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Aula 06 - Patrimônio Líquido (Parte 1)

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Contabilidade Societária I
AULA 06 – Patrimônio Líquido 
(Parte 1)
Conteúdo desta aula
• Composição
• Capital social
• Reservas de Capital
• Ajustes da Avaliação Patrimonial
• Reserva de Reavaliação (EXTINTA)
2
COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• De acordo com a Lei nº 6.404/76, o patrimônio
líquido é dividido em:
1. Capital Social
2. Reservas de Capital
3. + ou (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
4. Reserva de Lucros
5. (-) Ações em Tesouraria
6. (-) Prejuízos Acumulados
3
As ações em Tesouraria devem 
ser apresentadas como 
retificadoras da conta que 
registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição.
CAPITAL SOCIAL
• O capital social deve ser desdobrado de forma
a se indicar a parcela subscrita e, por dedução,
a parcela ainda não realizada:
4
Capital Social
(Capital a Realizar)
= Capital Realizado
CAPITAL SOCIAL
• As sociedades anônimas têm o capital dividido em ações, da
mesma forma que as sociedades em comandita por ações.
• A ação é a menor fração em que se divide o capital social.
• Se todas as ações da empresa tiverem valor nominal, a soma
do valor nominal das ações deve corresponder ao valor do
capital social.
• Depois de realizados ¾, no mínimo, do capital social, a
companhia pode aumentá-lo mediante subscrição pública
(oferta ao público em geral) ou particular de ações.
5
CAPITAL SOCIAL
• Na proporção de suas ações, o acionista é proprietário
da sociedade. Mas, em regra, o controle da
companhia pertence ao titular da maioria absoluta
das ações com direito a voto (metade mais uma ação
com direito a voto).
• As ações, conforme a natureza dos direitos ou
vantagens que conferem a seus titulares, são divididas
nas seguintes espécies:
– Ordinárias
– Preferenciais
– Fruição
6
CAPITAL SOCIAL
• As ações ordinárias são as que, normalmente dão
direito a voto nas assembleias de acionistas. Não
confere privilégios a seus titulares.
• As ações preferenciais atribuem vantagens e
preferências especiais, como a prioridade na
distribuição de dividendos e no reembolso do capital.
• As ações de fruição ou gozo são decorrentes da
amortização do capital, que consiste na distribuição
aos acionistas, a título de antecipação e sem redução
do capital social, de quantias que lhe seriam
destinadas em caso de liquidação da sociedade.
7
CAPITAL SOCIAL
• Quanto à forma, as ações devem ser nominativas,
ou seja, as ações não podem ser ao portador ou
endossáveis (Extinção pela Lei nº 8.021/90).
• As ações ordinárias das Cias. Fechadas e as ações
preferenciais das Cias. Abertas pode ser dividas em
classe, como:
– Ações com dividendo mínimo
– Ações com dividendo fixo.
8
A Cia é Aberta ou Fechada 
conforme os valores mobiliários 
de sua emissão (ações, 
debêntures) estejam ou não 
admitidas à negociação no 
mercado de valores mobiliários.
CAPITAL SOCIAL
• O dividendo mínimo consiste num valor mínimo que o
estatuto garante como dividendo a ser pago ao
acionista (independe da Cia. apurar lucro). Havendo
lucro, a Cia. normalmente atribuirá à ação valor
superior ao mínimo.
• O dividendo fixo é um valor fixo de dividendo
assegurado pelo estatuto ao acionista, que também
pode não depender de a Cia. apurar lucro.
Geralmente, a ação preferencial com dividendo fixo
não dá direito a dividendo superior ao fixo.
9
CAPITAL SOCIAL
Aumento do capital social:
1. Por deliberação da assembleia geral ordinária que aprova o
balanço para correção monetária do seu valor (Lei nº 9.249/95
extinguiu correção monetária de balanços).
2. Por deliberação da assembleia geral ou do CA, dentro do limite
autorizado em estatuto.
3. Por conversão, em ações, de debêntures ou partes beneficiárias
e pelo exercício de direitos conferidos por bônus de subscrição,
ou de opção de compra de ações;
4. Por deliberação da assembleia geral extraordinária convocada
para decidir sobre a reforma do estatuto social, no caso de
inexistir autorização de aumento, ou de a mesma estar
esgotada.
10
CAPITAL SOCIAL
• A assembleia geral pode deliberar a redução do
capital social se houver perda, até o montante dos
prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo.
• A redução do capital social também pode ocorrer
em virtude do reembolso, que é quando nos casos
previsto em lei, a companhia paga aos acionistas
dissidentes de deliberação da assembleia geral o
valor das suas ações.
11
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• O registro do montante inicial dos recursos
captados por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais, como, por exemplo, ações, devem
corresponder ao valor líquido recebido pela
entidade na transação.
• Como essas transações são efetuadas com sócios,
seus custos não devem influenciar o resultado.
12
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• Os custos de transação incorridos na captação de recursos por
intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser
contabilizados em conta redutora do PL, deduzidos os eventuais
efeitos fiscais
Exemplo 01:
• Na emissão de ações com valor nominal de R$ 10.000, cuja
captação de recursos provocou custos de transação de R$ 500:
• q
13
D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 9.500
D - Gastos com emissão de ações (Retificadora – PL) R$ 500
C – Capital Social R$ 10.000
Capital Social 10.000
Gastos com emissão de ações ( 500)
PL
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• Desconsiderando a existência de custos de transação, o prêmio
(ágio) recebido na emissão de ações, deve ser reconhecido em
conta de reserva de capital.
Exemplo 02:
• Foram emitidas 10.000 ações com valor nominal de R$ 1,00,
adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação).
• q
14
D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 11.000
C – Capital Social R$ 10.000
C – Reserva de Capital – Ágio de ações R$ 1.000
Capital Social 10.000
Reserva de Capital 1.000
PL
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• Contudo, havendo custos de transação, o prêmio (ágio) originado
pela subscrição de ações, deve, até o limite do seu saldo, ser
utilizado para absorver os custos de transação correspondente.
Exemplo 03:
• Foram emitidas 10.000 ações com valor nominal de R$ 1,00,
adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação).
Os custos de transação foram de 1.300:
• q
15
D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$ 9.700
D – Gastos com emissão de ações (1.300 – 1.000) R$ 300
C – Capital Social R$10.000
Capital Social 10.000
Gastos com emissão de ações (300)
PL
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• Quando o prêmio é maior que os custos de transação, o prêmio
absorve os custos de transação, e a diferença é reserva de capital.
Exemplo 04:
• Foram emitidas 10.00 ações com valor nominal de R$ 1,00,
adquiridas por R$ 1,10 pelos acionistas (ágio de R$ 0,10 por ação).
Os custos de transação foram de 300:
• q
16
D – Caixa ou Banco Conta Movimento R$10.700
C – Capital Social R$10.000
C – Reserva de Capital –Ágio de ações (1.000 – 300) R$ 700
Capital Social 10.000
Reserva de capital – Ágio de Ações 700
PL
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos patrimoniais:
• Nos demais casos, a conta Gasto com Emissão de Ações é apresentada
após o capital social e somente pode ser utilizada para redução do capital
social ou absorção por reservas de capital.
Exemplo 05:
• Redução de capital:
• Absorção por reservas de capital:
k
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D – Capital Social
C – Gastos com emissão de ações
D – Reserva de Capital
C – Gastos com emissão de ações
CAPITAL SOCIAL
Gastos com emissão de títulos
patrimoniais:
• Quando a operação de captação de recursos por intermédio
da emissão de títulos patrimoniais NÃO for CONCLUÍDA, os
custos de transação DEVEM ser reconhecidos no período em
que se frustrar a transação.
Exemplo 06:
• Frustração da emissão de títulos patrimoniais:
f
18
D – Despesa com emissão não concluída de títulos patrimoniais
C – Caixa ou Bancos
Marque V ou F:
1. CESPE ( ) O patrimônio líquido tanto pode apresentar saldo
credor quandosaldo devedor.
2. CESPE ( ) Divide-se o patrimônio líquido em capital social,
reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de
lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
3. CESPE ( ) A conta de ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) é uma conta redutora do patrimônio líquido, cujo
saldo aumenta com lançamentos a débito.
4. FCC ( ) A conta do Capital Social discriminará o montante
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
PARA EXERCITAR
19
Marque V ou F:
5. CESPE ( ) Para aumentar o capital social mediante subscrição de
ações, a companhia deve ter realizado, no mínimo, três quartos de
seu capital social.
6. CESPE ( ) Caso a companhia aberta apresente um prejuízo
acumulado de R$ 700.000,00, a assembleia geral, julgando-o
excessivo, poderá deliberar pela redução do capital social até o
montante máximo de R$ 525.000,00.
7. FCC ( ) Os custos de transação da emissão de ações subscritas
e integralizadas reduzem o resultado do exercício.
PARA EXERCITAR
20
Marque a alternativa correta:
8. FCC. Os custos de captação de recursos (aumento de capital com
emissão de ações) efetivamente realizada, como gastos com
advogados, contratação de agente financeiro e outros, realizados
para captação de recursos por meio de emissão de títulos e valores
mobiliários devem ser registrados na conta:
a) Da despesa do exercício em que ocorrer a capitalização.
b) Redutora do capital social no patrimônio líquido.
c) De reserva de capital no patrimônio líquido.
d) Redutora de investimento para o qual o recurso for capitado.
e) De despesa do ano em que o gasto for realizado.
PARA EXERCITAR
21
RESERVAS DE CAPITAL
• Em regra, os valores que se destinem ao aumento do capital
social não podem a ele ser incorporados sem prévia alteração do
estatuto social, o que depende de reunião dos acionistas em
assembleia.
• Entre os valores vinculados ao capital, existem aqueles que
indicam aumento patrimonial sem, porém, terem transitado pelo
resultado do exercício, por não representarem esforço efetivado
na realização de receitas pela empresa.
• São ganhos obtidos sem uma contrapartida por parte da
companhia beneficiária na forma de bens ou serviços.
• Trata-se das RESERVAS DE CAPITAL, representativas das receitas
que não transitam pelo resultado do exercício em virtude de
determinação da Lei das S/A.
22
RESERVAS DE CAPITAL
• Logo, os valores registrados em Reservas de
Capital são destinados ao aumento do capital
social, sob dependência de deliberação da
assembleia de acionistas.
• Eventualmente, elas podem ter outras
destinações, como a compensação de
prejuízos ou mesmo a distribuição de
dividendos.
23
RESERVAS DE CAPITAL
As Reservas de Capital, segundo a Lei das S/A:
• Ágio na emissão de ações
• Produto da alienação de partes beneficiárias, e
• Bônus de subscrição
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OBS.: O Prêmio na emissão de Debêntures e Doações e
Subvenções para investimentos não são mais considerados
Reservas de Capital.
Contudo, os saldos existentes deverão ser mantidos até a
sua total utilização.
RESERVAS DE CAPITAL
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES:
• O número de ações em que se divide o capital
social é fixado pelo estatuto, que também
estabelece se elas terão ou não valor nominal.
Se houver, o valor nominal deverá ser igual
para todas as ações da companhia.
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Capital nominal = Capital social
Ações
RESERVAS DE CAPITAL
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES:
• No caso de ações sem valor nominal, o preço da emissão é fixado, na
constituição da companhia, pelos fundadores, e, no aumento de capital
mediante subscrição, pela assembleia geral ou pelo conselho de
administração.
• O preço de emissão pode ser fixado com parte destinada à formação de
reserva de capital (ágio na emissão de ações sem valor nominal).
• Uma vez fixada a importância destinada à formação do capital social, a
parcela restante do preço de emissão será utilizada na constituição de
reserva de capital.
• Se as ações da companhia não tem valor nominal, podemos dividir o
capital social pelo número de ações para saber o valor equivalente ao
nominal das ações.
26
RESERVAS DE CAPITAL
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES:
• Nos casos de conversão em ações de debêntures, é reserva de
capital a contribuição do subscritor de ações que ultrapassa o
valor nominal e a parte do preço de emissões das ações sem
valor nominal que ultrapassa a importância destinada à
formação de capital social.
• EX.: Um credor tem debêntures a receber no valor de R$ 1.100 e
aceita converter seu crédito em ações da companhia devedora,
no valor nominal de R$ 1.000.
• Na companhia, o lançamento da conversão é:
k
27
D – Debêntures a pagar (Passivo) 1.100
C – Capital Social (PL) 1.000
C – Reserva de Capital – Ágio (PL) 100
RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS:
• Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor
nominal, emitidos por sociedade anônimas de capital
fechado, e estranhos ao capital social (que é dividido
em ações).
• Conferem aos titulares direito de crédito eventual
contra a companhia, que consiste na participação dos
lucros anuais. Havendo lucro, os titulares de partes
beneficiárias podem exigir participação nele. Caso
contrário, nada têm que reclamar perante a
sociedade. São, portanto, credores eventuais.
28
RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS:
• As companhias abertas não podem emitir partes
beneficiárias.
• A participação atribuída às partes beneficiárias,
inclusive para formação de reserva para resgate, se
houver, não pode ultrapassar 10% dos lucros. O
resgate é a operação em que os títulos são
recomprados e retirados definitivamente de
circulação.
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RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS:
• O estatuto deve fixar o prazo de duração das partes beneficiárias
e, se estipular o resgate, criar reserva especial para esse fim.
• Apesar de a lei fazer menção a reserva de resgate, o correto é
instituir provisão para resgate, com essa destinação, visto que se
trata de obrigação de resgate.
• Se, todavia, for constituída reserva em lugar de provisão, ela será
enquadrada como Reserva Estatutária para Resgate de Partes
Beneficiárias – Reserva de Lucro.
• A lei das S/A admite que a “reversa” constituída como o produto
da venda de partes beneficiárias seja destinada ao resgate desses
títulos.
30
RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS:
• Só haverá lançamento se a alienação das partes
beneficiárias for onerosa, registrando-se como Reserva de
Capital todo o valor apurado (o produto da alienação). Se a
alienação se der a título gratuito, nenhum lançamento
deverá ser efetuado, pois, nessa hipótese, a companhia
nada receberá em contrapartida.
EXEMPLO:
• Na venda de partes beneficiárias no valor de R$ 10.000
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D – Caixa ou Banco conta movimento R$ 10.000
C – Reserva de Capital – Produto de alienação de PB R$ 10.000
RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE PARTES BENECICIÁRIAS:
• O estatuto pode prever a conversão de partes beneficiárias
em ações, mediante capitalização de reserva criada para
esse fim.
• Nesse caso, a contribuição do subscritor das ações que
ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão
de ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social será registrada como
Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações (em virtude
da conversão de partes beneficiárias.
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RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO:
• Bônus de subscrição são títulos negociáveis, emitidos por
sociedades anônimas, dentro do limite de aumento de
capital autorizado em estatuto (limite previsto para novas
subscrições), que conferem direito de subscrever ações do
capital social, mediante apresentação do título e pagamento
do preço de emissão de ações.
• Enquanto partes beneficiárias só podem ser emitidas por
sociedades de capital fixo ou autorizado, os bônus de
subscrição só podem ser emitidos por sociedades de capital
autorizado.
33RESERVAS DE CAPITAL
PRODUTO DA ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO:
• Só haverá lançamento se a alienação dos bônus de
subscrição for onerosa, registrando-se como reserva
de capital todo o valor apurado (o produto alienado).
• Se a alienação se der a título gratuito, não haverá
lançamento contábil.
• s
34
Venda de bônus de subscrição no valor total de 10.000:
D – Banco Conta Movimento
C – Reserva de Capital (Produto de alienação de B.S.) R$ 10.000
RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• As Reservas de Capital somente podem ser utilizadas
para:
1. Absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros
acumulados e as reservas de lucros;
2. Resgate, reembolso ou compra de ações;
3. Resgate de partes beneficiárias;
4. Incorporação ao capital social;
5. Pagamento de dividendo a ações preferenciais,
quando essa vantagem lhes for assegurada.
35
RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• Em se tratando de S.A., não pode haver saldo na conta
Lucros Acumulados no balanço, o que inviabiliza a
compensação de prejuízo do exercício com lucros
acumulados de exercícios anteriores.
• Em consequência, o prejuízo do exercício será
obrigatoriamente absorvido pelas Reservas de Lucros, entre
as quais a última a ser utilizada é a Reserva Legal.
• Na hipótese de o prejuízo consumir todas as reservas de
lucros, podem ser utilizadas reservas de capital.
• TRATA-SE DE UMA FACULDADE.
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RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• Se uma Cia., durando o exercício, apurasse um prejuízo de 550 e, antes da
compensação, apresentasse o seguinte patrimônio líquido:
• O uso da Reserva de Capital, registrada na conta Ágio na emissão de
ações, ocorreria da seguinte forma:
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Capital Social 1.000
Ágio na emissão de ações 100
Reserva Legal 150
Reservas Estatutárias 320
TOTAL DO PL 1.570
D – Reservas Estatutárias 320
D – Reserva Legal 150
D – Ágio na emissão de ações 80
C – Resultado do exercício 550
Capital Social 1.000
Ágio na emissão de ações 20
TOTAL DO PL 1.020
RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• O estatuto ou a assembleia geral extraordinária podem autorizar
a aplicação de lucros ou reservas no resgate de ações, que
consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las
definitivamente de circulação, com redução ou não do capital
social.
• Reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos na lei, a
companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da
assembleia geral o valor de suas ações.
• O resgate de partes beneficiárias consiste na recompra de títulos
dessa espécie que a companhia tenha emitido.
38
RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• Por exemplo, quando da alienação das partes beneficiárias, o valor
apurado é lançado como reserva de capital:
• Posteriormente, é criada provisão para resgate, baixando-se a conta de
reserva de capital:
• Quando do pagamento pelos títulos das partes beneficiárias:
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D – Banco conta movimento
C – Reserva de capital – Produto de alienação de P.B. (PL)
D – Reserva de capital – Produto de alienação de P.B. (PL)
C – Provisão para Resgate de Partes Beneficiárias (PC ou PNC)
D – Provisão para Resgate de Partes Beneficiárias (PC ou PNC)
C – Banco conta movimento
RESERVAS DE CAPITAL
UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL:
• O estatuto pode conferir às ações preferenciais, com prioridade
na distribuição de dividendo, o direito de recebê-lo, no exercício
em que o lucro for insuficiente, à conta de reservas de capital.
• Dividendo cumulativo é aquele que, não podendo ser pago no
exercício, por não ter sido apurado lucro ou por dificuldades
financeiras, é somado aos dividendos posteriores para
pagamento de forma acumulada, quando a situação da
companhia permitir.
40
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVAS DE CAPITAL EXTINTAS:
• O Prêmio na Emissão de Debêntures deixou de ser reserva de capital.
O tratamento adequado é classificá-lo como Receita Diferida (PNC),
para ser apropriado como receita, segundo o regime de competência,
na mesma base que são apropriados os juros (despesas) das
debêntures.
• Doações e Subvenções para Investimentos também não podem ser
registradas como Reserva de Capital. Caso não haja condição ou
contrapartida a ser cumprida, as doações e subvenções integram o
resultado, como receitas. Caso haja alguma condição ou
contrapartida, de início deve ser contabilizada no PNC para posterior
reconhecimento no resultado.
• Ressalta-se que os saldos existentes dessas duas contas como Reservas
de Capital devem ser mantidos até a sua total utilização.
41
RESERVAS DE CAPITAL
ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL:
• A Lei das S/A nada dispõe a respeito da classificação da conta
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC).
• Sobre este assunto, existe a Resolução do CFC, nº 1.159/2009,
dispõe:
42
68. Esse grupo não tratado especificadamente pelas alterações trazidas pela Lei nº
11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009; todavia, devem ser à luz do princípio da
essência sobre a forma classificados no Patrimônio Líquido das entidades.
69. Os AFAC realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser
registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de Capital Social. Caso haja
qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo Não
Circulante.
PARA EXERCITAR
Marque V ou F:
9. CESPE ( ) Todas as contas de reserva de capital devem ser
constituídas ou aumentadas com contrapartidas em contas de
resultado.
10. FCC ( ) O ágio na emissão de ações é reconhecido no
patrimônio líquido, aumentando a conta Capital Social.
11. CESPE( ) No caso de conversão em ações de debêntures ou
partes beneficiárias, são registradas em contas classificadas
como reserva de capital a contribuição do subscritor de ações
que ultrapassar o valor nominal, bem como a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a
importância destinada à formação do capital social.
43
PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
12. CESGRANRIO. Quando se deseja registrar o valor
excedente entre o preço de subscrição e o valor
nominal das ações, que os acionistas pagam à
companhia, tal valor deve ser registrado em conta de:
a) Capital social.
b) Capital subscrito.
c) Reserva de capital.
d) Reserva de incentivos fiscais.
e) Ajustes de avaliação patrimonial.
44
PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
13. ESAF. Na conversão de debêntures em ações, as parcelas que
ultrapassem o valor nominal da ação deverão ser registrados como:
a) Reserva de lucros que poderão amortizar prejuízos futuros ou ser
distribuídas aos sócios no exercício social em que não forem apurados
lucros.
b) Reserva de lucros que poderá ser distribuída aos sócios, no próprio
exercício.
c) Reservas de Capital.
d) Reserva de lucros destinada, obrigatoriamente, a amortizar prejuízos.
e) Receitas não operacionais do exercício.
45
PARA EXERCITAR
Marque V ou F:
14. ESAF ( ) Partes beneficiárias são títulos negociáveis
sem valor nominal e estranhos ao capital social que
podem ser criados pela sociedade anônima em
qualquer tempo. O único direito que o detentor
desses títulos tem é a participação nos lucros, que
não poderá ser superior a quinze por cento do lucro
apurado.
15. ESAF ( ) A reserva constituída com o produto da
venda de partes beneficiárias poderá ser destinada
ao resgate desses títulos.
46
PARA EXERCITAR
Marque V ou F:
16. CESPE ( ) A forma de contabilização da reserva de capital
prêmio na emissão de debêntures foi modificada com as
modificações introduzidas na contabilidade das sociedades por
ações.
17. CESPE ( ) As reservas de resgates de partes beneficiárias
constituem uma provisão passiva, e sua constituição
proporciona um débito no resultado do período e um crédito
no passivo exigível.
18. CESPE ( ) De acordo com a legislação societária, na
formalização do aumento de capital de uma companhia, o
adiantamento de capital correspondente será baixado,
mediante lançamento a débito, creditando-se o capital social.
47
PARA EXERCITARMarque a alternativa correta:
19. FCC. A partir de 1º de janeiro de 2008, de acordo com as
novas normas brasileiras de contabilidade, o prêmio
recebido na emissão de debêntures passou a ser
contabilizado, na data do fato contábil, como:
a) Receita diferida a apropriar.
b) Reserva de capital.
c) Receita de aplicações financeiras.
d) Resultado positivo da equivalência patrimonial.
e) Receita de juros no próprio exercício da emissão da
debênture.
48
PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
20. FCC. A empresa de capital aberto Health S/A, no decorrer do exercício de 2010, registra em suas
contas os seguintes valores:
Com base nos dados acima, estão de acordo com as normas societárias APENAS os lançamentos:
a) I e V.
b) I, II, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) I e III.
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I Despesas diferidas R$ 80.000
II Ativo Diferido R$ 100.000
III Duplicatas Descontadas R$ 200.000
IV Reserva de Capital – Prêmio recebido na emissão de debêntures R$ 200.000
V Reserva de Capital – Doações e Subvenções R$ 230.000
PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
21. FCC. Como resultado do processo de convergência das normas brasileiras de
contabilidade às internacionais:
a) Houve criação do ativo intangível, cujas contas não podem ser amortizadas.
b) Houve substituição da obrigatoriedade da elaboração da DFC pela DOAR para as
sociedades por ações.
c) Todos os elementos do ativo decorrentes de operações de curto prazo passaram a
ser ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.
d) As contrapartidas do recebimento de doações e subvenções governamentais para
investimento deixaram de ser contabilizadas como reserva de capital.
e) Houve proibição da constituição de reservas de reavaliação a partir de 1º de janeiro
de 2008, sendo que os saldos existentes nas reversas constituídas até essa data
deveriam ser obrigatoriamente estornadas até 31-12-2008.
50
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
• A Lei nº 11.638/07 estabeleceu a obrigação de ajustar, nas
hipóteses expressamente previstas na legislação, o valor dos ativos
e passivos a valor justo, para mais ou para menos.
• A contrapartida desses ajustes é registrada numa conta de
patrimônio líquido denominada Ajustes de Avaliação Patrimonial,
que pode ter saldo devedor (negativo) ou credor (positivo).
• Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime
de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência
da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos na Lei das S/A ou
em normas expedidas pela CVM.
51
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
• Hipótese de aplicação dos ajustes de avaliação
patrimonial é a do valor justo de aplicações em
instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de crédito, classificados no ativo
circulante ou no não circulante realizável a LP, quando se
tratar de aplicações disponíveis para venda:
D – Instrumentos financeiros – Disponíveis para venda (AC/ANC)
C – Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL)
• Se a avaliação for negativa:
D – Ajustes de avaliação patrimonial
C – Instrumentos financeiros – Disponíveis para venda
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AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
• Os ajustes de avaliação patrimonial devem ser
apropriados no resultado à medida que os ativos
e passivos a eles vinculados sejam realizados, de
acordo com o regime de competência.
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RESERVA DE REAVALIAÇÃO (EXTINTA)
• A Lei nº 11.638/2007 extinguiu, como efeitos a partir de
1º de janeiro de 2008, a reserva de reavaliação e em seu
lugar criou os ajustes de avaliação patrimonial.
• Os saldos atualmente existentes nas reservas de
reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva
realização, caso não tenham sido estornados até o final de
2008.
• Por contrariar o princípio do registro pelo valor original, o
procedimento de reavaliação sempre foi criticado no
Brasil, além de não ser aceito nos principais mercados
mundiais.
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PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
22. FCC. Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de
Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são
evidenciados no BP, respectivamente, como:
a) Ativo circulante e Intangível
b) Imobilizado e Patrimônio Líquido
c) Intangível e Passivo Não Circulante
d) Realizável a Longo Prazo e Passivo Circulante
e) Diferido e Intangível
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PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
23. FCC. A empresa Alfa, sociedade anônima de capital aberto, possui 30% de
participação no capital social de uma empresa coligada (empresa Gama).
Durante o exercício financeiro de X1, a investida obteve lucro líquido de R$
100.000, distribuiu dividendos no valor de R$ 20.000 e teve o saldo da conta
Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado em R$ 10.000. Em decorrência
deste investimento, a empresa Alfa, em X1:
a) Manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
b) Teve variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à
empresa Gama de R$ 24.000.
c) Reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 30.000.
d) Teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000.
e) Reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000.
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PARA EXERCITAR
Marque V ou F:
24. CESPE ( ) A conta de ajuste de avaliação patrimonial tem
características idênticas às de reservas; por conseguinte, o
saldo dos ajustes de avaliação patrimonial deve ser
considerado no cálculo do limite referente à proporção das
reservas de lucro em relação ao capital.
25. FCC ( ) Como resultado do processo de convergência
das normas brasileiras de contabilidade às internacionais:
Houve a proibição da constituição de reservas de reavaliação a
partir de 1º de janeiro de 2008, sendo que os saldos existentes
nas reservas constituídas até essa data deveriam
obrigatoriamente ser estornadas até 31/12/2008.
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PARA EXERCITAR
Marque V ou F:
26. FCC ( ) Em relação às novas normas brasileiras de contabilidade,
introduzidas pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, com a proibição da
constituição de reservas de reavaliação pela Lei nº 11.638/2007, as entidades
que tivessem saldo dessas reservas foram obrigadas a estorná-las, tendo
como contrapartida a conta Lucros e Prejuízos Acumulados.
27. CESPE ( ) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da
avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem do ativo.
Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como reserva de
reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido.
28. CESPE ( ) A partir da Lei nº 11.638/07 e dos pronunciamentos do
CPC, mudanças foram introduzidas na contabilidade das sociedades de
capital aberto, sociedades de capital fechado e sociedades limitadas. Com
respeito a essas mudanças, foi proibido o procedimento contábil de reavaliar
itens, inclusive para algumas sociedades limitadas.
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PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
29. FCC. De acordo com as Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, que introduziram
modificações na estrutura do balanço patrimonial das pessoas jurídicas,
a) O ativo diferido passou a ser composto apenas pelos gastos com desenvolvimento
de produtos cuja viabilidade econômica possa ser comprovada, sendo os demais
itens estornados contra o resultado.
b) O grupo de resultado de exercícios foi extinto e o saldo de suas contas foi
transferido para o PL como ajuste de avaliação patrimonial.
c) A constituição de reservas de reavaliação foi proibida a partir de 1º de janeiro de
2008, porém foi permitido que as constituídas até 31/12/2007 pudessem ser
mantidas até sua total realização ou estornadas até 31/12/2008.
d) O recebimento de prêmios na emissão de debêntures passou a ser classificado
como reserva e capital.
e) O grupo ativo permanente passou a incluir o recém-criado ativo intangível.
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PARA EXERCITAR
Marque a alternativa correta:
30. FCC. De acordo com as novas normas contábeis brasileiras aplicáveis às
demonstrações financeiras,
a) O ativo permanente permanece naestrutura do balanço patrimonial, mas como
subgrupo do ativo não circulante.
b) O recebimento de prêmio na emissão de debêntures, bem como de doações e
subvenções para investimento, devem ser contabilizados como reservas de capital.
c) O ativo diferido foi extinto e, em consequência, todos os valores nele classificados
foram baixados tendo como contrapartida uma conta de resultado.
d) O grupo de resultado de exercícios futuros foi extinto e o saldo de suas contas foi
transferido para o grupo do patrimônio líquido.
e) Com a proibição da constituição de reservas de reavaliação pela Lei nº 11.638/2007,
as entidades que tivessem saldo dessas reservas puderam optar entre mantê-las até
sua total realização ou estorná-las ate o final do exercício de 2008.
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BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades
por Ações. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm> Acesso em: 07
jan. 2015.
FERREIRA, Ricardo José. Contabilidade Básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Ed.
Ferreira, 2014.
_____. Contabilidade Avançada. 7. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2014.
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, R. R.; SANTOS, A. Manual de
contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as
normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
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REFERÊNCIAS
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