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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 MITOCÔNDRIA DEFINIÇÃO � Mito= filamento; chondrion= partícula. � Presente em seres eucariontes (animais, plantas, algas, fungos ou protozoários). � São móveis e plásticas. � Varia seu volume dependendo do tipo celular. REPRODUÇÃO � Fundem-se uma as outras e se dividem por fissão binária. � A divisão depende de genes específicos nucleares. � São filamentosas, móveis e plásticas. ORIGEM � Teoria da endosimbiose (simbiogênese): sugere que evoluíram de bactérias endocitadas há mais de um bilhão de ano. Além disso, as células eucariontes anaeróbicas estabeleceram uma relação simbiótica com as bactérias aeróbicas. � Pontos que corroboram com essa teoria: 1. Presença de DNA circulante e sem histonas, semelhante ao das bactérias. 2. Ribossomos semelhantes aos das bactérias. 3. Porinas similares a proteínas formadoras de poros encontradas na membrana de bactérias Gram negativas. 4. MME (membrana mitocondrial externa) semelhante a de células eucarióticas. 5. MMI (membrana mitocondrial interna) com cardiolipinas (lipídio duplo) encontradas na membrana da bactéria. 6. Divisão semelhante a divisão de bactérias. LOCALIZAÇÃO � Normalmente deslocam-se ao longo dos microtúbulos atendendo à necessidade de ATP em diferentes pontos da célula. � Em fibroblastos se distribuem acompanhando os microtúbulos. � Em alguns tecidos as células ficam localizadas e mesmo sem deslocamento, possuem MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 movimento de cargas associado às suas membranas (espermatozóide e fibra muscular estriada). � Nos epitélios de absorção concentram-se na região apical, onde ocorre a absorção de nutrientes. FUNÇÕES � Essenciais nas células humanas para: 1. Produção de energia (ATP). 2. Atuar na apoptose (morte celular). 3. Produzir calor. 4. Contribuir geneticamente a partir do DNA mitocondrial. PRODUÇÃO DE ATP � Principal função da mitocôndria. � Produz quase todo o ATP necessário para os propósitos biológicos. O pouco que não é produzido pela mitocôndria é produzido pela glicólise anaeróbica. ESTRUTURA � A mitocôndria é delimitada por duas membranas glicolipoproteícas. � Entre as membranas existe o espaço intermembranoso. � A MMI cerca um espaço preenchido pela matriz mitocondrial (fluido). MEMBRANA MITOCONDRIAL EXTERNA � Possui porinas altamente permeáveis a moléculas e íons. � Possui enzimas envolvidas na síntese de lipídios mitocondriais. � Possui enzimas que convertem substratos lipídicos para serem metabolizados na matriz. � Ativa ácidos graxos para que penetrem na matriz. � Possui proteínas envolvidas no processo de apoptose. ESPAÇO INTERMEMBRANAR � Está entre as duas membranas. � Rico em prótons que difundem de uma área de elevada concentração para uma área com concentração mais baixa para a produção de ATP. � Os prótons gerados na matriz são utilizados por proteínas para fosforilar nucleotídeos. COMPLEXOS ENZIMÁTICOS DO ESPAÇO INTERMEMBRANAR � O metabolismo mitocondrial produz muito ATP, a produção de GTP é insuficiente (por volta de 1 no ciclo de Krebs). � O GTP e outros nucleotídeos trifosfatados são utilizados para a sinalização interna, polimerização de microtúbulos, transporte de vesículas e adição de açúcares. � Os complexos enzimáticos do espaço intermembranar transferem o fosfato do ATP MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 para o GDP, CDP, UDP (formando GTP, CTP, UTP) e ADP, que volta para a matriz mitocondrial para ser refosforilado. � Os complexos enzimáticos são grandes para sair pela porina, assim permanecem no espaço entre as membranas, esperando os ATP´s recém formados na matriz para repetirem o processo. MEMBRANA MITOCONDRIAL INTERNA � Apresenta numerosas cristas. � Impermeabilidade elevada, mas é permeável ao O2, CO2, NO e H2O. � Contém proteína com quatro tipos de funções: 1. Proteínas de cadeia respiratória: conduzem as oxidações. 2. Proteínas presentes em complexos enzimáticos: responsável por produzir ATP na matriz. Ex: ATP sintase. 3. Proteínas transportadoras: regulam a passagem de ATP, ADP, piruvato, malato, H+ e o Pi. 4. Succinato desidrogenase: enzima que participa do ciclo de Krebs. � Possui grande quantidade de cardiolipina: 1. Participa da impermeabilidade a íons e a pequenas moléculas. 2. Em conjunto com outras proteínas, participa da apoptose (produz buraco na membrana, o que é letal para a célula). MATRIZ MITOCONDRIAL � Estão presentes: DNA mitocondrial, ribossomos mitocondriais, RNAs mitocondriais e enzimas necessárias para expressar os genes mitocondriais. � Contém enzimas necessárias para o ciclo de Krebs (exceto a succinato desidrogenase que está presente na mmi). METABOLISMO MITOCONDRIAL � Inicia com o metabolismo de moléculas que possam ser transformadas num agrupamento acetil (aminoácidos, ácidos graxos e carboidratos). � O acetil se liga a CoA para ser inserido no ciclo de Krebs. � A oxidação dos produtos do ciclo libera energia na forma de prótons e elétrons para depois formar ATP. � Pode ser dividido em 3 estágios: 1. Produção de Acetil-CoA (glicólise) MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 2. Oxidação do Acetil-CoA (ciclo de Krebs). 3. Transferência de elétrons e fosforilaçaão oxidativa. GLICÓLISE � Transformação da cadeia carbônica dos carboidratos. � Ocorre no citoplasma. � A glicose é transformada em piruvato e este é transportado para o interior da mitocôndria por um carreador. � Na matriz o piruvato é descarboxilado pelo complexo piruvato desidrogenase, formando Acetil coenzima A. � Há um gasto inicial de 2 ATPSs. Estes serão repostos no final, onde ocorre a formação de: • 2 moléculas de ácido pirúvico. • 4 moléculas de ATP. SALDO: 2 atp. � Também ocorre a liberação de elétrons e íons H+ que são capturados pelo aceptor de elétrons, o NAD+ (formando 2 moléculas de NADH). � Não há uma proteína transportadora direta de NADH, produzido no citosol pela glicólise, na membrana mitocondrial interna. Os elétrons do NADH citosólico são transportados para a matriz mitocondrial por sistemas de transporte: • Circuito do malato-aspartato: 1. O NADH citosólico reduz o oxaloacetato a malato. 2. O malato possui um transportador específico, o malato-alfa- cetoglutarato, que o transfere para a matriz. 3. O malato na matriz doa elétrons para o NAD+ que vira NADH e volta a ser oxaloacetato. 4. O oxalacetato se transforma em aspartato (aspartato aminotransferase). MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 5. Esse aspartato possui um carreador na membrana, o glutamato 6. O aspartato vai para o citosol e se transforma novamente em oxalacetato (aspartato aminotransferase) e volta a realimentar o sistema. • Circuito do glicerol-fosfato: (ex: músculo e cérebro) 1. A glicerol-3-fosfato desidrogenase catalisa a oxidação do NADH que vira NAD+ que retorna a glicólise. 2. Os elétrons do glicerol-3 transferidos a flavoproteína desidrogenase da MMI, que forma o FADH2, o qual irá fornecer e diretamente para a CTE. Transformação da cadeia carbônica dos lipídios MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 Esse aspartato possui um carreador na membrana, o glutamato-aspartato. O aspartato vai para o citosol e se transforma novamente em oxalacetato (aspartato aminotransferase) e volta a (ex: músculo e fosfato desidrogenase catalisa a oxidação do NADH que vira NAD+ que retorna a glicólise. 3-fosfato são transferidos a flavoproteína- desidrogenase da MMI, que forma o FADH2, o qual irá fornecerelétrons da cadeia carbônica dos lipídios Transformação da cadeia carbônica das proteínas CICLO DE KREBS � É uma rota anfibólica, com a finalidade de oxidar a acetil-CoA. � Onde ocorre a redução dos transportadores elétrons (NAD) em NADH e (FAD) em FADH2, compostos redutores que possuem elétrons e H+. � Ocorre a produção de pouco GTP. � Ocorre a liberação de CO2. � O potencial de membrana ocorre para que ocorra o refluxo de elétrons. Transformação da cadeia carbônica das proteínas CICLO DE KREBS É uma rota anfibólica, com a finalidade de Onde ocorre a redução dos transportadores de elétrons (NAD) em NADH e (FAD) em FADH2, compostos redutores que possuem elétrons e Ocorre a produção de pouco GTP. Ocorre a liberação de CO2. O potencial de membrana ocorre para que ocorra o refluxo de elétrons. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 TRANFERÊNCIA DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA � O NADH e FADH2 transferem os seus elétrons de alta energia ao longo da CTE e estes são passados através dos complexos da MMI para o oxigênio. � O oxigênio fica carregado negativamente. � Neste transporte de elétrons é gerado um gradiente de prótons através da MMI. � Os prótons se direcionam para a ATP-sintase sendo utilizados para a produção de ATP. Complexo I: NADH (COENZIMA Q OXIRREDUTASE) � É o maior complexo proteíco da MMI. � Contém uma molécula de flavina mononucleotídeo (FMN) e seis/sete grupos ferro-enxofre que participam no transporte de elétrons. � Recebe os dois elétrons do NADH e do H+ e os transfere através de grupos de Fe-S para a ubiquinona (Q) que se transforma em ubiquinol (QH2). MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 Complexo II: Succinato CoQ Oxirredutase � A CoQ serve como um ponto de captação de elétrons. � Contém uma única enzima do ciclo de Krebs que não se encontra na matriz mitocondrial (succinato- desidrogenase). � Oxida succinato a fumarato e transfere os 2 elétrons para uma molécula de FAD que é reduzida a FADH2. � Posteriormente esses elétrons são transferidos para a ubiquinona. Complexo III: CoQ citocromo c oxidorredutase ou citocromo bc1. � Recebe elétrons do ubiquinol produzido pelos complexos I e II, e os transfere para o citocromo c, uma proteína solúvel no espaço intermembranar. Complexo IV: citocromo c oxidase. � Recebe elétrons do citocromo c e transfere 4 elétrons para o O2, reduzindo-o a 2 moléculas de água. FORMAÇÃO DO GRADIENTE DE PRÓTONS � Os complexos transferem elétrons e libertam energia. � Esta energia é suficiente para os complexos I, III e IV transportarem prótons (H+) da matriz mitocondrial para o espaço intermembranar. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 ATPsintase � Compelxo ATPsinatase é formado por dois componenetes. � Cada componente é constituído de várias cadeias polipeptídicas. � A porção esférica (fator de acoplamento 1- f1) contém os sítios de síntese de ATP. � A porção transmembrana contém um sítio de ligação para a oligomicina (Fo) que forma o canal para a entrada de prótons. � O fluxo retrógado de prótons direcionados até o complexo V (ATP sintase) faz acontecer a síntese de ATP e a produção de calor. � Os prótons geram a rotação (energia cinética). � A formação de ATP varia de 26 a 28 (com o uso de drogas isso pode mudar). � Alguns autores acreditam que o H+ retorna a matriz e também neutraliza o oxigênio que foi reuzido. ADENINA NUCLEOTÍDEO E FOSFATO TRANSLOCASE � A maior parte do ATP gerado pela ATP sintase é utilizado pelo citosol. � A MMI possui: (ambos trabalham para a síntese de ATP) • Translocador adenina nucleotídeo translocase: transporta o ATP para fora da matriz em troca do ADP produzido no citosol, é um sistema antiporte. • Translocador fosfato translocase: transporta H+ e Pi para a matriz, é um sistema simporte. TERMOGENINA � Proteína transmembrana encontrada na mitocôndria do tecido adiposo marrom. � Atua interrompendo o fluxo de elétrons da cadeia respiratória gerando calor ao invés de ATP. � A termogênese gerada pela termogenina possibilita a hibernação. DNA MITOCONDRIAL � DNA distinto do DNA nuclear. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 3 � É circular e de fita dupla. � Não possui íntrons. � Contém 37 genes que codificam 13 proteínas da cadeia respiratória, 22 RNAt, 2 RNAr e 13 RNAm. � Apesar da presença do DNA mitocondrial, a organela realiza funções dirigidas pelo DNA nuclear (replicação, transcrição, tradução e reparo). � Cada célula contém duas cópias de um gene nuclear e várias cópias de um gene mitocondrial por célula. � É uniparental e é herdado intacto através de milhares de gerações. � Não sofre crossing-over. � Não apresenta histonas. � Não tem enzimas de reparos a mutações. � As mutações herdadas ou espontâneas do DNA mitocondrial causam as mitocondriopatias (desempenham funções anormais na produção de energia). APONTAMENTO DE MITOCÔNDRIA � Quando o organismo está em repouso, as células usam mais glicose proveniente do glicogênio, porém durante o exercício físico há mobilização dos ácidos graxos depositado nas gorduras. � ATP= ADP + PI (fosfato inorgâncio) + energia
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