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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I – T 10 PROFESSOR: ALEXANDRE JOSÉ DE ALMEIDA GAMA JULIANA DOS SANTOS ARAUJO – 120110998 ENGENHARIA DE MATERIAIS LEI DE BOYLE - MARIOTTE CAMPINA GRANDE – PB 23 DE NOVEMBRO DE 2020 SUMÁRIO Introdução....................................................................................................5 Objetivos......................................................................................................5 Material utilizado..........................................................................................5 Montagem....................................................................................................6 Procedimento e análises..............................................................................6 Conclusões.................................................................................................12 Referências bibliográfias.............................................................................13 LISTA DE IMAGENS Figura I – Montagem...........................................................................................6 Figura II – Meniscos de mercúrio/ar no nível 0 da escala.......................................7 Figura III – Gif animado do procedimento...........................................................7 Figura IV – Gráfico da pressão manométrica vs volume.........................................9 LISTA DE TABELAS Tabela I – Valores de h1 e h2.....................................................................................................................8 Tabela II – Valores de ∆h e de V.........................................................................8 • INTRODUÇÃO Existem três variáveis que definem completamente o estado de uma determinada quantidade de um gás: a temperatura, o volume e a pressão. A relação entre volume e pressão foi estudada, e publicada, primeiramente por Robert Boyle e, somente quatorze anos depois, Edme Mariotte publicou trabalhos semelhantes. A lei de Boyle – Mariotte afirma que, quando a temperatura de um sistema fechado é constante, a pressão absoluta e o volume de uma determinada quantidade de gás confinado são inversamente proporcionais. A fórmula matemática que demonstra essa afirmação é: PV = constante; podemos então avaliar como a mudança no volume afeta a pressão estudando a expressão: P = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑉 . A grande utilidade desta lei é possibilitar prever o comportamento de sistemas a transformações isométricas, isto é, transformações onde a temperatura é mantida constante. Nesse caso podemos relacionar o estado inicial e final do gás da seguinte forma: PiVi = PfVf ● OBJETIVO O objetivo desde experimento é o estudo da transformação isotérmica de uma amostra gasosa, afim de verificar a validade da lei de Boyle – Mariotte para, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a densidade do ar no local da experiência. Os dados obtidos são validados por um tratamento estatístico. ● MATERIAL UTILIZADO - Manômetro a mercúrio; - Termômetro; - Paquímetro; - Funil; - Mangueira; - Haste; - Suporte. ● MONTAGEM Figura I - montagem ● PROCEDIMENTOS E ANÁLISES 1. O diâmetro interno D do tubo de vidro do manômetro foi medido com o paquímetro. O ramo aberto, do lado direito do manômetro, foi usado no processo de medição; Dados das medidas realizadas - Diâmetro interno: D = 6,77 mm - Temperatura ambiente: T = 24,0° C - Comprimento da coluna de ar: L0 = 35,0 cm 2. A válvula da parte superior do tubo do lado esquerdo manômetro deve estar aberta (como aparece na figura II). Certifique-se de que o reservatório de mercúrio (funil) encontra-se na parte baixa da haste e, então, zere o manômetro (os dois meniscos de mercúrio/ar devem ficar no mesmo nível 0 da escala); Figura II – meniscos de mercúrio/ar no nível 0 da escala 3. O comprimento L0 da coluna de ar confinado no ramo esquerdo do manômetro deve ser medida; 4. A temperatura ambiente T deve ser medida com o termômetro disponível no laboratório; 5. A compressão isotérmica do ar confinado no ramo esquerdo do manômetro será estudada como um gás ideal. É necessário medir o volume ocupado pelo gás e a pressão exercida por ele; 6. O volume é obtido pela área da seção reta do tubo do manômetro, ᴫx(D/2)2, multiplicado pelo comprimento L da coluna de ar. Mas o comprimento L diminui quando a coluna de mercúrio h1, no ramo esquerdo, cresce (esquema mostrado na animação abaixo); Figura III – gif animado do procedimento 7. Foram medidos os valores de h1 e h2, mostrados na tabela I, quando a altura do funil com mercúrio é aumentada em uma certa quantidade de centímetros. A pressão manométrica exercida pelo ar confinado é obtida pela diferença entre h1 e h2. 8. Com as medidas realizadas, calculamos a área da seção reta do tubo do manômetro, onde: A = ᴫx( 𝐷 2 )2 = 36; 9. Para achar a pressão manométrica (∆h) exercida pelo ar confinado, fazemos: ∆h = h2 – h1. Para determinar o volume ocupado pelo ar fazemos: V = L x A, onde L é a diferença entre L0, que é a altura inicial, e h1. Os resultados obtidos foram registrados na tabela II; TABELA II 1 2 3 4 5 6 ∆h(cmHg) 0,0 8,4 14,9 19,9 20,5 22,5 V(cm3) 12,6 11,3 10,4 9,9 9,7 9,5 A equação dos gases ideais é dada por: PV = nRT Onde: P é a pressão absoluta (P = P0 + Δh); V é o volume; n é o número de moles; R é a constante universal dos gases (R = 0,0821 l.atm/mol.K = 1,987 cal/mol.K = 8,31 J/mol.K); T é a temperatura absoluta do ar confinado no ramo esquerdo. Como no processo isotérmico o termo nRT é constante, podemos escrever: PV = C P = 𝐶 𝑉 , como C = nRT. Supondo que não haja vazamento no manômetro e ainda que durante o experimento não tenha havido variação significativa na temperatura do ar confinado, isto é, nRT ≡ C, a equação de estado pode ainda ser escrita como: (P0 + ∆h) V = C → ∆h = 𝐶 𝑉−𝑃0 10. Utilizando os dados da tabela II, construímos o gráfico da pressão manométrica ∆h em função do volume. Temos como parâmetros em papel milimetrado: C = 879,80 P0 = - 69,66 - Cálculos para o gráfico no papel milimetrado: Para o eixo X Obs: como o menor valor está depois da metade do valor total, não incluímos a origem. • Módulo de x Mx = 𝐿𝑥 (𝑋𝑓−𝑋0) → 𝑀𝑥 = 150,0𝑚𝑚 (9,5−12,6)𝑐𝑚3 → 𝑀𝑥 = 48,387 … → 𝑀𝑥 = 48 𝑚𝑚 𝑐𝑚3 • Degrau e passo ∆ℓx = 150mm (estipulado) ∆ℓx = 48∆x → 150mm = 48 𝑚𝑚 𝑐𝑚3 → ∆x = 150/48 cm3 → ∆x = 3cm3 • Equação da escala ℓx = 48x Para o eixo Y • Módulo de x My = 𝐿𝑦 (𝑦𝑓−𝑦0) → 𝑀𝑦 = 100𝑚𝑚 (22,5−0,0)𝑐𝑚𝐻𝑔 → 𝑀𝑦 = 4,444 … → 𝑀𝑦 = 4 𝑚𝑚 𝑐𝑚𝐻𝑔 • Degrau e passo ∆ℓy = 100mm (estipulado) ∆ℓy = 4∆y → 100mm = 4 𝑚𝑚 𝑐𝑚𝐻𝑔 → ∆y = 100/4cmHg → ∆y = 25cmHg • Equação da escala ℓy = 4y Pode-se calcular o número de moles existentes no ramo esquerdo do tubo através da equação dos gases ideais: Temos que: R = 0,0821 ℓatm/mol.k T = 24 + 273 = 297K Como: PV = nRT C = nRT n = 𝐶 𝑅𝑇 n = 879,8𝑐𝑚𝐻𝑔𝑐𝑚−3 (0,0821ℓ𝑎𝑡𝑚/𝑚𝑜𝑙.𝑘)(297,15𝐾) = 12,00𝑎𝑡𝑚.𝑐𝑚3 (82,1𝑐𝑚3𝑎𝑡𝑚/𝑚𝑜𝑙.𝑘)(297,15𝑘) n = 4,91x10-4 moles Pode-se calcular a densidade do ar no laboratório utilizando a fórmula: P = 𝑚 𝑉 Onde: mar = n.Mar Logo: P = 𝑛.𝑀𝑎𝑟 𝑉 P = 29 𝑔𝑚𝑜𝑙 𝑥 4,91𝑥10−4𝑚𝑜𝑙 12𝑐𝑚3 P = 1,18x10-3 g/cm3 ● CONCLUSÕES Pode-se concluir que não se deve usar outro ponto do experimento, pois o primeiro ponto tem-se a pressão manométrica igual a zero, ou seja, a pressão total é a pressão atmosférica, então podemos usar esse volume inicial para calcularmos a densidade. Se houvesse vazamento, a pressão manométrica seria menor, podendo até ser igual a pressão atmosférica, assim não seria possível calcular o valor exato da pressão atmosférica. Temos como erros sistemáticos possíveis vazamentos de gás na válvula, trata-lo como um gás ideal e não manter o volume constante. Calculando o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica local (P0), considerando o valor em Campina Grande de 71,5 cmHg: ε%=|Vteo – Vexp|/Vteo.100 ε% = |71,5 – 69,66|/71,5 x 100 = 2,57% REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAWTHORNE, R. M. Boyle's/Hooke's/ Towneley and Power's/Mariotte's Law. J. Chem. Educ., 1979, 56 (11), p 741. HALLIDAY, D. E. Resnick, R., Fundamentos de Física 2, 4ªed.vol.2, LTC, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1991.
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