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Aula 13 06.04.2021 Dr.Alberto Carneiro Jr. Propedêutica Clínica Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona A renina é uma aspartil protease sintetizada, armazenada e secretada por exocitose na circulação arterial renal pelas células justaglomerulares granulosas, localizadas nas patredesdas arteríolas aderentes que penetram nos glómerulos. O resultado final da secreção de renina consiste em vasoconstrição e retenção de Na+; duas ações que mantêm a perfusão tecidual e aumentam o volume de líquido extracelular. A secreção de renina pelas células justaglomerulares é controlado predominantemente por três vias: 💊 A via da mácula densa 💊 A via barorreceptora intrarrenal 💊 A via do receptor β1-adrenérgico O primeiro mecanismo é a via da mácula densa. A mácula densa, localizada adjacente às células justaglomerulares, é composta por células epiteliais colunares especializadas, situarias na parede da porção do ramo ascendente espesso que passa entre as arteríolas aferente e eferente do glomérulo. A ocorrência de uma alteração na absorção de NaCl pela mácula densa resulta na transmissão, para as células justaglomerulares adjacentes, de sinais químicos que modificam a liberação de renina. Os aumentos no fluxo de NaCl através da mácula densa inibem a liberação de renina, enquanto a redução do fluxo estimula. ATP, adenosina e as prostaglandinas modulam a via da mácula densa. ATP e adenosina são liberados quando o transporte de NaCl aumenta o ATP que age nos receptores P2Y para inibir a liberação de renina. A Eixo renina-angiotensina-aldosterona. O angiotensinogênio é um pró-hormônio secretado na circulação pelos hepatócitos. A renina, uma aspartil protease secretada pelas células justaglomerulares do rim, cliva o angiotensinogênio em angiotensina I. A enzima conversora de angiotensina (ECA), uma protease expressa no endotélio capilar pulmonar (e em outros locais), cliva a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II exerce quatro ações que aumentam o volume intravascular e mantêm a perfusão tecidual. Em primeiro lugar, a angiotensina II estimula as células da zona glomerulosa do córtex adrenal a secretar aldosterona, um hormônio que aumenta a reabsorção renal de NaCl em múltiplos segmentos ao longo do néfron. Em segundo lugar, a angiotensina II estimula diretamente a reabsorção tubular proximal renal de NaCl. Em terceiro lugar, a angiotensina II provoca vasoconstrição arteriolar eferente, uma ação que aumenta a pressão intraglomerular e, por conseguinte, a taxa de filtração glomerular (TFG). Por fim, a angiotensina II estimula os centros da sede do hipotálamo e promove a secreção de HAD. adenosina atua através do receptor A1 da adenosina para inibir a liberação da renina. As prostaglandinas (PGEb PGI ) são liberadas quando o transporte de NaCl reduz e estimulam a liberação de renina ao potencializar a formação de AMP cíclico. A produção da prosta- glandina é estimulada pela ciclo-oxigenase induzível (COX-2). A COX-2 e a óxido nítrico sintetase neuronial (nNOS) participam do mecanismo da liberação da renina estimulada pela mácula densa. A expressão de COX-2 e nNOS é regulada de forma ascendente na restrição crônica de Na+na dieta; a inibição seletiva de COX-2 ou nNOS inibe a liberação de renina. A via do nNOS/NO pode mediar parcialmente o aumento na expressão de COX-2 induzida pela ingestão reduzida de Na+. Modulação da liberação de renina. A renina é liberada pelas células justaglomerulares em resposta a diversos estímulos que sinalizam depleção de volume. Em primeiro lugar, a redução da pressão na arteríola aferente (não ilustrada) estimula a liberação aumentada de renina, possivelmente por meio da liberação de prostaglandinas. Em segundo lugar, as células justaglomerulares expressam receptores β1-adrenérgicos (β1-AR) acoplados à Gs, que estimula a adenilil ciclase a aumentar o nível intracelular de AMPc, que representa um incentivo para a liberação de renina. Em terceiro lugar, as células que revestem os segmentos diluidores do néfron modulam a liberação de renina, com base na extensão do fluxo luminal de NaCl. Em casos de diminuição do fluxo de NaCl, a entrada reduzida de Cl– por meio do transportador de Na+/2Cl–/K+ (NKCC2) na membrana apical das células da mácula densa no túbulo contorcido distal estimula a atividade da ciclo- oxigenase-2 (COX-2), aumentando a produção de prostaglandinas. As prostaglandinas difundem-se e ativam os receptores de prostaglandinas (PG) das células justaglomerulares, que estimulam a liberação de renina pelo aumento da produção de AMPc. Em contrapartida, a elevação do aporte de NaCl no ramo ascendente espesso (RAE) cortical leva, por meio de mecanismos ainda controvertidos, a um aumento na produção de adenosina no interstício mesangial justaglomerular. A ativação dos receptores de adenosina A1 acoplados à Gi das células justaglomerulares diminui o AMPc intracelular, resultando em uma liberação reduzida de renina. O segundo mecanismo que controla a liberação de renina é a via dos barorreceptores intrarrenais. Os aumentos e as reduções da pressão sanguínea ou da perfusão renal nos vasos pré-glomerulares inibem e estimulam, respectivamente, a liberação de renina. Acredita-se que o estímulo imediato para a secreção seja uma redução da tensão dentro da parede da arteríola aferente. A liberação de prostaglandinas renais e o acoplamento biomecânico através dos canais iônico ativados pelo esforço podem mediar, em parte, a via de barorreceptores intrarrenais. O terceiro mecanismo, denominado via dos receptores beta- -adrenérgicos, é mediado pela liberação de norepinefrina a partir dos nervos simpáticos pós-ganglionares. A ativação dos receptores nas células justaglomerulares aumenta a secreção de renina. Os três mecanismos que regulam a liberação de renina estão incluídos em uma regulação de retroalimentação. O aumento da secreção de renina intensifica a formação de Angll, que estimula os receptores AT1 nas células justaglomerulares, inibindo a liberação de renina, um efeito denominado retroalimentação negativa de alça curta. A Angii também aumenta a pressão arterial através dos receptores AT1; este efeito inibe a liberação de renina ao: 💊 Ativar os barorreceptores de alta pressão, reduzindo, assim o tônus simpático renal; 💊 Aumentar a pressão nos vasos pré-glomerulares; 💊 Reduzir a reabsorção de NaCl no túbulo proximal (natriurese de pressão), o que aumenta o aporte tubular de NaCl na mácula densa. A inibição da liberação de renina devido a elevações da pressão arterial induzidas pela AngII foi denominada retroalimentação negativa de alça longa. As vias fisiológicas que regulam a liberação de renina são influenciadas pela pressão arterial, pela ingestão dietética de sal e por diversos agentes farmacológicos. Os diuréticos de alça estimulam a liberação, ao reduzir a pressão arterial e bloquear a reabsorção de NaCl na mácula densa. Os anti- inflamatórios não esteroides (AINEs) inibem a síntese de prostaglandinas e, portanto, diminuem a liberação de renina. Os inibidores da ECA e da renina, e os bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRAs) interrompem os mecanismos de retroalimentação negativa tanto na alça curta quanto na alça longa e, portanto, aumentam a liberação de renina. O aumento do AMP cíclico nas células justaglomerulares estimula a renina. Os agentes simpatolíticos de ação central, bem comes antagonistas dos receptores β-adrenérgicos, diminuem a secreção de renina ao reduzir a ativação dos receptores β-adrenérgicos nas células justaglometulares. Representação esquemática das três principais vias fisiológicas que regulam a liberação de renina. MD, mácula densa; PGI2/PGE2, prostaglandinas 12 e E2; AINEs, anti-inflamatórios não esteroides; Angll, angiotensina II; ECA, enzima conversara de angiotensina; AT1R, receptor de angiotensina do subtipo 1; NE/ Epi, norepinefrina/epinefrina; CJG, célulasjustaglomerulares. O angiotensinogênio é sintetizado e secretado principalmente pelo figado, embora as suas transcrições também sejam abundantes no tecido adiposo, em certas regiões do sistema nervoso central (SNC) e no rim. A síntese do angiotensinogênio é estimulada pela inflamação, insulina, estrogênios, glicocorticoides, hormônio tireóidea e Angii. Durante a gravidez, os níveis plasmáticos desse substrato aumentam várias vezes, por causa das quantidades elevadas de estrogênios. Os anticoncepcionais orais que contêm estrogênio aumentam os níveis circulantes de angiotensinogênio e podem induzir a hipertensão. Ela é bastante inespecífica e cliva unidades dipeptídicas de substratos com diferentes sequências de aminoácidos. Os substratos preferidos possuem apenas um grupo carboxila livre no aminoácido carboxiterminal, e a prolina não deve ser o penúltimo aminoácido, assim, a enzima não degrada a Angii. A ECA é idêntica à cininase II, a enzima que inativa a bradicinina e outros peptídeos vasodilatadores potentes. Embora ocorra conversão lenta da Angi em Angll no plasma, o metabolismo muito rápido observado in vivo deve-se, em grande parte, à atividade da ECA ligada à membrana, presente na superfície luminal das células endoteliais em todo o sistema vascular. Angiotensinogênio Enzima Conversora de Angiotensina I (ECA I) Enzima Conversora de Angiotensina II (ECA II) A ECA2 cliva um aminoácido do carboxiterminal para converter Angi em Ang (1-9) e Angll em Ang (1-7). A Angii é o substrato preferido para ECA2 com uma afinidade 400 vezes maior do que Angl. A importância fisiológica da ECA2 ainda não está bem estabelecida; é possível que atue como mecanismo contrarregulador para opor-se aos efeitos da ECA. A ECA2 regula os níveis de Angii e limita os efeitos ao convertê- la emAng(1-7) que se liga ao receptores Mas e produz as respostas va- sodilatadora e antiproliferativa. A ECA2 não é inibida pelos inibidores padrões da ECA e não tem efeito sobre a bradicinina. Em animais, a redução da expressão de ECA2 está associada a hipertensão, defeitos na contratilidade cardíaca e níveis elevados de Angii. A expressão excessiva dos genes da ECA2 evita a hipertrofia cardíaca induzida pela Angii em camundongos hipertensos. Esta enzima também funciona como um receptor para o coronavírus SARS. Funções e Efeitos do Sistema Renina-Angiotensina Os principais efeitos da AngII no sistema cardiovascular incluem: 💊 Resposta pressora rápida 💊 Resposta pressora lenta 💊 Hipertrofia e remodelagem vasculares e cardíacas. A ocorrência de aumentos modestos nas concentrações plasmáticas de AngII provoca elevação aguda da pressão sanguínea. Quando se inveja uma dose moderada única de AngII via intravenosa, a pressão arterial sistêmica começa a aumentar em poucos segundos, atinge rapidamente um pico e retorna ao valor normal em poucos minutos. Essa resposta pressora rápida à AngII deve-se a um rápido aumento da resistência periférica total - uma repsosta que ajuda a manter a pressão arterial na presença de estímulo hipotensor agudo (p.ex., perda de sangue ou vasodilatação). Apesar de a angiotensina II aumentar diretamente a contratibilidade cardíaca (através da abertura dos canais de Ca2+ refulados por voltagem nos miócitos cardíacos) e indiretamente a frequência cardíaca (mediante facilitação do tônus simpático, aumento da neurotransmissão adrenérgica e liberação de catecolaminas pelas suprarrenais), a rápida elevação da pressão arterial ativa um reflexo barorreceptor, que diminui o tônus simpático e aumenta o tônus vagal. Assim, dependendo do estado fisiológico, a AngII pode aumentar, diminuir ou não modificar a contratilidade, a freuquência e o débito cardíaco. Dessa maneira, as alteracões no débito cardíaco contribuem pouco, se é que o fazem, para a resposta pressora rápida induzida pela AngII. A angiotensina II também produz uma resposta pressora lenta, que ajuda a estabilizar a pressão arterial por um longo tempo. A infusão contínua de doses inicialmente subpressoras de Angll aumenta de modo gradual a pressão arterial, sendo necessários vários dias para atingir o efeito máximo. Essa resposta pressora lenta é provavelmente mediada por um declínio da função excretora renal, que desvia a curva de pressão renal-natriurese para a direita (ver seção adiante). A Angll estimula a síntese de endotelina 1 e de ânion superóxido, podendo contribuir para a resposta pressora lenta. Além de seus efeitos sobre a pressão arterial, a AngII estimula a remodelagem do sistema cardiovascular, causando hipertrofia das células vasculares e cardíacas e aumento na síntese e do depósito de colágeno pelos fibroblastos cardíacos. Vasoconstrição direta. A Angll provoca constrição das arteríolas pré-capilares e, em menor grau, das vênulas pós-capilares ao ativar os receptores AT1 localizados nas células musculares lisas vasculares e ao estimular a via Gq-PLC-IPrCa2+. A Angll exerce efeitos diferenciais sobre os leitos vasculares. A vasoconstrição direta é mais forte no rim e ligeiramente menor no leito vascular esplênico; o fluxo sanguíneo nessas regiões cai abruptamente com a infusão de Angll. A vasoconstrição induzida pela Angll é muito menor nos vasos do cérebro e ainda mais fraca nos vasos dos pulmões e do músculo esquelético. Contudo, as altas concentrações de Angll circulante podem diminuir o fluxo sanguíneo cerebral e coronariano. Alteração da função renal. A Angll exerce efeitos pronunciados sobre a função renal, diminuindo a excreção urinária de Na+ e de água, enquanto aumenta a excreção de K+. O seu efeito global sobre o rim consiste em deslocar a curva de pressão renal- natriurese para a direita. Liberação de aldosterona pelo córtex suprarrenal. A Angll estimula a zona glomerular do córtex suprarrenal, au- mentando a síntese e a secreção de aldosterona, que aumenta as respostas a outros estímulos (p. ex., ACTH, K+). O aumento do débito de aldosterona é induzido por concentrações de Angll que exercem pouco ou nenhum efeito agudo sobre a pressão arterial. A aldosterona atua sobre os túbulos distais e coletores, provocando retenção de Na+ e excreção de K+ e de H+. O efeito estimulante da Angll sobre a síntese e a liberação de aldosterona aumenta em condições de hiponatremia ou de hiperpotassemia, enquanto sofre redução quando as concentrações plasmáti- cas de Na+ e de K+ são alteradas na direção oposta. Alteração do hemodinâmica renal. A AngII diminui o fluxo sanguíneo e a função excretores renais pela constrição direta do músculo liso vascular renal, aumento tô tônus simpático-renal (efeito do SNC) e facilitação da transmissão adrenergica renal (efeito intrarrenal). A vasoconstrição dos microvasos pré- glomerulares induzida pela AngII é intensificada pela adenosina endógena, graças aos sistemas de transdução de sinais ativados pelos receptores AT1 e receptores de adenosina A1. A AngII influência a taxa de filtração glomerular (TFG) através de vários mecanismos: 💊 Constrição das artérias aferentes, que reduz a pressão intraglomerular e tende a diminui a TFG; 💊 Contração das células mesangiais, que diminui a área de superfície capilar disponível para a filtração dentro do glomérulo e também tende a reduzir a TFG; e 💊 Constrição das arteríolas eferentes, que aumenta a pressão intraglomerular e tende a aumentar a TFG. Durante a hipotensão de artéria renal, os efeitos da AngII sobre a arteríola eferente predominam, de modo que a angiotensina II aumenta a TFG. Hipertrofia e remodelagem vasculares e cardiacas. As alterações patológicas envolvendo hipertrofia e remode- lagem aumentam a morbidade e a mortalidade. Essas alterações mórbidas na estrutura cardiovascular devem-se a um aumento na migração, proliferação (hiperplasia) e hipertrofia das células, bem como a um aumento da matriz extracelular. As células envolvidas incluem as musculareslisas vasculares, os miócitos cardíacos e os fibroblastos. Nesse aspecto, aAngll; 💊 Estimula a migração, a proliferação e a hipertrofia das células musculares lisas vasculares; 💊 Aumenta a produção de matriz extracelular pelas células musculares lisas vasculares; 💊 Provoca hipertensão dos miocitos cardiacos; 💊 Aumenta a produção da matriz extracelular pelos fibroblastos. Efeitos hemodinamicamente mediados da angiotensina II sobre a estrutura cardiovascular. Além dos efeitos celulares diretos da Angll sobre a estrutura cardiovascular, as alterações na pré-carga (expansão do volume, devido à retenção de Na+) e na pós-carga cardíacas (elevação da pressão arterial) provavelmente contribuem para a hipertrofia e a remodelagem cardíacas. A hipertensão arterial também contribui para a hipertrofia e a remodelagem dos vasos sanguíneos. Papel do SRA na manutenção a longo prazo da pressão arterial, apesar de variações extremas na ingestão die- tética de Na+. A pressão arterial constitui um importante determinante da excreção de Na+. Esse fato é ilustrado graficamente ao plotar a excreção urinária de Na+versus a pressão arterial média, um gráfico conhecido como curva de pressão renal-natriurese. A longo prazo, a excreção de Na+ deve ser igual à sua ingestão, portanto, o ponto de ajuste para os níveis de pressão arte- rial a longo prazo pode ser obtido pela interseção de uma linha horizontal, representando a ingestão de Na+, com a curva de pressão. O SRA desempenha um importante papel na manutenção de um ponto de ajuste constante para níveis de pressão arterial a longo prazo, apesar de alterações extremas na in- gestão dietética de Na+. Quando a ingestão de Na+é baixa, a liberação de renina é estimulada, a Angll atua sobre o rim, deslocando a curva de pressão renal-natriurese para a direita. Por outro lado, quando a ingestão dietética de Na+ encontra-se elevada, ocorre inibição da liberação de renina, e a suspensão da Angll provoca um desvio da curva de pressão renal-natriurese para a esquerda. Quando a modulação do SRA é bloqueada por fármacos, as alterações na ingestão de sal afetam acentuadamente os níveis de pressão arterial a longo prazo. Angiotensina e doença vascular. O SRA induz doença vascular por meio de múltiplos mecanismos, incluindo direta e indiretamente (através da aldosterona): estimulação da migração das células musculares lisas vasculares, proliferação e produção de matriz extracelular; aumento da liberação do inibidor do ativador do plasminogênio tipo 1 e aumento da expressão da proteína quimioatraente 1 dos monócitos; aumento da expressão de proteínas de adesão, (p. ex., ICAM-1, integrinas e osteopontina) nas células vasculares: e a produção de quimiocinas e citocinas inflamatórias, que potencializam a migração das células inflamatórias A Angll acelera acentua- damente o desenvolvimento de aterosclerose em camundongos com deficiência de apolipoproteína E, um modelo animal de aterosclerose. Referencias
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