Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA -CEEI Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica - UAEE Física Experimental I LEI DE BOYLE - MARIOTTE Professor: Alexandre José de Almeida Gama Aluna: Iorranna Katlem da Cunha Brito Turma: 08 Matrícula: 119211073 Campina Grande – PB 2022 1. INTRODUÇÃO 1.1 OBJETIVO Este experimento teve como objetivo verificar experimentalmente a lei de Boyle- Mariotte e, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a densidade do ar no local da experiência. 1.2 MATERIAL UTILIZADO Devido o ambiente pandêmico, os materiais físicos não foram utilizados. Mesmo assim, foi possível realizar o experimento por meio das ferramentas virtuais fornecidas pelo Professor Alexandre Gama. Foram utilizados nesse experimento: ✓ Manômetro a mercúrio; ✓ Termômetro; ✓ Paquímetro; ✓ Funil; ✓ Mangueira; ✓ Haste; ✓ Suporte. 1.3 MONTAGEM Imagem 1 (Estruturação) 2. Procedimentos e Análises 2.1 Parte A De início, foi utilizado um paquímetro para medir o diâmetro interno D do tubo de vidro do manômetro usando o ramo aberto do lado direito do manômetro no processo de medição. O professor o fez e achou D = 6,77 mm. Imagem 2 O comprimento Lo (coluna de ar), foi medido pelo próprio professor e é igual a Lo = 35cm. Além disso, a temperatura ambiente foi medida com um termômetro disponível no laboratório. O próprio professor mediu essa temperatura e equivale a T = 24,0°C. A válvula da parte superior do tubo do lado esquerdo do manômetro deve estar aberta, como aparece na imagem 2, onde o reservatório de mercúrio deve estar na parte baixa da haste e, somente assim, o manômetro deverá ser zerado (ambos meniscos devem estar no mesmo nível 0 da escala). Logo após esses passos, a válvula será fechada. 2.2 Parte B Para a conclusão do experimento, a compressão isotérmica do ar confinado no ramo esquerdo do manômetro será estudada como um gás ideal. Logo após isso, iremos calcular o volume V ocupado pelo gás e a pressão P exercida pelo gás. Para obtermos V temos que multiplicar a área da seção do tubo do manômetro, 𝑫 𝟐 dada por 𝝅 ( ) , por o comprimento L ocupado pelo gás. O comprimento L diminui 𝟐 quando o comprimento h1 (no ramo esquerdo) aumenta. Imagem 3 A diferença entre h2 e h1 nos dá a pressão manométrica exercida pelo ar confinado. Assim, o professor mediu as alturas h1 e h2. Os valores foram colocados na Tabela I. Tabela I 1 2 3 4 5 6 h1(cmHg) 0,0 3,6 6,1 7,6 8,0 8,5 h2(cmHg) 0,0 12,0 21,0 27,5 28,5 31,0 2.3 Tratamento de Dados Com dados em mãos, podemos calcular tudo que for relevante para o experimento. I. Sabendo que a área da seção reta do tubo do manômetro pode ser dada por: 𝑫 𝟐 𝑨𝒔 = 𝝅 ( ) 𝟐 Temos que As = 0,36 cm2. II. Como dito antes, a pressão manométrica é dada pela diferença entre h2 e h1. Assim, na tabela II abaixo, foi inserido os valores para ∆h, com base nos dados da tabela I. Além disso, na tabela II também será escrito os valores para cada volume de ar, sabendo que o comprimento L de ar contido no manômetro muda de acordo com o mercúrio deslocado. Tabela II 1 2 3 4 5 6 ∆h(cmHg) 0,0 8,4 14,9 19,9 20,5 22,5 V(cm3) 12,6 11,3 10,4 9,9 9,7 9,5 III. Como o ramo a direita está aberto, a pressão sofrida no menisco é a própria pressão atmosférica (P0). Por sua vez, no ramo da esquerda, a pressão absoluta sofrida é dada por 𝑷 = 𝑷𝟎 + ∆𝒉, onde ∆𝒉 é a pressão manométrica (determinada para cada situação na tabela II). A situação descrita está representada na imagem 4 mostrada abaixo. Imagem 4 Quando supomos que o tipo de gás trabalhado é ideal, temos a expressão de estado, mostrada abaixo. P . V = n . R . T • Onde n é o número de mols. • Onde R é a constante universal dos gases (8,31 𝐉 ). 𝐦𝐨𝐥 𝐊 • Onde T é a temperatura absoluta do gás confinado. Sabendo que o sistema está consideravelmente fechado, ou seja, não ocorre vazamento no manômetro e basicamente não ocorreu alteração na temperatura, temos que n . R . T é idêntico a um valor constante C. Assim: (𝑷𝟎 + ∆𝒉) 𝑽 = 𝑪 ∆𝒉 = 𝑪/ 𝑽 − 𝑷𝟎(𝐄𝐱𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐈) Ajustando um gráfico que obedeça a expressão I, utilizando o software LABfit, temos: Onde os parâmetros são: • A = C = (873 ± 23) cmHg . cm3 • B = -Po = (-69,0 ± 2,2) = (69,0 ± 2,2) cmHg IV. Com os dados obtidos no tópico anterior, podemos calcular o número de mols do ar confinado, sabendo que os valores de R e T já estão determinados e tendo em mente a relação abaixo: 𝑪 = 𝒏 𝑹 𝑻 (Expressão II) Obtemos n = 4,71 x 10-4 mols. V. Utilizando o valor do volume para o primeiro ponto da tabela II, e também utilizando a massa do ar confinado a partir da expressão m = n M (n determinado previamente e M = 29g/mol), concluímos que a densidade do ar confinado é dada por 𝝆 = 𝟏, 𝟎𝟖 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 𝒈/𝒄𝒎𝟑. 3. Conclusão Podemos afirmar que os objetivos foram alcançados tendo em vista que as medidas para a pressão atmosférica (Po) e para a densidade do ar foram alcançadas com sucesso. Foi usado primeiro ponto experimental da tabela II para o cálculo da densidade do ar, pois nesse ponto a única pressão existente é a própria pressão atmosférica, tendo em vista que a pressão manométrica está zerada. A densidade do ar, no decorrer do experimento, aumenta com a diminuição do volume, sabendo pela expressão abaixo que: 𝒎 𝝆 = 𝒗 𝝆 é inversamente proporcional ao 𝒗. Se houvesse vazamento no sistema, a pressão manométrica seria menor, podendo chegar até ao valor da pressão atmosférica, ou seja, o gás não exerceria pressão no recipiente, uma vez que estaria vazando. O n R T não poderia ser considerado uma constante (devido o vazamento e mudança de temperatura). Assim, seria impossível calcular a pressão atmosférica. Apesar do sucesso ao obtermos os valores, alguns erros sistemáticos podem ser considerados fatores que afetem a precisão dos dados ao realizar o experimento como por exemplo: considerar o gás como ideal, desconsiderar alterações de temperatura, desconsiderar o vazamento do gás. O erro percentual ao determinar a pressão atmosférica local é igual a -3,5% sabendo que a pressão atmosférica local em Campina Grande é igual a Po = 71,5 cmHg. 4. Apêndice 4.1 Cálculo da área da seção reta do tubo do manômetro. 𝑫 𝟐 𝑨𝒔 = 𝝅 ( ) 𝟐 𝟎, 𝟔𝟕𝟕 𝒄𝒎 𝟐 𝟐 𝑨𝒔 = 𝝅(𝟎, 𝟑𝟑𝟖𝟓)𝟐 𝑨𝒔 = 𝝅 ( ) 𝑨𝒔 = 𝟎, 𝟑𝟔 𝒄𝒎𝟐 4.2 Montagem da tabela II. V = As . L • Sabendo que L = L0 - h1 1. Caso: • V = 0,36 (35,0 - 0,0) • V = 12,6 cm3 2. • V = 0,36 (35,0 - 3,6) • V = 11,3 cm3 3. • V = 0,36 (35,0 - 6,1) • V = 10,4 cm3 4. • V = 0,36 (35,0 - 7,6) • V = 9,9 cm3 5. • V = 0,36 (35,0 - 8,0) • V = 9,7 cm3 6. • V = 0,36 (35,0 - 8,5) • V = 9,5 cm3 4.3 Cálculo do número de mols. 𝑪 = 𝒏 𝑹 𝑻 • Com C = (873 ± 23) cmHg . cm3 • Com R = 8,31 𝐉 𝐦𝐨𝐥 𝐊 • Com T = 297,15 K • Transformando C de cmHg . cm3 para Pa . m3, temos: 𝐶 = 873 𝑥 1 333,22 x 1x10−6Pa . m3 𝑪 = 𝟏, 𝟏𝟔𝟑𝟗𝟎𝟏𝟎𝟔 𝐏𝐚 . 𝐦𝟑 • Aplicando na expressão II, teremos: 𝐶 𝑅 𝑇 = 𝑛 1,16390106 Pa . m3 3 = 𝑛 Pa . m 8,31 𝑥 297,15 𝐾 mol K 𝒏 = 𝟒, 𝟕𝟏 𝒙 𝟏𝟎−𝟒 𝒎𝒐𝒍𝒔 4.4 Cálculo da densidade do ar confinado. m = n M • Onde m é a massa do ar. m = 4,71 x 10-4 mol x 29 g/mol m = 0,013659 g𝒎 𝒗 𝝆 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟑𝟔𝟓𝟗 𝒈 𝝆 = 𝟏𝟐, 𝟔 𝒄𝒎𝟑 𝝆 = 𝟏, 𝟎𝟖 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 𝒈/𝒄𝒎𝟑 4.4 Cálculo do erro experimental 𝑰𝒐 − 𝑰𝒕𝒆𝒐 𝑬𝑷 = × 𝟏𝟎𝟎 𝑰𝒕𝒆𝒐 𝟔𝟗, 𝟎 − 𝟕𝟏, 𝟓 𝑬𝑷 = × 𝟏𝟎𝟎 𝟕𝟏, 𝟓 𝟔𝟗, 𝟎 − 𝟕𝟏, 𝟓 𝑬𝑷 = × 𝟏𝟎𝟎 𝟕𝟏, 𝟓 𝑬𝑷 = − 𝟑, 𝟒𝟗𝟔𝟓 … % 𝑬𝑷 = − 𝟑, 𝟓 … %
Compartilhar