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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
MARILENE BARRETO DA SILVA
ROSEANNY PINHEIRO DE CARVALHO DO ROSÁRIO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
MACAPÁ
2019
MARILENE BARRETO DA SILVA
ROSEANNY PINHEIRO DE CARVALHO DO ROSÁRIO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório apresentado como pré-requisito avaliativo na disciplina estágio supervisionado em Libras II sob a orientação da professora Pâmella Elaine Prestes da Cunha.
MACAPÁ
2019
RESUMO
A disciplina Estágio Supervisionado em Libras II do curso de Licenciatura em letras/libras da Universidade Federal do Amapá tem como objetivo a preparação do acadêmico enquanto futuro educador. O objetivo da visita à escola foi no primeiro momento discutir a importância da libras para a sociedade, mostrando as dificuldades encontradas pelas pessoas surdas dentro da instituição escolar, o estágio também teve como finalidade ensinar os conteúdos das disciplinas usando a Língua Brasileira de Sinais. Os autores que referendaram a produção deste relatório foram: SILVA (2000), VARGAS (2011), STROBEL e PERLIN (2009), SOUZA (2014), ARAÚJO, SILVA, SOUZA (2006), COSTA (2016), MENDES, FIGUEREDO, RIBEIRO (2015), METZ e PIENTA (2011), MIRANDA, FIGUEIREDO & LOBATO (2016), Constituição (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394/96.
Palavras-chave: Libras, Surdo, Ouvinte, Professores
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
1 A VISITA................................................................................................................6
1.1 O ESPAÇO VISITADO.......................................................................................7
2 A OBSERVAÇÃO..............................................................................................10
2.1 RELATO DA EXPERIÊNCIA............................................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................15
REFERÊNCIAS......................................................................................................17
ANEXOS................................................................................................................18
INTRODUÇÃO
LIBRAS é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por pessoas surdas para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes.
Silva (2000, p.11) esclarece que o ensino da Língua Brasileira de Sinais se constitui algo novo em algumas instituições públicas regulares e particulares como bancos, lojas, igrejas etc., e que muitos alunos desconhecem a Língua Brasileira de Sinais, devido ao déficit de ensino nessas instituições ou na própria Educação Especial.
             Vargas (2011, p.09) enfatiza que a sociedade está dando maior atenção e se organizando para o atendimento às pessoas com necessidades especiais por meio do cumprimento das leis (Const. Federal, 1988; LDB 9.394/96; Declaração de Salamanca, 1994) e regulamentações. Ressalta-se que a preocupação com as pessoas com deficiência ficou mais evidente após a aprovação da Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes em 1975, ratificando que pessoas com deficiência poderiam usufruir dos mesmos direitos que pessoas sem deficiência.
            Apesar da preocupação, apenas em 1988 a educação das pessoas com deficiência passou a ser dever do Estado conforme exposto no art. 208, Inciso III da Constituição Federal de 1988: “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
            A Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 em seu Capítulo V, Artigo 58, Incisos 1º e 2º deixa claro que todos têm direito de ir à escola pública regular independente de sua deficiência, e que o atendimento deve ser feito por um especialista que acompanhe os alunos junto com o professor (a) para facilitar o desenvolvimento daqueles, além do atendimento é necessário também suporte material para que esses profissionais consigam oferecer um atendimento de qualidade. A lei enfatiza ainda, que este atendimento especializado deve ser um complemento a educação, e que a preparação dos professores é fundamental para lidarem com as diversas deficiências.
            Neste sentido, Strobel e Perlin (2009, p.32) acrescentam que a pedagogia e o currículo se constituem instrumentos para a educação e o desenvolvimento de processos de transformação que se quer transmitir aos sujeitos. O pensamento da autora contribui para analisarmos como o processo de ensino e aprendizagem está acontecendo nas instituições escolares, se a didática usado pelo educador está de acordo com a realidade do aluno surdo e se o currículo escolar leva em consideração as especificidades dos discentes com deficiência.
            Em termos de política pública, o que se observa é que a sociedade brasileira está respaldada em relação aos aspectos legais, entretanto, ainda é bastante “deficiente” nos aspectos da sua efetividade. Algumas escolas, por exemplo, ainda não oferecem suporte material e humano para o ensino dos alunos com deficiência, pois quando se fala em inclusão acredita-se que todas as escolas já estejam preparadas para se adaptar ao aluno, porém, ocorre o contrário. Diante disso, com a necessidade de incluir o aluno na turma e de ter amigos no ambiente escolar, será promovido o ensino básico de Libras para os alunos ouvintes para que estes se aproximem mais do aluno surdo.
	O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: esta Introdução, que apresenta de forma geral o conteúdo do trabalho; o desenvolvimento que apresenta a visita a instituição; O espaço visitado; A observação; O relato da experiência; Considerações finais e Referências.
1 A VISITA
	O presente estudo refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado em Libras II, realizado na Escola Estadual Antônio Cordeiro Pontes. O motivo da visita ao espaço escolar foi observar e assim aplicar conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confrontá-los com a prática pedagógica propriamente dita, buscando firmar uma prática que seja significativa no sentido de formação e capacitação profissional.
	O objetivo da visita à escola foi no primeiro momento discutir a importância da libras para a sociedade, mostrando as dificuldades encontradas pelas pessoas surdas dentro da instituição escolar, o estágio também teve como finalidade ensinar os conteúdos das disciplinas usando a Língua Brasileira de Sinais mostrando as dificuldades encontradas por pessoas surdas pela falta de desconhecimento da língua de sinais. 	
	Neste relatório encontra-se descrito as observações não só do processo em sala de aula, como também, do ambiente escolar como um todo. Procurou-se conviver e observar as práticas pedagógicas como uma ação sustentada em fundamentos que servirão como subsídios norteadores da aprendizagem e sua efetividade.
	Durante a realização deste estágio após as observações, foram aplicados planos de aula com os seguintes temas: Alfabeto, Número e Saudações em Libras, os municípios de Amapá (Geografia), A fecundação (Biologia), Frações (matemática), os tipos de Substantivos (Português), A História do Patinho Surdo (Literatura surda), este período foi muito gratificante sendo de maior relevância, no sentido de ser o momento de pôr prática o que foi aprendido no início do curso letras libras.
1.1 O ESPAÇO VISITADO
	A instituição escolhida para o estágio foi a Escola Estadual Antônio Cordeiro Pontes localizada no município de Macapá-AP na Av. Fab S/N, Bairro Central. Atualmente, a escola possui 722 alunos distribuídos nas seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio. Ao todo são 84 funcionários (docentes, corpo técnico e administrativo) divididos da seguinte forma: 47 professores efetivos, 01 psicóloga, 1 interprete de libras, 9 agentes administrativos, 9 serventes, 6 merendeiras,03 auxiliares de disciplina, 3 agentes de portaria, 04 coordenadoras pedagógicas, 1 secretário, um gestor escolar e um vice-diretor, com funcionamento nos dois turnos.
.	A escola Possui 18 salas, sendo que 10 são utilizadas para aula, as outras são divididas da seguinte forma: Sala da diretoria, Sala dos professores, Sala da Secretaria, Sala da coordenação pedagógica, Biblioteca, Sala de leitura, Laboratório de informática e Sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE). Possui também quadra de esportes coberta, cozinha, Banheiros femininos e masculinos, refeitório, pequeno pátio parcialmente descoberto e uma pequena área verde.
	Durante o estágio as estagiárias tiveram acesso ao PPP (Projeto Político Pedagógico) da instituição, observou-se que a escola desenvolve alguns projetos com objetivo de trazer a comunidade para dentro da escola. Ressalta-se a importância de toda escola investir em projetos educacionais com ações concretas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Para Souza (2014, p. 01) “Os projetos têm como objetivos o desenvolvimento da autonomia intelectual do aluno, o desenvolvimento da organização individual e coletiva, a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas”. 
As concepções do autor revelam que o trabalho com projetos educacionais contribui para uma atividade coletiva e cooperativa, possibilitando não somente aos alunos uma vivência de relações, mas também a todos os participantes e criadores do projeto, a fim de garantir a eficácia do processo de ensino e a permanência do aluno na escola. Os projetos executados durante o ano letivo são: Projeto Semana da Leitura, Projeto Identidade Cultural, Projeto Esportivo, Projeto mão amiga, Projeto Interdisciplinar, Projeto Folcloriar. 
	A seguir uma breve explicação sobre os projetos de maior destaque e abrangência realizados pela escola: Projeto Semana da Leitura: Este projeto acontece semestralmente na escola, a cada ano trabalha-se com uma temática diferente procurando assim incentivar o gosto pela leitura, os professores de Língua Portuguesa são os mediadores e no final a turma que mais leu livros é premiada com o “sábado do café com leitura”, participando apenas alunos da turma, o professor mediador, o gestor e um coordenador pedagógico.
Este projeto tem por objetivo fazer com que a leitura tenha sentido, e esteja contextualizada, atribuindo assim algum significado. Portanto, para a concretização desse projeto torna-se importante a criação de situações para que o exercício da leitura produza reações, interação e conhecimento, não servindo apenas como uma atividade meramente de leitura mecanizada ou de decodificação dos sinais gráficos.
Projeto Esportivo: Este projeto visa desenvolver as potencialidades do aluno, integrar escola, família e comunidade, trata-se de um projeto proposto nas ações do Projeto Político Pedagógico- PPP e do Plano de Desenvolvimento da Escola-PDE que nasceu da necessidade de ampliar, cultivar e integrar na prática o estudo da prática esportiva, como forma de motivação e incentivo ao aluno para tratar bem o seu corpo e mente.
Projeto Folclorear tem como objetivo manter o folclore vivo nas tradições futuras, mantendo também integração entre família, escola e comunidade, através de eventos socioculturais a escola sentiu necessidade de organizar esse projeto porque muitos festivais folclóricos de Macapá estão sendo esquecidos, assim o projeto tem como objetivo resgatar a nossa cultura os nossos valores e garantir as tradições das outras gerações. Nesse projeto as turmas de séries iguais ficam incumbidas de apresentar 
Em relação ao contato com a família, a coordenadora pedagógica relatou que a instituição mantém contato com a família dos discentes através de reuniões semestrais e por meio dos projetos que são realizados. Neste sentido, destaca se o que afirma o artigo 205 da Constituição Federal "[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho" (BRASIL, 1988).
Segundo o PPP da instituição, a prática escolar da escola é evidenciada pela corrente psicogenética e sócio histórica nos estudos de Piaget e Vygotsky entre outras propostas pedagógicas dentro da área da Educação. Nestas concepções o sujeito se constrói a partir de suas interações com o outro e com o meio, sendo tais concepções essenciais para o desenvolvimento intelectual e psicológico do sujeito.
A escola possui o Conselho Escolar que é formado por representantes de pais, estudantes, professores, membros da comunidade local e o diretor. Todos participam das decisões da gestão administrativa e financeira da escola, contribuindo com a melhoria da qualidade do ensino.
A instituição apresenta uma gestão democrática que possibilita uma interação entre família, docentes e discentes. Juntos unem forças para propor um ambiente de formação, seja na escola, em casa ou na comunidade. Segundo Veiga (2002), é necessário decidir, coletivamente, o que se quer reforçar dentro da escola e como detalhar as finalidades para se atingir a almejada cidadania.
A Escola efetivou no ano de 2002 o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que tem como objetivo identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas, porém, observou-se que das duas professoras que fazem atendimento no turno vespertino apenas uma tem fluência na língua de sinais e no braile e não utiliza nenhuma tecnologia assistiva para auxiliar o aluno. Apenas algumas adaptações para o aluno surdo. Elas afirmaram que aos poucos estão tentando participar de cursos no CAS-Centro de Atendimento ao Surdo e no CAP- Centro de Atendimento Pedagógico ao Deficiente Visual. Na instituição há 1 aluno surdo, 1 com baixa visão e 1 cadeirante.
	Enfatiza-se que em relação à inclusão dos alunos com deficiência, a escola ainda precisa fazer muitas adaptações estruturais, visto que não há banheiro específico para cadeirantes, piso tátil para o aluno com baixa visão, material visual em Língua de Sinais para alunos surdos, corrimãos e rampas.
2 A OBSERVAÇÃO	
O presente relatório é uma síntese das observações realizadas na escola, é um momento importante porque são feitas análises metodológicas e conhecimento do campo de estágio. Tendo como principais objetivos conhecer a dinâmica entre professor e aluno no processo de ensino aprendizagem. Como afirma Metz e Pienta (2011, p. 45) “a observação em sala de aula é de fundamental importância, pois é por meio desta que o futuro professor ampliará seus conhecimentos”. Ela é considerada uma forma de pesquisa que proporciona ao acadêmico uma real aproximação para que assim registre a experiência vivida. 
A observação em sala de aula nos proporcionou um grande aprendizado, permitindo uma visão mais ampla sobre o que se vê na teoria e o que se efetiva de fato na prática, tal momento contribuiu significativamente para o aperfeiçoamento profissional das estagiárias. 
O estágio ocorreu em uma turma do 3º ano do ensino médio onde havia um aluno surdo, sendo dividida em dois momentos: 1º observação e 2º intervenção. Durante a observação foi possível notar que embora os docentes demonstrassem um bom relacionamento com todos os alunos, muitas vezes parando a aula quando eram interrogados com uma pergunta sobre o conteúdo que estava sendo estudado, verificou-se que dos 10 (dez) educadores observados durante a primeira semana, somente 3 (três) destes se preocupavam com a evolução e com o aprendizado do aluno surdo. Pois eles procuravam da melhor maneira possível levar um ensino de qualidade para todos.
	As aulas de alguns professores geralmente iniciavam com uma roda de conversa, em que tentavam estabelecer regras e antecipar as atividades que seriam realizadas no decorrer da aula. Todos os dias os alunos tinham6 (seis) aulas, no primeiro dia de estágio ocorreu dia 26 de setembro os alunos tiveram aulas de Língua Portuguesa, História e Artes. Observou-se que a professora de português procura conhecer a língua de sinais, e afirmou que foi por causa do aluno surdo que começou a fazer o curso de LIBRAS no CAS, e na UNIFAP (projeto de extensão).
	O professor de história relatou que não conhece nada de libras e que acha muito difícil aprender tantos sinais, ele afirmou ainda que as atividades que faz em sala de aula para o aluno surdo são adaptadas pelas professoras do AEE, e que de acordo com o conceito que elas dão ele dá a pontuação semestral do aluno.
	A professora de Artes afirmou que conhece somente alguns sinais, como: saudações e alguns animais. Ela disse que não tem dificuldade de comunicação com o aluno surdo que pelo fato de o aprendizado ser mais visual, o aluno olha o que os colegas estão fazendo e faz igual, a educadora afirmou ainda que não usa nenhum sinal em libras apenas gestos e que o aluno consegue entende-la.
	Os professores de Português, Matemática e Biologia são os que mais se interessam pelo aprendizado do aluno , pois além de eles levarem o material para os professores do AEE fazerem as adaptações, procuram também participar de cursos de Libras, inclusive os três professores relataram que estudaram ano passado os níveis I, II e III de Libras na Unifap. Afirmaram ainda que assistem muitos vídeos de libras no youtube e que tentam encontrar os sinais que os surdos da nossa região utilizam, ressaltaram ainda que tentam se comunicar com a aluna usando a libras e quando não sabem algum sinal eles fazem a datilologia ou escrevem no papel.
	Percebeu-se que os alunos da turma não interagem com o aluno surdo ficando muitas vezes isolado. A maioria dos professores usavam os livros didáticos para ministrar as aulas, geralmente, pedem para que abram o livro na página que seria explicado o assunto e faziam uma leitura coletiva, o aluno surdo apenas observava as figuras do livro. Alguns professores reclamavam porque quando o aluno surdo ia faze sobre as avaliações na sala do AEE porque não tinham certeza de que era ele mesmo que havia feito. No segundo momento do estágio- A prática- foram feitos 8 planos de aula com os seguintes temas: Alfabeto e Numerais, Saudações, Profissões em Libras, Os municípios de Macapá (Geografia), A fecundação (Biologia), Frações (matemática), Os tipos de Substantivos (Português), A História do Patinho Surdo (Literatura surda). Primeiramente, indagamos os alunos com as seguintes perguntas:
	O que é LIBRAS? Quem conhece a língua de sinais? Alguém já tentou se comunicar com o colega surdo? Apenas 1(um) aluno se manifestou em relação a primeira pergunta e disse que é a língua que os surdos se comunicam. Aproveitando o momento as estagiárias mencionaram a LEI Nº 10.436/2002 o seu artigo 1º que afirma que “É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados”.
	Em seguida executamos o primeiro plano "alfabeto em Libras", ensinamos a datilologia dos números em seguida fizemos uma pequena atividade, as estagiárias pediram para que os alunos fizessem a datilologia do nome, em seguido fizemos a datilologia de algumas palavras para que eles nos falassem qual era. 
	No segundo dia da prática aplicamos o plano sobre numerais, contextualizamos usando uma história que envolvia números em seguida ensinamos os números, depois pedimos para que eles indicassem quantas pessoas havia em sala de aula, quantos professores eles tinham, quantos moravam na casa com eles. No terceiro dia aplicamos o plano sobre saudações em seguida pedimos que formassem duplas para montar um pequeno diálogo para apresentarem para a turma.
	No dia seguinte aplicamos o plano sobre os municípios, no qual a professora na semana de observação estava explicando sobre os municípios do Estado do Amapá e sobre os projetos que alguns executaram e executam no estado. Fizemos um mapa do município sendo que cada um foi pintado de uma cor diferente para melhor identificação. Perguntamos se os alunos sabiam onde estava localizado o estado do Amapá e ninguém soube apontar no mapa onde estaria localizado o nosso município. Fizemos a identificação de cada município ao mesmo tempo em que fazíamos os sinais correspondentes a eles, em seguida fizemos a atividade com o mapa, alguns alunos teriam que colocar os nomes nos respectivos municípios ficando atendo as cores que correspondiam.
	No outro dia aplicamos o plano sobre " fração", explicamos o conteúdo e depois resolvemos algumas questões adaptadas para a língua de sinais. Foram utilizados materiais concretos e visuais para que os alunos pudessem montar as frações. Para isso, foi usado o papel cartão cortado em forma de frações, a turma foi dividida em grupos de 4 alunos para que resolvessem as questões usando o material que adaptamos.
	Aplicamos o plano "A fecundação" explicamos o conteúdo usando a libras e enfatizamos como ocorre o processo de fecundação, em seguida a turma foi dividida em dois grupos que chamamos de A e B para participarem do "Jogo da Fecundação" com o uso de um dado com números em Libras começamos o jogo onde o número caia havia uma pergunta relacionada ao que foi explicado sobre o assunto, no qual os alunos teriam que fazer o sinal do que era perguntado.
	Aplicamos o plano sobre "tipos de substantivo" indagamos os alunos sobre o que era um substantivo, quais tipos existem e qual era a sua função em uma frase, oração ou período. Após a explicação fizemos uma atividade usando uma prancha que continha a figura e o nome do tipo de substantivo, os alunos teriam que ligar por meio de um barbante a figura ao substantivo correspondente e em seguida fazer o sinal.
	No último dia aplicamos o plano de literatura surda "o patinho feio" mostramos o vídeo em libras com legenda para aos alunos, no primeiro momento não falamos que se tratava da história do patinho, pois queríamos que eles nos dissessem ao final qual era a história que estava sendo contada. Em seguida fizemos uma análise de reflexão sobre o mundo dos surdos, sobre o preconceito e discriminação, a falta de oportunidade no mercado de trabalho entre outros. Os alunos participavam com suas ponderações e perceberam a importância de saber libras para ajudar um surdo.
	
2.1 RELATO DA EXPERIÊNCIA
	Costa (2016, p. 06) salienta que a crescente inserção de Surdos nos espaços escolares requer que a Escola os conceba não como meros indivíduos presentes nestes ambientes, mas, como sujeitos constituídos de direitos, que possuem especificidades próprias na maneira de conceber o mundo, de se comunicarem e, principalmente, nas formas de serem ensinados e de adquirirem o conhecimento.
	A realização das atividades de estágio realizadas com alunos do 3º ano do ensino médio possibilitou o estudo dos conteúdos introdutórios da Língua Brasileira de Sinais bem como de conteúdos trabalhados pelos professores em sala de aula com resultados satisfatórios contemplados no planejamento.
	Assim, “Libras deve ser priorizada em todo e qualquer espaço educativo, pois a deve servir de base à apreensão de conhecimentos” (MIRANDA; FIGUEIREDO; LOBATO, 2016, p. 29). Os autores ratificam o pensamento que temos em relação à importância de ensinar a Libras a todos que fazem parte do processo de ensino, não se referindo apenas aos professores, mas também aos alunos. 
Percebeu-se o interesse dos alunos em aprender uma língua nova, a qual é obrigatória em todas as escolas regulares. O que se observou é que as escolas que não colocam em prática o ensino da língua de sinais, criam um déficit muito grande entre alunos e professores que não têm conhecimento básico de LIBRAS, desencadeando muitas dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos surdos.
Durante a intervenção o aluno surdo que antes ficava isolado começou a interagir com os colegas, ensinando-os a configurar a mão corretamente no momento de fazer os sinais, percebeu-se que os alunos se aproximaram maisdele no intuito de ela ensiná-los outros sinais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio foi um período de fundamental relevância na vida acadêmica em que se buscou vincular aspecto teórico e prático, dessa forma no estágio realizado foi possível perceber que ambos se combinam para promover um bom resultado, e, sobretudo promover a possibilidade de poder enxergar a necessidade de assumir uma postura reflexiva na nossa prática podendo buscar assim, uma educação de qualidade e verdadeiramente inclusiva.
As observações realizadas durante o estágio facilitaram o entendimento das complexas relações travadas no ambiente escolar, das problemáticas presentes no ambiente de sala de aula e os desafios que alunos com deficiência enfrentam diariamente para acompanhar as ministrações das aulas.
O período na escola propiciou-nos perceber que as demandas da equipe escolar são inúmeras, as cobranças surgem de todos os lados. São muitos problemas enfrentados no exercício de suas funções, principalmente dos professores, que criticam o descaso do governo em relação aos problemas educacionais como: a escassez de recursos materiais; as salas superlotadas; falta de apoio para capacitação dos professores e de pessoas capacitadas para o trabalho com alunos com deficiência.
No entanto, embora as condições pedagógicas sejam adversas, espera-se que o educador consiga sanar as adversidades e junto ao coletivo da escola possa construir possibilidades de superação. Por isso afirma-se que o estágio é um momento de maior relevância para a aprendizagem, uma vez que oportuniza estar frente à frente com a realidade, e assim enxergar e reconhecer em si a necessidade de aprimoramento na formação acadêmica e também identificar aptidões e interesses em relação à escolha profissional.
Em relação à prática, observou-se que muitos alunos tiveram interesse em aprender a língua de sinais, pois ao executarmos a prática muitos alunos ficaram entusiasmados em aprendê-la para se comunicarem com o aluno surdo que havia em sala de aula.
Assim, concluiu-se que é imprescindível que o ensino da língua de sinais venha ser ensinada desde o início dos anos escolares, porque só desta maneira é possível sanar os prejuízos causados ao aprendizado do indivíduo surdo. Afirma-se que os objetivos propostos para o estudo foram alcançados e que a intenção das estagiárias de difundir o conhecimento da língua de sinais foi contemplada.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, D. M. S; SILVA, M. C.; SOUZA, W. P. A. A influência da Libras no processo educacional de estudantes surdos em escola regular. UFPE: Pernambuco, 2006.
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
COSTA, Keno Silva de Freitas. 2016. A importância da formação em libras do (a) professor (a) ouvinte na educação bilíngue do aluno surdo e metodologias para o ensino de libras e de português escrito nos anos iniciais do ensino fundamental. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-formacao-libras-do-professor-ouvinte-na-educacao-bilingue-aluno-surdo.htm. Acesso em: 03 de Novembro de 2019
MENDES, A. Q. S.; FIGUEREDO, F.; RIBEIRO, Dr. A. C. Inclusão de alunos surdos na escola regular: Aspectos linguísticos e pedagógicos. Revista da iniciação cientifica – RIC Cairu. Jun. 2015, vol 02, nº 02, p. 33-46, Issn 2258-1166.
MIRANDA, Ana Patrícia e Silva de; FIGUEIREDO, Daiane Pinheiro; LOBATO, Huber Kline Guedes. A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E ENSINOAPRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS: relato sobre a experiência de uma professora da sala de informática. In: diálogos sobre inclusão escolar e ensino-aprendizagem da libras e língua portuguesa como segunda língua para surdos. 2016. Disponível em:<www.artigosfeitos.com.br> Acesso em: 02 de Novembro de 2019.
SILVA, M, L.; DAXENBERGER, A. C. S..Ensino de libras para alunos surdos da educação básica por meio de uma ação extensionista. 2000
STROBEL, Karin; PERLIN, Gládis. Teorias da Educação e Estudos Surdos. Florianópolis, 2009
VARGAS, J. S.; GOBARA, S. T. O aluno surdo nas escolas regulares: dificuldades na inclusão. São Paulo: Moderna, 2011

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