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Imobilização e transporte de equinos com fraturas

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Imobilização e transporte de equinos com fraturas
Diversos fatores podem influenciar no manejo, na possibilidade de consolidação e de
tratamento dessas afecções, como:
Trauma dos tecidos moles adjacentes em decorrência da classificação da fratura, da
falta de imobilização correta;
A apresentação clínica do membro fraturado, que demonstra a gravidade do trauma
sofrido;
Imobilização e transporte de maneira inapropriada;
Inexistência de um centro de referência próximo;
Tempo de evolução do caso;
Idade, peso e índole do animal;
Atenção:
A imobilização deve ser acessível ao veterinário e ao proprietário.
Os equinos são presas, geralmente não deixam de apoiar no membro lesionado,
pode ocorrer laminite por excesso de apoio no membro contralateral, caso não seja feita
imobilização pode ter um agravamento da fratura, levando à exposição, por exemplo, ou
levando uma fratura incompleta a se tornar completa.
Nem sempre está associada à hemorragia, mas, quando estiver, primeiro deve ser
contida a hemorragia e, posteriormente, deve ser feita a imobilização do membro. É
importante avaliar o animal como um todo e dar prioridade àquilo que está comprometendo
a vida dele, no momento.
É importante conduzir o caso com planejamento e paciência.
Objetivos:
Prevenir maiores danos aos tecidos adjacentes e agravamento da fratura;
Evitar que uma fratura fechada se torne exposta→ infecção piora o prognóstico;
Prevenir danos aos nervos e vasos;
Estabilização do membro;
Como proceder?
Avaliar o animal como um todo e acalmar as pessoas do ambiente.
1-Avaliar o animal;
2- Estabilização do animal (analgesia, sedação, tranquilização, fluidoterapia);
3- Profilaxia de infecção;
4- Analgesia;
5- Manipulação e imobilização;
6- Encaminhamento para centro de referência.
Avaliar o animal: (exame físico completo)
Condições do animal;
Tipo de fratura;
Local da lesão;
Peso;
Idade;
Temperamento;
Existência de um centro próximo;
Condição e expectativa do proprietário.
Estabilizar o paciente:
1- alterações são diagnosticadas e tratadas de maneira simultâneas às lesões que
ameaçam a vida (exemplo: choque hipovolêmico, edema de glote).
2- avaliação e classificação de lesões que não ameaçam a vida.
Tranquilizar o animal;
Preservar qualidade de vida;
Desidratação→ fluidoterapia.
Profilaxia da infecção:
A infecção está diretamente relacionada à mortalidade, morbidade e custo do tratamento.
Pode levar à rejeição de implantes e prejudicar o reparo tecidual.
Deve ser realizada no atendimento inicial.
Podem ser utilizados antibióticos de amplo espectro ou associações de aminoglicosídeos e
betalactâmicos, como penicilina com gentamicina ou amicacina.
Utilizar soro antitetânico: 5 mil a 10 mil unidades internacionais.
Analgesia:
Sedativos e antiinflamatórios contribuem para conforto e ansiedade.
Não utilizar antiinflamatórios esteroidais.
AINES:
Cetoprofeno, Flunixina Meglumina, Fenilbutazona.
Sedação:
Geralmente é necessária pela dor e para tranquilizar o animal.
Pode ser utilizada xilazina, que possui um bom efeito analgésico, poucos efeitos
adversos (diminui a motilidade do TGI) e rápida duração.
Evitar fenotiazínicos (Acepromazina) por causarem vasodilatação periférica;
Pode-se combinar um opióide, como o butorfanol, com a xilazina, que é um alfa 2
agonista. O animal vai ficar bastante sedado, o que pode dificultar o manejo. O uso de
opióides isolados pode causar excitação.
Muitas vezes é possível manipular utilizando somente analgesia, como flunixina meglumina
ou fenilbutazona.
Sedativos podem causar ataxia.
Manipulação e imobilização:
Manter a integridade da pele, limpar feridas (evitar infecção e acometimento de nervos e
vasos);
Após o diagnóstico/ suspeita de fratura, é necessário escolher a imobilização correta, que
deve neutralizar as forças biomecânicas causadas pela fratura, ser portátil para o animal,
prática, econômica e acessível ao veterinário e ao proprietário e não deve necessitar de
anestesia geral (pois o animal irá forçar o membro ao se levantar).
A imobilização deve estabilizar a fratura e dar suporte ao animal.
A imobilização diminui o edema, a dor e contribui na hemostasia.
Materiais: algodão, malha tubular, atadura de crepe, esparadrapo/ vetrap/ silver tape,
antissépticos, tala (estrutura rígida que pode ser de madeira, PVC, alumínio. Deve ser
moldável, leve, resistente e de secagem rápida- nos casos de utilização de gesso).
Obs: Lavar o membro antes da imobilização e distribuir a tensão de maneira homogênea no
momento da aplicação da atadura. Realizar acolchoamento de forma que não ocorram
escaras por compressão.
Divisão dos membros:
De acordo com as forças biomecânicas.
Membro anterior:
Região 1- Da região distal do membro até a extremidade distal do osso terceiro
metacarpiano;
Região 2- Da região distal do osso terceiro metacarpiano até a região distal do rádio;
Região 3- Da região distal do rádio até a articulação úmero-rádio-ulnar;
Região 4- Da articulação úmero- rádio- ulnar até a região distal da escápula.
Fraturas em região 1 de MA:
Alinhamento do aspecto dorsal das 3 falanges e do grande osso metacarpiano. Realização
de bandagem, colocação de estrutura rígida no aspecto dorsal e bandagem, novamente. O
animal vai pisar em pinça.
Existe o dispositivo de Kimzey, que também pode ser utilizado.
Fraturas em região 2 de MA:
O membro será mantido em posição anatômica, deve ser feita a bandagem de “Robert
Jones”, em que o membro deve ficar 3x a sua espessura normal, de maneira homogênea.
Colocação de estrutura rígida no aspecto caudal e lateral do membro (caso não seja
possível colocar duas talas, colocar apenas no aspecto caudal).
Fraturas em região 3 de MA:
Nas fraturas de rádio, quando o animal tenta realizar a extensão do membro, devido às
alterações das forças biomecânicas, ocorre a abdução do membro, fato que pode levar à
exteriorização da fratura no aspecto medial do membro, pois este não possui musculatura.
Realização da bandagem de “Robert Jones” e colocação de estrutura rígida no aspecto
lateral do membro, até a região de cernelha, impedindo a abdução do membro.
Fraturas em região 4 de MA:
Não existe imobilização específica, pela grande quantidade de tecidos moles na região, é
difícil que ocorra exteriorização ou desestabilização da fratura.
Fraturas de ULNA: Ocorre perda da função do aparato passivo do músculo tríceps, pois
este se insere na ulna. O animal adota a posição de “cotovelo caído”, com flexão do carpo e
flexão metacarpofalângica.
Realização de bandagem de “Robert Jones” em todo o membro e colocação de estrutura
rígida no aspecto caudal, da região mais distal até a tuberosidade olecriana.
Membro posterior:
Região 1- Da região distal até a extremidade distal do osso terceiro metatarsiano;
Região 2- Da região distal de metatarso até a região proximal de metatarso.
Região 3- Da região proximal de metatarso até a articulação fêmuro- tíbio- patelar;
Região 4- Da região fêmuro- tíbio- patelar até proximal.
Fraturas em região 1 de MP:
Realização de bandagem e colocação de estrutura rígida no aspecto plantar do membro, de
forma que o animal pise em pinça. A sola do casco deve estar em contato com a estrutura
rígida.
Fraturas em região 2 de MP:
O membro se mantém em posição anatômica, realiza-se a bandagem de “Robert Jones” e a
colocação de estrutura rígida na face plantar e lateral do membro.
Fraturas em região 3 de MP:
Realização da bandagem de “Robert Jones” e colocação de estrutura rígida no aspecto
lateral, que abrange da região mais distal do membro até a região mais proximal da garupa,
evitando a abdução do membro.
Pode ser utilizada uma “armação de metal” com o formato do membro como substituto da
estrutura de madeira/ PVC/ alumínio.
Fraturas em região 4 de MP:
Assim como no membro anterior, não há uma forma de imobilização.
Obs: a imobilização deve compreender uma articulação distal e uma proximal à fratura.
Transporte:
Para o transporte, deve ser dado o apoio ao animal.
O cabresto deve ser preso, mas com a cabeça e pescoço livres para movimentar.
Alesão deve ficar sempre contrária ao motorista, portanto, animais com fraturas nos
membros anteriores devem ser colocados com o posterior em direção ao motorista, e
animais com fraturas nos membros posteriores devem ser colocados com os membros
anteriores em direção ao motorista, dessa forma, em casos de freadas bruscas, o membro
hígido será utilizado e não o membro fraturado.
O espaço do animal deve ser limitado, podem ser colocados fardos de feno, por exemplo.
Cintas em peito e abdômen.
Sempre transportar os potros com as éguas.
Não posicionar o animal de lado.
O transporte deve ser assistido pelo MV.
Instruir o motorista: evitar frenagens abruptas e movimentos excessivos do veículo.

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