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O Cristão e o Mundo Pós-Moderno


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O Cristão e o Mundo 
Pós-Moderno 
 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Ago/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 O cristão e o mundo pós-moderno 
 Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 
 54p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
 
 
3 
 
Quando o Cristianismo se rende ou se molda à 
cultura e à política, ou ele perde em vitalidade e 
piedade, ou então corre até mesmo o risco de 
ser extinto onde isto ocorre, especialmente se 
esta cultura e política contrariam os princípios 
bíblicos. Nestes 2.000 anos de sua história, isto 
já foi visto em várias épocas e localidades, e há 
uma tendência em todo o mundo Ocidental pós-
moderno, que já tem se verificado sobretudo na 
Europa, como há também no próprio EUA e 
Brasil, até então conservadores, uma migração 
para os mesmos padrões europeus. 
Dou graças a Deus porque se Ele não tivesse me 
direcionado a um lugar de refúgio, que posso 
chamar apropriadamente de época de refúgio, 
para achar abrigo entre os Puritanos, é bem 
provável que estaria desviado da Igreja Cristã 
neste momento, em face das muitas práticas 
que já vinham sendo adotadas e aceitas como 
válidas e normais por influência dos primeiros 
sinais do movimento pós-modernista que estava 
invadindo a própria Igreja, de modo a estar 
vigorando em várias congregações do mundo o 
que é chamado de movimento evangélico pós-
moderno. 
Fala-se de pós-modernismo como se fosse algo 
que tivesse surgido espontaneamente na virada 
4 
 
do século, e não como algo que foi produzido 
intencionalmente por poderosos com 
influência direta sobre governantes e a mídia 
oficial, para obtenção do efeito principal de 
descontruir principalmente o Cristianismo no 
mundo Ocidental. 
Para justificar o citado movimento, são usadas 
citações retiradas fora de contexto em que 
foram pronunciadas, como por exemplo a de 
John Wesley “que a cultura de um povo é o 
caminho usado por Deus para chegar ao coração 
deles.” No entanto, Wesley jamais aprovou tudo 
o que há de ilícito ou imoral nas diversas 
culturas. Sua fala aplica-se ao que é lícito e 
condizente não com o nosso próprio modelo 
cultural, nem mesmo com o que há na Bíblia 
sobretudo o relativo à cultura judaica, mas com 
a verdade absoluta e objetiva conforme esta se 
encontra revelada na Bíblia. 
James Hudson Taylor, para ganhar os chineses, 
viveu como se fosse um deles, usando seus 
trajes típicos e imitando-os em outros aspectos 
culturais. Mas isto não significa que ele tivesse 
se rendido ao que fosse pecaminoso entre eles. 
O apóstolo Paulo, viveu do mesmo modo, não na 
contramão daqueles com quem ele se 
5 
 
relacionava, no intuito de alcançar o maior 
número possível para Cristo. 
“19 Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo 
de todos, a fim de ganhar o maior número 
possível. 
20 Procedi, para com os judeus, como judeu, a 
fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob 
o regime da lei, como se eu mesmo assim 
vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, 
embora não esteja eu debaixo da lei. 
21 Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não 
estando sem lei para com Deus, mas debaixo da 
lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do 
regime da lei. 
22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de 
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, 
com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. 
23 Tudo faço por causa do evangelho, com o fim 
de me tornar cooperador com ele.” (I Coríntios 
9.19-23). 
É muito tênue a linha divisória que nos separa 
de um viver aprovado no mundo, e um viver 
amando o mundo, sendo este segundo, 
completamente reprovado por Deus. 
6 
 
“15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no 
mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai 
não está nele; 
16 porque tudo que há no mundo, a 
concupiscência da carne, a concupiscência dos 
olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, 
mas procede do mundo. 
17 Ora, o mundo passa, bem como a sua 
concupiscência; aquele, porém, que faz a 
vontade de Deus permanece eternamente.” (I 
João 2.15-17). 
Muitos crentes da pós-modernidade, em nome 
de se mostrarem em consonância com os vieses 
políticos predominantes no mundo ocidental, 
não respaldados na Bíblia, mas na ação de 
Illuminatis e Socialistas, e outros de mesma 
orientação que têm em vista desconstruir o 
Cristianismo, o evangelho e todo o modo 
conservador de vida respaldado na Bíblia, estão 
equivocados pensando que a política de 
esquerda é a que mais se aproxima do Sermão 
do Monte, em razão do cuidado manifestado em 
relação aos pobres e proteção de todas as 
minorias. Ainda que isto fosse verdadeiro, e não 
um artifício político para se acessar ao Poder, 
não é verdadeiro, no entanto, quanto à verdade 
e ao espírito ensinados por Jesus no Sermão do 
7 
 
Monte, que descreve as características 
essenciais do cidadão do Reino de Deus. O 
Sermão do Monte não consta de um catálogo de 
leis, mas se alguém deseja assim considerá-lo, 
deve restringir seus mandamentos àqueles que 
são participantes do reino dos céus, cuja pátria 
não é deste mundo, pois aspiram a uma pátria 
melhor que procede do céu. Uma pessoa que 
não tenha nascido de novo do Espírito, jamais 
conseguiria entender e praticar o que consta do 
citado Sermão em Mateus, capítulos 5 a 7. 
Jesus estabeleceu uma linha divisória bastante 
clara entre o Reino de Deus e os reinos deste 
mundo, de maneira que é um grande erro tentar 
conciliar a ambos. Muitos crentes, por não 
entenderem isto, esforçam-se para manifestar o 
reino de justiça divino por meio do esforço 
político. 
“36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste 
mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os 
meus ministros se empenhariam por mim, para 
que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora 
o meu reino não é daqui. 
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? 
Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para 
isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar 
8 
 
testemunho da verdade. Todo aquele que é da 
verdade ouve a minha voz.” (João 18.36,37). 
“42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, 
disse-lhes: Sabeis que os que são considerados 
governadores dos povos têm-nos sob seu 
domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem 
autoridade. 
43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, 
quem quiser tornar-se grande entre vós, será 
esse o que vos sirva; 
44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será 
servo de todos. 
45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para 
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em 
resgate por muitos.” (Marcos 10.42-45). 
Quando nos afastamos do texto bíblico, e 
começamos a nos render a movimentos e 
influências da hora, que sempre são mutáveis e 
passageiras, ficamos à mercê destas influências 
ressecantes da genuína espiritualidade, e não 
raro seremos achados vazios e desprovidos de 
uma real comunhão com Deus. 
Não foi sem razão que a Josué foi ordenado 
meditar dia e noite no livro da Lei de Moisés, 
9 
 
para que pudesse prosperar em fazer a vontade 
de Deus, em tudo o que lhe havia ordenado. 
A insinuação dirigida por Satanás a Eva: “foi 
assim que Deus disse?”, com a intenção real de 
dizer: “não é possível que ele tenha dito isto ou 
para ser entendido deste modo.” E logo em 
diante, uma vez aceita a dúvida, vem a sugestão 
para a desobediência do preceito divino, como 
se fosse a melhor coisa a ser feita na ocasião, é o 
mesmo que tem sucedido no mundo pós-
moderno, em que a exata Palavra de Deus vem 
sendo substituída por ensinos de homens e de 
demônios. 
“1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos 
últimos tempos, alguns apostatarão da fé, porobedecerem a espíritos enganadores e a ensinos 
de demônios, 
2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que 
têm cauterizada a própria consciência,” (I 
Timóteo 4.1,2). 
Este espírito é muito próprio àqueles que são 
descritos pelo apóstolo Paulo que estariam 
vivendo no tempo do fim: 
“1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, 
sobrevirão tempos difíceis, 
10 
 
2 pois os homens serão egoístas, avarentos, 
jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, 
desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, 
3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem 
domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 
4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos 
dos prazeres que amigos de Deus, 
5 tendo forma de piedade, negando-lhe, 
entretanto, o poder. Foge também destes.” (II 
Timóteo 3.1-5). 
É desse espírito corrompido, deste estado ruim 
da alma, que Jesus veio nos libertar, para 
vivermos em vidas transformadas pelo poder 
regenerador e renovador do Espírito Santo. 
Reduzir o pensamento do que se deve viver para 
o agrado de Deus, ao simples apoio político a 
governantes que condenem o aborto, ou o 
casamento de pessoas do mesmo sexo ou 
quaisquer outras pautas ditas conservadoras, é 
muito pouco, ou melhor, não atinge o alvo 
proposto por Deus para que tenhamos vidas 
inteiramente santas. 
“21 julgai todas as coisas, retende o que é bom; 
22 abstende-vos de toda forma de mal. 
11 
 
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; 
e o vosso espírito, alma e corpo sejam 
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda 
de nosso Senhor Jesus Cristo. 
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” 
(I Tessalonicenses 5.21-24). 
Sem um crescimento na graça e no 
conhecimento de Jesus Cristo, não é possível se 
viver de modo agradável a Deus. 
“17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais 
de antemão, acautelai-vos; não suceda que, 
arrastados pelo erro desses insubordinados, 
descaiais da vossa própria firmeza; 
18 antes, crescei na graça e no conhecimento de 
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja 
a glória, tanto agora como no dia eterno.” (II 
Pedro 3.17,18). 
Os que são sábios segundo o mundo, mas não 
segundo Deus, deste dias do pós-modernismo 
têm colocado na berlinda a importância e a 
inerrância da Bíblia, para que justifiquem seu 
comportamento carnal e mundano, pela 
negação de determinadas passagens bíblicas 
que afirmam aquilo que não é do agrado de si 
12 
 
mesmos ou daqueles outros mundanos que eles 
querem também justificar e agradar. 
Mas, não há espaço para tal comportamento na 
ordenança divina, e isto, em todas as páginas do 
livro inspirado, pois, santidade ao Senhor é o seu 
comando central, e isto não pode ser alcançado 
sem autonegação, o carregar diário da cruz, e 
seguir os passos de Jesus, no que tange às Suas 
virtudes e caráter. 
Não foi deixado à escolha do homem se deve ou 
não obedecer a Deus, pois todos terão que 
comparecer diante dEle em Seu Tribunal para a 
devida prestação de contas. 
Daí, serem até mesmo para a própria Igreja, 
muito graves e solenes as advertências que 
Jesus dirige especialmente às Igrejas do tempo 
do fim, nos capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse, 
nos quais a palavra de ordem mais constante é: 
“arrepende-te”, ou seja, mude o teu 
comportamento, pela transformação e 
renovação da tua mente, segundo a prática da 
minha Palavra. 
E a todos aqueles que não negarem o nome do 
Senhor, nem a Sua Palavra revelada, são 
dirigidos elogios e boas promessas de bem-
aventurança. 
13 
 
Apocalipse – 2 
1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas 
diz aquele que conserva na mão direita as sete 
estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros 
de ouro: 
2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como 
a tua perseverança, e que não podes suportar 
homens maus, e que puseste à prova os que a si 
mesmos se declaram apóstolos e não são, e os 
achaste mentirosos; 
3 e tens perseverança, e suportaste provas por 
causa do meu nome, e não te deixaste 
esmorecer. 
4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu 
primeiro amor. 
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te 
e volta à prática das primeiras obras; e, se não, 
venho a ti e moverei do seu lugar o teu 
candeeiro, caso não te arrependas. 
6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras 
dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 
7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às 
igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/apocalipse/ap-capitulo-2/
14 
 
da árvore da vida que se encontra no paraíso de 
Deus. 
8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas 
coisas diz o primeiro e o último, que esteve 
morto e tornou a viver: 
9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas 
tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se 
declaram judeus e não são, sendo, antes, 
sinagoga de Satanás. 
10 Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis 
que o diabo está para lançar em prisão alguns 
dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis 
tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-
te-ei a coroa da vida. 
11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá 
dano da segunda morte. 
12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas 
coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois 
gumes: 
13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o 
trono de Satanás, e que conservas o meu nome 
e não negaste a minha fé, ainda nos dias de 
Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi 
morto entre vós, onde Satanás habita. 
15 
 
14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois 
que tens aí os que sustentam a doutrina de 
Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar 
ciladas diante dos filhos de Israel para comerem 
coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a 
prostituição. 
15 Outrossim, também tu tens os que da mesma 
forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. 
16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti 
sem demora e contra eles pelejarei com a 
espada da minha boca. 
17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná 
escondido, bem como lhe darei uma pedrinha 
branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome 
novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele 
que o recebe. 
18 Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Estas 
coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos 
como chama de fogo e os pés semelhantes ao 
bronze polido: 
19 Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o 
teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas 
obras, mais numerosas do que as primeiras. 
16 
 
20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa 
mulher, Jezabel, que a si mesma se declara 
profetisa, não somente ensine, mas ainda 
seduza os meus servos a praticarem a 
prostituição e a comerem coisas sacrificadas 
aos ídolos. 
21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, 
todavia, não quer arrepender-se da sua 
prostituição. 
22 Eis que a prostro de cama, bem como em 
grande tribulação os que com ela adulteram, 
caso não se arrependam das obras que ela incita. 
23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas 
conhecerão que eu sou aquele que sonda 
mentes e corações, e vos darei a cada um 
segundo as vossas obras. 
24 Digo, todavia, a vós outros, os demais de 
Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina 
e que não conheceram, como eles dizem, as 
coisas profundas de Satanás: Outra carga não 
jogarei sobre vós; 
25 tão-somente conservai o que tendes, até que 
eu venha. 
17 
 
26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as 
minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as 
nações, 
27 e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a 
pedaços como se fossem objetos de barro; 
28 assim como também eu recebi de meu Pai, 
dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. 
29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
às igrejas. 
Apocalipse – 3 
1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas 
coisas diz aquele quetem os sete Espíritos de 
Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, 
que tens nome de que vives e estás morto. 
2 Sê vigilante e consolida o resto que estava para 
morrer, porque não tenho achado íntegras as 
tuas obras na presença do meu Deus. 
3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e 
ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se 
não vigiares, virei como ladrão, e não 
conhecerás de modo algum em que hora virei 
contra ti. 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/apocalipse/ap-capitulo-3/
18 
 
4 Tens, contudo, em Sardes, umas poucas 
pessoas que não contaminaram as suas 
vestiduras e andarão de branco junto comigo, 
pois são dignas. 
5 O vencedor será assim vestido de vestiduras 
brancas, e de modo nenhum apagarei o seu 
nome do Livro da Vida; pelo contrário, 
confessarei o seu nome diante de meu Pai e 
diante dos seus anjos. 
6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às 
igrejas. 
7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas 
coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem 
a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e 
que fecha, e ninguém abrirá: 
8 Conheço as tuas obras – eis que tenho posto 
diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém 
pode fechar – que tens pouca força, entretanto, 
guardaste a minha palavra e não negaste o meu 
nome. 
9 Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de 
Satanás, desses que a si mesmos se declaram 
judeus e não são, mas mentem, eis que os farei 
vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu 
te amei. 
19 
 
10 Porque guardaste a palavra da minha 
perseverança, também eu te guardarei da hora 
da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, 
para experimentar os que habitam sobre a terra. 
11 Venho sem demora. Conserva o que tens, para 
que ninguém tome a tua coroa. 
12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do 
meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também 
sobre ele o nome do meu Deus, o nome da 
cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que 
desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o 
meu novo nome. 
13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
às igrejas. 
14 Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas 
coisas diz o Amém, a testemunha fiel e 
verdadeira, o princípio da criação de Deus: 
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem 
quente. Quem dera fosses frio ou quente! 
16 Assim, porque és morno e nem és quente 
nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha 
boca; 
20 
 
17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso 
de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, 
sim, miserável, pobre, cego e nu. 
18 Aconselho-te que de mim compres ouro 
refinado pelo fogo para te enriqueceres, 
vestiduras brancas para te vestires, a fim de que 
não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e 
colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. 
19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, 
pois, zeloso e arrepende-te. 
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir 
a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa 
e cearei com ele, e ele, comigo. 
21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no 
meu trono, assim como também eu venci e me 
sentei com meu Pai no seu trono. 
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz 
às igrejas. 
Quem abandonar o caminho da verdade, que é 
estreito e apertado, para buscar um atalho que 
lhe seja confortável e carnalmente conveniente, 
o fará por sua própria conta e risco, para uma 
condenação que é certa. 
21 
 
Como predito na Palavra, os anticristos e falsos 
profetas têm abundado em todas as partes do 
mundo, e suas palavras persuasivas e suaves, ao 
traficarem com as promessas de Deus, à custa 
da perversão da Palavra revelada, devem ser 
decididamente rejeitadas, para que não 
percamos a nossa coroa ou venhamos a decair 
da graça. 
“11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, 
outros para profetas, outros para evangelistas e 
outros para pastores e mestres, 
12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos 
para o desempenho do seu serviço, para a 
edificação do corpo de Cristo, 
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do 
pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita 
varonilidade, à medida da estatura da plenitude 
de Cristo, 
14 para que não mais sejamos como meninos, 
agitados de um lado para outro e levados ao 
redor por todo vento de doutrina, pela 
artimanha dos homens, pela astúcia com que 
induzem ao erro. 
22 
 
15 Mas, seguindo a verdade em amor, 
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, 
Cristo, 
16 de quem todo o corpo, bem ajustado e 
consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo 
a justa cooperação de cada parte, efetua o seu 
próprio aumento para a edificação de si mesmo 
em amor. 
17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que 
não mais andeis como também andam os 
gentios, na vaidade dos seus próprios 
pensamentos, 
18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida 
de Deus por causa da ignorância em que vivem, 
pela dureza do seu coração, 
19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se 
entregaram à dissolução para, com avidez, 
cometerem toda sorte de impureza. 
20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, 
21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes 
instruídos, segundo é a verdade em Jesus, 
22 no sentido de que, quanto ao trato passado, 
vos despojeis do velho homem, que se corrompe 
segundo as concupiscências do engano, 
23 
 
23 e vos renoveis no espírito do vosso 
entendimento, 
24 e vos revistais do novo homem, criado 
segundo Deus, em justiça e retidão procedentes 
da verdade. 
25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a 
verdade com o seu próximo, porque somos 
membros uns dos outros. 
26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol 
sobre a vossa ira, 
27 nem deis lugar ao diabo. 
28 Aquele que furtava não furte mais; antes, 
trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é 
bom, para que tenha com que acudir ao 
necessitado. 
29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra 
torpe, e sim unicamente a que for boa para 
edificação, conforme a necessidade, e, assim, 
transmita graça aos que ouvem. 
30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual 
fostes selados para o dia da redenção. 
31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e 
gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. 
24 
 
32 Antes, sede uns para com os outros benignos, 
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, 
como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” 
(Efésios 4.11-32). 
2 Pedro – 2 
1 Assim como, no meio do povo, surgiram falsos 
profetas, assim também haverá entre vós falsos 
mestres, os quais introduzirão, 
dissimuladamente, heresias destruidoras, até 
ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que 
os resgatou, trazendo sobre si mesmos 
repentina destruição. 
2 E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, 
por causa deles, será infamado o caminho da 
verdade; 
3 também, movidos por avareza, farão comércio 
de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo 
lavrado há longo tempo não tarda, e a sua 
destruição não dorme. 
4 Ora, se Deus não poupou anjos quando 
pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os 
entregou a abismos de trevas, reservando-os 
para juízo; 
5 e não poupou o mundo antigo, mas preservou 
a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/2-pedro/2pe-capitulo-2/
25 
 
quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de 
ímpios; 
6 e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e 
Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-
as posto como exemplo a quantos venham a 
viver impiamente; 
7 e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento 
libertino daqueles insubordinados 
8 (porque este justo, pelo que via e ouvia quando 
habitava entre eles, atormentava a sua alma 
justa, cada dia, por causa das obras iníquas 
daqueles), 
9 é porque o Senhor sabe livrar da provação os 
piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para 
o Dia de Juízo, 
10 especialmente aqueles que, seguindoa 
carne, andam em imundas paixões e 
menosprezam qualquer governo. Atrevidos, 
arrogantes, não temem difamar autoridades 
superiores, 
11 ao passo que anjos, embora maiores em força 
e poder, não proferem contra elas juízo 
infamante na presença do Senhor. 
26 
 
12 Esses, todavia, como brutos irracionais, 
naturalmente feitos para presa e destruição, 
falando mal daquilo em que são ignorantes, na 
sua destruição também hão de ser destruídos, 
13 recebendo injustiça por salário da injustiça 
que praticam. Considerando como prazer a sua 
luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e 
deformidades, eles se regalam nas suas próprias 
mistificações, enquanto banqueteiam junto 
convosco; 
14 tendo os olhos cheios de adultério e 
insaciáveis no pecado, engodando almas 
inconstantes, tendo coração exercitado na 
avareza, filhos malditos; 
15 abandonando o reto caminho, se extraviaram, 
seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, 
que amou o prêmio da injustiça 
16 (recebeu, porém, castigo da sua transgressão, 
a saber, um mudo animal de carga, falando com 
voz humana, refreou a insensatez do profeta). 
17 Esses tais são como fonte sem água, como 
névoas impelidas por temporal. Para eles está 
reservada a negridão das trevas; 
18 porquanto, proferindo palavras jactanciosas 
de vaidade, engodam com paixões carnais, por 
27 
 
suas libertinagens, aqueles que estavam prestes 
a fugir dos que andam no erro, 
19 prometendo-lhes liberdade, quando eles 
mesmos são escravos da corrupção, pois aquele 
que é vencido fica escravo do vencedor. 
20 Portanto, se, depois de terem escapado das 
contaminações do mundo mediante o 
conhecimento do Senhor e Salvador Jesus 
Cristo, se deixam enredar de novo e são 
vencidos, tornou-se o seu último estado pior 
que o primeiro. 
21 Pois melhor lhes fora nunca tivessem 
conhecido o caminho da justiça do que, após 
conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do 
santo mandamento que lhes fora dado. 
22 Com eles aconteceu o que diz certo adágio 
verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; 
e: A porca lavada voltou a revolver-se no 
lamaçal. 
A palavra dos apóstolos são as mesmas palavras 
de Jesus. O que foi acrescido ao ensino deles foi 
por orientação e inspiração do Espírito Santo, 
conforme o próprio Jesus havia prometido que 
seria feito assim que o Espírito lhes fosse 
enviado. 
28 
 
Suas palavras devem ser rejeitadas porque são 
palavras que foram proferidas há cerca de dois 
mil anos? Devem ser rejeitadas nestes dias pós-
modernos, porque eles eram fundamentalistas, 
que pareciam reduzir todas as questões 
complexas a uma resposta simples, como a que 
permeia todo o Novo Testamento: “Cristo em 
vós a esperança da glória”? A fé em Cristo, para 
que Ele viva em nos, responde a todas as nossas 
necessidades? Ou devemos avançar para 
posicionamentos mais condizentes com a 
corrente do mundo? 
Nunca foi a intenção de Cristo ganhar o mundo 
inteiro, e nem tampouco agradar a todos. Ele 
mesmo disse que veio trazer uma espada 
divisória, pois desde então haveria aqueles que 
são por Ele e os que são contra Ele. Esta ideia 
missiológica pós-moderna de criar uma Igreja 
agradável aos mundanos para atraí-los para ela, 
não tem respaldo na vontade de Deus, e por 
conseguinte, em toda a Bíblia. 
Há eleição, e isto define o nosso campo de ação. 
Paulo fazia tudo por causa dos eleitos, e não por 
causa de todos. 
O próprio Jesus, em sua oração sacerdotal, 
deixou muito claro que não estava intercedendo 
pela santificação do mundo inteiro, mas por 
29 
 
aqueles que lhe haviam sido dados por eleição, 
pelo Pai. 
João – 17 
1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os 
olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; 
glorifica a teu Filho, para que o Filho te 
glorifique a ti, 
2 assim como lhe conferiste autoridade sobre 
toda a carne, a fim de que ele conceda a vida 
eterna a todos os que lhe deste. 
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o 
único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem 
enviaste. 
4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra 
que me confiaste para fazer; 
5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, 
com a glória que eu tive junto de ti, antes que 
houvesse mundo. 
6 Manifestei o teu nome aos homens que me 
deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e 
eles têm guardado a tua palavra. 
7 Agora, eles reconhecem que todas as coisas 
que me tens dado provêm de ti; 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/joao/joao-capitulo-17/
30 
 
8 porque eu lhes tenho transmitido as palavras 
que me deste, e eles as receberam, e 
verdadeiramente conheceram que saí de ti, e 
creram que tu me enviaste. 
9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, 
mas por aqueles que me deste, porque são teus; 
10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas 
coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. 
11 Já não estou no mundo, mas eles continuam 
no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. 
Pai santo, guarda-os em teu nome, que me 
deste, para que eles sejam um, assim como nós. 
12 Quando eu estava com eles, guardava-os no 
teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum 
deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para 
que se cumprisse a Escritura. 
13 Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no 
mundo para que eles tenham o meu gozo 
completo em si mesmos. 
14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo 
os odiou, porque eles não são do mundo, como 
também eu não sou. 
15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os 
guardes do mal. 
31 
 
16 Eles não são do mundo, como também eu não 
sou. 
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a 
verdade. 
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, 
também eu os enviei ao mundo. 
19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, 
para que eles também sejam santificados na 
verdade. 
20 Não rogo somente por estes, mas também 
por aqueles que vierem a crer em mim, por 
intermédio da sua palavra; 
21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó 
Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em 
nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 
22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me 
tens dado, para que sejam um, como nós o 
somos; 
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam 
aperfeiçoados na unidade, para que o mundo 
conheça que tu me enviaste e os amaste, como 
também amaste a mim. 
32 
 
24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, 
estejam também comigo os que me deste, para 
que vejam a minha glória que me conferiste, 
porque me amaste antes da fundação do mundo. 
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, 
porém, te conheci, e também estes 
compreenderam que tu me enviaste. 
26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o 
farei conhecer, a fim de que o amor com que me 
amaste esteja neles, e eu neles esteja. 
Quando este contato permanente com a Palavra 
de Deus é perdido ou reduzido, em prol de se 
seguir as correntes da moda, ainda que sejam 
ditadas pela própria Igreja, devemos vigiar, orar 
e agir no sentido de buscarmos a verdade para o 
bem de nossa própria alma, especialmente 
nestes dias difíceis que são chegados a todos 
nós. 
É muito fácil para aqueles que não andam 
debaixo do temor do Senhor, e não são 
santificados pela Palavra, formularem os meios 
mais mirabolantes e impressionantes em seus 
planos de evangelização, mas se o que eles 
buscam não é a glória de Deus por conversões 
realizadas por se ouvir a pregação da Palavra, 
então seus esforços são bom para nada, senão 
33 
 
para ampliar ainda mais a apostasia 
presentemente em curso. 
“Romanos – 10 
1 Irmãos, a boa vontade do meu coração e a 
minha súplica a Deus a favor deles são para que 
sejam salvos. 
2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm 
zelo por Deus, porém não com entendimento. 
3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e 
procurando estabelecer a sua própria, não se 
sujeitaram à que vem de Deus.4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de 
todo aquele que crê. 
5 Ora, Moisés escreveu que o homem que 
praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela. 
6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não 
perguntes em teu coração: Quem subirá ao 
céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; 
7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para 
levantar Cristo dentre os mortos. 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/romanos/rm-capitulo-10/
34 
 
8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na 
tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé 
que pregamos. 
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como 
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o 
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 
10 Porque com o coração se crê para justiça e 
com a boca se confessa a respeito da salvação. 
11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que 
nele crê não será confundido. 
12 Pois não há distinção entre judeu e grego, 
uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico 
para com todos os que o invocam. 
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do 
Senhor será salvo. 
14 Como, porém, invocarão aquele em quem 
não creram? E como crerão naquele de quem 
nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem 
pregue? 
15 E como pregarão, se não forem enviados? 
Como está escrito: Quão formosos são os pés dos 
que anunciam coisas boas! 
35 
 
16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; 
pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa 
pregação? 
17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, 
pela palavra de Cristo.” (Romanos 1.10-17). 
Se a pregação do evangelho perdesse o 
escândalo que ele é para os judeus, e a loucura 
que é para os gregos, por um ajuste da 
mensagem ao gosto dos pecadores, todos os 
mártires que defenderam e deram suas vidas 
por amor à verdade divina, teriam sofrido em 
vão, pois poderiam ter sido mais prudentes e 
sábios como muitos dos cristãos deste chamado 
período pós-moderno, que conforme já 
dissemos, consiste numa invenção de ímpios 
para propósitos escusos e enganosos sob a 
cobertura de palavras atraentes como 
iluminismo, socialismo, progressismo, 
politicamente correto etc. 
Quem busca agradar o mundo não pode agradar 
a Deus. 
“4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do 
mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que 
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo 
de Deus. 
36 
 
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É 
com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele 
fez habitar em nós? 
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus 
resiste aos soberbos, mas dá graça aos 
humildes. 
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao 
diabo, e ele fugirá de vós. 
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós 
outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que 
sois de ânimo dobre, limpai o coração. 
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o 
vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em 
tristeza. 
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele 
vos exaltará.” (Tiago 4.4-10). 
A arrogância dos homens dos nossos dias, que 
têm virado as costas para Deus e para a Sua 
Palavra, depois de terem conhecido a verdade, 
por terem amado o engano e a mentira de que 
Ele não existe e que a Sua Palavra impede o 
progresso da humanidade, tem sido visitada 
pelo juízo divino, por ter permitido que 
permaneçam nesta condição, porque o Senhor 
os entregou a si mesmos, e não tem enviado a 
37 
 
eles o Seu Espírito para que encontrem lugar 
para o arrependimento que conduz à vida, e este 
abandono será seguido por um repentino juízo 
de destruição que lhes sobrevirá com a volta de 
Jesus Cristo para condenar o mundo de ímpios. 
“1 Irmãos, relativamente aos tempos e às 
épocas, não há necessidade de que eu vos 
escreva; 
2 pois vós mesmos estais inteirados com 
precisão de que o Dia do Senhor vem como 
ladrão de noite. 
3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis 
que lhes sobrevirá repentina destruição, como 
vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e 
de nenhum modo escaparão.” (I 
Tessalonicenses 5.1-3). 
Para sua orientação, compare todas estas 
verdades bíblicas destacadas anteriormente, 
com as citações que extraímos do livro História 
da Igreja, Vol II, de autoria de John D. 
Woodbridge e Frank A. James III, que tratam 
das mudanças havidas no evangelicalismo neste 
período pós-moderno. 
38 
 
IV. O MOVIMENTO EVANGÉLICO PÓS-
MODERNO A. Mudança de um paradigma 
cultural 
Com o início do terceiro milênio, criou-se um 
amplo consenso de que o mundo ocidental 
estava em meio a uma mudança de paradigma 
cultural, da modernidade para a era pós-
moderna. Os primeiros sinais perceptíveis dessa 
mudança cultural surgiram na esteira da 
Guerra do Vietnã e no surgimento de um 
descontentamento social e político com os 
valores tradicionais. Embora o termo pós-
moderno tenha sido utilizado pela primeira vez 
para descrever um novo estilo de arquitetura, 
ele logo encontrou reconhecimento em 
círculos intelectuais como a melhor descrição 
possível para um fenômeno cultural mais 
amplo. 
Em meio a muita controvérsia acadêmica sobre 
sua definição, não existe um consenso sobre um 
ponto: esse fenômeno cultural é marcado por 
uma rejeição da visão de mundo universal. Em 
seu âmago, a configuração mental do pós-
modernismo duvida de uma explicação única, 
ordenada e racional para o conceito de verdade. 
É isso que o filósofo Jean-François Lyotard 
(1924-1998) quer dizer quando fala de 
“incredulidade em relação à metanarrativa”. 
39 
 
O MOVIMENTO EVANGÉLICO AMERICANO 
CONTEMPORÂNEO - MUDANÇAS E AVANÇOS 
(SÉCULOS 20 E 21) 
Principais teóricos do movimento, Jacques 
Derrida (1930-2004), Michel Foucault (1926-
1984) e Richard Rorty (1931-2007) refletem 
sobre o que veio a ser o lema central da filosofia 
pós-moderna: ο abandono da busca de uma 
visão de mundo unificada (metanarrativa). O 
mundo pós-moderno não tem um centro, mas 
sim diferentes perspectivas. 
Cristãos pós-modernos estão dispostos, ao 
contrário de muitos evangélicos tradicionais, a 
envolver-se na pós-modernidade a fim de 
determinar se podem legitimamente se 
apropriar de alguns de seus insights. Tem 
havido um interesse particular na obra de 
pensadores pós-liberais como Hans Frei, 
George Lindbeck e Stanley Hauerwas. As 
contribuições de Lesslie Newbigin e Alasdair 
Maclntire também se mostraram de alta 
importância. 
O trabalho mais controverso dos principais pós-
modernistas seculares, embora estudados, 
mostra-se pouco relevante para os evangélicos 
pós-modernos, na medida em que não é possível 
acompanhar o pensamento dos pós-
40 
 
modernistas seculares de negar a existência de 
uma verdade final. A maioria desses cristãos 
afirma os princípios centrais da fé, mas eles são 
bastante céticos em relação às interpretações 
atualmente aceitas acerca da verdade proferida 
pela igreja tradicional. Por exemplo, o fato 
histórico de que muitos evangélicos 
americanos do século 18 acreditavam que a 
Bíblia sancionasse a posse de escravos africanos 
criou uma percepção profunda da 
impossibilidade de se distanciar totalmente do 
próprio meio cultural. 
Os cristãos pós-modernos são cautelosos em 
suas demonstrações socialmente construídas 
sobre Deus e fé. Eles não negam nem a verdade 
absoluta nem a identificação da verdade em 
Jesus, nem mesmo que a Bíblia diga a verdade. 
No entanto, eles são cautelosos em relação à 
suposição de que a verdade divina pode ser 
capturada em sistemas proposicionais finitos. 
Com base nessa “epistemologia restritiva”, 
afirmam que evangelho não se presta apenas a 
ser afirmado intelectualmente, mas a ser 
incorporado. Em termos gerais, os cristãos pós-
modernos acreditam que os pós-modernistas 
seculares identificaram corretamente as 
perguntas, mesmo que não tenham conseguido 
produzir determinadas respostas. 
41 
 
O novo paradigma cultural do pós-modernismo 
implica que muitosdesses evangélicos não 
estariam mais dispostos a pensar nos termos da 
disputa modernista-fundamentalista ou a dar-
lhe uma função de controle na sua perspectiva 
teológica. Eles rejeitam tanto o modernismo 
quanto o fundamentalismo, argumentando que 
ambos derivam dos mesmos pressupostos 
racionalistas. Essas pessoas são cautelosas, mas 
dispostas a enfrentar o novo mundo do pós-
modernismo - o qual veem como um campo 
virgem que precisa ser semeado pelos 
evangélicos. Evangélicos pós-modernos 
praticam, assim, atitudes bem diferentes em 
relação a valores anteriormente incontestáveis 
guardados por evangélicos americanos 
tradicionais. 
B. Política pós-conservadora 
A expressão evangélico pós-conservador foi 
cunhada pela primeira vez pelo teólogo batista 
Roger E. Olson no ano de 1995, para descrever o 
que ele viu como um novo estado de espírito 
emergente entre alguns teólogos evangélicos. 
Olson foi cuidadoso ao não descrevê-lo como 
um movimento formal com uma mensagem 
unificada. Pelo contrário, tratava-se de uma 
afiliação frágil entre evangélicos descontentes 
que estavam alarmados por haverem percebido 
42 
 
uma mudança na direção do fundamentalismo 
do início do século 20. 
Muitos desses pós-conservadores veem a si 
mesmos como evangélicos, tanto do ponto de 
vista sociológico como teológico, e não têm a 
intenção de descartar essa alcunha. Eles 
conscientemente abraçaram as quatro 
características padrão do movimento 
evangélico do quadrilátero de Bebbington: 
biblicismo, conversionismo, crucicentricismo e 
evangelismo. Em um nível mais básico, os 
evangélicos pós-conservadores acreditam que o 
movimento evangélico moderno americano 
tem sido assediado por líderes que são 
realmente fundamentalistas disfarçados de 
evangélicos, oferecendo respostas simplistas 
para questões complexas e que apresentam 
uma propensão a defender o status quo político. 
Evangélicos pós-conservadores tornaram-se 
cada vez mais desencantados com a direção 
social e política do segmento predominante do 
movimento evangélico. Desde os anos 1970, o 
movimento evangélico americano alinhou-se 
muitas vezes com a política de direita. Um dos 
primeiros patrocinadores desse ressurgimento 
político foi o pregador batista fundamentalista 
Jerry Falwell, que chamou a atenção da mídia 
quando formou a Maioria Moral em 1979 para 
43 
 
unir os cristãos conservadores em apoio, no ano 
de 1980, à candidatura de Ronald Reagan para a 
presidência dos EUA. 
Igualmente importante foi o tele-evangelista 
conservador Pat Robertson, que, na verdade, 
concorreu à presidência em 1988 e, em seguida, 
usou sua máquina de campanha para criar um 
esforço de mobilização de eleitores chamado A 
Coalizão Cristã. Robertson e seu colega Ralph 
Reed exerciam influência política considerável 
entre os cristãos através da distribuição de guias 
de eleitor e pedindo apoio para candidatos 
políticos de direita. Tendo penetrado na esfera 
pública, os cristãos conservadores vieram a se 
identificar estreitamente com certas questões 
políticas: estratégias econômicas pró-negócios, 
defesa de governo central enxuto com alto 
poder militar e, especialmente, oposição a 
questões sociais como o aborto e a 
homossexualidade. 
Com o início do século 21, crescentes dúvidas 
sobre a política de direita começaram a corroer 
a confiança de muitos evangélicos mais jovens. 
Na esteira desses acontecimentos, um novo 
movimento evangélico mais politicamente 
progressista começou a surgir, com a 
característica de se posicionar de maneira 
44 
 
cética em relação aos pregadores de televisão e 
à direita política. 
A aliança evangélica mais antiga que se formou 
em torno da questão do aborto já não estava 
íntegra. Quando Pat Robertson manifestou seu 
apoio a um candidato presidencial (o prefeito 
Rudy Giuliani), em 2007, um apoiador de longa 
data do direito ao aborto, ficou claro que as 
velhas regras não estavam mais em vigência. 
Evangélicos conservadores ainda existem, mas 
determinadas questões não controlam mais o 
destino dos votos dos evangélicos. Em 2008, um 
surpreendente número de evangélicos votou a 
favor do candidato democrata Barack Obama. 
C. Justiça social e os evangelhos 
O século 21 também está testemunhando uma 
crescente preocupação entre os evangélicos 
mais jovens para a justiça social. Um dos fatos 
mais interessantes é a influência exercida pelo 
músico irlandês Bono Vox (Paul David Hewson), 
que liderou um esforço global bem-sucedido 
para reduzir a dívida do Terceiro Mundo e 
proporcionar soluções econômicas em grande 
escala para os países africanos mais pobres. De 
certa maneira é surpreendente saber que os 
esforços humanitários de Bono são baseadas em 
sua fé cristã. Há muito tempo existem líderes 
45 
 
evangélicos progressistas, como Jim Wallis e 
Ron Sider, que defendem questões sociais, tais 
como cuidar dos pobres, proteger os direitos das 
mulheres, atuar contra a exploração sexual, 
facilitar a imigração, buscar a cura das infecções 
por HIV/AIDS e opor-se à pena de morte, mas 
nenhum teve um perfil mais popular ou mais 
influência do que Bono. 
Os cristãos pós-modernos adquiriram um 
interesse especial pela luta contra o abuso de 
direitos humanos. Por exemplo, a International 
Justice Mission (IJM) é uma organização 
baseada na fé que opera em países de todo o 
mundo com o objetivo de combater a exploração 
sexual de crianças, a escravidão, o cárcere 
privado, a brutalidade da polícia e a apropriação 
ilegal de propriedades rurais. Muitas outras 
organizações cristãs e igrejas assumiram a 
defesa dos pobres e dos marginalizados em todo 
o mundo e fazem isso sem levar em conta 
afiliação religiosa. 
Críticos temem que a preocupação com a justiça 
social seja um renascimento do Movimento 
Evangelho Social de Walter Rauschenbusch (do 
século 20), mas, para a maioria das pessoas, 
essas críticas têm passado despercebidas. 
Diferentemente de se engajar no libera- lismo 
protestante de Rauschenbusch, os evangélicos 
46 
 
pós-modernos sentem-se revivendo ativamente 
o evangelho, talvez até com maior consistência 
do que os seus antepassados. Abandonando a 
dicotomia esquerda-direita, eles acreditam que 
Jesus exemplifica uma generosa ortodoxia 
unida a uma generosa ortopráxis. 
D. Eclesiologia em evolução 
Evangélicos pós-modernos não se veem como 
um movimento da igreja convencional ou até 
mesmo pertencente à tradição teológica em 
sentido estrito, mas, em vez disso, preferem 
definir-se como uma rede aberta de parceiros 
de diálogo que pretendem renovar a abordagem 
à natureza e ao significado da fé cristã no mundo 
pós-moderno. O compromisso central deles é 
envolver-se nessas discussões dinâmicas com 
total liberdade e honestidade. Embora não 
tenham necessariamente uma postura anti-
igreja, os evangélicos emergentes estão 
preparados e talvez até mesmo predispostos a 
redefinir a natureza da igreja. 
O elemento de descrição comum a essa ligação 
aberta entre os evangélicos é o movimento da 
igreja emergente. “Igrejas emergentes” é um 
termo que se refere a um movimento mais 
amplo dentro do movimento evangélico. Em seu 
livro Emerging Churches: Creating Christian 
47 
 
Community in Postmodern Cultures, Eddie 
Gibbs e Ryan Bolger definem igrejas 
emergentes simplesmente como 
“comunidades que praticam o caminho de Jesus 
dentro das culturas pós-modernas”. 
Uma das expressões marcantes do movimento 
das igrejas emergentes é a vila emergente, uma 
câmara de compensação on-line dedicada a 
apoiar comunidades e facilitar o diálogo sobre o 
que significa ser cristão em um mundo pós-
moderno. A vila emergente é constituída por 
grupos de todo o mundo conectados através da 
Internet. Eventos anuais, blogs, podcasts e 
publicações compreendem as suas principais 
atividades. Na sua essência, a vila emergente se 
define como uma redesocial caracterizada por 
uma “amizade crescente e prolífica”. Embora 
não haja um porta-voz oficial para a igreja 
emergente ou para a vila emergente, líderes 
como Tony Jones e Brian McLaren são 
reconhecidos como vozes representativas. 
Essas comunidades emergentes consistem na 
maioria das vezes em igrejas domésticas 
independentes, sem qualquer filiação 
denominacional ou declaração doutrinária 
além das primeiras declarações cristãs, como o 
Credo dos Apóstolos. Eles tendem a encarar a 
Igreja primitiva como um modelo e a enfatizar 
48 
 
noções cristãs fundamentais, como ministério 
aos outros, imitação de Cristo e comunhão. Não 
existem indicadores definitivos quanto às 
dimensões desse movimento, mas o 
pesquisador George Barna estimou que possa 
haver até cinco milhões de pessoas que se 
enquadram nessa categoria. 
Existem muitas motivações, das mais diversas, 
mas em geral, pode-se observar que a maioria 
está frustrada com a Igreja tradicional e seus 
pressupostos orientadores; essas pessoas 
parecem que manifestam uma maior 
consciência a respeito de justiça social; elas 
demonstram uma atitude mais tolerante para 
com os não cristãos; e, ainda, abraçam uma 
perspectiva missionária. 
V. CRENTES PÓS-EVANGÉLICOS 
Com o desenrolar do século 21, um segmento 
crescente de evangélicos pós-modernos torna-
se profundamente desencantado com sua 
própria herança. Desvios morais frequentes de 
proeminentes líderes evangélicos, opiniões 
político-partidárias, consumismo, 
interpretações restritivas da Bíblia, misoginia, 
insensibilidade cultural e retórica 
antihomossexual levaram alguns evangélicos 
desanimados a abandonar essa denominação 
49 
 
inteiramente. A designação “pós- -evangélica” 
não se refere a qualquer entidade particular; é 
mais uma percepção de sensibilidade ou de 
humor. Muitos dos desencantados acreditam 
que o movimento evangélico americano, de 
fato, afastou--se dos ensinamentos de Jesus, por 
isso, decidiram se desvincular, formalmente ou 
em espírito, do movimento evangélico 
tradicional. 
O pensamento pós-evangélico tem muito a ver 
com a observação feita pelo historiador Mark 
Noll de que “(...) muito do que é fundamental 
para o movimento evangélico norte-americano 
não é essencial para o Cristianismo”. Foi esse 
reconhecimento que levou muitos cristãos pós-
modernos a abandonarem o movimento 
evangélico americano, mas não a Jesus. 
Cristãos pós-evangélicos mantêm as convicções 
quando se trata de falar de sua conversão a 
Cristo, mas são pós-evangélicos quando o 
assunto é o que eles julgam ser os ditames 
culturalmente definidos pelo movimento 
evangélico norte-americano. Eles são suspeitos 
de produzir afirmações bíblicas fora de contexto 
e especialmente de usar essa técnica como 
estratégia contra pontos de vista políticos ou 
sociais de que os evangélicos podem discordar. 
Citar versículos da Bíblia contra o aborto e o 
50 
 
casamento entre o mesmo sexo ou mesmo em 
apoio a uma ação militar estrangeira ou em 
favor de posições políticas de direita soa, para os 
pós-evangélicos, como um abuso da Escritura e 
uma depreciação absoluta em relação à 
complexidade da Bíblia, bem como um 
desrespeito à ética do Sermão da Montanha. 
Refletindo algum elemento de sua cultura pós-
moderna, os pós- -evangélicos tendem a evitar 
alegações a respeito de certezas teológicas 
sobre assuntos periféricos ao evangelho e 
depreciam a tendência evangélica de rotular 
aqueles de quem divergem teologicamente 
como incrédulos. Esse grupo tem absoluta 
confiança no fato de que Jesus é o seu Salvador 
pessoal, mas não estão convencidos de que se 
possa ter certeza apodíctica sobre todos os 
assuntos. Tais pessoas estão dolorosamente 
conscientes de uma longa tradição de cristãos 
que possuíam convicção absoluta sobre um 
assunto em particular, mas que, 
posteriormente, descobriu-se, em perspectiva, 
estarem errados. Os pós-evangélicos 
argumentam que os cristãos estavam errados 
nas Cruzadas; que estavam errados sobre a 
escravidão; e que talvez também estivessem 
errados em relação a questões contemporâneas 
como a homossexualidade. 
51 
 
Como resultado, essa sensibilidade pós-
evangélica é, de certa forma, suspeita de utilizar 
a teologia sistemática, devido à variedade 
estonteante de certezas teológicas concorrente 
sendo admitidas. Eles não necessariamente 
rejeitam a teologia como uma forma de diálogo 
ilimitada a respeito de Deus. 
O que é particularmente preocupante no caso 
dos pós-evangélicos é a sua tendência de 
concluir que aqueles com os quais discordam 
estão além dos limites da salvação ou que, no 
mínimo, devem ser excluídos da sua 
comunidade. Eles veem essa tendência como 
um legado separatista do fundamentalismo, 
pelo qual os católicos romanos e os cristãos 
ortodoxos eram segregados e classificados de 
incrédulos ou, na pior das hipóteses, vistos com 
desconfiança. 
As preocupações dos pós-evangélicos quanto a 
uma mentalidade separatista são, talvez, mais 
gritantes em relação à homossexualidade. Em 
1994, a homossexualidade veio à tona nos mais 
altos escalões da comunidade evangélica com a 
revelação de que o reverendo Mel White era 
gay. Durante o auge do movimento neo-
evangélico, dos anos 1960 aos anos 1980, Mel 
White foi colega e ghostwriter de líderes, como: 
Jerry Falwell, Pat Robertson e Billy Graham. A 
52 
 
auto- biografia de White, Stranger at the Gate: 
To Be Gay and Christian in America (1994), 
descreve seus esforços infrutíferos para curar 
sua homossexualidade, incluindo psicoterapia, 
tratamento eletroconvulsivo e exorcismo. 
Depois de uma tentativa malsucedida de 
suicídio, ele concluiu que era homossexual de 
acordo com o projeto de Deus. 
Tais histórias angustiantes, juntamente com 
uma crescente aceitação cultural da 
homossexualidade, foi gradualmente levando 
os pós-evangélicos a adotar uma atitude mais 
tolerante. Indicações recentes sugerem que, 
para a maior parte, sua tolerância se origina 
menos de convicção teológica do que de 
compaixão em geral e da experiência pessoal de 
ter amigos gays. A tolerância para os pós-
modernos não é exatamente o mesmo que 
endosso, mas sinaliza que o separatismo está 
desaparecendo e mostra também que há uma 
preferência decidida pelo diálogo em vez do 
desligamento. 
O que o futuro reserva para os evangélicos 
americanos e para os pós-evangélicos? Não há 
como prever. No entanto, há coincidências 
culturais intrigantes. A suspeita pós-moderna 
da sobrevalorização de teologia sistemática e a 
certeza quanto à existência de uma 
53 
 
metanarrativa - com preferência por diálogo, 
dei missio e envolvimento com questões sociais 
urgentes — são acompanhadas por um 
ressurgimento de jovens pastores 
conservadores e amplamente reformadores e 
semeadores de igrejas, que também abraçam a 
igreja como obra missionária e aceitam a 
urgência de justiça social. E demais esperar que, 
em vez de outro cisma dentro do movimento 
evangélico americano, cada lado abrace o 
melhor que o outro tem a oferecer e siga adiante 
lado a lado com seu semelhante? 
Até aqui as palavras do livro História da Igreja. 
À luz de tudo o que foi visto anteriormente só 
podemos chegar à conclusão de que o pós-
modernismo, diferentemente do modernismo, 
representa um retrocesso para a fé cristã, pois o 
modernismo que se iniciou depois da Idade 
Média e durou até fins do século XX 
representou um grande avanço para a expansão 
do evangelho nos mesmos moldes daquele que 
havia sido vivido na Igreja Primitiva, 
especialmente pelas influências da Reforma 
Protestante que se instalou a partir do início do 
modernismo. 
Hoje há uma grande tendência para se 
envergonhar perante o mundo pós-moderno, 
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do nome de Jesus e de Suas Palavras, de modo 
que os que o fazem se colocam debaixo da 
grande ameaça que Ele fez de negar também 
diantede Deus e dos anjos a todos aqueles que o 
fizessem. 
Quando alguém professa ser cristão, mas não 
confirma tudo o que Jesus diz na Bíblia, qual é o 
Jesus em que ele crê, senão naquele que foi 
criado pela sua própria imaginação, ou por 
sugestão da imaginação de outros? Não crer em 
Jesus tal como Ele é apresentado a nós na Bíblia, 
equivale a ser incrédulo, pois quando não se crê 
no que é verdadeiro, mas no que é falso, isto é 
também mais uma das formas de expressão da 
incredulidade, e o que não crê já está julgado, 
pois só é salvo aquele que crê no Jesus 
verdadeiro, e que por conseguinte é justificado 
do pecado, e regenerado e santificado pelo 
Espírito Santo.