Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Discente: Beatriz da Paixão Santos Doença Neurológica: Hidrocefalia em Cães ATIVIDADE SEMANAL: Comparação de doença neurológica em diferentes literaturas. A primeira literatura analisada foi o Tratado de Medicina Interna de cães e gatos, sendo 1ª edição e publicada em 2015, apresentando 2 volumes sendo o segundo volume foi utilizado para esta atividade, mais especificamente a parte 21 tratando-se da neurologia. O autor dessa parte do livro foi João Pedro de Andrade Neto, Médico Veterinário, graduado pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), mestrado em fisiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP, especialista em atendimentos neurológicos e em eletroencefalografia na clínica de cães e gatos, além de clínico e cirurgião geral dos consultórios veterinários. O primeiro livro aborda previamente o conceito de hidrocefalia e suas classificações, sendo ela um acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano no sistema ventricular do encéfalo ou até mesmo uma distensão ativa do sistema ventricular do encéfalo decorrente da passagem inadequada de LCR, pode ser associada a ocorrências secundárias como hipotrofia ou atrofia do tecido nervoso. Posteriormente é feita uma descrição detalhada do líquido cefalorraquidiano apresentando sua relação com a doença citada e uma abordagem breve sobre o encéfalo. No que se diz respeito a sinais clínicos, os sinais vão depender da área afetadas e do grau da hidrocefalia, esta literatura cita algumas raças predisponentes, sendo algumas delas: Maltês, Yorkshire, Buldogue inglês e etc. De forma generalizada, como manifestações clínicas tem-se: calvária em formato de cúpula (abóbada) com fontanela aberta, andar compulsivo, pressão da cabeça contra obstáculos, mudanças de atitude, cegueira, convulsões, atividade neurológica deprimida, inatividade, fraqueza ou incoordenação, demência, incapacidade de aprendizado, agressividade ou irritabilidade. O diagnóstico da primeira literatura é mais contextualizado, não apresentou diagnósticos diferenciais, sendo bem generalizado. O diagnóstico baseou-se em sintomas clínicos e na avaliação dos tamanhos ventriculares. Como exames complementares indicados tem-se: A radiografia (confirmar as linhas de sutura e fontanelas persistentes), eletroencefalografia, análise de LCR (hidrocefalia associada a à meningoencefalite), ultrassonografia (demonstração de aumento dos ventrículos em cães com abertura da fontanela), tomografia computadorizada – TC (definição de tamanho ventricular, extensão da atrofia cortical e ocorrência de qualquer lesão focal que ocasionou a hidrocefalia), ressonância magnética – RM (imagens detalhadas do sistema ventricular). O tratamento inclui o uso de esteroides, diuréticos (acetazolamida e manitol, furosemida) e glicocorticoides. O tratamento definitivo depende da causa primária, se não for primária, opta-se pela inserção de um desvio do LCR dos ventrículos para dentro da cavidade do corpo. A segunda literatura utilizada foi o Casos de Rotina em Medicina Veterinária de Pequenos Animais, 2ª edição, publicado em 2015 pela editora MedVet. Este, é dividido em capítulos e subdividido em tópicos com três seções básicas: descrição da doença, diagnóstico e tratamento. Para esse estudo, foi utilizado o capitulo 13 sobre neurologia. A autora responsável pela seção foi Mônica Vicky Bahr Arias, graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestrado em Cirurgia pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), doutorado em Cirurgia pela FMVZ/USP, e professora Associada do Departamento de Clínicas Veterinárias da Universidade Estadual de Londrina, desde 1995. Assim como na primeira literatura, o objetivo do estudo foi oferecer um material de caráter mais prático, sumarizado da descrição e forma diagnóstica das doenças, buscando, principalmente, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA CAMPUS SERTÃO trazer alternativas terapêuticas para as enfermidades mais comuns à clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. Assim como na primeira literatura, a hidrocefalia nessa outra literatura é descrita como acúmulo excessivo de LCE nos ventrículos cerebrais ocasionada pelo desequilíbrio entre produção e absorção do LCE, como também citou as mesmas raças de cães predisponentes a esta doença. Também relaciona lesões no cerebelo como causa da hidrocefalia e também classifica a hidrocefalia como congênita e adquirida. Diferentemente da primeira literatura, esta não cita os sinais clínicos evidentes nos animais Em respeito ao diagnóstico, nos casos de rotina também afirma que o dito cujo deve ser baseado em sinais clínicos e exames complementares, sendo eles: radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento dessa literatura também vai depender da causa primária, e os tratamentos foram os mesmos da primeira literatura: uso de glicocorticoides, diuréticos, tratamento cirúrgico e o uso de anticonvulsionantes que não foi apresentado anteriormente. Ainda foi apresentado o prognóstico da doença, sendo reservado a ruim, pelo fato de muitos dos sinais não regredirem. A terceira literatura utilizada foi um estudo de caso sobe hidrocefalia, aprovado em 15/11/2014 e publicado posteriormente em 01/12/2014. Os autores responsáveis foram Ana Maria Quessada, Professora do Mestrado em Ciência Animal, Universidade Paranaense (UNIPAR), Campus de Umuarama, PR, Brasil, Thaís Pitelli Zamarian, Médica veterinária autônoma, Professora do curso de Medicina Veterinária, UNIPAR e Sílvio Henrique Ferreira Dias, Graduando do curso de Medicina Veterinária, UNIPAR. Como objetivo do estudo, tem-se um aprendizado mais aprofundado com auxílio de caso real para observações concretas. O animal utilizado para aprofundamento teórico foi um cão com severa ataxia e aproximadamente 2 meses de vida. Após estudo, o animal foi submetido a eutanásia e foi confirmado a presença da doença. Inicialmente, o estudo faz uma abordagem no resumo sobre a hidrocefalia, apresentando tudo que será observado no estudo do caso, fez menção aprofundada também sobre o líquido cefalorraquidiano. A hidrocefalia, assim como as outras literaturas, é descrita como uma disfunção em que ocorre acúmulo de líquido cefalorraquidiano no cérebro, podendo ser congênita ou adquirida. Alguns sinais clínicos foram igualmente descritos assim como na primeira literatura e outros não, com presença de andar em círculos, alterações comportamentais como agressividade e depressão, vocalização excessiva, colisão contra obstáculos, estrabismo, convulsões, nistagmo e ataxia. O diagnóstico foi igual as outras literaturas: radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento consistiu em eliminar a causa principal, sendo que o diagnóstico etiológico é mais difícil. Em hidrocefalia adquirida é necessário eliminar a causa, e na congênita o tratamento pode ser com uso de medicamentos ou meios cirúrgicos. Os medicamentos utilizados incluem o uso de diuréticos, como acetazolamida, sozinha ou em combinação com furosemida, os corticosteroides, e o omeprazol. Diferentemente das outras literaturas o prognóstico é desfavorável, geralmente levando o animal a óbito. AVALIAÇÃO DAS LITERATURAS: Dentre as 3 literaturas utilizadas, a primeira foi a mais aprofundada em relação ao tema, a segunda diferentemente da primeira foi mais direta e prática, o que realmente faz jus ao objetivo do livro, ser um arsenal de conhecimentos prático e direto. Na minha opinião, isso não faz da literatura um meio de estudo ruim, ela só deveria ser utilizada como complemento da primeira, sendo necessário um estudo aprofundado primeiro para depois utilizar essa literatura para revisão. Nesse mesmo sentido a terceira literatura do estudo do casodeve ser utilizada da mesma forma, como uma revisão e estudo de casos mesmo, dessa forma poderão ser associados dados da literatura com o estudo do caso. De forma geral, as literaturas são muito boas, o conteúdo foi fácil de ser compreendido, ficando como dúvida apenas na questão fisiopatológica e etiológica da doença em questão.
Compartilhar