Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gabriela Lopes - TXXX Lipídeos Ácidos Graxos Características Insolubilidade em água No caso dos ácidos graxos, a cadeia hidrocarbonadas apolar é o fator responsável pela baixa solubilidade, dessa maneira quanto maior for a cadeia e quanto menos ligações duplas, mais insolúvel ela se torna Se estamos falando de ácidos graxos saturados entre 12 e 24 carbonos, observamos a consistência de cera, agora se estamos analisando os insaturados com comprimento de cadeia similar, esperamos encontrar líquidos oleosos Classificação Para identificação dos AG, utilizamos como nomenclatura simplificada a proporção do número de carbonos na cadeia e o número de ligações duplas. Podemos exemplificar usando o ácido palmitoleico, que possui 16 carbonos e apenas 1 ligação dupla, em 16:1. Devemos também atentar para a discriminação de qual ligação dupla estamos falando, e para isso utilizamos o símbolo ∆. Para avaliar a presença de um carbono ômega, devemos olhar ao contrário, então pegamos 16 e subtraímos por 9, resultando em 7. Ou seja, do grupo metila ao grupo carboxila, temos uma ligação dupla entre os carbonos 7 e 8 Exemplo: o ácido oleico 18:1 (∆ ): cadeia contendo 18 carbonos com 1 ligação dupla entre o carbono 9 e 10, do grupo carboxila ao grupo metila final. Assim como no outro exemplo, iremos ver “de trás para frente”, ainda assim a ligação dupla fica entre 9 e 10. Dessa forma, podemos falar que o ácido oleico é um AG ômega-9 Tamanho da cadeia de carbono Existe sempre um número par de carbonos em cada cadeia Quanto maior a cadeia de carbonos maior o ponto de fusão e menor a fluidez Nós sintetizamos a partir de 16 carbonos. Menos que isso não somos capazes de sintetizar Saturado Não conta com nenhuma insaturação (dupla ligação) Ácido Palmítico Ele é “classificado” como 16:0. Sendo 16 o n° de carbonos e 0 o n° de insaturações Ácido Esteárico Ele se “classifica” como 18:0 Insaturado As insaturações cis são como curvas nas cadeias carbônicas, essas impendem o empacotamento lado a lado das cadeias Aquele que tem dupla ligação Os insaturados são aqueles que são benéficos A presença de insaturações diminui o ponto de fusão dos ácidos graxos e aumenta sua fluidez Nós temos enzimas capazes de colocar insaturações nas posições delta 4, delta 5, delta 6 e delta 9. Portanto nós só produzimos ácidos graxos ômega 7 ou ômega 9 Os ácidos ômega 3 e ômega 6 precisam ser fornecidos pela dieta As insaturações nunca são conjugadas, sempre tem um carbono -CH2 separando as duplas Eles se dividem em: MONOINSATURADOS Ácido Palmitoleico Ele é “classificado” como 16:1 delta 9, sendo 16 o n° de carbonos, 1 o n° de insaturações e delta 9 a posição da insaturação Ácido Oleico Ele é “classificado” como 18:1 delta 9 POLI-INSATURADOS Ácido Linoleico Gabriela Lopes - TXXX Ele é “classificado” como 18:2 delta 9, 12, sendo também ômega 6 Ácido Eicosatetraenoico/ ác Araquidônico Ele é “classificado como 20:4 delta 5,8,11,14, sendo também ômega 6 Delta/Ômega Posição da última insaturação contando a partir do último carbono, é chamado de carbono ômega Cis/Trans Todos os ácidos graxos são sintetizados na forma cis O aquecimento ou a hidrogenação parcial de um ác graxo cis pode transformá-lo em trans Quando na posição trans o ác graxo perde a sua curva e fica linear como uma gordura saturada A ingestão de gordura trans está associado ao aumento do risco cardiovascular. Não se sabe exatamente o porquê para isso Essenciais Ômega 3 e ômega 6 são essenciais, a ingestão desses ácidos graxos via dieta é necessária Os ácidos graxos ômega 3 são pró-anti- inflamatórios. Eles dão origem a resolvinas, protectinas e maresinas que são moléculas mediadoras que diminuem a inflamação Os ácidos graxos ômega 6 são pró inflamatórios. Eles dão origem a prostaciclinas, tromboxanos, leucotrinas, prostaglandinas e lipoxinas, que são moléculas mediadoras de processos inflamatórios, vasoconstrição, broncoconstrição e agregação plaquetária Síntese e Transporte Os ácidos graxos são sintetizados no fígado e no tecido adiposo a partir de acetil-CoA, que pode ser obtido por meio de carboidratos ou aa Não existe ac graxos livres no sangue, porque eles são insolúveis em água Eles são transportados no sangue pela albumina Os ac graxos são usados como fonte de energia. A oxidação eles na mitocôndria geram grandes quantidades de atp. Eles são a principal fonte de energia do fígado e dos músculos em repouso Os ac graxos são armazenados em forma de triacilglicerol Gabriela Lopes - TXXX Triacilglicerol Glicerol + 3 ácidos graxos unidos por uma ligação éster cada São moléculas insolúveis devido a ligação éster apresentar caráter apolar Hidrolisado por liposes É a forma de armazenamento de lipídeos É armazenado no tecido adiposo É produzido no fígado e no tecido adiposo É o principal lipídeo da dieta É a principal reserva de energia do organismo Altamente energético Muito reduzido Hidrofóbico, não carrega água Pouco denso, sendo leve para carregar São transportados no sague pelas lipoproteínas Nunca está livre no sangue O TAG da dieta é transportado do intestino para o resto do corpo O TAG é produzido no fígado e transportado para o resto do corpo Ácidos graxos livres Chamamos de ácido graxos livres (AGL) aqueles que não foram esterificados, ou seja, permanecem com o grupo carboxila livre. Dessa forma, se diferenciando os triglicerídeos, que tiveram o grupamento carboxila dos seus 3 ácidos graxos ligados a molécula de glicerol através de uma ligação éster. Fosfolipideos Anfifílico TRIGLICERÍDEO Glicerol Á ci d o G ra xo Á ci d o G ra xo Á ci d o G ra xo Hidrólise Ácido Graxo Livre (AGL) Ligação éster Gabriela Lopes - TXXX São anfifílicos, isso é, tem cabeça polar hidrofílica ( que gosta de água) e cauda apolar, lipofílica ( que não gosta de água) Forma membranas, vesículas e micelas Em um ambiente aquoso os fosfolipídios se auto organizam em micelas ou vesículas Micela Apresenta uma monocamada de fosfolipídios formando uma esfera com água por fora e lipídeos por dentro. Um exemplo de micelas são as lipoproteínas que carregam os lipídeos no sangue Vesícula Apresenta uma bicada de fosfolipideos formando uma membrana com água por dentro e por fora. Todas as membranas celulares são vesículas formadas por bicamadas de fosfolipideos Hidrolisado por fosfolipases São formados por: Exemplos Esfingolipideo Anfifílico Forma membranas e bolsas lipídicas Ajudam a compor membranas celulares Conferem propriedades especiais para a membrana Bolsas Lipídicas Gabriela Lopes - TXXX Isolamento elétrico Colesterol Anfifílico Éster de colestrila (colesterol + ácido graxo) Forma membrana e bolsas lipídicas As bolsas lipídicas são ricas em colesterol São transportados no sangue pelas lipoprotreínas Quanto mais colesterol, menor a fluidez da membrana O colesterol pode ser absorvido pela dieta Ele não existe livre no sangue O colesterol não é uma fonte de energia
Compartilhar