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PERÍCIA EM ACIDENTE DE TRÂSITO 
Prof.º Esp. Eng. Civil Silvio Marcelo da Silva Bentes 
Perito Criminal da Polícia Técnico-Científica do Amapá 
 
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Instituto Nacional de Perícias e Ciências Forenses. 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIA CRIMINAL 
ACIDENTE DE TRÂNSITO 
 
 
 
 
 “Todo condutor tem a obrigação 
 de conhecer as leis de trânsito, o dever 
social de cumpri-las, e estará sujeito a multas 
e penalidades toda vez que transgredi-las.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍCIA EM ACIDENTE DE TRÂSITO 
Prof.º Esp. Eng. Civil Silvio Marcelo da Silva Bentes 
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INTRODUÇÃO 
A perícia é um meio de prova de grande importância no processo judicial, mas 
só a análise dos vestígios produzidos no acidente poderá conduzir o Perito ao sucesso 
na busca dos seus objetivos. Isso significa que um bom trabalho pericial depende, e 
muito, da observação dos vestígios no Local do Crime ou Delito, ponto de partida de todo 
o trabalho. É, portanto, de fundamental importância para os trabalhos subsequentes, uma 
adequada preservação. De acordo com o CPP (Código de Processo Penal), preservar 
significa não alterar o estado das coisas, mantendo-as tal como foram encontradas e 
no exato local onde se encontram, cuidando para que nada as altere. 
 
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO 
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO: 
1. Sancionado em 23 de novembro de 1997 através da Lei 9.503. 
Começou a vigorar em janeiro de 1998. 
 O CTB é formado por 341 artigo distribuído em 20 capítulos. 
 Os artigos e parágrafos normatizam a maioria das relações entre os elementos do 
trânsito. 
 Detalhes e assuntos específicos são tratados nas Resoluções Complementares e 
Portarias. 
 
2. Rege o trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional (art. 1o). 
a) Objetivo principal: 
 Segurança no trânsito 
 Respeito pela vida 
 Preservação do meio ambiente. 
 
 
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b) Função: 
 Determinar atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito. 
 Fornecer diretrizes para a Engenharia de Tráfego 
 Estabelecer padrões de conduta, infrações e penalidades aos elementos do trânsito. 
Direitos e deveres do cidadão no trânsito. 
 
3. Direitos e deveres do cidadão no trânsito. 
a) Dever: 
 Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais elementos do trânsito. 
 
b) Direitos: 
 Sugerir alterações na sinalização fiscalização e equipamento de segurança 
 Receber educação para o trânsito. 
 
4. SNT - Sistema Nacional de Trânsito: 
Entidade que exerce todas as atividades relacionadas ao trânsito: 
a) Órgãos normativos do SNT: responsáveis pela coordenação e normatização: 
 CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito. 
 CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito. 
 CONTRADIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal. 
 
b) Órgãos executivos do SNT - Sistema Nacional de Trânsito: 
Responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito: 
 DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito. 
 DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. 
 PRF: Polícia Rodoviária Federal. 
 DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito. 
 CIRETRAN: Circunscrição Regional de Trânsito. 
 DER: Departamento Estadual de Estradas e Rodagem. 
 PM: Polícia Militar. 
 Departamento Municipal de Trânsito, com jurisdição sobre estacionamento dentro do 
perímetro urbano. 
 JARI: Junta Administrativa de Recursos de Infração. 
 
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5. Vias terrestres: Superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais. 
Ex.: Ruas, praças, calçadas, caminhos, estradas, rodovias, etc. 
 
6. Classificação das vias 
a) Vias Rurais: 
 Rodovias. 
 Estradas. 
 
7. Vias urbanas: 
 Trânsito rápido. 
 Arteriais. 
 Coletoras 
 Locais. 
 
8. Velocidade máxima nas vias: 
a) Vias Urbanas: 
 Locais: 30 km/h. 
 Coletoras: 40 km/h. 
 Arteriais: 60 km/h 
 De trânsito rápido: 80 km/h. 
 
b) Vias Rurais: 
Rodovias: 
 Automóveis, camionetas e motocicletas: 110 km/h. 
 Ônibus e micro-ônibus: 90 km/h. 
 Demais veículos: 80 km/h. 
 
 
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Estradas: 
 Todos os veículos 60 km/h. 
 
Obs.: velocidade mínima das vias não poderá ser inferior à metade da máxima 
permitida no local. 
 
9. Classificação geral dos veículos: 
a) Quanto a tração: 
 Automotor, elétrico, propulsão humana, tração animal, reboque ou semi-reboque. 
 
b) Quanto à espécie: 
 De passageiro, de carga, misto, de competição, de tração, especial de coleção. 
 
c) Quanto a categoria: 
 Oficial, particular, de aluguel, de aprendizagem, representação diplomática, de 
carreira, repartições consulares, etc. 
 
10. Classificação geral dos veículos: 
 Camioneta: Os passageiros e as cargas estão no mesmo compartimento. 
 Caminhonete: Geralmente é equipada com caçamba e carga está separada dos 
passageiros. 
 Motocicleta: Pilotada na posição montada. 
 Motoneta: Pilotada na posição sentada. 
 Ciclomotor: Possui até 50 cilindradas. 
 
11. Identificação dos veículos: 
 Número do chassi: Identificação do veículo gravado no chassi. 
Exemplo: 
 
 
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12. Registro e licenciamento dos veículos: 
CRV: Certificado de Registro do Veículo: informalmente conhecido como o DUT, 
documento necessário para venda, troca de UF etc. 
 
 CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo: Certificado de 
Licenciamento Anual conhecido como IPVA (Imposto de Propriedade de Veículo 
Automotor). 
 
 RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores: É um sistema 
desenvolvido nacional, controlado pelo governo federal, que cobre todo o Brasil tendo 
como principal finalidade o registro de todos os veículos do país efetuado pelas unidades 
do Detran em cada estado e centralizados pela Unidade Central, o Denatran. Foi concebido 
em 85/86 com objetivo de integrar as informações sobre todos os veículos em circulação 
no território nacional (nacionais e importados) 
 
Deve-se consultar o RENAVAM pelo motor, pelo chassi e pela placa de identificação 
primeiramente e confrontar os dados obtidos. A consulta pode ser feita antes ou depois da 
perícia, uma vez em que nem sempre o sistema está disponível. 
A consulta do RENAVAM pode ser obtida no Detran ou na Polinter. A numeração vem 
descrita no CRV e CRLV de cada veículo. 
 
 
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13. Identificação do condutor: 
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS: 
 Permissão para dirigir – PPD. 
 Carteira Nacional de Habilitação – CNH. 
 
14. Processo de Habilitação: 
a) Primeira habilitação CNH - requisitos necessários: 
 Saber ler e escrever e ter 18 anos. 
 Possuir documento de identidade e CPF. 
 Ser aprovado exame de aptidão física mental e psicológica. 
 Obter certificado de conclusão de curso teórico. 
 Ser aprovado no exame teórico. 
 Obter certificado de conclusão de curso prático de direção. 
 Ser aprovado no exame prático direção. 
OBS.: A permissão para dirigir é substituída pela CNH após um ano se o condutor não 
cometer nenhuma infração grave gravíssima e nem ser reincidente em infração de média 
neste prazo. 
 
15. Categorias de CNH: 
 A: veículos de 2 ou 3 rodas com ou sem carro lateral. B: veículos de até 3.500 kg ou 8 passageiros. 
 C: tratores máquinas agrícolas e veículos de carga com peso superior a treme 3.500 
kg. 
 D: veículos de passageiros com mais de 8 lugares. 
 E: veículos que rebocam unidades com mais de 6.000 kg ou com mais de 8 lugares. 
 
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Especializações: 
 Transporte coletivo de passageiro. 
 Transporte de escolares. 
 Transporte de emergência. 
 Transporte de produtos perigosos. 
 
16. Validade da CNH: 
a) Revalidação ou renovação de CNH: 
 Exame físico e mental para todos os condutores. 
 Exame psicológico para os motoristas profissionais. 
 
17. Restrições de uso das vias: 
 Passeios, calçadas ou acostamentos só podem ser utilizadas para acessar Imóveis 
ou estacionamentos. 
 Parada em acostamento são permitidas apenas para veículos que apresentam 
defeito, desde que devidamente analisados 
 A circulação pelo acostamento é permitida apenas quando uma das pistas estiver 
danificada, em obras ou bloqueada. 
 
18. Prioridade de passagem: 
a) Veículos que tem preferência de passagem: 
 Veículos não motorizados. 
 Que circulam por via preferencial. 
 Que estiverem circulando nas rotatórias. 
 Que trafegam sobre os trilhos. 
 Precedidos de batedores ou com luzes intermitentes e sirenes ligadas. 
 
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19. Mudança de direção em manobras: 
a) Conversão à esquerda em via com acostamento: 
 Antes de qualquer mudança de direção certificar de que poderá fazer a manobra com 
segurança. 
 Aguardar no acostamento. 
b) Conversões à esquerda nas demais pistas: 
 Aproximar-se ao eixo central da pista. 
 Certificar-se de que não há perigo para realizar a manobra. 
 Reduzir a velocidade e sinalizar com antecedência. 
 Manobrar somente em locais permitidos. 
 Usar o acostamento ao manobrar em rodovias. 
 Aproximar-se da margem direita da via para virar à direita. 
 Usar marcha ré apenas em pequenas manobras. 
 
 
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20. Cruzamentos: 
 Aproximação com atenção redobrada. 
 Reduzir a velocidade. 
 Sinalizar com antecedência. 
 Obedecer à sinalização. 
 Respeitar a preferência. 
 Não parar sobre a faixa de pedestre nem na área de interseção das vias. 
 
 
21. Ultrapassagens: 
 Ultrapassar pela esquerda somente em locais permitidos e de boa visibilidade. 
 Certificar-se de que a manobra a ser realizada com segurança. 
 Sinalizar todos os movimentos do veículo. 
 Facilitar a ultrapassagem. 
 Jamais ultrapassar em pontes, túneis, viadutos, cruzamentos, curvas e aclives. 
 
 
 
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22. Normas de circulação para ciclos: 
a) Condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores: 
 Conduzir utilizando sempre as duas mãos. 
 Usar capacete e vestuário apropriado. 
 Trafegar sempre pelo lado direito da via. 
 Manter o farol ligado. 
 
b) Ciclista: 
 Transitar preferencialmente por ciclovias ou pelo lado direito das vias. 
 Não circular sobre calçadas. 
 
 
 
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c) Pedestres: 
 Em vias urbanas: circular pelas calçadas e pelo acostamento. 
 Em vias rurais: em sentido contrário aos veículos. 
 
OBS.: Atravessar sempre sobre a faixa de segurança ou se não houver, na menor 
distância possível. 
 
23. Acidentes: 
 Proporcionar socorro. 
 Sinalizar. 
 Acatar ação policial. 
 
24. Crimes de trânsito: 
a) Algumas atitudes incorretas são consideradas crimes de trânsito e sujeitarão o 
condutor a punições do Código Penal: 
 Homicídio culposo (não intencional). 
 Deixar de prestar socorro imediato. 
 Dirigir sob influência de álcool. 
 Dirigir sem ser habilitado, etc. 
 
b) As penas para o crime de trânsito variam de 6 meses a 4 anos de detenção e poderá 
ser acrescida se houver fatores agravantes: 
 Combinação de dois ou mais crimes. 
 Na faixa de pedestre ou na calçada. 
 Contra duas ou mais pessoas, etc. 
 
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NOÇÕES DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO 
O trânsito, necessidade de locomoção inerente a todo cidadão, é um direito a ser 
respeitado, e ancorado nos valores como cooperação, solidariedade e civilidade. 
A Engenharia de Tráfego é um dos elementos que formam a Gestão de Trânsito, e para 
que haja o equilíbrio lógico das ações é necessário um bom planejamento da infraestrutura 
são os 3E do trânsito: 
 Engineering (Engenharia). 
 Education (Educação). 
 Enforcement (Fiscalização). 
 
“Tudo que está a nossa volta, 
tudo o que vemos, ouvimos, sentimos e 
que compõe o Planeta Terra, 
chamamos de Meio Ambiente.” 
 
 
 A violência do trânsito e a drástica redução da qualidade de vida no meio urbano 
(também consequências diretas dos problemas de mobilidade e ordenamento) levam à 
necessidade de adoção de novos modelos de desenvolvimento urbano e de transporte e 
da introdução, nas políticas públicas, de normas de sustentabilidade e desenvolvimento. 
E o Código de Trânsito Brasileiro prevê isto. 
 
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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA 
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE 
TRÂNSITO 
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos a serem adotados em 
todo o território nacional quando da implementação das soluções adotadas pela 
engenharia de tráfego assim como padrões a serem praticados por todos os órgãos e 
entidades do Sistema Nacional de Trânsito. 
Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em Polo Atrativo de Trânsito 
poderá ser aprovado sem a prévia anuência do órgão. 
 
Art. 95 
§ 2º Salvo em caso de emergência autoridade de trânsito com circunscrição sobre a 
via avisar a comunidade por intermédio de meios de comunicação social com 48 horas de 
antecedência de qualquer intervenção na via indicando se os caminhos alternativos a 
serem utilizados. 
 
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de qualquer das normas 
previstas neste artigo e nos artigos 93 e 94 a autoridade de trânsito aplicar a multa diária 
na base de 50% do dia do vencimento ou remuneração devida enquanto permanecer a 
irregularidade. 
 
SINALIZAÇÃO DE T RÂNSITO: 
Resolução 160/2004: 
Finalidade: 
 Orientar. 
 Advertir. 
 Disciplinar. 
a) Classificação 
a.1) Sinalização vertical: 
 Sinalização de regulamentação. 
 Sinalização de advertência. 
 Sinalização de indicação. 
a.2) Sinalização horizontal. 
a.3) Dispositivos auxiliares. 
a.4) Sinalização semafórica. 
a.5) Sinalização de obra. 
a.6) Gestos. 
a.7) Sinais sonoros. 
 
 
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A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária, que se utiliza de 
sinais apostos sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensas 
sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente ou, eventualmente, 
variável, mediante símbolose/ou legendas preestabelecidas e legalmente instituídas. 
A sinalização vertical tem a finalidade de fornecer Informações que permitam o usuário da 
Via adotar comportamentos adequados de modo a aumentar a segurança e ordenar o 
fluxo de tráfico oriental usuários da via. 
Sinalização de Regulamentação: 
Informam proibições obrigações ou restrições a borda vermelha indica obrigação ou 
proibição o formato das placas é redondo exceto R1 e R2. 
 
 
 
 
Sinalização de Advertência: 
Alertam Condutores e pedestres para os perigos das vias a cor amarela indica cuidado 
perigo. 
 
 
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Sinalização de Indicação: 
São informativas ou educativas se constituem posição indicam trajetos pontos de 
interesse distâncias, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
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A Sinalização Horizontal é um subsistema da sinalização viária composta de marcas 
símbolos legenda apostos sobre o pavimento da pista de rolamento a sinalização 
horizontal é auxiliar da sinalização vertical e tem a finalidade de fornecer informações que 
permitam aos usuários das vias adotarem comportamentos adequados de modo a 
aumentar a segurança a fluidez do trânsito ordenar o fluxo do tráfico canalizar e orientar 
os usuários da via a sinalização horizontal tem a propriedade de transmitir mensagens ao 
Condutores e aos pedestres possibilitando Sua percepção e entendimento sem desviar a 
atenção do leitor da Via em face do seu forte poder de comunicação a sinalização deve 
ser conhecido e compreendida por todos os usuários independentemente de sua origem 
ou da frequência com que utiliza a via. 
 
“A sinalização é usada para orientar, 
advertir e disciplinar a circulação dos 
elementos do trânsito ao longo da via. 
Recentemente a Res.160/04 substituiu 
o Anexo II do CTB e alterou alguns 
sinais de trânsito.” 
 
Sinalização Horizontal: 
São sinais pintados na pista que servem para orientar a circulação direcionar o fluxo e 
completar a sinalização vertical. 
 
 
 
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Marcas de canalização são colocadas no início e no fim dos canteiros ou obstáculos 
centrais divididos ouvindo faixa do mesmo sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MECÂNICA BÁSICA 
Conhecimento básico do funcionamento do veículo dos seus equipamentos. 
 
Principais equipamentos de segurança: 
 
 Direção. 
 Freios. 
 Suspensão. 
 Pneus. 
 Luzes. 
 Limpador de para-brisa. 
 Buzina. 
 
Conhecendo seu veículo: 
 Ler o manual do proprietário. 
 Verificar a localização e função de todos os comandos. 
 Saber interpretar corretamente todos os indicadores do painel. 
 
Motor: 
Principais recomendações: 
 Fazer revisões periódicas. 
 Não forçar o motor. 
 
 
 
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Aspecto importante para analisar o motor: 
 Combustível. 
 Lubrificante. 
 Refrigeração. 
 Sistema elétrico. 
 
 
Etapas do motor: 
 
 Admissão: Entrada de mistura formada por ar e combustível. 
 Compressão: Compressão da mistura. 
 Explosão: Queima da mistura comprimida através do faíscamento da vela. 
 Exaustão: Gases resultantes da queima da mistura são expelidos. 
 
 
 
 
 
Combustível: 
 Principais Recomendações: 
 Usar combustível correto. 
 Trocar os filtros de combustível e de ar dentro do prazo. 
 
 
Lubrificantes: 
Principais Recomendações: 
 Usar lubrificante recomendado e trocar no prazo determinado. 
 Verificar o nível do óleo e a troca do filtro. 
 Verificar vazamentos. 
 Limpar ou substituir filtro de ar em mau estado. 
 
 
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 Refrigeração: 
 Dissipa o calor gerado pelo motor através do radiador e da ventoinha. 
 
Recomendações: 
 Estar atento aos indicadores de temperatura. 
 Verificar regularmente o nível da água completá-la com o motor frio. 
 
 Se o motor ferver: 
 Não abrir a tampa do radiador. 
 Não tentar colocar água. 
 Parar imediatamente desligar o motor e chamar por assistências especializadas. 
 
 Sistema Elétrico: 
 Responsável pelo funcionamento de diversos dispositivos do veículo inclusive o do 
motor e equipamentos de segurança. 
 
 
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 Recomendações Gerais: 
 Revisão periódica dos principais itens. 
 Não esquecer luzes de aparelhos de som e outros acessórios ligados. 
 Evitar acionar o motor de partida com os faróis acesos. 
 Não instalar alarme e acessórios não recomendados pelo fabricante. 
 Aprender a substituir fusíveis danificados. 
 Substituir imediatamente lâmpadas queimadas. 
 Verificar funcionamento limpador de para-brisas. 
 
 
Câmbio e Embreagem: 
 
 Sinais de Alerta: 
 O pedal trepida na hora de arrancar. 
 O ponto de acionamento do pedal está muito baixo muito alto. 
 Fica difícil trocar de marcha sem “arranhar”. 
 É necessário fazer mais força para acionar a embreagem que ficou mais pesada. 
 
 
 Direção: 
 Transmite o movimento do volante até as rodas dianteira. 
 
 
 
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 Em caso de equipamento com direção hidráulica ele ficará mais duro, se o motor 
apagar. Sendo mais difícil de fazer manobras e curvas. 
 
Recomendações: 
Revisar o sistema sempre que a direção começar a puxar apresentar folgas, trepidar, 
fazer ruídos estranhos ou provocar desgastes irregulares nos pneus. 
 
Suspensão: 
 Depois dos pneus, a suspensão é a principal ligação do carro com o asfalto. 
 Dependem dela o nível de conforto e o comportamento dinâmico do veículo. 
 
Principais Problemas: 
 Ruídos estranhos. 
 Mudança de comportamento do veículo nas curvas. 
 O veículo balança muito. 
 Pneus com os desgastes irregulares. 
 
 
 Freios: 
 Aciona o mecanismo que freiam as rodas por atrito podendo ser do tipo “tambor e lona” 
ou “disco e pastilha”. 
 
 
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 Cuidados Básicos 
 Verificar o nível de fluido do freio. 
 Verificar o desgaste das pastilhas e lonas regularmente. 
 
Freios ABS (Anti-lock Brakes System): 
Evitam o travamento das rodas em frenagens de emergência. 
Os sistemas de freios ABS são oferecidos como equipamentos de série para veículos 
mais luxuosos (em geral como opcionais ainda relativamente caros para os carros mais 
acessíveis), foi originalmente desenvolvido para conferir maior segurança para aeronaves 
durante o pouso. 
 
Pneus: 
 Os freios para as rodas, mas são os pneus que realmente para um veículo. 
 
 Recomendações de Segurança: 
 Calibrar os pneus regularmente. 
 Realizar balanceamento. 
 Fazer rodízio dos pneus periodicamente. 
 Trocar os pneus com profundidade do sulco inferior a 1,6 mm. 
 Manter o estepe em perfeito estado. 
 
Painel de Instrumentos: 
 
 
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 Instrumentos que encontram em quase todos os painéis: 
 Velocímetro. 
 Hodômetro Total. 
 Hodômetro parcial. 
 Manômetro. 
 Termômetro. 
 Voltímetro/amperímetro. 
 
 Equipamento Obrigatório dos Carros: 
 
01. Para-choque; 13. Chave de fenda; 
02. Farol; 14. Luz de freio; 
03. Grade do radiador; 15. Sinalizador de direção; 
04. Retrovisor; 16. Pisca alerta; 
05. Para-brisa; 17. Luz de ré; 
06. Limpador de para-brisa; 18. Macaco; 
07. Velocímetro; 19. Descarga; 
08. Para-sol; 20. Estepe; 
09. Cinto de segurança; 21. Pneus; 
10. Triângulo de segurança; 22. Pedais de freio, acelerador e embreagem; 
11. Chave de roda; 23. Volante; 
12. Luz da placa de identificação; 24. Extintor de incêndio. 
 
 
Equipamento Obrigatório das Motocicletas: 
 
 
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ACIDENTE DE TRÂNSITO 
 
 
Trânsito ou tráfego? 
Seja no meio técnico, jornalístico e até mesmo em roda de amigos, o termo Trânsito e 
Tráfego é muito discutido e controverso. 
 
Na maioria dos casos a interpretação mais comum é de que o trânsito é movimento de 
um conjunto (pessoas, animais e veículos motorizados aéreos, terrestres ou aquáticos) 
por uma via ou espaço aberto e tráfego, somente movimento de veículo por vias ou rotas 
aéreas, terrestres (rodovias e ferrovias), aquáticas (rios e mares) com tração motriz 
humana ou animal. 
 
 O Código de Trânsito Brasileiro não define tráfego, apesar de utiliza-lo quando faz 
referência à Engenharia de Tráfego. Podemos dizer então que não há diferença 
substancial entre um e outro. 
 
Acidente de trânsito: 
Conceito de acidente de trânsito: é o incidente involuntário do qual participam, pelo 
menos, uma unidade de tráfico em movimento, pedestre e obstáculos fixos, ocorrido numa 
via terrestre, resultando danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte. 
 
Classificação geral de acidente de trânsito: 
 Acidente simples: uma unidade de tráfego. 
 Acidentes múltiplos: duas ou mais unidades de tráfego. 
 Sem contato: não interagem plenamente. 
 
 
 
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Tipos de ocorrência: 
 Colisão. 
 Abalroamento. 
 Choque. 
 Atropelamento. 
 Capotamento. 
 Tombamento. 
 
 Colisão é a denominação empregada para o embate entre veículos, entre 
veículos e obstáculos fixos ou entre veículos e corpos rígidos não fixos. Assim 
teremos colisão entre veículos, colisão de veículo com obstáculo fixo e 
colisão com corpo rígido (não fixo). 
 
 Abalroamento é a denominação da fricção lateral entre dois ou mais veículos e/ou 
objeto fixo. 
 
 Choque é a denominação do embate entre veículo e objeto fixo e/ou veículo 
estacionado. 
 
 Atropelamento é a denominação do embate entre veículo e semoventes 
(pedestres e animais). Assim, teremos atropelamento de pedestre ou 
atropelamento de animal. 
 
 Capotamento é o acidente no qual o veículo experimenta um semigiro ou giro (s) 
completo (s), seja em torno do seu eixo transversal-horizontal, seja em torno 
do seu eixo longitudinal-horizontal. 
 
 Tombamento, por sua vez, é o acidente no qual o veículo também 
experimenta um semigiro, mas de apenas cerca de noventa graus em torno do 
seu eixo longitudinal/horizontal. 
 
 
 
 
 
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Designação das interações: 
 
 FRONTAL. 
 
 
 
 SEMI-FRONTAL. 
 
 
 
 
 FLEXÃO LATERAL (ABALROAMENTO). 
 
 
 
 
 
 
 
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 TRANSVERSAL ANTERIOR. 
 
 
 
 
 TRANSVERSAL MÉDIA. 
 
 
 
 
 TRANSVERSAL ÂNTERO-POSTERIOR. 
 
 
 
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LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO 
O local de acidente de tráfego deve ser preservado convenientemente, a fim de 
que os vestígios materiais produzidos não sejam alterados e possibilitem avaliar as 
relações causais, ou seja, quem de fato deu origem a uma ocorrência dessa natureza. 
 
Diferentemente dos casos de homicídio ou furto, o acidente de tráfego geralmente 
tem autoria conhecida, cabendo ao perito, por meio do levantamento pericial e do 
estudo dos vestígios observados, identificar as trajetórias dos veículos, calcular as 
velocidades desenvolvidas por eles antes do embate, determinar o local onde ocorreu 
a colisão e, assim, estabelecer a dinâmica do acidente e oferecer a causa 
determinante do evento. 
 
 
CAUSAS DETERMINANTES (CD). 
Causa Determinante é considerada aquela que, afastada, o acidente não ocorre. 
Em geral está associada a uma infração de alguma norma de trânsito. Ou seja, é lícito 
pressupor que sem infração de norma de trânsito não há causa de acidente. 
 
A eficiência do levantamento do local é condição “si ne qua non” (se não houver que 
não é) para a aplicação das Causas Determinantes. 
 
A legislação de trânsito é fundamental na aplicação das Causas Determinantes, 
pois é ela que contém todas as normas que disciplinam e condicionam, no trânsito, os 
condutores, veículos e vias. Em geral, a causa determinante de um acidente está 
diretamente relacionada à infringência de uma regra de trânsito. Ou seja, por 
definição, o condutor que obedece a todas as normas do trânsito não pode ser 
causador de acidente. 
 
As Causas Determinantes possuem terminologia própria, independente da 
Legislação de Trânsito, embora, e não é demais repeti-lo, a ela estejam vinculadas, a 
título de embasamento. 
 
Teoricamente, as Causas Determinantes dividem-se em mediatas ou 
circunstanciais e imediatas ou diretas. 
 
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As causas mediatas ou circunstanciais são de ordem subjetiva, portanto, quase 
sempre, torna-se impossível materializá-las. Os elementos de distração, situação física 
e psíquica dos condutores (fadiga, sono) e atos por parte de passageiros são bons 
exemplos para explicar que dificilmente o perito disporá de condições para constatá-las. 
Podem elas igualmente se originar de outras situações adversas existentes no Trânsito, 
provocadas por outros veículos, pedestre, animais ou mesmo por fenômeno da 
natureza. A despeito da impossibilidade de determinação da causa circunstancial pelo 
perito, nos locais podem ser encontrados vestígios a ela pertinentes. Esses devem ser 
mencionados nos laudos e poderão ser utilizados para o esclarecimento da verdade. 
Por sua vez, as causas imediatas ou diretas são perfeitamente constatáveis, pois, 
existindo, ficam materializadas pelos vestígios produzidos. 
 
PRINCIPAIS VESTÍGIOS. 
Os vestígios encontrados no local devem ser descritos de forma detalhada (com 
suas características relevantes): 
1. MARCAS PNEUMÁTICAS – estão entre os vestígios mais importantes no local, 
servindo para a determinação da velocidade e do ponto da colisão. As marcas 
pneumáticaspodem ser classificadas de acordo com suas características, associadas 
à forma de produção. 
Frenagem – são marcas produzidas por atrito do pneumático contra a superfície, 
resultantes do travamento pelo acionamento dos freios do veículo. 
O sistema ABS é um dispositivo utilizado hoje nos freios de alguns automóveis, 
o qual foi projetado para evitar o travamento total das rodas no processo de frenagem, 
garantindo dirigibilidade do veículo mesmo em condições adversas como em pistas 
molhadas. 
Derrapagem – são produzidas pelos pneumáticos sem o travamento total, ou 
seja, continuam em movimento rotativo em curvas ou em movimento curvilíneo, com 
deslocamento divergente da orientação indicada pelo eixo longitudinal do veículo. 
 
Marcas de Aceleração – são marcas muito semelhantes às marcas de frenagem, 
entretanto, com características diferentes em suas regiões iniciais. Pela aplicação de 
grande quantidade de torque nas rodas motrizes, em geral são observadas distorções no 
começo e clareamento progressivo, ou seja, são mais escuras no início. 
 
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Frenagem ou Aceleração. Derrapagem em Aceleração. 
 
 
 
 
Derrapagem em Desaceleração. Derrapagem Neutra ou Livre. 
 
 
 
 
2. MARCAS DE FRICÇÃO – são produzidas quando partes da estrutura de um 
veículo deslizam contra a superfície, sem retirada de material da superfície. Em geral 
apresentam-se acompanhadas de aderência de material do revestimento da 
superfície (pintura ou borracha) ou de marcas de sulcagem. Estas marcas também 
podem ser utilizadas para o cálculo de velocidades dos veículos, desde que 
conhecidos os coeficientes de atrito entre a parte do veículo que as produziu e a 
superfície-suporte em que se formaram. 
 
3. MARCAS DE SULCAGENS – são produzidas quando partes da estrutura de um 
veículo atingem a superfície da pista de forma violenta. 
 
4. FRAGMENTOS – os acidentes envolvendo veículos geralmente provocam 
deformação em suas estruturas, com desprendimento de fragmentos, assim como o 
quebramento de peças, vidros, plásticos ou fibra. 
 
5. POSIÇÕES DE REPOUSO FINAL – as posições finais que os veículos assumem 
após um acidente, são denominadas posições de repouso, sendo elas também 
importantes para o estabelecimento da dinâmica do acidente e a determinação das 
velocidades com que os veículos trafegavam. 
 
 
 
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O CÁLCULO DA VELOCIDADE. 
Os principais vestígios utilizados para o cálculo de velocidades são as marcas 
pneumáticas de frenagem, derrapagem, os espaços residuais percorridos pelos veículos 
após uma colisão. As parcelas dissipadas em avarias deixam de ser evidenciadas 
nas avaliações periciais pela grande variação de materiais que os veículos 
atuais estão sendo produzidos, e demandaria muitos cálculos de resistência 
dos materiais, o que delongaria as emissões de conclusões . 
 
Cálculo da velocidade pela marca de frenagem: 
 
 
 
Princípio da conservação de energia aplicada a dois veículos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de cruzamentos: 
 
 
Tipos de entroncamentos 
 
 
Caracterização de um local de acidente de trânsito: 
 Tipo de superfície de rolamento. 
 Sinalização vertical. 
 Sinalização horizontal. 
 Sinalização semafórica. 
 Iluminação. 
 Fotossensor. 
 Condições físicas da pista. 
 Visibilidade. 
 
Vestígios no cenário de acidente de trânsito: 
 Posição de repouso final dos veículos. 
 Sítio de embate. 
 Marcas de frenagem comum. 
 Marcas de frenagem por ABS. 
 Sulcagem. 
 Outras marcas de pneumáticos. 
 
 
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Sítio de embate: 
 
Contato entre os veículos. 
 
 
 
Estudo dos veículos após o embate: 
 Identificação do veículo. 
 Das avarias visíveis. 
 Tipos de danos. 
 Localização dos danos. 
 Condições operacionais. 
 
 
Localização dos danos: 
 
 
 
 
 
“As estatísticas demonstram 
que, a cada ano no Brasil, 
aproximadamente 50 mil vítimas 
do trânsito são fatais.” 
 
 
 
 
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TACÓGRAFO (Registrador Instantâneo e Inalterável de Velocidade e Tempo). 
Origem da palavra tacógrafo: 
A origem da palavra TACÓGRAFO vem do idioma grego, que significa: 
 
Movimento é todo deslocamento que leva um determinado tempo e depende da 
velocidade. 
 
Regulamentações do CONTRAN: 
Resolução nº 92/99 – CONTRAN. 
Obrigatoriedade do visto no verso do disco: 
Art. 3º 
§ 2º Nas operações de fiscalização do registrador instantâneo e inalterável de 
velocidade e tempo, o agente fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do disco 
ou a fita diagramada, bem como mencionar o local, a data e o horário que ocorreu a 
fiscalização. 
 
Art. 279: 
Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador 
instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado de levantamento 
pericial poderá retirar o disco ou a unidade armazenadora do registro. 
 
Registros possíveis: 
Registros obrigatórios: 
 Velocidade. 
 Tempo (parado/movimento). 
 Distância percorrida. 
 
 
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Tacógrafos mais comuns: 
 
 
 
Danos mais comuns em Tacógrafos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Definições. 
Para o estudo dos acidentes de tráfego, devemos adotar as definições previstas no 
Código de Trânsito Brasileiro, listadas a seguir: 
 
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à 
parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de 
pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. 
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, 
credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, 
operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. 
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com 
capacidade para até oito pessoas, exclusive o condutor. 
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo 
integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente 
credenciada. 
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando pelos centros 
das rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos 
os elementos rigidamente fixados ao mesmo. 
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas 
longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. 
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não 
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando 
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. 
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro. 
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com peso brutototal de até 
três mil e quinhentos quilogramas. 
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no 
mesmo compartimento. 
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como separador de duas pistas 
de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício). 
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automotores em sinal de 
regozijo, de reivindicação, de protesto cívico ou de uma classe. 
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas 
cargas. 
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte de carga. 
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização de 
vias e veículos (olho-de-gato). 
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas. 
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana. 
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de 
ciclos, delimitada por sinalização específica. 
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão 
interna, cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas 
cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta quilômetros por 
hora. 
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do 
tráfego comum. 
 
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CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mudança da 
direção original do veículo. 
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. 
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário 
para embarque ou desembarque de passageiros. 
ESTRADA - via rural não pavimentada. 
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei específica 
e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição 
sobre a via. 
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode 
ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma 
largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. 
FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou impedimento de 
locomoção na faixa apropriada. 
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o veículo imóvel na 
ausência do condutor ou, no caso de um reboque, se este se encontra desengatado. 
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a diminuir a marcha do 
veículo no caso de falha do freio de serviço. 
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a diminuição da marcha do 
veículo ou pará-lo. 
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos 
fluxos de trânsito em uma interseção. 
INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas 
emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação 
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito. 
INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as 
áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. 
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, 
parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como 
calçada, parques, áreas de lazer, calçadões. 
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo 
transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, 
para os veículos de passageiros. 
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com 
elas se limita. 
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via, que 
se encontram atrás do veículo, que o condutor está aplicando o freio de serviço. 
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo destinada a indicar 
aos demais usuários da via que o condutor tem o propósito de mudar de direção para a 
direita ou para a esquerda. 
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás do veículo e 
advertir aos demais usuários da via que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar 
uma manobra de marcha à ré. 
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em 
caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó. 
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a 
largura do veículo. 
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o 
veículo está no momento em relação à via. 
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos 
ou legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da via. 
 
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MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até 
vinte passageiros. 
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por 
condutor em posição montada. 
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição 
sentada. 
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carroçaria seja fechada e 
destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. 
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de 
vinte passageiros, ainda que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade 
destes, transporte número menor. 
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente 
necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. 
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea 
ou trilho de bonde com pista própria. 
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro 
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas 
distintas da via. 
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, 
e ao uso de pedestres. 
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada 
por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação 
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. 
PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural. 
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, 
destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em 
situação de emergência. 
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada 
por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou 
aos canteiros centrais. 
PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos 
sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, 
variáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas 
como sinais de trânsito. 
PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma 
superfície líquida qualquer. 
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. 
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo 
órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, 
sentido de direção, tipo de estacionamento, horários e dias. 
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso de 
pedestres durante a travessia da mesma. 
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. 
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. 
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção original de veículos. 
RODOVIA - via rural pavimentada. 
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apoia na sua unidade tratora 
ou é a ela ligado por meio de articulação.PERÍCIA EM ACIDENTE DE TRÂSITO 
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SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, 
marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e 
gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e 
pedestres. 
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados 
na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor 
fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. 
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, 
do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de 
incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. 
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, 
acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em 
atividades turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais. 
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias 
terrestres. 
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma faixa demarcada 
para outra. 
TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalhos agrícola, de 
construção e pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. 
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca 
no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando 
sair e retornar à faixa de origem. 
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora 
de estrada. 
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, sendo um deles 
automotor. 
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus 
próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, 
ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O 
termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre 
trilhos (ônibus elétrico). 
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga, podendo 
transportar dois passageiros, exclusive o condutor. 
VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido fabricado há mais de trinta 
anos, conserva suas características originais de fabricação e possui valor histórico 
próprio. 
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo 
automotor e os demais reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção, 
terraplenagem ou pavimentação. 
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao transporte de 
carga com peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, 
superior a vinte passageiros. 
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de pessoas e suas 
bagagens. 
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga 
e passageiro. 
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a 
pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. 
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com 
trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e 
sem travessia de pedestres em nível. 
 
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VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente 
controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias 
e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. 
VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha 
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o 
trânsito dentro das regiões da cidade. 
VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, 
destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. 
VIA RURAL - estradas e rodovias. 
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação 
pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis 
edificados ao longo de sua extensão. 
VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destinadas à circulação 
prioritária de pedestres. 
VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno 
ou servir de passagem superior.

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