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Cárie Profa. Luana E. Bomfin Patologia bucal I • doenças infecto-contagiosas são as doenças causadas por um agente biológico como por exemplo vírus, bactérias ou parasitas. Doenças contagiosas são doenças transmissíveis, por contacto direto ou indireto com indivíduos infectados. Streptotococcus mutans Lactobacilos sp Actinomyces sp Carboidrato (açúcar) Saliva – fluxo tampão Dente – Anatomia Imunidade Genetica Tríade de Keyes (1960) TEMPO Newbrun (1978) Tríade de Keyes (1960) TEMPO IDADE SAÚDE GERAL GRAU DE INSTRUÇÃO NÍVEL SOCIOECONOMICO FLUORETOS EXPERIÊNCIA ANTERIOR GRUPO EPIDEMIOLÓGICO VARIÁVEIS DE COMPORTAMENTO Freitas (2001), Baelum e Fejerskov (2003) Estreptococos Lactobacilos Actinomyces S. mutans S. sobrinus S. sanguinis L. casei L.fermetum L.plantuarum L.oris A. israelis A. naslundi Krasse (1985)) Estreptococos Krasse (1985)) Capacidade de sintetizar polissacarídeos, (biofilme) Formam ácidos por meio da fermentação de carboidratos, (<PH) Colonizam superfícies dentárias Possuem alto potencial acidúrico (ambiente ácido) Krasse (1985)) Lactobacilos - Bactérias gram-positivas , - Altamente acidogênicas. - Presentes quando existe frequente ingestao de carboidratos Actinomyces Krasse (1985)) - Relacionados com lesoes cariosas radiculares - Raramente induzem caries em esmalte -Lesoes de progressao mais lenta que os outros BIOFILME Comunidade bacteriana, metabolicamente integrada, que se adere a uma superfície, viva ou inerte, mole ou dura. A formação do biofilme dental constitui o primeiro passo para o estabelecimento dos m.o. patogênicos da cavidade bucal. Krasse (1985) Krasse (1985)) DENTE - Áreas de retenção de placa - Mal formação do esmalte - Mal posicionamento -Anatomia Krasse (1985) SALIVA Constituída em sua maioria por água (99,4%) Componentes inorgânicos (Ca+2, PO4 -3, F-) Presença de anticorpos Ig A que age sobre bactérias Componentes orgânicos – proteínas PAPEL PROTETOR: - Diluição e lavagem dos acucares da dieta diaria - Neutralização e tamponamento dos acidos do biofilme - Provisão de ions para o processo remineralizador Krasse (1985)) SALIVA Drogas sialopressoras Doenças auto-imunes Síndrome de Sjogren Diabetes Desnutrição Mudanças hormonais Pacientes em tratamento de radioterapia Krasse (1985)) IDADE Dente recém- irrompido: é mais poroso e susceptível a reter placa bacteriana Possuem superfície oclusal bastante irregular que também favorece a retenção de placa bacteriana Krasse (1985)) NÍVEL SOCIO-ECONÔMICO Acesso a informação e tratamento Krasse (1985)) ATIVIDADE PROFISSIONAL Nivel de estresse Diminuição do fluxo salivar A superfície do esmalte não é totalmente lisa apresentando algumas ondulações minúsculas e inúmeros “poros” que se comunicam com os espaços intercristalinos do esmalte e conferindo a este tecido certa permeabilidade. Aspecto macroscópico (clínico) da cárie de esmalte • Alteração de cor – Branco a leitoso: superfície lisa – Castanho escuro: fóssulas e físsuras • Alteração de superfície – Com cavidade – Sem cavidade • Modos de penetração – Cáries em fóssulas e fissuras: cavidade maior – Cáries em superfícies lisas: cavidade menor • Prismas de esmalte Aspecto microscópico do esmalte • Prismas de esmalte Aspecto microscópico do esmalte • Estrias de Retzius: • linhas de crescimento aposicional do esmalte. Aspecto microscópico do esmalte • Pode haver existência ou não de cavidade, • Evidenciação das estrias de Retzius, • A cárie se estende em padrão triangular com base voltada para a superfície, Aspecto microscópico da cárie de esmalte Carious lesion Dentin reaction to caries PORTO et al, 2008 A primeira manifestação clínica da cárie é uma área esbranquiçada não cavitada, conhecida como MANCHA BRANCA Ultra-estrutural Microscópica Visível clinicamente Formação de cavidade Destruição total Thylstrup; Fejerskov (1988) MANCHA BRANCA Zonas relativamente intacta Túneis que permitem a entrada de produtos bacterianos Apresenta porosidade entre 1- 5% É a área do esmalte mais resistente a ação dos ácidos Xavier, 2007. Thylstrup e Fejerskov, (1988), Porto et al (2008) Ocupa a maior parte da lesão de esmalte Desmineralização mais rápida com maior solubilidade dos cristais e porosidade. Apresenta porosidade entre 10- 25% ou até mais. Resultado de episódios de DES-RE dentro da lesão Apresenta porosidade em torno de 2 a 4%. Xavier, 2007. Zona mais profunda da lesão e representa a frente de avanço no lado interno. Apresenta porosidade em torno de 1% Xavier, 2007. Possui um complexo sistema túbulo-canaliculos que confere uma considerável permeabilidade Mineral; 70% Orgânica; 20% Água; 10% * Principal constituinte da estrutura dentária Aspecto macroscópico (clínico) da cárie de dentina • Evolução, cor, consistência e incidência – Aguda: branco-amarelada, mole e descamativa, jovens – Crônica: escura, marrom, dura e não descamativa, adultos • Modo de penetração: cônica – Superfície lisa: maior em superfície, menor em profundidade – Fóssulas e fissuras: menor em superfície, maior em profundidade Aspecto microscópico da dentina • Estrutura acelular, • Apresenta apenas prolongamentos dos odontoblastos (células que produzem a dentina) que estão dentro de túbulos dentinários que percorrem a dentina desde a polpa até a junção amelodentinária, • Principal componente orgânico: colágeno, Aspecto microscópico da dentina Aspecto microscópico da dentina Deslocamento centrípeto dos odontoblastos/túbulos dentinários Adaptado de Pereira et al. (2004) Limite Amelodentinário 10.000/mm2 Região Média 20.000 a 30.000/mm2 Próxima à polpa 50.000/mm2 Adaptado de Pereira et al. (2004) Tubulos dentinários Mondelli (1998) Dentina peritubular Dentina intertubular Terciária Mondelli (1998) Primária Sendo que apenas as duas primeiras são formadas mediante estímulos fisiológicos Secundária Esclerótica Tipos de dentina Mondelli (1998) Formada durante o desenvolvimento do dente Adaptado de Pereira et al. (2004) Primária Mondelli (1998) Adaptado de Pereira et al. (2004) Secundária Formada após o completo desenvolvimento do dente Estímulos de baixa intensidade Túbulos dentinários se tornam irregulares Dentina secundária • Início: após a formação da raiz e continua durante toda a vida útil da polpa dental; • Processo mais lento; • Forma uma dentina com menos túbulos, geralmente irregulares e menos mineralizada. • Ocorre com mais intensidade no teto e no assoalho da câmara pulpar. Dentina terciária • Geralmente atubular, • É formada em áreas localizadas, em resposta a estímulos externos ou irritação; • Estímulos: processo carioso, atrição dental, preparo cavitário etc.; Dentina esclerótica • Obliteração dos túbulos dentinários por deposição mineral; • Formação: a) crescimento da dentina peritubular; e/ou b) precipitação de minerais dentro dos túbulos; • Estímulos: envelhecimento, processo carioso, atrição etc.; • Efeitos: reduz a permeabilidade dentinária e a quantidade de água, formando uma barreira física à entrada de microorganismos. Dentina terciaria Dentina normal Dentina esclerotica Dentina secundária Cárie em dentina Lesão cavitada de dentina – aspecto microscópico A) ZONA DE DESTRUIÇÃO OU NECROTICA – Massa de dentina necrotica (altamente povoada por bacterias), matriz colagena totalmente destruida. B) ZONA DE DESMINERALIZAÇÂO AVANCADA OU SUPERFICIAL – Destruição parcial da matriz colágena C) ZONA DE INVASÃO BACTERIANA – Porção dentinaria que durante a progressao da lesao é alcancada pelas bacterias Lesão cavitada D) ZONA DE DESMINERALIZAÇÃO OU PROFUNDA – Porcao mais superficial da dentina esclerotica que apresenta perda de mineral. Mais amolecida que a dentina sadia, mas não tem sua matriz organica degradada. E) ZONA DE ESCLEROSE - Deposito de mineriais no interior do tubulo com a finalidade de conter a invasao bacteriana. F) ZONA DENTINA TERCIARIA. Deposito situado no limite pulpo-dentinario, como resposta do complexo dentinopulpar à prograssao da lesao. IDENTIFICAÇÃO CLÍNICA DAS ZONAS CARIADAS EM DENTINA DENTINA INFECTADA DENTINA AFETADA - Consistência mole - Aspecto umido - Cor amarela-marrom - Desmineralização irreversivel - Alta concentração de M.O. - Apresenta estrutura alterada - Dureza parcialmente mantida - 0.1% de bacterias da zona infectada
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