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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 2a e 3a aula: II – Humanismo Moderno no 
Renascimento 1. O teocentrismo na Idade Média e o nascimento da experiência 
subjetiva privatizada e individualizada no Renascimento. 2. A subjetividade no 
Renascimento: antropocentrismo e diversidade cultural. 3. Procedimentos de 
contenção do eu. 4. A crítica à aparência. Objetivo: Caracterizar o 
aprofundamento da experiência de si em decorrência da perda dos referenciais 
estáveis medievais e consequente necessidade de uma busca pessoal por 
critérios de “verdade” a partir dos quais pautar as condutas. Leitura obrigatória: 
SANTI, P. L. R. A construção do eu na modernidade. 6a ed. Ribeirão Preto/SP: 
Holos, 2009. (caps. 2-6). Capítulo 2 1 
] 
1- Qual é a diferença entre a meditação solitária de um monge medieval e a 
experiência de solidão de um homem do século XX? A interpretação da 
experiência é diferente, uma vez que na Idade Média as ideias de 
onipresença divina e de pertencimento à comunidade podem produzir as 
sensações de pertencimento e culpa. Hoje estas ideias se 
enfraqueceram, sendo marcantes as sensações de abandono, liberdade 
e independência. 
 
2- Procure identificar alguma forma atual de entender o mundo que seria 
impensável na Idade Média. Me ocorre a busca pela ascensão 
social/satisfação pessoal no trabalho, em que a obtenção de melhorias de 
vida e a sensação de contentamento só faz sentido com a valorização da 
individualidade e acredito não serem possíveis quando você interpreta a 
sua existência como parte de um todo bem organizado e que te cabe dar 
continuidade e atender os interesses do grupo. 
 
3- Hoje ainda existe a ideia de “corpo social”? Acredito que sim, me 
parecendo exemplos adequados a valorização do clima organizacional 
em empresas e algumas práticas religiosas, como a comunhão. 
Resumo/resenha: Na idade média, não existia a noção de privacidade. 
Taylor identifica que a ordem para Platão reside no absolutamente Bom 
(externo ao homem) e que em Santo Agostinho é necessária uma reflexão 
radical para se identificar a ação individualizada. Na concepção de mundo 
medieval, haveria uma ordem absoluta, representada por deus e seus 
legítimos representantes na terra: a Bíblia e a Igreja. Na arte, o canto é 
gregoriano – religioso, uníssono e sem refrão – e a pintura de Giotto 
também está comprometida com a simplicidade e a igreja. O corpo social 
de Salisbury (século XII) evidencia e promove a conformação à 
experiência coletiva e subordinada aos preceitos religiosos. Questão: 
Identifique quais as características da Idade Média que podem ter 
contribuído para conter a noção de individualidade necessária para o 
desenvolvimento da psicologia contemporânea. 
 
 
Capítulo 3 1. Como foi possível conciliar a crença em um deus onipotente 
e a crença na liberdade do homem? Entendo que a atribuição da liberdade 
do homem à vontade de deus possibilite tal conciliação. O Discurso Sobre 
a Dignidade, de Pico Della Mirandolla, exemplifica a liberdade do homem 
vista como dádiva. 
 
 2. Como a valorização do homem contribuiu para o aumento do 
conhecimento sobre a natureza? Pode ser que as curiosidades e 
necessidades humanas de adaptação ao mundo encontrem sentido não 
apenas em sua utilidade prática, mas também nas práticas sociais 
modificadas em que as pessoas agora passam a valorizar o resultado do 
trabalho e da iniciativa individualizada. 
 
3. Entre o mundo medieval e o mundo renascentista, qual parece gerar 
mais angústia no homem? Do ponto de vista que possuo, me parece 
angustiante tanto viver limitado pelo destino quanto sem referências e 
com a possibilidade de solidão. Talvez a angústia seja característica 
inerente da experiência humana. Resumo: É introduzida a valorização do 
homem como um todo e de cada indivíduo em função da perda das 
referências sólidas medievais. A definição de humanismo remonta à base 
da educação destinada a preparar o homem para o exercício da liberdade. 
Outro fundamento é a convicção de que o mundo natural é o reino do 
homem. Este não nasce com seu destino predeterminado, devendo se 
formar e educar. Em termos de história, ressalta-se a diminuição do poder 
da igreja e o advento da reforma, a crise do sistema feudal e o nascimento 
das cidades e rotas de comércio, a expansão marítima etc. Em termos de 
mudança de hábitos, a abertura para o mundo sem referências absolutas 
traz as ideias de liberdade e de solidão. Deus parece ter se afastado para 
o céu, como é retratado em obras renascentistas. Surgem as assinaturas 
nas obras de arte, evidenciando a ruptura entre a visão do ser humano 
como instrumento de deus e da valorização do traço individual do artista 
(ex., Leonardo da Vinci e Michelangelo). O discurso sobre a dignidade do 
homem, de Pico Della Mirandola, coloca que deus deu ao homem “aquele 
lugar, aquele aspecto, aquela tarefa que tu seguramente desejares, tudo 
segundo o teu parecer e a tua decisão”, garantindo que ele “não será 
constrangido por nenhuma limitação, determiná-la-ás para ti, segundo o 
teu arbítrio, a cujo poder te entreguei”. O propósito de deus seria “que tu, 
árbitro e soberano artífice, te plasmasses e te informasses”. Ressalta-se 
a visão de que deus criou o mundo e voltará para julga-lo, mas o deixou 
para funcionar por suas próprias leis. Vocabulário: Plasmasses. 
Plasmasses vem do verbo plasmar. O mesmo que: formasses, 
modelasses, organizasses. (https://www.dicio.com.br/plasmasses/) 
Questão: Relate a sua experiência com a oposição entre as ideias de 
predestinação e liberdade. 
 
 Capítulo 4 1. Qual é a importância da feira de rua no universo do 
Renascimento? A de permitir o contato com diversidade de produtos, 
culturas e histórias. 
 
2. Que tipo de reação foi gerada pelo confronto com outras culturas? Duas 
atitudes básicas foram geradas como tal reação, considerar a diferença 
um erro, o que justificou a condução do diferente à verdade, e colocar em 
questão a própria verdade, tornando-a uma dentre várias possíveis. 
 
 3. Por que no Renascimento o homem perdeu suas certezas? Por causa 
de seu contato com a diversidade. Resumo: O confronto com a diferença 
fez com que o homem perguntasse sobre si. Houve duas reações básicas: 
considerar a diferença um erro o que justificou a condução do diferente à 
verdade, e colocar em questão a própria verdade, tornando-a uma dentre 
várias possíveis. Isto revela uma tomada do outro de modo autorreferente. 
O europeu relaciona-se com os demais povos pela dominação. Nisto, 
destacam-se poder dissimular e mentir, ou seja, possui a capacidade 
comunicativa de se distanciar e fazer um uso puramente funcional da 
linguagem. Também a incapacidade da alteridade, que é sair de seu 
próprio ponto de vista e procurar compreender o do outro. A imagem da 
feira e do comércio registra o nascimento do convívio com a diversidade 
de coisas. Na pintura, Bosch e Arcimboldo fragmentam suas obras, ou 
seja, o tema é composto por diversos elementos justapostos. Na música, 
a polifonia substitui o uníssono. No texto de François Rabelais, Gargântua 
e Pantagruel, o mundo é menos idealizado e mais próximo da experiência 
imediata e dos prazeres do corpo. Aqui, a valorização do riso se opõe à 
tentativa medieval de contenção do prazer. Questão: Qual a sua 
experiência pessoal com os conceitos de alteridade, empatia e tomada de 
perspectiva? 
 
Capítulo 5 1. Como se relaciona a crença na liberdade do homem e a 
tentativa de submete-lo a uma ordem disciplinar rígida no século XVI? A 
crença na liberdade implica na responsabilidade e na tarefa de construção 
da própria identidade. Formas rígidas de se disciplinar podem garantir o 
acesso à iluminação espiritual, objetivo dos exercícios espirituais de 
Loyola, ou à unidade do reino, objetivo de O Príncipe de Maquiavel. Além 
de explicitar a escolha de um destino específico, tais práticas também 
implicam na evitação dele outros, como a perdição/pecado e a 
fragmentação/caos social, respectivamente. 
 
2. Quais são as semelhanças entre Santo Ináciode Loyola e Maquiavel? 
Ambos creem na afirmação do sujeito através de procedimentos radicais 
e estreitos. 
 
3. Quais poderiam ser as relações entre os “Exercícios Espirituais” e as 
atuais terapias de autoajuda? Ambos parecem assumir a premissa que a 
única determinação reconhecida para nosso ser é a própria vontade. 
Resumo/resenha: O reestabelecimento das referências recai sobre o eu 
no autocontrole. São criados mecanismos para o domínio e a formação 
do eu. Pode-se começar a reconhecer os rumos que levarão à psicologia. 
Impõe-se ao homem escolher o seu caminho, o que implica em uma 
construção da identidade. Opõe-se a visão da Idade Média em que a 
pessoa não era livre e apenas cumpria os planos de deus com a do 
Renascimento em que deus fez o homem livre para que ele possa ser 
julgado. Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus 
(jesuítas), cria os Exercícios Espirituais, um manual de instruções, a partir 
do pensamento de que o homem é livre para ser o que é e parece estar 
perdido; ele precisa e pode, portanto, dirigir sua livre vontade ao caminho 
correto para se encontrar. A liberdade humana permite que se lhe atribua 
a causa da perdição humana. Na música, a polifonia é mais comportada 
e harmônica. Maquiavel, em O Príncipe, prescreve como governar. Seu 
princípio é que o mundo é volúvel – voltando-se para aquilo que 
representar seu interesse mais imediato –, sem memória, egoísta, mau. 
O valor primeiro é a obtenção e manutenção do poder centralizado. O 
princípio ético é o da afirmação do poder. Teme-se a dissolução. Exemplo 
na citação “Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido 
ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; 
mas, como é difícil reuni-las em tendo que faltar uma das duas é muito 
mais seguro ser temido do que amado. E os homens têm menos 
escrúpulo em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça 
temer”. Santi afirma que Loyola e Maquiavel creem na necessidade da 
afirmação do sujeito através de procedimentos radicais e estreitos. Por 
fim, o texto compara os manuais citados com os textos de autoajuda e 
critica a implicada negação das determinações históricas, sociais, 
genéticas etc. na idealização da construção da própria identidade. 
 
Questão: O texto ressalta a oposição entre a possibilidade de 
autodeterminação e limitações que se impõe (históricas, sociais, 
genéticas etc.). Insira o papel do psicólogo diante dessas possibilidades 
em uma situação aplicada. 
 
Capítulo 6 Vocabulário: ceticismo. Substantivo masculino. 1. Fil doutrina 
segundo a qual o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a 
respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de 
dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma 
compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real. 2. P.ext. Falta de 
crença; descrença, incredulidade, dúvida. "é reinante o c. em relação à 
administração pública". (www.google.com) 1. Quais são as relações entre 
a origem da valorização do indivíduo e o ceticismo? 
A valorização do indivíduo se dá diante da diminuição da confiança em 
deus e no sistema feudal. Mas tal desconfiança se estende também para 
o próprio indivíduo. A posição cética deve integrar tal insegurança 
generalizada. 
 
2. Quais foram as principais críticas dirigidas ao “eu” já no século XVI? À 
idealização. 
 
3. Quais são as relações entre a civilização e o autocontrole? A civilização 
permite a tecnologia e a religião, por congregar muitas pessoas e 
possibilitar o trabalho integrado. Já as normas de conduta e previsão de 
punições é direcionado a garantir a convivência; indivíduos 
autocontrolados parecem conviver melhor. Resumo: Ressalta-se a crítica 
ao eu ideal. Com relação à formação do eu, a instabilidade e insegurança 
são totalizantes, ressuscitando o ceticismo grego. O ceticismo fideísta 
afirma que a razão é inferior à fé. Outra forma de ceticismo aparece em 
Montaigne e afirma que qualquer possibilidade de crença em alguma 
referência absoluta parece insustentável. O eu é inconstante e inacabado. 
Instala-se a introspecção, que permite um ponto de vista alheio, do qual 
é possível realizar a crítica do mundo, excluindo-se dele. Com relação ao 
ser humano, ao contrário do que se faz no humanismo renascentista, aqui 
são citados Erasmo e Shakespeare que arrasam qualquer idealismo 
sobre a bondade humana e seu amor pelos demais. Erasmo opera uma 
implacável desconstrução, um desvelamento, uma desnaturalização de 
todo um sistema de valores tomados como óbvios. Escreve também 
recomendações para ocultar as necessidades básicas do corpo. Isto 
estaria relacionado ao conceito de civilização, em que o autocontrole 
possibilita viver em conjunto. Outra implicação da interioridade, reflexão, 
mergulho interno, é que isto se dá às custas da ação, exemplificada em 
Hamlet que enquanto reflete, se recusa a ocupar o papel que lhe é 
reservado, preferindo ser autor de si mesmo. Questão: Contraste e 
posicione-se em relação ao Teocentrismo, Humanismo e Ceticismo.

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