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Sobre o Estado Moderno, descreva as seguintes concepções dos contratualistas sobre o Estado Moderno:

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Questões
No contexto apresentado na reportagem sobre o Estado Moderno, descreva as seguintes concepções dos contratualistas sobre o Estado Moderno:
1. Papel o cotidiano da sociedade moderna com o posicionamento político de Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
	Existem alguns pontos comuns entre todos os autores. Todos eles procuram demonstrar como seria o estado de natureza de um indivíduo pré-sociedade, assim como quais seriam os motivos que os levaram a pactuar um conjunto de regras para a formação de um Estado, que a partir das dadas perspectivas de cada autor teria um motivo e uma forma de intervenção diferente na vida do indivíduo. De acordo com cada teoria podemos observar de que forma se dá o exercício da soberania e da liberdade para cada autor, o que impactado diretamente de acordo com o exercício natural do indivíduo e a delimitação da atuação estatal na vida deste. O exercício da soberania para Hobbes se dá através da transmissão total de direitos naturais do povo para o Estado, que se personifica na figura do soberano, o que inclusive justificava vários regimes absolutistas no século XVII, tornando a soberania plena e indivisível nas mãos do soberano, o que favorecia um estado extremamente interventor e limitador de liberdades individuais. Por outro lado, para John Locke não haveria a transmissão dos direitos naturais para o Estado, mas a cessão temporária dos direitos naturais para que o povo fosse representado por terceiros e que os mesmo atingissem a liberdade fazendo suas próprias leis (no estado de sociedade) através de uma democracia indireta. Para ele o Estado funcionaria basicamente dotado de um poder polícia com um intuito de proporcionar a liberdade individual. A soberania nesse caso se daria de forma indireta por representantes. Já para Rousseau jamais haveria uma transmissão ou cessão de direitos naturais do povo para o Estado, pois a democracia iria se dar de forma direta, buscando uma vontade geral, que por sempre buscar o certo seria sempre justa. A soberania no caso de Rousseau seria por esse motivo inalienável, pois seria exercida de forma direta, assim como indivisível, pois não haveria separação de poderes, pois isso fragmentaria a vontade geral, guiada por esta como a expressão do “certo” seria ela também infalível e absoluta. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/63999/thomas-hobbes-john-locke-e-jean-jacques-rousseau-leviata-dois-tratados-sobre-o-governo-o-contrato-social. Acesso em: 02 mai. 2021.
2. Importância da propriedade privada no Estado Moderno, segundo Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
	Tanto para Locke quanto para Hobbes há um estado de natureza que somente será regulamentado pelo contrato social que cria o estado civil. John Locke e Thomas Hobbes divergem quanto à caracterização do estado de natureza. Para Locke, a propriedade privada já havia no estado de natureza e era um direito natural do ser humano. Já para Hobbes, a propriedade privada foi criada pelo estado civil, a partir do contrato social. Para John Locke, o contrato social é um pacto de consentimento em que os indivíduos delegam ao estado civil o direito de governa-los. Já para Hobbes, o contrato social é um pacto de submissão, pois os indivíduos se submetem ao poder do Estado para que este os proteja da violência. Para Locke assim como para Rousseau a propriedade surge com o trabalho, mas para este é exatamente a propriedade que gera a desigualdade entre os homens. Enquanto para Locke a propriedade é um direito natural, para Rousseau, assim como Hobbes ela é um direito civil. Rousseau entende a formação da sociedade como uma iniciativa empreendida pelos ricos para manter seus inimigos sob sua vigilância simulando igualdade No estado de natureza o homem não possui a liberdade convencional, ele obedece ao instinto. A instituição da propriedade privada seria o marco do fim da liberdade natural encontrada no estado de natureza. Quando o homem cercou um terreno e definiu o que seria somente seu, ele é coibido a pensar em necessidades que não possuía. A coletividade sufocaria as qualidades naturais e despertaria paixões e vícios, que empobreciam e infelicitavam a vida em sociedade. Seria então um estado de guerra generalizada. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd186/estado-em-hobbes-locke-e-rousseau.htm. Acesso em: 02 mai. 2021.
3. Papel do Indivíduo no Estado Moderno, segundo Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.      
	Através do contrato social o indivíduo transfere direitos naturais para que eles sejam convertidos em direitos civis, suas ações, antes guiadas por instintos passam a ser orientadas por leis civis. Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte. Por sua parte, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a propriedade privada. Rousseau entende a formação da sociedade como uma iniciativa empreendida pelos ricos para manter seus inimigos sob sua vigilância simulando igualdade. No estado de natureza o homem não possui a liberdade convencional, ele obedece ao instinto.          
HOBBES: os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado. Um homem só se impõe a outro homem pela força; a posse de algum objeto não pode ser dividida ou compartilhada. Num primeiro momento, quando se dá a disputa, a competição e a obtenção de algum bem, a força é usada para conquistar. Não sendo suficiente, já que nada lhe garante assegurar o bom usufruto do bem, o conquistador utiliza-se da força para manter este bem.
LOCKE: cada indivíduo poderia fazer o papel de juiz e aplicar a pena que considerasse justa ao infrator. Sendo um dos principais motivos das pessoas buscarem entrar num Estado Civil. Ao contrário de Hobbes, na teoria de Locke não haveria uma guerra generalizada. O ser humano tem direito sobre sua vida, liberdade e bens.
ROUSSEAU: Diferentemente de Locke e Hobbes, não acreditava que o estado de natureza seria uma etapa da história humana caracterizada por inconveniências que deveriam ser substituídas pela sociedade civil. Os machos e as fêmeas se encontrariam com fins reprodutivos e os filhos deixariam suas mães assim que estivessem aptos a se alimentarem por conta própria. Esse isolamento teria favorecido o surgimento de qualidades positivas ao homem natural, como a bondade, que é relacionada ao amor de si mesmo e a piedade.  Da mesma forma, o isolamento teria inibido aspectos negativos como a ânsia de poder e gloria, uma vez que estes dependem das opiniões alheias. Rousseau adiciona que essas características apenas fazem sentido para os que estabelecem algum tipo de relação social. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_natural. Acesso em: 02 mai. 2021.

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