadas para vigorar em situações ou condições sociais anormais, tendo sua vigência subordinada à duração da anormalidade que as motivou. Leis temporárias são as que têm tempo de vigência determinado em seus próprios dispositivos. Tendo em vista a natureza especial dessas normas, editadas para vigorar apenas em situações anormais ou durante tempo determinado, o CP abre exceção, com relação a elas, à regra da retroatividade da lei posterior mais favorável. Como é óbvio, elas perderiam toda a sua força intimidativa, caso o agente já soubesse, de antemão, que, após cessadaa anormalidade (no caso das leis excepcionais) ou findo o período de vigência (das leis temporárias), acabaria impune pela aplicação do princípio da retroatividade.”[footnoteRef:27] [27: DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado...[et al]. — 6. ed. atual. e ampl. — Rio de Janeiro: Renovar, 2002. 1114p.] 
Conforme as palavras de Rogério Greco: “Considera-se	temporária a lei quando esta traz expressamente em seu texto o dia do início, bem como o do término de sua vigência, a exemplo do que ocorreu com a Lei nº 12.663, de 5 de junho de 2012, que dispôs sobre as medidas relativas à Copa das Confederações, FIFA 2013, à Copa do Mundo FIFA 2014 e aos eventos relacionados, que foram realizados no Brasil. Conforme se verifica no art. 36 do referido diploma legal, os tipos previstos no Capítulo VIII, correspondente às disposições penais, teriam vigência até o dia 31 de dezembro de 2014 [...]. Excepcional é aquela editada em virtude de situações também excepcionais (anormais), cuja vigência é limitada pela própria duração da aludida situação que levou à edição do diploma legal. Como exemplo de leis excepcionais podemos citar aquelas que foram editadas buscando regular fatos ocorridos durante o estado de guerra ou mesmo calamidade pública, tal como o surto de uma doença epidêmica ou uma catástrofe da natureza que tenha dimensão nacional. Encerrado o período de sua vigência, ou cessadas as circunstâncias anormais que a determinaram, tem-se por revogadas as leis temporária e excepcional.”[footnoteRef:28] [28: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol.1. 19. ed.–Niterói,RJ: Impetus, 2017. 983p.] 
	Deste modo compreendemos que, leis penais temporárias e excepcionais são aquelas que respectivamente: foram feitas para vigorar em épocas especiais, como guerra, calamidade etc. É aprovada para vigorar enquanto perdurar o período excepcional; foram feitas para vigorar por determinado tempo, estabelecido previamente na própria lei. Assim, a lei traz em seu texto a data de cessação de sua vigência. 
	Exemplos fictícios:[footnoteRef:29] [29: Disponível em : https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/estudos-aprofundados-sobre-as-leis-excepcionais-e-temporarias/, acesso em 21/04/2020, às 18:40. ] 
	Lei Excepcional 
“Art. 1º – Desperdiçar água, acima dos limites legais, no período de seca.
Pena: Detenção de 2 meses a 6 meses.
Art. 2º – Está lei fica em vigor enquanto durar o período de seca no país.”
No exemplo fictício acima, teríamos uma lei excepcional, pois a vigência da lei está condicionada “ao período que durar a seca”, ou seja, uma situação excepcional. Neste caso, a seca poderá durar alguns dias, meses ou anos. É certo que, enquanto “durar a seca” a lei excepcional estará operando plenamente os seus efeitos.Destarte, conforme Luiz Flávio Gomes (2009, p. 80) tal lei deverá “durar até que cessem as circunstâncias que a determinaram”.
	Lei Temporária 
“Art. 1º – Desperdiçar água, acima dos limites legais.
Pena: Detenção de 2 meses a 6 meses.
Art. 2º – Está lei fica em vigor do dia 07 de fevereiro de 2011 até 07 de fevereiro de 2012.”
Percebe-se que, ao final da data fixada “07 de fevereiro de 2012” a lei temporária perderá a sua eficácia.
Crimes Continuado e Permanente
“Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Parágrafo único. Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.”[footnoteRef:30] [30: CÉSPEDES, Lívia e ROCHA, Fabiana Dias da. Vade Mecum tradicional. 29. Ed- São Paulo: Saraiva Educação,2020. 2568p.] 
“O art.	71 do Código Penal elenca os requisitos necessários à caracterização do crime continuado, bem como suas	consequências, a saber: Requisitos: a) mais de uma ação	ou omissão; b) prática de dois ou	mais crimes, da mesma espécie; c)	condições de tempo,	lugar, maneira de execução e outras semelhantes; d)	os crimes subsequentes devem ser	havidos como	continuação do primeiro. Consequências: a) aplicação da pena	de um só dos	crimes, se idênticas,	aumentada de um	sexto a dois terços; b) aplicação da	mais grave das penas, se diversas, aumentada de	um sexto a dois terços; c) nos crimes dolosos, contra	vítimas diferentes, cometidos com	violência ou grave ameaça	à pessoa, aplicação da pena	de um	só dos	crimes, se idênticas, aumentada até o triplo; d) nos crimes	dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, aplicação da mais	grave das penas, se diversas, aumentada até o triplo.”[footnoteRef:31] [31: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol.1. 19. ed.–Niterói,RJ: Impetus, 2017. 983p.] 
“Há crime continuado (também chamado continuidade delitiva) quando o continuado agente comete dois ou mais crimes da mesma espécie, mediante mais de uma conduta, estando os delitos, porém, unidos pela semelhança de determinadas circunstâncias (condições de tempo, lugar, modo de execução ou outras que permitam deduzir a continuidade).”[footnoteRef:32] [32: DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado... [et al]. — 6. ed. atual. e ampl. — Rio de Janeiro: Renovar, 2002. 1114p] 
Deste modo compreendemos que o crime continuado não depende da unidade de desígnios do agente. O CP filia-se à teoria objetiva pura. Entendemos que crime continuado é o nome jurídico dado à prática de dois ou mais crimes que estão ligados entre si, segundo certas condições definidas pela legislação ou pela jurisprudência de cada país, determinando o seu processamento e julgamento conjunto, bem como fórmulas especiais para a sua punição em conjunto e que crime permanente é aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por vontade do agente, como acontece no crime de sequestro, previsto no artigo 148 do Código Penal, que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do agente.
Exemplos respectivos: 
Por exemplo, o exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (artigo 282, do Código Penal), enquanto que no crime continuado a conduta do agente não revela o seu estilo de vida. Ocorre, por exemplo, o crime continuado no caso de um funcionário de um supermercado que furta, diariamente, pequenas quantias de dinheiro, para não despertar suspeitas do gerente.
Por exemplo, a extorsão mediante sequestro. A relevância prática de se constatar a permanência é estabelecer o início da contagem do prazo prescricional, que só ocorre após a cessação da ofensa ao bem jurídico (artigo 111, inciso III, do Código Penal), além da possibilidade, em qualquer momento, da prisão em flagrante.
 
RETROATIVIDADE E NORMAS PENAIS EM BRANCO
Conforme as palavras de Celso Delmanto: “A garantia da irretroatividade da lei penal mais gravosa (CP, art. 2, parágrafo único) é encontrada na CR/88, art. 52, XL: "a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". Tratando-se de norma penal mais benéfica, a regra a ser aplicada é a da retroatividade. Isso pode acontecer em duas hipóteses: a. O fato não é mais considerado crime pela nova lei (abolitio criminis- art. 22, caput). b. A lei nova, de alguma forma, beneficia o agente (lex mitior - art. 22, parágrafo único). Portanto, em caso de lei mais benéfica, há retroatividade, quando ela for posterior ao fato, ou há ultratividade, quando for anterior e se tratar de crime continuado .”[footnoteRef:33] [33: DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado... [et al]. — 6. ed. atual. e ampl. — Rio de Janeiro: Renovar, 2002. 1114p] 
Conforme as palavras de Cezar Roberto Bitencourt: “a) a retroatividade da lei penal mais benéfica constitui-se na premissa menor, a exceção. Como se vê, obadalado dispositivo constitucional consagra uma regra geral e uma exceção: regra geral – irretroatividade da lei penal; exceção – retroatividade quando beneficiar o réu. Assim, como o que precisa vir expresso é a exceção e não a regra geral, não se pode exigir exceção da exceção para excluir a retroatividade benéfica das leis examinadas.”[footnoteRef:34] [34: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal : parte geral, – 17. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n. 12.550, de 2011. – São Paulo : Saraiva, 2012. P. 351] 
Conforme as palavras de Damásio de Jesus: “Normas penais em branco são disposições cuja sanção é determinada, permanecendo indeterminado o seu conteúdo. Ex.: a Lei n. 8.137, de 2712-1990, que define crimes contra a ordem econômica e as relações de consumo, no inciso I de seu art. 6.º impõe a pena de detenção, de um a quatro anos, ou multa, a quem “vender ou oferecer à venda mercadoria” “por preço superior ao oficialmente tabelado”[footnoteRef:35] [35: JESUS, Damásio de. Direito penal, volume 1 : parte geral / Damásio de Jesus. 32ª. ed. São Paulo : Saraiva, 2011. P 124. ] 
Conforme as palavras de Guilherme de Souza Nucci: “São normas penais em branco aquelas cujo preceito primário é indeterminado quanto a seu conteúdo, porém determinável, além de terem o preceito sancionador determinado.”[footnoteRef:36] [36: NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal : parte geral: arts. 1º a 120 do Código Penal - Rio de Janeiro: Forense, 2017.1164P.] 
Conforme as palavras de Cezar Roberto Bitencourt: “Primeiramente, precisamos discorrer sobre a questão da retroatividade das normas ditas integradoras ou complementadoras. O tema é profundamente controvertido, tanto na doutrina nacional quanto na estrangeira. Os argumentos são os mais variados em ambas as direções. A nosso juízo, contudo, a polêmica tem como fundamento maior a definição que se atribua a “norma penal em branco”. Como pontificava Magalhães Noronha23, a norma penal em branco não é destituída de preceito. Ela contém um comando, provido de sanção, de se obedecer ao complemento preceptivo que existe ou existirá em outra lei. Com efeito, a norma penal em branco válida é aquela que contém o núcleo essencial da conduta punível descrito no preceito primário da norma incriminadora, sob pena de violar o princípio da reserva legal de crimes e respectivas sanções (art. 1º do CP). Nesses termos, a validez da norma complementar decorre da autorização concedida pela norma penal em branco, como se fora uma espécie de mandato, devendo-se observar os seus estritos termos, cuja desobediência ofende o princípio constitucional da legalidade. Aliás, tratando-se de norma penal em branco, a própria denúncia do Parquet deve identificar qual lei complementar satisfaz a elementar exigida pela norma incriminadora, ou seja, deve constar da narrativa fático-jurídica qual lei desautoriza a prática da conduta imputada, sob pena de se revelar inepta, pois a falta de tal descrição impede a demonstração do aperfeiçoamento da adequação típica. Do exposto, devemos diferenciar duas situações completamente distintas no momento de analisar a retroatividade das leis penais em branco: de um lado, os casos em que a norma penal incriminadora permanece, com seu preceito sui generis e sua sanção, modificando-se somente a norma complementadora, e, de outro, os casos em que a própria norma penal incriminadora é reformada ou revogada.”[footnoteRef:37] [37: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal : parte geral, – 17. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n. 12.550, de 2011. – São Paulo : Saraiva, 2012. P. 351] 
Deste modo compreendemos que a retroatividade e as normas penais em branco se interlaçam quando à virtude da mudança de alguns de seus complementos. No Brasil, Paulo José da Costa Jr. e Basileu Garcia postulam que o complemento da norma penal em branco deve sempre retroagir, desde que mais benéfica para o acusado, tendo em vista o mandamento constitucional e o direito de liberdade do cidadão. Em sentido contrário, surge a lição de Frederico Marques, para quem a alteração da norma complementadora terá, sempre, efeitos irretroativos, por não admitir a revogação das normas em consequência da revogação de seus complementos. Ao nosso modo de ver, nenhuma das soluções é satisfatória por completo, entretanto ambas tem suas bases muito completas, porém nos posicionamos pela admissão da ultratividade da norma penal em branco, somente em determinados casos, que adiante se aclarará, aplicando-se aos demais a regra geral do art. 5°, XL, da Constituição Federal, numa espécie de retroação condicionada.
Exemplos de situações onde cada regra deveria ser utilizada ao nosso entender:
- Retroatividade
Se hoje você dá a sua pele para alguém, não existe uma lei deizendo que dá a pele é crime, neste caso você não será punido se amanhã surgir esta lei. Agora existe no sistema penal a retroatividade penal para benefício do réu, ou seja, se hoje você é punida com 5 anos de detenção por um crime e amanhã essa lei que lhe condenou não exista mais no ordenamento jurídico, você pode ser beneficiado com a liberdade.
- Norma Penal em Branco
1)Lei nº 8.137/90 que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo.
"Art. 6º - Constitui crime da mesma natureza:
I - vender ou oferecer à venda mercadoria, ou contratar ou oferecer serviço, por preço superior ao oficialmente tabelado, ao regime legal de controle;
II - aplicar fórmula de reajustamento de preços ou indexação de contrato proibida, ou diversa daquela que for legalmente estabelecida, ou fixada por autoridade competente;
III - exigir, cobrar ou receber qualquer vantagem ou importância adicional de preço tabelado, congelado, administrado, fixado ou controlado pelo Poder Público, inclusive por meio da adoção ou de aumento de taxa ou outro percentual, incidente sobre qualquer contratação. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, ou multa."
A tabela oficial de preços é complemento administrativo necessário.
QUESTÕES
Questão sobre TODO o conteúdo
Quanto à Lei Penal no tempo, assinale a alternativa verdadeira: 
a) muito embora ninguém possa ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, não deverão cessar os efeitos da sentença executória, nem tampouco os da execução penal. 
b) cuida-se, o instituto do artigo 2º, do Código Penal, da chamada "abolitio criminis", ou seja, é a hipótese de supressão da figura criminosa, por ter a ação, antes prevista como delituosa, deixado de ferir ao bem jurídico que pretende tutelar. 
c) verifica-se, consoante o disposto no artigo 2º, do CP, a presença de medida descriminalizadora, também chamada de "Lex Mitior", ou seja, a desconsideração da medida penalizadora em favor do réu, por ter a mesma sido revogada. (sua resposta) 
d) em caso de lei posterior desconsiderar fato, antes considerado crime, deverá ser o meio adequado para pleitear a cessação da execução e dos efeitos da sentença condenatória, apenas o recurso de apelação. 
A resposta certa é a letra b. Atentando ao Código Penal, em seu artigo 2º, verificamos a presença do instituto da abolição do crime, também conhecido como "abolitio criminis", que se constitui como a descriminalização do fato, não havendo mais sentido.
Questão sobre conteúdo ESPECÍFICO
A respeito da NOVATIO LEGIS IN PEJUS LEX GRAVIOR é correto afirmar:
( ) é a situação em que a lei posterior deixa de considerar como crime fato anteriormente incriminado.
( ) é a situação em que a lei posterior passa a considerar como crime fato anteriormente irrelevante para o Direito.
(x) é a situação em que a lei posterior, sem alterar a estrutura básica do tipo, cria uma circunstância qualquer que prejudique o réu.
( ) é a situação em que a lei posterior, sem alterar a estrutura básica do tipo, cria uma circunstância qualquer que beneficie o réu.
( ) trata de uma combinação dos aspectos mais benéficos das normas em concurso, com base na irretroatividade dos aspectos mais benéficos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRECO,Rogério. Curso de Direito Penal. 19ª. Ed. vol. 1. Rio de Janeiro: Editora Impetus. 2017. Total de páginas 983. 
BITENCOUT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Parte Geral. 17ª. Ed. Revista, ampliada e atualizada. Vol. 1. São Paulo: Saraiva. 2012. Total de páginas 2.153. 
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª. Ed. Vol.1. São Paulo: Saraiva. 1994. Total de páginas 374.
JESUS, Damásio de. Direito Penal Parte Geral. 32ª. Ed. Vol 1. São Paulo: Saraiva. 2011. Total de páginas 802. 
GOMES, Luiz Flávio. Direito Penal Parte Geral. 2ª. Ed. Vol. 1São Paulo: Revista dos tribunais. Total de páginas 307. 
SALIM, Alexandre e AZEVEDO, Marcelo Andre de. Direito Penal Parte Geral. 7ª. Ed. Vol.1. Salvador: Juspodivm, 2017. Total de páginas 619. 
CUNHA, Rogério Sanches. Manual do Direito Penal Parre Geral. 4.ª. ed. Vol. Único. Salvador/ BA: Juspodivm. 2016. P 990.
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal: parte geral: arts. 1º a 120 do Código Penal. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense. 2017. P 1164. 
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. 15ª. Ed. vol. 1. São Paulo: Saraiva. 2011. P 1087. 
GUERREIROS, Artur e JAPIASSÚ, Carlos Eduardo. Direito Penal. Vol. Único. São Paulo: Atlas. 2018. Total de páginas 1.159. 
ESTEFAM, André. Direito Penal Parte Geral (art. 1º ao 120). 7ª ed. São Paulo: Saraiva. 2018. Total de páginas 667.
CÉSPEDES, Lívia e ROCHA, Fabiana Dias da. Vade Mecum tradicional. 29. Ed- São Paulo: Saraiva Educação,2020. 2568p.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol.1. 19. ed.–Niterói,RJ: Impetus, 2017. 983p.
DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado... [et al]. — 6. ed. atual. e ampl. — Rio de Janeiro: Renovar, 2002. 1114p.
Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6591/A-Lei-Penal-no-tempo-novatio-Legis-incriminadora-abolitio-criminis-novatio-legis-in-pejus-e-a-novatio-legis-in-mellius, acesso em 19/04/2020 ás 23:05 
Disponível em : https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/estudos-aprofundados-sobre-as-leis-excepcionais-e-temporarias/, acesso em 21/04/2020, às 18:40. 
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