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Sistema Límbico: -As manifestações fisiológicas estão a cargo do sistema nervoso autônomo, as comportamentais resultam da ação do sistema nervoso motor somático e são características de cada tipo de emoção e de cada espécie - A distinção entre o componente central, subjetivo, e o componente periférico, expressivo da emoção é, pois, importante para seu estudo -As emoções podem ser classificadas em positivas e negativas, conforme sejam agradáveis ou desagradáveis. -Entre as primeiras, estão a alegria, o bem-estar e o prazer em suas diversas modalidades. -Entre as segundas estão o medo, a tristeza, o desespero, o nojo, a raiva e muitas outras. -As emoções estão relacionadas com áreas específicas do cérebro que, em conjunto, constituem o sistema límbico. -Algumas dessas áreas estão relacionadas também com a motivação, em especial com os processos motivacionais primários, ou seja, aqueles estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tais como fome, sede e sexo. -Por outro lado, as áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autônomo, o que é fácil de entender, tendo em vista a importância da participação desse sistema na expressão das emoções. Histórico e conceito: -Na face medial de cada hemisfério cerebral, observa-se um anel cortical contínuo, constituído pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo . - Este anel cortical contorna as formações inter-hemisféricas e foi considerado por Broca como um lobo independente, o grande lobo límbico (de limbo, contorno). -Este lobo é filogeneticamente muito antigo, existindo em todos os vertebrados. -Apresenta certa uniformidade citoarquitetural, pois seu córtex é mais simples que o do isocórtex que o circunda. -O sistema límbico pode ser conceituado como um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória. -O sistema límbico tem como centro o lobo límbico e as estruturas com ele relacionadas. -Do ponto de vista funcional , pode-se distinguir, no sistema límbico, dois subconjuntos de estruturas, ligadas às emoções e à memória, e que são relacionadas na chave que segue: Componentes do Sistema Límbico relacionado com as emoções: a) Córtex cingular anterior: -Sabe-se que a ablação do giro do cíngulo em carnívoros selvagens domestica o animal. - No homem, a cingulectomia já foi empregada no tratamento de psicóticos agressivos. -Apenas a parte anterior do giro do cíngulo relaciona- -se com o processamento das emoções. ↪ O córtex cingular anterior foi ativado quando o episódio recordado era de tristeza. Nesta mesma situação, não houve ativação em pacientes com depressão crônica, nos quais o córtex cingular anterior é mais delgado. Em paciente com depressão severa, refratária a medicamentos, os sintomas desaparecem com estimulação elétrica do córtex cingular anterior. b) Córtex insular anterior: -A ínsula tem duas partes, anterior e posterior, separadas pelo sulco central e muito diferentes em sua estrutura e funções. - O córtex insular posterior é isocórtex heterotípico granular, característico das áreas de projeção primárias, no caso, as áreas gustativa e sensoriais viscerais. -Já o córtex insular anterior é isocórtex homótipo, característico das áreas de associação. - Funções: 1. Empatia: há evidência de que esta capacidade, de grande · importância social, é perdida em lesões da ínsula e pode estar na base de muitas psicopatias 2. Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros 3. Sensação de nojo na presença ou simplesmente com imagens de fezes, vômitos, carniça e outra situação considerada nojenta. Ela é ativada também com a visão de pessoas com fisionomia de nojo. A sensação de nojo tem valor adaptativo, pois afasta as pessoas de situações associadas a doenças. Em casos de lesões da ínsula, ocorre perda do senso de nojo. 4. Percepção dos componentes subjetivos das emoções. Esta função que permite ao indivíduo sentir as emoções é também exercida por algumas outras áreas corticais e subcorticais do sistema límbico c) Córtex pré-frontal orbitofrontal: -Somente a área orbitofrontal, está envolvida no processamento das emoções. -Ocupa a parte ventral do lobo frontal adjacente às órbitas compreendendo os giros orbitários -Projeta-se para o núcleo caudado que, por sua vez se projeta para o globo pálido, a seguir para o núcleo dorsomedial do tálamo que se projeta para a área pré-frontal orbitofrontal fechando o circuito- está envolvido no processamento das emoções, supressão de comportamentos socialmente indesejáveis, manutenção da atenção. ↪Sua lesão como ocorre nas lobotomias pré-frontais, resulta no que já foi chamado de "tamponamento psíquico", ou seja, o paciente deixa de reagir às situações que normalmente resultam em alegria ou tristeza além do déficit de atenção e comportamentos inadequados d) Hipotálamo: -tem como função a regulação dos processos emocionais -Estimulações elétricas ou lesões de algumas áreas do hipotálamo em animais não anestesiados determinam respostas emocionais complexas, como raiva e medo, ou, conforme a área, placidez. -Verificou-se, por exemplo, que a lesão do núcleo ventromedial do gato torna o animal extremamente agressivo e perigoso. - Em uma experiência, verificou-se que, quando se retiram os hemisférios cerebrais de um gato, inclusive o diencéfalo, deixando-se apenas a parte posterior do hipotálamo, o animal desenvolve um quadro de raiva que desaparece quase completamente quando se destrói todo o hipotálamo. -Além disso, o hipotálamo tem papel preponderante como coordenador das manifestações periféricas das emoções, através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo. e) Área Septal: -Situada abaixo do rostro do corpo caloso, anteriormente à lâmina terminal e à comissura anterior, a área septal compreende grupos de neurônios de disposição subcortical que se estendem até a base do septo pelúcido, conhecidos como núcleos septais. - A área septal tem conexões extremamente amplas e complexas, destacando-se suas projeções para a amígdala, hipocampo, tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo e formação reticular, através do feixe prosencefálico medial. -Através deste feixe a área septal recebe fibras dopaminérgicas da área tegmentar ventral e faz parte do sistema mesolímbico ou sistema de recompensa do cérebro. -Lesões bilaterais da área septal em animais causam a chamada "raiva septal", caracterizada por hiperatividade emocional, ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não modificam o comportamento do animal. -Estimulações da área septal causam alterações da pressão arterial e do ritmo respiratório, mostrando o seu papel na regulação de atividades viscerais. Por outro lado, as experiências de auto estimulação mostram que a área septal é um dos centros de prazer no cérebro e sua estimulação provoca euforia. ↪A destruição da área septal resulta em reação anormal aos estímulos sexuais e à raiva. f) Núcleo Accumbens: -Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen o núcleo accumbens faz parte do corpo estriado ventral. -Recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegmentar ventral do mesencéfalo, e projeta eferências para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. -O núcleo accumbens é o mais importante componente do sistema mesolímbico, que é o sistema de recompensa ou do prazer do cérebro. g) Habênula: -A habênula situa-se no trígono das habênulas, no epitálamo, abaixo e lateralmente à glândula pineal Córtex Terceiro ventrículo Hipotálamo . - É constituída pelos núcleos habenulares medial e lateral. -O núcleo lateral tem função mais conhecida. -Suas conexões são muito complexas, destacando-se as aferências que recebem dos núcleos septais pela estria medular do tálamo e suas projeções pelo fascículo retroflexo para o núcleo interpeduncular do mesencéfalo e para os neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico, sobre os quais têm ação inibitória. -Tem também ação inibitória sobre o sistemaserotoninérgico de projeção difusa, através de suas conexões com os núcleos da rafe. -Assim, a habênula participa da regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico os quais constituem a principal área do sistema de recompensa (ou de prazer) do cérebro. -A estimulação dos núcleos habenulares resulta em ação inibitória sobre o sistema dopaminérgica mesolímbico e sobre o sistema serotoninérgico de projeção difusa. - Esta ação inibitória está sendo implicada na fisiopatologia dos transtornos de humor como a depressão na qual há uma ação inibitória exagerada do sistema mesolímbico. →Casos graves de depressão, resistentes a medicamentos, já foram tratados com sucesso pela técnica de estimulação elétrica de alta frequência no núcleo lateral da habênula o que ocasiona uma inibição da atividade espontânea neste núcleo, causando uma espécie de ablação funcional de seus neurônios. Alguns sintomas da depressão como tristeza e a incapacidade de buscar o prazer (anedonismo) podem ser explicados pela queda da atividade dopaminérgica na via mesolímbica (em especial no núcleo accumbens). -Experiências nas quais macacos são condicionados a apertar uma alavanca e receber uma recompensa resultam em ativação do sistema mesolímbico. -Já o núcleo habenular lateral é ativado quando o macaco aperta a alavanca e não recebe a recompensa, ou seja, numa situação de frustração. -Assim, o sistema mesolímbico é ativado pela recompensa e a habênula pela não recompensa. h) Amígdala: -É também chamada corpo amigdalóide. -Amígdala em grego significa amêndoa, uma alusão à sua forma. - É o componente mais importante do sistema límbico, o que justifica seu estudo mais detalhado. 1. Estrutura e conexões da amígdala: -Apesar de seu tamanho relativamente pequeno, a amígdala tem 12 núcleos, o que lhe valeu o nome de complexo amigdalóide. - Os núcleos da amígdala se dispõem em três grupos: corticomedial, basolateral e central. ● O grupo corticomedial recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com os comportamentos sexuais. ● O grupo basolateral recebe a maioria das conexões aferentes da amígdala ● O central dá origem às conexões eferentes. -A amígdala é a estrutura subcortical com maior número de projeções do sistema nervoso, com cerca de 14 conexões aferentes e 20 eferentes. - Possui conexões aferentes com todas as áreas de associação secundárias do córtex, trazendo informações sensoriais já processadas, além das informações das áreas supramodais. - Recebe, também, aferências de alguns núcleos hipotalâmicos, do núcleo dorsomedial do tálamo, dos núcleos septais e do núcleo do trato solitário. -As conexões eferentes se distribuem em duas vias. ● A via amigdalofuga dorsal que, através da estria terminal projeta-se para os núcleos septais, núcleo accumbens, vários núcleos hipotalâmicos e núcleos da habênula. ● A via amigdalofuga ventral que projeta-se para as mesmas áreas corticais, talâmicas e hipotalâmicas de origem das fibras aferentes, além do núcleo basal de Meynert. ↪Por meio dessa via, a amígdala projeta eferências para núcleos do tronco encefálico envolvidos em funções viscerais, como o núcleo dorsal do vago, onde estão neurônios pré-ganglionares do parassimpático craniano. - Além dessas conexões extrínsecas, os núcleos da amígdala comunicam-se entre si por fibras predominantemente glutamatérgicas, indicando grande processamento local de informações. -Do ponto de vista neuroquímico, a amígdala tem grande diversidade de neurotransmissores, tendo sido demonstrada nela a presença de acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P e encefalinas. -A grande complexidade estrutural e neuroquímica da amígdala está de acordo com a complexidade de suas funções. -É a principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional. 2. Funções: -A estimulação dos núcleos do grupo basolateral da amígdala causa reações de medo e fuga. -A estimulação dos núcleos do grupo corticomedial causa reação defensiva e agressiva. -O comportamento de ataque agressivo pode ser desencadeado com estimulação da amígdala, mas também do hipotálamo. -A amígdala contém a maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC. -Sua estimulação reproduz uma variedade de comportamentos sexuais e sua lesão provoca hipersexualidade. - A principal e mais conhecida função da amígdala é o processamento do medo. -Pacientes com lesões bilaterais da amígdala não sentem medo, mesmo em situações de perigo óbvio, como a presença de uma cobra venenosa. -Fato interessante demonstrado pela neuroimagem funcional é que a amígdala é ativada pela simples visão de pessoas com expressão facial de medo. - Estudos de neuroimagem funcional demonstraram que a amígdala está envolvida também no reconhecimento de faces que expressam emoções como medo e alegria. ↪Uma das áreas visuais secundárias do lobo temporal armazena imagens de faces e permite seu reconhecimento. -Entretanto, o reconhecimento de faces com expressões emocionais ocorre apenas na amígdala. -Pacientes com perda da capacidade de reconhecer faces por lesões das áreas visuais secundárias, prosopagnosia, continuam a reconhecer expressões faciais de emoção, o que é feito pela amígdala. 3. A amígdala e o medo: -O medo é uma reação de alarme diante de um perigo. -Esta reação resulta da ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina pela medula da glândula suprarrenal. -Este alarme, denominado Síndrome de Emergência de Cannon, visa preparar o organismo para uma situação de perigo na qual ele deve ou fugir ou enfrentar o perigo (to fight or to fiight). Exemplo do boi: -A informação visual (auditiva, se o boi berrar) é levada ao tálamo (corpo geniculado lateral) e daí a áreas visuais primárias e secundárias. A partir desse ponto, a informação segue por dois caminhos, uma via direta e outra indireta. -Na via direta, a informação visual é levada e processada na amígdala basolateral, passa à amígdala central, que dispara o alarme, a cargo do sistema simpático. -Isto permite uma reação de alarme imediata com manifestações autonômicas e comportamentais típicas. -Na via indireta, a informação passa ao córtex pré-frontal e depois à amígdala. - A via direta é mais rápida e permite resposta imediata ao perigo. - A via indireta é mais lenta, mas permite que o córtex pré-frontal analise as informações recebidas e seu contexto. -Se não houver perigo (o boi é manso), a reação de alarme é desativada -. A via direta é inconsciente e o medo só se toma consciente, ou seja, a pessoa só sente medo quando os impulsos nervosos chegam ao córtex. -Os medos nos animais são, em sua maioria, inatos, ou seja, o animal já nasce com medo dos perigos mais comuns em seu habitat. -Mas eles podem também aprender a ter medo por um processo de condicionamento. -Em uma experiência clássica, um rato foi submetido a estímulos neutros, como, por exemplo, o som de uma campainha (estímulo condicionado). Logo a este estímulo, segue-se um choque elétrico (estímulo não condicionado) aversivo para o animal. Submetido a um certo número de vezes a esses estímulos rapidamente, o animal passou a ter medo do som, mesmo sem o choque. -A associação de dois estímulos é feita no núcleo lateral da amígdala e a resposta, a cargo principalmente do sistema nervoso simpático, é desencadeada pelo núcleo central. - Em um animal sem amígdala, o condicionamento não ocorre. - No homem, onde os medos são aprendidos, o condicionamento ocorre exatamente como nos animais. ↪ Pacientes com lesão da amígdala não aprendem a ter medo. - No homem, o medo pode ocorrer mesmo sem condicionamento, por exemplo, se uma pessoa for informada de que alguma coisa é perigosa, pode passar a ter medo dela, mesmo sem tê-la visto. 4. Sistema de recompensa no encéfalo: -Olds e Milner, através da implantação de eletrodos no cérebro de ratos, de tal modo que os animais podiam estimular eletricamente o próprio cérebro apertando uma alavanca. -Com este método, verificaram que, em determinadas áreas (áreas de recompensa),os ratos se autoestimulavam com uma frequência muito alta, podendo chegar a 800 estimulações por hora, ocupando todo o tempo do animal, que deixava de ingerir água ou alimento, estimulando-se até a exaustão. -Admite-se que a autoestimulação causa urna sensação de prazer que seria semelhante à que se sente quando se satisfaz a fome, a sede e o sexo. - Algumas experiências de autoestirnulação, realizadas com pacientes humanos na tentativa de tratamento de problema neurológico, confirmaram a presença de áreas cuja estimulação causa prazer. ↪Em um caso, o paciente com eletrodo na área septal relatou uma sensação boa que precedia um orgasmo. -Sabe-se hoje que as áreas que determinam estimulações com frequências mais elevadas compõem o sistema dopaminérgico mesolímbico ou sistema de recompensa , formada por neurônios dopaminérgicos que, da área tegmentar ventral do mesencéfalo, passando pelo feixe prosencefálico medial, terminam nos núcleos septais e no núcleo accumbens, os quais, por sua vez, projetam-se para o córtex pré-frontal orbitofrontal. -Há também projeções diretas da área tegmental ventral para a área pré-frontal e projeções de retroalimentação entre esta área e a tegmentar ventral. -O Sistema de Recompensa premia com a sensação de prazer os comportamentos importantes para a sobrevivência, mas é também ativado por situações cotidianas que causam alegria como, por exemplo, quando rimos de uma piada , vencemos algum desafio, conquistamos uma vitória, tiramos uma nota boa na escola ou simplesmente quando vemos as pessoas que amamos felizes. -Sabe-se hoje que o prazer sentido após o uso de drogas de abuso, como heroína e crack, deve-se à estimulação do sistema dopaminérgico mesolímbico em especial e o núcleo accumbens - A dependência ocorre pela estimulação exagerada dos neurônios deste sistema, o que resulta em gradual diminuição da sensibilidade dos receptores e redução de seu número. -Com isso, doses cada vez maiores são necessárias para obter-se o mesmo prazer. -Quando, na experiência de autoestimulação, o eletrodo é substituído por um dispositivo que permite ao rato injetar heroína no núcleo accumbens, a frequência de auto injeções é muito alta. -Assim, o comportamento de um rato que se autoestimula até a exaustão assemelha-se e tem a mesma base neural do comportamento de um dependente químico que renuncia a todos os valores da vida pelo prazer da droga. Correlações anatomoclínicas: Ansiedade e estresse: -As respostas autonômicas e comportamentais que ocorrem na reação normal ao medo têm o papel de preparar o organismo para situações agudas de emergência. -A ansiedade é um transtorno psiquiátrico muito comum. -Ele é a expressão inapropriada do medo, que neste caso é duradouro e pode ser desencadeado por perigos pouco definidos ou pela recordação de eventos que supostamente podem ser perigosos. -A ansiedade desencadeada de forma crônica se transforma em estresse e causa danos ao organismo. - Uma pessoa sadia regula a resposta ao medo através do aprendizado. - O medo de voar de avião pode ser grande a primeira vez e depois se aprende que não há perigo. - No transtorno de ansiedade, o motivo pode não estar presente e, mesmo assim, resulta na ativação da amígdala. - Os neurônios hipotalâmicos, em resposta a estímulos da amígdala, promovem a liberação do hormônio adrenotropicocórtico (ACTH) que, por sua vez, induz a liberação do cortisol pela adrenal. -O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é regulado pelo hipocampo, que exerce seu efeito inibindo este eixo. -A exposição crônica ao cortisol pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampais. -Assim, a degeneração do hipocampo torna a resposta ao estresse mais acentuada, levando a maior liberação de cortisol e maior lesão do hipocampo. -Estudos de neuroimagem mostraram redução no volume do hipocampo com repercussão sobre a memória em pacientes que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático. - A resposta ao estresse tem sido relacionada tanto à hiperatividade da amígdala como à redução da atividade do hipocampo
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