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@dicasjuridicas.val Medidas Cautelares Restrição Cautelar de Direitos, aplica-se não porque o agente é culpado e sim para proteger a sociedade. Já que até a Sentença Condenatória Penal Transitada em Julgado vige o principio da presunção de inocência Aspectos do Princípio da Presunção de Inocência Inversão do ônus da prova Prova em favor do acusado em casos de duvidas Avaliação da restrição da cautelar de direitos diante de extrema necessidade As Medidas Cautelares podem ser: Natureza Real > ligadas ao Patrimônio chamadas de medidas assecuratórias Natureza Pessoal > ligadas a Liberdade e são dividas em: Art. 5º LVII CF - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Fato Regra: Liberdade Exceção: Risco > Restrição de Direitos Prisões Processuais. Flagrante Preventiva Temporária Medidas diversas da prisão. (art. 319) Sentença Penal Condenatória Transitada em Julgado Pena Informação Processo Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; IX - monitoração eletrônica. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26 @dicasjuridicas.val Disposições gerais. Para que seja decretada as medidas cautelares são necessários Fumus Comissi Delicti: Prova de existência do crime, indícios de autoria ou participação Preiculum libertatis: Necessidade de Adequação da medida: a) A Legitimidade para decretar as medidas cautelares é em REGRA: do JUIZ. Exceção para decretar a as medidas cautelares: Autoridade policial pode prender em flagrante e atribuir fiança Qualquer o povo pode prender em flagrante Antes do Pacote Anticrime O juiz podia decretar as medidas cautelares de OFICIO ou por PROVOCAÇÃO Aplicação da Lei Penal. Investigação ou instrução criminal Nos casos previsto em lei para evitar a pratica de infrações penais Proporção da medida a gravidade do crime Depois do Pacote Anticrime O juiz só pode decretar as medidas cautelares por PROVOCAÇÃO. Obs.: a prisão em flagrante não se decreta somente analisa sua legalidade Durante a investigação criminal: Juiz de Garantia Durante o Processo: é o Juiz da instrução e julgamento Art. 3- B. CPP V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo; VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí- las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; Art. 3-C. CPP. § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. § 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias Art. 301. CPP. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 322. CPP. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. @dicasjuridicas.val b) Contraditório ou ampla defesa. Regra: Prévio ou seja após decretada a medida intima-se a parte em 5 dias para apresentar sua defesa. Exceção: Urgência ou Ineficácia da medida . Contraditório Diferido c) Aplicadas de forma ISOLADAMENTE ou CUMULATIVAMENTE. d) Descumprimento. e) Caráter Rebus Sic Stantibus. O juiz pode revogar ou substituir a medida quando faltar o motivo ou decreta-la novamente se houver novos motivos. f) Prisão preventiva tem caráter EXEPICIONAL “ultima ratio” Prisões Cautelares Art. 282. CPP. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. Art. 282. CPP. § 1 o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 1º) Substitui por outra medida 2º) Impor outra cumulação 3º) Ultimo caso: Prisão Preventiva Art. 282. CPP§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. Art. 282. CPP§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Art. 282. CPP § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. Prisão Penal > REGRA. Decorre de uma sentença penal condenatória Prisão Processual > Exceção. Ocorre antes do transito em julgado Flagrante Preventiva Temporária @dicasjuridicas.val 1) Mandado judicial Tem que haver uma ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente para que ocorra a prisão cautelar. Requisitos do mandado de prisão judicial: Segundo o STF: é imprescindível à decretação de prisão preventiva a adequada fundamentação, com a indicação precisa, lastreada em fatos concretos, da existência dos motivos ensejadores da constrição cautelar. Inaceitável que a só gravidade do crime imputado à pessoa seja suficiente para justificar a sua segregação provisória. O modus operandi pode ser motivo para auxiliar na justificação da decretação. Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. Nos casos de prisão em flagrante há a dispensa dessa ordem escrita visto que qualquer pessoa do povo ou mesmo a autoridade policial podem prender em flagrante. Art. 285. Parágrafo único. O mandado de prisão: a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. @dicasjuridicas.val 2) Mandado Policial. 3) Execução da prisão. 3.1) Requisição da prisão: pode ser feita por qualquer meio de comunicação desde seja averiguado autenticidade do mandado de prisão expedido. 3.2) Banco de dados sobre mando de prisão: quem registra é JUIZ. Quem mantem, regulamenta e implementa é p CNJ. Para que possa ser efetuado a prisão com base no bando de dados qualquer policial pode fazer, ou seja, PM; PC; PF; PRF e Policia Processual tanto a PPF ou PPE/DP Obs.: agente administrativo não é agente policial portanto não pode efetuar mandado de prisão. 4) Realização da Prisão Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências, devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.. Mandado Judicial Para o delegado Despacha Então o delegado expede seu próprio mandado Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta. Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. § 1 o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu. § 2 o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma do caput deste artigo. § 3 o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a decretou. § 4 o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5 o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. § 5 o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2 o do art. 290 deste Código. § 6 o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo. Art. 290 .§ 2 o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5lxiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art290 @dicasjuridicas.val a) O policial se identifica b) Apresenta o mandado c) Intima o acusado para acompanha-lo Existem algumas restrições ao cumprimento do mandado como: 1) Preservar a intimidade do acusado 2) Evitar constrangimentos 3) Preservas a incolumidade física, moral e social 4) Conhecer todos os executores do mandado e os motivos da prisão. Além disso a exibição do mandado é OBRIGATÓRIA. Também o preso tem direito de ser informado de seus direitos. Local e horário para a apresentação do mandado. Durante o dia Durante a noite Mandado Judicial -------------------------------- Flagrante Flagrante Prestar socorro Prestar socorro Consentimento do morador Consentimento do morador Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo. É o juiz das garantias que assegura esses direitos Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal. Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. Art. 5ºCF. LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas Art. 289-A § 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. @dicasjuridicas.val Há também que se lembrar que o emprego de força na hora da prisão é caso de ultima ratio, ou seja, a regra é não usar-se de força, a não ser que haja resistência da prisão ou esteja expresso autilização de força. Em caso de utilização de força ela pode ser utilizada contra o preso ou terceiros. E seu motivo de utilização pode ser resistência contra o próprio executor da ordem de mandado ou terceiros. A intensidade da força é aquela indispensável para o cumprimento da medida e o executor tem que lavrar auto do uso de força assinado por 2 testemunhas. 5) Uso de algemas: Se o acusado encontra-se escondido em residência, primeiro pede que o morador o entregue ou ele mesmo se entregue. Não cumprimento imediato da ordem: Durante o dia: entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; Durante a noite: fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão Requisito para entrada a força: Verificar com segurança se o réu entrou ou se encontra em alguma casa; Convocação duas testemunhas. Consequência para morador desobediente: levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito. 6) Recolhimento a prisão: Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas. Art. 292.Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato. Súmula vinculante 11 STF. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do estado. Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão. Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito. Requisitos: 1) Exibição do mandado ao respectivo diretor ou carcereiro; 2) Entrega de cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente; 3) Passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. @dicasjuridicas.val Locais do preso provisório. 7) Prisões especiais :consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana. Quem é recolhido em prisão especial? Direitos e deveres do preso especial: Recolhimento à prisão especial. Transporte separado do preso comum. Demais direitos deveres do preso comum. Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for o documento exibido. Prisão das pessoas que foram condenadas com transito em julgado COMUM Prisão para o preso provisório comum Prisão para o preso provisório especial. Preso militar é no quartel. Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. I - Os ministros de Estado; II - Os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados; IV - Os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; V – Os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Obs.: Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos VI - Os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; VIII - os ministros de confissão religiosa; IX - os ministros do Tribunal de Contas;X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; @dicasjuridicas.val 8) Acusado no território nacional, mas fora da jurisdição Regra: Pede ao juiz do outro estado que utilize dos meios para captura do acusado. Urgência: Em caso de urgência não utiliza da carta precatória, mas tem que averiguar se os fatos são verdadeiros. 9) Perseguição quando o réu passa ao território de outro município ou comarca Prisão: no lugar onde o alcançar; Apresentação: imediatamente à autoridade local; Providências da autoridade local: lavrar, se for o caso, o auto de flagrante e providenciar a remoção do preso Perseguição: a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista; b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço. Dúvida da autoridade local quanto a legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado Desde que haja fundadas razões, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. 10) Duração da prisão (prazo) Lei; Razoabilidade/proporcionalidade (motivação). STJ: a eventual ilegalidade da prisão cautelar por excesso de prazo para conclusão da instrução criminal deve ser analisada à luz do princípio da razoabilidade, sendo permitida ao juízo, em hipóteses excepcionais, a extrapolação dos prazos previstos na lei processual penal. STJ: o excesso de prazo por motivos que não se justifiquem, como a discussão sobre competência, enseja a liberdade, com impetração, se for o caso, de habeas corpus. Art. 289. Deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. Art. 289 § 1 Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.§ 2 A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação. § 3 O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida. Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar- lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. @dicasjuridicas.val Flagrante Delito É uma espécie de prisão cautelar, mas pode ser considerada também pré cautelar, possui natureza processual e administrativa, independe de ordem do juiz competente, pois trata-se da prisão da pessoa que está cometendo ou acaba de cometer um crime. a) Legitimidade Ativa. b) Legitimidade Passiva. Qualquer pessoa que estiver cometendo ou tiver cometido um crime. Exceto (pessoas que não podem ser presas em flagrante) Presidente da Republica Art. 86 § 3º CF. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Menor Art. 106 ECA. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. Condutor de veiculo automotor que cometer crime culposo e se prestar socorro a vitima Art. 301 CTB. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Nos crimes de menor potencial ofensivo e o acusado for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de comparecer. Art. 69 Lei 9099/95. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio o local de convivência com a vítima. Chefes de Estado Estrangeiro, Diplomatas e Familiares. Artigo 29. Decreto 56435/65. A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. O Estado acreditado tratá-lo-á com o devido respeito e adotará todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade. Posse de drogas Art. 28 Lei 11343/06. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Art. 48. § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. Ação penal privada ou publica condicionada a representação de vontade do ofendido Art. 5º § 4 CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado Qualquer pessoa do povo Poderá Flagrante facultativo É um direito Exercício regular de direito Autoridade Policial Deverá Flagrante obrigatório É um dever Estrito cumprimento do dever legal Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. @dicasjuridicas.val Pessoas que podem ser presas em flagrante, porém só se cometerem crimes inafiançáveis. Membros do Congresso Nacional Art. 53 CF. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Deputados Estaduais Art. 27§ 1º CF. Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. Juiz Art. 33 LC 35/79 . São prerrogativas do magistrado: I - Ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autoridade ou Juiz de instância igual ou inferior; II - Não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado (vetado); Membro do MP Art. 40 Lei 8906/94. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público, além de outras previstas na Lei Orgânica: III - ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a comunicação e a apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça; c) Espécies. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Flagrante Próprio, Real, Perfeito Flagrante Impróprio, Irreal, Imperfeito Flagrante Presumido, Ficto, Assimilado Flagrante Esperado Quando a autoridade policial por alguma informação recebida sabe que vai acontecer um crime e fica esperando sua pratica. É permitido Flagrante Preparado Ex: Quando se sabe que em determinado local está sendo roubado tal tipo de carro, então a policia coloca nesse local um carro igual aos dos roubos e fica escondido dentro esperando. Súmula 145 STF. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Crime impossível. Ilegal. Se Acontecer o juiz relaxa a prisão Flagrante Postergado, Diferido, Estratégico, ação controlada Ex.: no crime de organização criminosa há um agente policial infiltrado e para chegas ao chefe da organização o policial vê um crime acontecer pelos “capangas” ele para poder obter maiores informações pode prender por flagrante depois @dicasjuridicas.val d) Procedimento. Flagrante Forjado Ex.: o agente policial ao abordar uma pessoa coloca drogas em sua mochila. É considerado crime Flagrante Permanente Ex.: crime de sequestro, enquanto durar o sequestro o agente pode ser preso em flagrante. Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Flagrante Fracionado (Crime continuado) Art. 71 CP. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, praticadois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art.75 deste Código. Captura. Condução coercitiva para o Delegado de Policia Oitiva do condutor Oitiva de testemunhas Art. 304 § 2 o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. Interrogatório Lavratura do termo do prisão Comunicação da prisão ao juiz competente, ao MP, e a família do preso ou a pessoa por ele indicada Art. 5.LXII CF. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada Art. 306 CPP. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este, cópia do termo e recibo de entrega do preso. Art. 5º LXIII CF. O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; Art. 304 § 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. § 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa Art. 304 § 1 o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. @dicasjuridicas.val A autoridade policial competente para presidir a lavratura do auto de prisão em flagrante é aquela em que ocorreu a prisão. É possível que o juiz presida a lavratura do auto de prisão em flagrante. Crimes cometidos nas dependências do Congresso Nacional Acontecimentos após a lavratura do auto de prisão em flagrante. 1) Envia dentro de 24 horas contados da prisão o auto de prisão em flagrante junto com as oitivas para o juiz 2) Se o pressão informar o nome de seu advogado será enviado dentro de 24 horas uma copia do auto de prisão para a Defensoria Pública. 3) Entrega ao preso dentro de 24 horas a nota de culpa mediante assinatura do recibo e) Providencias judiciais I) relaxar a prisão ilegal; Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto. Súmula 397 STF. O poder de polícia da câmara dos deputados e do senado federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito. At. 306, § 1 o . Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública At. 306, § 2 o . No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: Ex.: Atipicidade da conduta Ausência de situação de flagrância @dicasjuridicas.val II) Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; III) Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Nos casos em que se verificar alguma excludente de ilicitude como estado de necessidade, legitima defesa ou estrito cumprimento do dever legal o juiz poderá conceder liberdade provisória. Condição: desde que o acusado compareça a todos os atos processuais. Em casos de reincidência, integrante de organização criminosa ou tenha porte de ama de fogo de uso restrito, NEGA liberdade provisória Se ocorrer audiência de custodia sem motivo a autoridade responderá civil, penal e administrativamente f) Prisão em flagrante do militar. Art. 310§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação. Art. 310 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares Art. 310§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão Art. 310§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. Art. 300 Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará presoà disposição das autoridades competentes. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i @dicasjuridicas.val Prisão preventiva. É uma espécie de medida cautelar restritiva de liberdade, sua natureza jurídica é judiciaria. Para ser decretada depende de requerimento do MP, querelante ou seu assistente ou pela autoridade judicial. Portanto pode ser pedida durante a fase do inquérito policial a) Requisitos. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. Prova da existência do crime Indícios suficientes de autoria Garantia: ordem pública; da ordem econômica; Por conveniência da instrução criminal Para assegurar a aplicação da lei penal Art. 313. I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Se não for o caso de o crime ter sido praticado nos condições de excludente de ilicitude Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4 o ). § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. Art. 313. § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. Mulher Enfermo Deficiente Idoso Criança Adolescente Garantia: ordem pública; da ordem econômica; Por conveniência da instrução criminal Para assegurar a aplicação da lei penal Ordem publica: maus antecedentes Ordem Econômica: Crimes contra ordem financeira Ex.: o indiciado constrange uma testemunha ou pode sumir com provas Ex.: risco de fuga. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i @dicasjuridicas.val b) A decisão que decretar a prisão deve ser sempre motivada e fundamentada. A decisão não será fundamentada se: Revisão da decretação da prisão preventiva deve ocorrer a cada 90 dias Revogação da prisão preventiva pode ocorrer de oficio ou a requerimento das partes. não há prazo de duração. Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. Art. 315 § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. Art. 316 Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. Art. 316 Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. @dicasjuridicas.val Prisão domiciliar. É o recolhimento do acusado em prisão em seu domicilio podendo somente se ausentar de sua residência com autorização. É uma substituição da prisão preventiva. a) Hipóteses: Cumulação com outras medidas Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuadasem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. Pode ser: Art. 318 + 318A Art. 318 + 318A + 319 @dicasjuridicas.val Prisão temporária. Esta prevista na lei 7960/89. É uma prisão cautelar de natureza judiciaria. É decretada por uma autoridade judiciaria desde requerida pelo MP ou autoridade policial. Tem que estar presente no rol taxativo da lei e haver indícios suficientes de autoria. a) Rol taxativo: Art. 1° Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; Art. 1° III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); Encontra-se revogado. i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. Os crimes de atendado ao pudor e estupro atualmente encontram- se unificados no mesmo diploma legal art. 213 cP Os crimes de quadrilha ou bando tornou-se crime de associação criminosa Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art121 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art148 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art158 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art219 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art267%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art288 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L2889.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L2889.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6368.htm#art12 @dicasjuridicas.val Quando? Durante a investigação criminal Quem decreta? O juiz a requerimento do MP ou autoridade policial Por quanto tempo? 5 dias prorrogáveis por + 5 dias *T,T,T 30 dias por mais 30 dias Art. 2° § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento. § 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito. § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado. § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial. § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5° da Consti tuição Federal. § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária. Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária.
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