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Contabilidade Societária I AULA 06 – Patrimônio Líquido (Parte 1) Conteúdo desta aula • Composição • Capital social • Reservas de Capital • Ajustes da Avaliação Patrimonial • Reserva de Reavaliação (EXTINTA) 2 COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO • De acordo com a Lei nº 6.404/76, o patrimônio líquido é dividido em: 1. Capital Social 2. Reservas de Capital 3. + ou (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 4. Reserva de Lucros 5. (-) Ações em Tesouraria 6. (-) Prejuízos Acumulados 3 As ações em Tesouraria devem ser apresentadas como retificadoras da conta que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. CAPITAL SOCIAL • O capital social deve ser desdobrado de forma a se indicar a parcela subscrita e, por dedução, a parcela ainda não realizada: 4 Capital Social (Capital a Realizar) = Capital Realizado CAPITAL SOCIAL • As sociedades anônimas têm o capital dividido em ações, da mesma forma que as sociedades em comandita por ações. • A ação é a menor fração em que se divide o capital social. • Se todas as ações da empresa tiverem valor nominal, a soma do valor nominal das ações deve corresponder ao valor do capital social. • Depois de realizados ¾, no mínimo, do capital social, a companhia pode aumentá-lo mediante subscrição pública (oferta ao público em geral) ou particular de ações. 5 CAPITAL SOCIAL • Na proporção de suas ações, o acionista é proprietário da sociedade. Mas, em regra, o controle da companhia pertence ao titular da maioria absoluta das ações com direito a voto (metade mais uma ação com direito a voto). • As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que conferem a seus titulares, são divididas nas seguintes espécies: – Ordinárias – Preferenciais – Fruição 6 CAPITAL SOCIAL • As ações ordinárias são as que, normalmente dão direito a voto nas assembleias de acionistas. Não confere privilégios a seus titulares. • As ações preferenciais atribuem vantagens e preferências especiais, como a prioridade na distribuição de dividendos e no reembolso do capital. • As ações de fruição ou gozo são decorrentes da amortização do capital, que consiste na distribuição aos acionistas, a título de antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhe seriam destinadas em caso de liquidação da sociedade. 7 CAPITAL SOCIAL • Quanto à forma, as ações devem ser nominativas, ou seja, as ações não podem ser ao portador ou endossáveis (Extinção pela Lei nº 8.021/90). • As ações ordinárias das Cias. Fechadas e as ações preferenciais das Cias. Abertas pode ser dividas em classe, como: – Ações com dividendo mínimo – Ações com dividendo fixo. 8 A Cia é Aberta ou Fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão (ações, debêntures) estejam ou não admitidas à negociação no mercado de valores mobiliários. CAPITAL SOCIAL • O dividendo mínimo consiste num valor mínimo que o estatuto garante como dividendo a ser pago ao acionista (independe da Cia. apurar lucro). Havendo lucro, a Cia. normalmente atribuirá à ação valor superior ao mínimo. • O dividendo fixo é um valor fixo de dividendo assegurado pelo estatuto ao acionista, que também pode não depender de a Cia. apurar lucro. Geralmente, a ação preferencial com dividendo fixo não dá direito a dividendo superior ao fixo. 9 CAPITAL SOCIAL Aumento do capital social: 1. Por deliberação da assembleia geral ordinária que aprova o balanço para correção monetária do seu valor (Lei nº 9.249/95 extinguiu correção monetária de balanços). 2. Por deliberação da assembleia geral ou do CA, dentro do limite autorizado em estatuto. 3. Por conversão, em ações, de debêntures ou partes beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações; 4. Por deliberação da assembleia geral extraordinária convocada para decidir sobre a reforma do estatuto social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou de a mesma estar esgotada. 10 CAPITAL SOCIAL • A assembleia geral pode deliberar a redução do capital social se houver perda, até o montante dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo. • A redução do capital social também pode ocorrer em virtude do reembolso, que é quando nos casos previsto em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembleia geral o valor das suas ações. 11 CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos patrimoniais, como, por exemplo, ações, devem corresponder ao valor líquido recebido pela entidade na transação. • Como essas transações são efetuadas com sócios, seus custos não devem influenciar o resultado. 12 CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados em conta redutora do PL, deduzidos os eventuais efeitos fiscais Exemplo 01: • Na emissão de ações com valor nominal de R$ 10.000, cuja captação de recursos provocou custos de transação de R$ 500: • q 13 D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 9.500 D - Gastos com emissão de ações (Retificadora – PL) R$ 500 C – Capital Social R$ 10.000 Capital Social 10.000 Gastos com emissão de ações ( 500) PL CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Desconsiderando a existência de custos de transação, o prêmio (ágio) recebido na emissão de ações, deve ser reconhecido em conta de reserva de capital. Exemplo 02: • Foram emitidas 10.000 ações com valor nominal de R$ 1,00, adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação). • q 14 D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 11.000 C – Capital Social R$ 10.000 C – Reserva de Capital – Ágio de ações R$ 1.000 Capital Social 10.000 Reserva de Capital 1.000 PL CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Contudo, havendo custos de transação, o prêmio (ágio) originado pela subscrição de ações, deve, até o limite do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos de transação correspondente. Exemplo 03: • Foram emitidas 10.000 ações com valor nominal de R$ 1,00, adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação). Os custos de transação foram de 1.300: • q 15 D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 9.700 D – Gastos com emissão de ações (1.300 – 1.000) R$ 300 C – Capital Social R$10.000 Capital Social 10.000 Gastos com emissão de ações (300) PL CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Quando o prêmio é maior que os custos de transação, o prêmio absorve os custos de transação, e a diferença é reserva de capital. Exemplo 04: • Foram emitidas 10.00 ações com valor nominal de R$ 1,00, adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação). Os custos de transação foram de 300: • q 16 D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$10.700 C – Capital Social R$10.000 C – Reserva de Capital –Ágio de ações (1.000 – 300) R$ 700 Capital Social 10.000 Reserva de capital – Ágio de Ações 700 PL CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Nos demais casos, a conta Gasto com Emissão de Ações é apresentada após o capital social e somente pode ser utilizada para redução do capital social ou absorção por reservas de capital. Exemplo 05: • Redução de capital: • Absorção por reservas de capital: k 17 D – Capital Social C – Gastos com emissão de ações D – Reserva de Capital C – Gastos com emissão de ações CAPITAL SOCIAL Gastos com emissão de títulos patrimoniais: • Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais NÃO for CONCLUÍDA, os custos de transação DEVEM ser reconhecidos no período em que se frustrar a transação. Exemplo 06: • Frustração da emissão de títulos patrimoniais: f 18 D – Despesa com emissão não concluída de títulos patrimoniais C – Caixa ou Bancos Marque V ou F: 1. CESPE ( ) O patrimônio líquido tanto pode apresentar saldo credor quandosaldo devedor. 2. CESPE ( ) Divide-se o patrimônio líquido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 3. CESPE ( ) A conta de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é uma conta redutora do patrimônio líquido, cujo saldo aumenta com lançamentos a débito. 4. FCC ( ) A conta do Capital Social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. PARA EXERCITAR 19 Marque V ou F: 5. CESPE ( ) Para aumentar o capital social mediante subscrição de ações, a companhia deve ter realizado, no mínimo, três quartos de seu capital social. 6. CESPE ( ) Caso a companhia aberta apresente um prejuízo acumulado de R$ 700.000,00, a assembleia geral, julgando-o excessivo, poderá deliberar pela redução do capital social até o montante máximo de R$ 525.000,00. 7. FCC ( ) Os custos de transação da emissão de ações subscritas e integralizadas reduzem o resultado do exercício. PARA EXERCITAR 20 Marque a alternativa correta: 8. FCC. Os custos de captação de recursos (aumento de capital com emissão de ações) efetivamente realizada, como gastos com advogados, contratação de agente financeiro e outros, realizados para captação de recursos por meio de emissão de títulos e valores mobiliários devem ser registrados na conta: a) Da despesa do exercício em que ocorrer a capitalização. b) Redutora do capital social no patrimônio líquido. c) De reserva de capital no patrimônio líquido. d) Redutora de investimento para o qual o recurso for capitado. e) De despesa do ano em que o gasto for realizado. PARA EXERCITAR 21 RESERVAS DE CAPITAL • Em regra, os valores que se destinem ao aumento do capital social não podem a ele ser incorporados sem prévia alteração do estatuto social, o que depende de reunião dos acionistas em assembleia. • Entre os valores vinculados ao capital, existem aqueles que indicam aumento patrimonial sem, porém, terem transitado pelo resultado do exercício, por não representarem esforço efetivado na realização de receitas pela empresa. • São ganhos obtidos sem uma contrapartida por parte da companhia beneficiária na forma de bens ou serviços. • Trata-se das RESERVAS DE CAPITAL, representativas das receitas que não transitam pelo resultado do exercício em virtude de determinação da Lei das S/A. 22 RESERVAS DE CAPITAL • Logo, os valores registrados em Reservas de Capital são destinados ao aumento do capital social, sob dependência de deliberação da assembleia de acionistas. • Eventualmente, elas podem ter outras destinações, como a compensação de prejuízos ou mesmo a distribuição de dividendos. 23 RESERVAS DE CAPITAL As Reservas de Capital, segundo a Lei das S/A: • Ágio na emissão de ações • Produto da alienação de partes beneficiárias, e • Bônus de subscrição 24 OBS.: O Prêmio na emissão de Debêntures e Doações e Subvenções para investimentos não são mais considerados Reservas de Capital. Contudo, os saldos existentes deverão ser mantidos até a sua total utilização. RESERVAS DE CAPITAL ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES: • O número de ações em que se divide o capital social é fixado pelo estatuto, que também estabelece se elas terão ou não valor nominal. Se houver, o valor nominal deverá ser igual para todas as ações da companhia. 25 Capital nominal = Capital social Ações RESERVAS DE CAPITAL ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES: • No caso de ações sem valor nominal, o preço da emissão é fixado, na constituição da companhia, pelos fundadores, e, no aumento de capital mediante subscrição, pela assembleia geral ou pelo conselho de administração. • O preço de emissão pode ser fixado com parte destinada à formação de reserva de capital (ágio na emissão de ações sem valor nominal). • Uma vez fixada a importância destinada à formação do capital social, a parcela restante do preço de emissão será utilizada na constituição de reserva de capital. • Se as ações da companhia não tem valor nominal, podemos dividir o capital social pelo número de ações para saber o valor equivalente ao nominal das ações. 26 RESERVAS DE CAPITAL ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES: • Nos casos de conversão em ações de debêntures, é reserva de capital a contribuição do subscritor de ações que ultrapassa o valor nominal e a parte do preço de emissões das ações sem valor nominal que ultrapassa a importância destinada à formação de capital social. • EX.: Um credor tem debêntures a receber no valor de R$ 1.100 e aceita converter seu crédito em ações da companhia devedora, no valor nominal de R$ 1.000. • Na companhia, o lançamento da conversão é: k 27 D – Debêntures a pagar (Passivo) 1.100 C – Capital Social (PL) 1.000 C – Reserva de Capital – Ágio (PL) 100 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS: • Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal, emitidos por sociedade anônimas de capital fechado, e estranhos ao capital social (que é dividido em ações). • Conferem aos titulares direito de crédito eventual contra a companhia, que consiste na participação dos lucros anuais. Havendo lucro, os titulares de partes beneficiárias podem exigir participação nele. Caso contrário, nada têm que reclamar perante a sociedade. São, portanto, credores eventuais. 28 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS: • As companhias abertas não podem emitir partes beneficiárias. • A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de reserva para resgate, se houver, não pode ultrapassar 10% dos lucros. O resgate é a operação em que os títulos são recomprados e retirados definitivamente de circulação. 29 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS: • O estatuto deve fixar o prazo de duração das partes beneficiárias e, se estipular o resgate, criar reserva especial para esse fim. • Apesar de a lei fazer menção a reserva de resgate, o correto é instituir provisão para resgate, com essa destinação, visto que se trata de obrigação de resgate. • Se, todavia, for constituída reserva em lugar de provisão, ela será enquadrada como Reserva Estatutária para Resgate de Partes Beneficiárias – Reserva de Lucro. • A lei das S/A admite que a “reversa” constituída como o produto da venda de partes beneficiárias seja destinada ao resgate desses títulos. 30 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS: • Só haverá lançamento se a alienação das partes beneficiárias for onerosa, registrando-se como Reserva de Capital todo o valor apurado (o produto da alienação). Se a alienação se der a título gratuito, nenhum lançamento deverá ser efetuado, pois, nessa hipótese, a companhia nada receberá em contrapartida. EXEMPLO: • Na venda de partes beneficiárias no valor de R$ 10.000 31 D – Caixa ou Banco conta movimento R$ 10.000 C – Reserva de Capital – Produto de alienação de PB R$ 10.000 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS: • O estatuto pode prever a conversão de partes beneficiárias em ações, mediante capitalização de reserva criada para esse fim. • Nesse caso, a contribuição do subscritor das ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão de ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social será registrada como Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações (em virtude da conversão de partes beneficiárias. 32 RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: • Bônus de subscrição são títulos negociáveis, emitidos por sociedades anônimas, dentro do limite de aumento de capital autorizado em estatuto (limite previsto para novas subscrições), que conferem direito de subscrever ações do capital social, mediante apresentação do título e pagamento do preço de emissão de ações. • Enquanto partes beneficiárias só podem ser emitidas por sociedades de capital fixo ou autorizado, os bônus de subscrição só podem ser emitidos por sociedades de capital autorizado. 33RESERVAS DE CAPITAL PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO: • Só haverá lançamento se a alienação dos bônus de subscrição for onerosa, registrando-se como reserva de capital todo o valor apurado (o produto alienado). • Se a alienação se der a título gratuito, não haverá lançamento contábil. • s 34 Venda de bônus de subscrição no valor total de 10.000: D – Banco Conta Movimento C – Reserva de Capital (Produto de alienação de B.S.) R$ 10.000 RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • As Reservas de Capital somente podem ser utilizadas para: 1. Absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; 2. Resgate, reembolso ou compra de ações; 3. Resgate de partes beneficiárias; 4. Incorporação ao capital social; 5. Pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 35 RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • Em se tratando de S.A., não pode haver saldo na conta Lucros Acumulados no balanço, o que inviabiliza a compensação de prejuízo do exercício com lucros acumulados de exercícios anteriores. • Em consequência, o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelas Reservas de Lucros, entre as quais a última a ser utilizada é a Reserva Legal. • Na hipótese de o prejuízo consumir todas as reservas de lucros, podem ser utilizadas reservas de capital. • TRATA-SE DE UMA FACULDADE. 36 RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • Se uma Cia., durando o exercício, apurasse um prejuízo de 550 e, antes da compensação, apresentasse o seguinte patrimônio líquido: • O uso da Reserva de Capital, registrada na conta Ágio na emissão de ações, ocorreria da seguinte forma: 37 Capital Social 1.000 Ágio na emissão de ações 100 Reserva Legal 150 Reservas Estatutárias 320 TOTAL DO PL 1.570 D – Reservas Estatutárias 320 D – Reserva Legal 150 D – Ágio na emissão de ações 80 C – Resultado do exercício 550 Capital Social 1.000 Ágio na emissão de ações 20 TOTAL DO PL 1.020 RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • O estatuto ou a assembleia geral extraordinária podem autorizar a aplicação de lucros ou reservas no resgate de ações, que consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação, com redução ou não do capital social. • Reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos na lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembleia geral o valor de suas ações. • O resgate de partes beneficiárias consiste na recompra de títulos dessa espécie que a companhia tenha emitido. 38 RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • Por exemplo, quando da alienação das partes beneficiárias, o valor apurado é lançado como reserva de capital: • Posteriormente, é criada provisão para resgate, baixando-se a conta de reserva de capital: • Quando do pagamento pelos títulos das partes beneficiárias: 39 D – Banco conta movimento C – Reserva de capital – Produto de alienação de P.B. (PL) D – Reserva de capital – Produto de alienação de P.B. (PL) C – Provisão para Resgate de Partes Beneficiárias (PC ou PNC) D – Provisão para Resgate de Partes Beneficiárias (PC ou PNC) C – Banco conta movimento RESERVAS DE CAPITAL UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL: • O estatuto pode conferir às ações preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendo, o direito de recebê-lo, no exercício em que o lucro for insuficiente, à conta de reservas de capital. • Dividendo cumulativo é aquele que, não podendo ser pago no exercício, por não ter sido apurado lucro ou por dificuldades financeiras, é somado aos dividendos posteriores para pagamento de forma acumulada, quando a situação da companhia permitir. 40 RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE CAPITAL EXTINTAS: • O Prêmio na Emissão de Debêntures deixou de ser reserva de capital. O tratamento adequado é classificá-lo como Receita Diferida (PNC), para ser apropriado como receita, segundo o regime de competência, na mesma base que são apropriados os juros (despesas) das debêntures. • Doações e Subvenções para Investimentos também não podem ser registradas como Reserva de Capital. Caso não haja condição ou contrapartida a ser cumprida, as doações e subvenções integram o resultado, como receitas. Caso haja alguma condição ou contrapartida, de início deve ser contabilizada no PNC para posterior reconhecimento no resultado. • Ressalta-se que os saldos existentes dessas duas contas como Reservas de Capital devem ser mantidos até a sua total utilização. 41 RESERVAS DE CAPITAL ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL: • A Lei das S/A nada dispõe a respeito da classificação da conta Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC). • Sobre este assunto, existe a Resolução do CFC, nº 1.159/2009, dispõe: 42 68. Esse grupo não tratado especificadamente pelas alterações trazidas pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009; todavia, devem ser à luz do princípio da essência sobre a forma classificados no Patrimônio Líquido das entidades. 69. Os AFAC realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de Capital Social. Caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo Não Circulante. PARA EXERCITAR Marque V ou F: 9. CESPE ( ) Todas as contas de reserva de capital devem ser constituídas ou aumentadas com contrapartidas em contas de resultado. 10. FCC ( ) O ágio na emissão de ações é reconhecido no patrimônio líquido, aumentando a conta Capital Social. 11. CESPE( ) No caso de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias, são registradas em contas classificadas como reserva de capital a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal, bem como a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social. 43 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 12. CESGRANRIO. Quando se deseja registrar o valor excedente entre o preço de subscrição e o valor nominal das ações, que os acionistas pagam à companhia, tal valor deve ser registrado em conta de: a) Capital social. b) Capital subscrito. c) Reserva de capital. d) Reserva de incentivos fiscais. e) Ajustes de avaliação patrimonial. 44 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 13. ESAF. Na conversão de debêntures em ações, as parcelas que ultrapassem o valor nominal da ação deverão ser registrados como: a) Reserva de lucros que poderão amortizar prejuízos futuros ou ser distribuídas aos sócios no exercício social em que não forem apurados lucros. b) Reserva de lucros que poderá ser distribuída aos sócios, no próprio exercício. c) Reservas de Capital. d) Reserva de lucros destinada, obrigatoriamente, a amortizar prejuízos. e) Receitas não operacionais do exercício. 45 PARA EXERCITAR Marque V ou F: 14. ESAF ( ) Partes beneficiárias são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao capital social que podem ser criados pela sociedade anônima em qualquer tempo. O único direito que o detentor desses títulos tem é a participação nos lucros, que não poderá ser superior a quinze por cento do lucro apurado. 15. ESAF ( ) A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos. 46 PARA EXERCITAR Marque V ou F: 16. CESPE ( ) A forma de contabilização da reserva de capital prêmio na emissão de debêntures foi modificada com as modificações introduzidas na contabilidade das sociedades por ações. 17. CESPE ( ) As reservas de resgates de partes beneficiárias constituem uma provisão passiva, e sua constituição proporciona um débito no resultado do período e um crédito no passivo exigível. 18. CESPE ( ) De acordo com a legislação societária, na formalização do aumento de capital de uma companhia, o adiantamento de capital correspondente será baixado, mediante lançamento a débito, creditando-se o capital social. 47 PARA EXERCITARMarque a alternativa correta: 19. FCC. A partir de 1º de janeiro de 2008, de acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade, o prêmio recebido na emissão de debêntures passou a ser contabilizado, na data do fato contábil, como: a) Receita diferida a apropriar. b) Reserva de capital. c) Receita de aplicações financeiras. d) Resultado positivo da equivalência patrimonial. e) Receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture. 48 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 20. FCC. A empresa de capital aberto Health S/A, no decorrer do exercício de 2010, registra em suas contas os seguintes valores: Com base nos dados acima, estão de acordo com as normas societárias APENAS os lançamentos: a) I e V. b) I, II, III e IV. c) II, III e IV. d) II, IV e V. e) I e III. 49 I Despesas diferidas R$ 80.000 II Ativo Diferido R$ 100.000 III Duplicatas Descontadas R$ 200.000 IV Reserva de Capital – Prêmio recebido na emissão de debêntures R$ 200.000 V Reserva de Capital – Doações e Subvenções R$ 230.000 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 21. FCC. Como resultado do processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade às internacionais: a) Houve criação do ativo intangível, cujas contas não podem ser amortizadas. b) Houve substituição da obrigatoriedade da elaboração da DFC pela DOAR para as sociedades por ações. c) Todos os elementos do ativo decorrentes de operações de curto prazo passaram a ser ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. d) As contrapartidas do recebimento de doações e subvenções governamentais para investimento deixaram de ser contabilizadas como reserva de capital. e) Houve proibição da constituição de reservas de reavaliação a partir de 1º de janeiro de 2008, sendo que os saldos existentes nas reversas constituídas até essa data deveriam ser obrigatoriamente estornadas até 31-12-2008. 50 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL • A Lei nº 11.638/07 estabeleceu a obrigação de ajustar, nas hipóteses expressamente previstas na legislação, o valor dos ativos e passivos a valor justo, para mais ou para menos. • A contrapartida desses ajustes é registrada numa conta de patrimônio líquido denominada Ajustes de Avaliação Patrimonial, que pode ter saldo devedor (negativo) ou credor (positivo). • Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos na Lei das S/A ou em normas expedidas pela CVM. 51 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL • Hipótese de aplicação dos ajustes de avaliação patrimonial é a do valor justo de aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de crédito, classificados no ativo circulante ou no não circulante realizável a LP, quando se tratar de aplicações disponíveis para venda: D – Instrumentos financeiros – Disponíveis para venda (AC/ANC) C – Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) • Se a avaliação for negativa: D – Ajustes de avaliação patrimonial C – Instrumentos financeiros – Disponíveis para venda 52 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL • Os ajustes de avaliação patrimonial devem ser apropriados no resultado à medida que os ativos e passivos a eles vinculados sejam realizados, de acordo com o regime de competência. 53 RESERVA DE REAVALIAÇÃO (EXTINTA) • A Lei nº 11.638/2007 extinguiu, como efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008, a reserva de reavaliação e em seu lugar criou os ajustes de avaliação patrimonial. • Os saldos atualmente existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização, caso não tenham sido estornados até o final de 2008. • Por contrariar o princípio do registro pelo valor original, o procedimento de reavaliação sempre foi criticado no Brasil, além de não ser aceito nos principais mercados mundiais. 54 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 22. FCC. Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são evidenciados no BP, respectivamente, como: a) Ativo circulante e Intangível b) Imobilizado e Patrimônio Líquido c) Intangível e Passivo Não Circulante d) Realizável a Longo Prazo e Passivo Circulante e) Diferido e Intangível 55 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 23. FCC. A empresa Alfa, sociedade anônima de capital aberto, possui 30% de participação no capital social de uma empresa coligada (empresa Gama). Durante o exercício financeiro de X1, a investida obteve lucro líquido de R$ 100.000, distribuiu dividendos no valor de R$ 20.000 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado em R$ 10.000. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1: a) Manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição. b) Teve variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à empresa Gama de R$ 24.000. c) Reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 30.000. d) Teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000. e) Reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000. 56 PARA EXERCITAR Marque V ou F: 24. CESPE ( ) A conta de ajuste de avaliação patrimonial tem características idênticas às de reservas; por conseguinte, o saldo dos ajustes de avaliação patrimonial deve ser considerado no cálculo do limite referente à proporção das reservas de lucro em relação ao capital. 25. FCC ( ) Como resultado do processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade às internacionais: Houve a proibição da constituição de reservas de reavaliação a partir de 1º de janeiro de 2008, sendo que os saldos existentes nas reservas constituídas até essa data deveriam obrigatoriamente ser estornadas até 31/12/2008. 57 PARA EXERCITAR Marque V ou F: 26. FCC ( ) Em relação às novas normas brasileiras de contabilidade, introduzidas pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, com a proibição da constituição de reservas de reavaliação pela Lei nº 11.638/2007, as entidades que tivessem saldo dessas reservas foram obrigadas a estorná-las, tendo como contrapartida a conta Lucros e Prejuízos Acumulados. 27. CESPE ( ) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido. 28. CESPE ( ) A partir da Lei nº 11.638/07 e dos pronunciamentos do CPC, mudanças foram introduzidas na contabilidade das sociedades de capital aberto, sociedades de capital fechado e sociedades limitadas. Com respeito a essas mudanças, foi proibido o procedimento contábil de reavaliar itens, inclusive para algumas sociedades limitadas. 58 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 29. FCC. De acordo com as Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, que introduziram modificações na estrutura do balanço patrimonial das pessoas jurídicas, a) O ativo diferido passou a ser composto apenas pelos gastos com desenvolvimento de produtos cuja viabilidade econômica possa ser comprovada, sendo os demais itens estornados contra o resultado. b) O grupo de resultado de exercícios foi extinto e o saldo de suas contas foi transferido para o PL como ajuste de avaliação patrimonial. c) A constituição de reservas de reavaliação foi proibida a partir de 1º de janeiro de 2008, porém foi permitido que as constituídas até 31/12/2007 pudessem ser mantidas até sua total realização ou estornadas até 31/12/2008. d) O recebimento de prêmios na emissão de debêntures passou a ser classificado como reserva e capital. e) O grupo ativo permanente passou a incluir o recém-criado ativo intangível. 59 PARA EXERCITAR Marque a alternativa correta: 30. FCC. De acordo com as novas normas contábeis brasileiras aplicáveis às demonstrações financeiras, a) O ativo permanente permanece naestrutura do balanço patrimonial, mas como subgrupo do ativo não circulante. b) O recebimento de prêmio na emissão de debêntures, bem como de doações e subvenções para investimento, devem ser contabilizados como reservas de capital. c) O ativo diferido foi extinto e, em consequência, todos os valores nele classificados foram baixados tendo como contrapartida uma conta de resultado. d) O grupo de resultado de exercícios futuros foi extinto e o saldo de suas contas foi transferido para o grupo do patrimônio líquido. e) Com a proibição da constituição de reservas de reavaliação pela Lei nº 11.638/2007, as entidades que tivessem saldo dessas reservas puderam optar entre mantê-las até sua total realização ou estorná-las ate o final do exercício de 2008. 60 BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm> Acesso em: 07 jan. 2015. FERREIRA, Ricardo José. Contabilidade Básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2014. _____. Contabilidade Avançada. 7. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2014. IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, R. R.; SANTOS, A. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. 61 REFERÊNCIAS 62
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