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APOSTILA - HISTÓRIA DO FUTEBOL

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FUTEBOL
O futebol é uma modalidade esportiva coletiva jogada com os pés, que para ser realizado são necessários dois times com onze jogadores, sendo que um deles deve ser o goleiro. É praticado em um campo de no mínimo 90 m de comprimento por 45 m de largura, com duas traves localizadas nas extremidades do campo e uma bola. O objetivo das equipes consiste em colocar a bola dentro das traves (gols), conduzindo-a com os pés mais vezes que o adversário durante o jogo. Uma partida tem duração de 90 minutos, sendo dois tempos de 45 minutos.
Sempre que ligamos a televisão, está passando um jogo de futebol ou algum
 (
©Shutterstock/Makieni
)programa comentando as partidas. Na escola, nas praças, em casa, sempre há alguém discutindo sobre o seu time preferido ou sobre o último jogo da seleção. Além disso, quem nunca jogou pelo menos uma vez esse esporte? A resposta é um tanto quanto óbvia: no Brasil, ninguém!
O drible é um dos fundamentos da prática do futebol.
O futebol e o carnaval
são, sem dúvida, os elementos culturais que mais caracterizam o Brasil. A diferença é que, enquanto as festas carnavalescas têm características tipicamente brasileiras, o futebol é popular e importante em quase todos os países do mundo.
Embora seja um fenômeno difícil de explicar, existem alguns motivos para o futebol ser o esporte mais praticado no mundo todo. Primeiro, o local para sua prática não exige muitos cuidados, ele pode ser jogado tanto em modernos pisos sintéticos quanto na grama, na areia, etc. Segundo, por ser jogado predominantemente com os membros inferiores (pernas e pés), ele não requer um biotipo específico. O futebol aceita o alto, o baixo, o robusto, o magro, enfim, encontramos jogadores com as
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mais diferentes características físicas. Terceiro, ele exige pouco material para sua prática, tornando-se, assim, acessível à população mais pobre.
O futebol atualmente é disputado tanto na modalidade masculina como na feminina, tendo ambos as mesmas condições físicas para o desenvolvimento do jogo. São elas:
	Categorias (M/F)
	Dente de leite (sub 9)
	7 a 9 anos
	Mirim (sub 13)
	10 a 12 anos
	Infantil (sub 15)
	13 a 15 anos
	Juvenil (sub 17)
	16 a 17 anos
	Juniores (sub 20)
	18 a 20 anos
	Adulto
	Maiores de 20 anos
HISTÓRIA DO FUTEBOL
O futebol tal como se conhece atualmente é fruto das sociedades competitivas instauradas com a Revolução Industrial e, portanto, sua origem remete ao início do século XIX, na Inglaterra. Neste país havia um antigo jogo desde o século XVII, que não tinha regras muito bem delimitadas e contava basicamente com a utilização das mãos e dos pés para levar um objeto (geralmente uma bola feita de bexiga de boi) a uma extremidade do campo.
De um lado, algumas escolas acreditavam que o jogo deveria ser mantido como estava, afirmando que o contato violento que predominava desenvolvia a virilidade, fator essencial na formação de uma raça forte. De outro, havia uma corrente que acreditava que o jogo era muito violento, não condizendo com os padrões de civilidade exigidos para uma sociedade que buscava o desenvolvimento.
Dessa divergência, surgiram dois esportes distintos: o rúgbi, que manteve os mesmos padrões de contato físico acentuado, com o objetivo de impedir que o adversário atinja qualquer ponto da extremidade do campo com a posse da bola. O outro esporte é o football, que deveria ser jogado somente com os pés (exceto por um único jogador, o goal-keeper ─ o goleiro ─ que deveria proteger a baliza dos ataques dos adversários).
No início do século XX, o futebol ficou conhecido internacionalmente, o que fez
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com que na primeira metade do século os campeonatos mundiais da modalidade fossem sendo organizados. No entanto, a FIFA (Fédération Internationale Football Association) nessa época ainda detinha um caráter amador, o que deixava os campeonatos e a própria instituição enfraquecida de acordo com os conflitos internacionais de cunho político desse período.
Mesmo assim, o futebol não deixava de angariar adeptos, até que com a candidatura do brasileiro João Havelange para a presidência da FIFA, unida ao patrocínio da Coca-Cola, no final do século XX, fez com que os campeonatos internacionais da modalidade ganhassem cada vez mais destaque, o que tornou o futebol a modalidade coletiva número 1 do mundo, superando até mesmo o Atletismo (carro chefe dos Jogos Olímpicos), em lucros, patrocínios e visibilidade.
FUTEBOL NO BRASIL
Em outubro de 1894, apenas cinco anos após a Proclamação da República no Brasil, retornava à recém industrializada cidade de São Paulo mais um dos estudantes que buscaram uma melhor formação no “velho mundo”. Seu nome era Charles Miller, um brasileiro, neto de ingleses na ramificação materna e filho de um típico escocês.
Após uma década estudando na Inglaterra, Miller trouxe na sua bagagem, além do diploma do ensino médio (high school), o material necessário para a prática de um esporte já bastante popular na Inglaterra e em toda a Europa ocidental: o futebol.
Mas o esporte bretão não era somente uma das atividades praticadas pelos imigrantes em seu momento de lazer, era um projeto para educar os nativos. A muitos desses imigrantes (e a seus descendentes) cabia a implantação, no Brasil, dos costumes e hábitos típicos de seus países de origem. Charles Miller se enquadrou nesse perfil. Acreditava-se, na época, que as práticas físicas eram o elemento primordial no processo que transformou os povos europeus em um exemplo de ser humano: que eram ao mesmo tempo fortes, viris e virtuosos, além de inteligentes, cultos e civilizados.
Assim, os esportes, e mais especificamente o futebol, não eram somente uma forma de exercitar-se. Eram um lazer “nobre”, um meio de socialização da aristocracia brasileira, que tentava adaptar as manifestações sociais brasileiras aos refinados modos europeus.
Entretanto, a iniciativa de Miller não era uma inovação: alguns ingleses que vinham ocupar os altos escalões das empresas britânicas jogavam esporadicamente o futebol. Também alguns religiosos já haviam implantado a prática do esporte em
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seus colégios, assim como marinheiros que, depois de longas viagens, praticavam avidamente o esporte nas praias brasileiras. Não queremos desmerecer a contribuição de Miller. O trabalho de divulgação, a rápida expansão e a organização segundo os padrões britânicos dependeram das suas iniciativas (assim como da iniciativa de muitos outros).
Lembramos que, desde os tempos da Inglaterra, Miller era reconhecido tanto pela sua participação nos campos de futebol e de críquete quanto pela sua eficiente atividade de secretário oficial da liga local. Fatos semelhantes ocorreram em vários locais do Brasil. No Rio de Janeiro da belle époque (chamado dessa forma porque o prefeito Pereira Passos queria transformá-lo na “Paris brasileira”), em 1902, o estudante Oscar Cox retornava da Europa e trazia consigo bolas e uniformes, conseguindo com algum esforço implantar o esporte na consolidada estrutura dos clubes de remo cariocas - era este o esporte praticado pela elite da cidade.
Em São Paulo, também havia um esporte que despertara os gostos da elite local, o ciclismo. Mas, ao contrário dos cariocas que se serviram dos praticantes de remo, os paulistanos não utilizaram, no início da prática futebolística, a estrutura pronta que o ciclismo poderia oferecer. Acreditamos que, não sendo o ciclismo um esporte tipicamente inglês, e sim francês, havia uma rivalidade entre seus introdutores e praticantes. Por esse motivo, aquele que hoje é o esporte mais popular do mundo, mesmo iniciando sua prática em São Paulo, propagou-se com maior rapidez pela antiga capital federal, o Rio de Janeiro.
A introdução na maioria dos outros estados brasileiros não fugiu à regra: imigrantes e descendentes organizaram sua prática. Cabe novamente destacar que outros clubes sociais já praticavam em círculo fechado o futebol, além da prática na várzea, que também era bastante comum. O problema é que tais práticas não despertavam maior interesse, existindo por isso poucos relatossobre elas.
No entanto, o futebol não caiu no gosto somente da elite, mas também de toda a massa populacional brasileira, que viu na modalidade uma atividade que poderia ser vivenciada em qualquer lugar e não necessitava de muitos materiais para ser desenvolvida. Desde então, vários clubes de futebol profissional e amadores foram fundados, tornando a modalidade a principal do País.
© 2012 Seção - Educação Física. Todos direitos reservados.
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