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APOSTILA MORFOPARASITÁRIA 2

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APOSTILA
MORFOPARASITÁRIA 2
U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S E R G I P E
D E P A R T A M E N T O D E M E D I C I N A V E T E R I N Á R I A
A L U N O S : A N D R E I A D O S S A N T O S J U S T U S C A C H A N H U K ,
D A N I L O C O N C E I Ç Ã O S A N T O S , L E O N A R D O A N D R É
A L E X A N D R E L I M A , V I C T Ó R I A R A Q U E L D O S S A N T O S L I R A .
S Ã O C R I S T Ó V Ã O 
2 0 2 1
FAMÍ L IA SARCOPT IDAE
P Á G I N A 1 3
FAMÍ L IA PSOROPT IDAE
P Á G I N A 2 0
SUMÁRIO
P Á G I N A 0 3
P Á G I N A 1 1
P Á G I N A 0 4
P Á G I N A 0 5
P Á G I N A 0 6
P Á G I N A 0 8
FAMÍ L IA HECTOPSYLL IDAE
FAMÍ L IA PUL IC IDAE
FAMÍ L IA REDUV I IDAE
FAMÍ L IA HAEMATOP IN IDAE
FAMÍ L IA L INOGNATH IDAE
FAMÍ L IA MENOPONIDAE
ORDEM ACAR I (ACAR INA)
FAMÍ L IA IXOD IDAE
FAMÍ L IA ARGAS IDAE
P Á G I N A 1 2
P Á G I N A 1 5
FAMÍ L IA PSYCHODIDAE
FAMÍ L IA CUL IC IDAE
P Á G I N A 1 6
P Á G I N A 1 8
P Á G I N A 1 9
FAMÍ L IA CUTEREBR IDAE
FAMÍ L IA OESTR IDAE
FAMÍ L IA GASTEROPH I L IDAE
P Á G I N A 2 3
P Á G I N A 2 2
FAMÍ L IA TR ICHODECT IDAE
FAMÍ L IA MUSCIDAE
FAMI L IA CALL I PHOR IDAE
P Á G I N A 2 4
FAMÍ L IA DEMODECIDAE
FAMÍ L IA SARCOPHAGIDAE
FAMÍ L IA TABAN IDAE
 
3 
Família Hectopsyllidae 
Gênero Tunga 
Espécie: Tunga penetrans (Bicho-de-pé). 
Região corporal: Pele, preferencialmente 
nos dedos dos pés. 
Hospedeiros: Suínos, Cães E Homem ( 
Rural ) 
Características Morfológicas: 
 Quase não apresentam tórax 
(achatadas): tórax com segmentos 
fusionados. 
 Duas mandíbulas (lacínias) 
retilíneas, serrilhadas e longas. 
 Palpos labiais com dois segmentos 
pouco quitinizados. 
 Menores pulgas que existem (1 
mm). 
 Não possuem ctenídeos. 
 
Figura 1.1: Tunga penetrans 
íntegra, retira do interior da 
pele do hospedeiro. 
Família Pulicidae 
Gênero Ctenocephalides 
Espécies: Ctenocephalides felis e 
Ctenocephalides canis parasitam cães e 
gatos, respectivamente. 
Hospedeiros: cão e gato. 
Características morfológicas: 
 Apresentam olhos; 
 Assim como, ctenídeos pronotal e 
genal; 
 C. felis apresenta cerdas genais do 
mesmo tamanho; 
 Primeira cerda do ctenídio genal 
de C. canis é menor do que a 
segunda. 
Figura 1: Exemplar de Tunga penetranscom tórax 
fusionado. 
Figura 2: Exemplar do gênero 
Ctenocephalides, destacando os 
ctenídeos genal e pronotal. 
4 
 
Figura 2.1: Ctenídios de Ctenocephalides. 
Gênero Xenopsylla 
Espécie Xenopsylla cheopis Hospedeiros: 
ratos. 
Características morfológicas: 
 Não possuem ctenídeos. 
 Possuem fileira de cerdas no 
occipício, em forma de v. 
 Possuem mesonoto rachado. 
 
Figura 3: Exemplar de Xenopsylla. 
 
 Xenopsylla 
sp. 
Gênero Pulex 
Espécie: Pulex 
irritans Hospedeiros: 
homem. 
Características morfológicas: 
 Não apresentam ctenídeos genal e 
pronotal. 
 Mesopleura sem espessamento 
interno. 
 Possuem uma cerda anterior ao 
olho cerda ocular única e uma 
cerda occipital. 
 
Figura 4: Exemplar de Pulex irritans. 
 
Figura 4.1: Detalhe da cerda ocular. 
Família Reduviidae 
Subfamília Triatominae 
Gênero Panstrongylus 
Características morfológicas: 
 Tamanho grande. 
 
5 
 Cabeça curta e grossa. 
 Tubérculo antenal bem próximo ao 
olho. 
 
Figura 5: Cabeça de Panstrongylus sp. 
Gênero Triatoma 
Características morfológicas: 
 Conexivo (parte dorsal onde a asa 
não cobre) amarelado. 
 Tubérculo da antena entre o olho e 
a extremidade da cabeça. 
 
Figura 6: Exemplar de 
Triatoma. 
 
Figura 6.1: Detalhe da inserção da 
antena de Triatoma. 
Gênero Rhodnius 
Características morfológicas: 
 Tubérculo antenal bem perto do 
ápice. 
 Cabeça muito longa e delgada, mais 
longa que o tórax. 
 Conexivo de cor amarelada com 
manchas oblongas negras. 
 Antenas com quatro segmentos. 
 
Figura 7: Cabeça de Rhodnius sp. 
Família Haematopinidae 
Gênero Haematopinus 
Espécies: 
Haematopinus eurysternus (bovino) 
- pescoço, base da cauda e chifres. 
Haematopinus quadripertusus (bovino)- 
pêlos da cauda do animal; 
Haematopinus suis (suínos) - dobras do 
pescoço, base das orelhas e entre as 
pernas. 
H. asini (equídeos) - base da crina e base 
da cauda. 
H. tuberculatus ( búfalos ). 
6 
Hospedeiros: ruminantes, suínos, 
bubalinos e equinos.
Características morfológicas: 
 Cabeça estreita e alongada. 
 Sem olhos. 
 Antenas com 5 segmentos. 
 Tórax largo. 
 Coxim tibial entre a base da tíbia e 
tarso. 
 Abdômen alargado. 
 Todas as patas iguais. 
 Placas pleurais e parapleurais. 
 Tubérculos pós-antenais. 
 Machos possuem um pênis ou 
edeago. 
 
Figura 8: Haematopinus sp. piolho 
sugador de ruminantes, suínos e 
equinos. 
Família Linognathidae 
Gênero Linognathus 
Espécies: Linognathus setosus (cães), L. 
Vituli (bovinos) e L. Pedalis (ovinos). 
Hospedeiros: cães, ruminantes. 
Características morfológicas: 
 Sem placas quitinizadas. 
 Abdômen membranoso. 
 Primeiro par de patas é menor que 
o 
 
Figura 9: Linognathus sp., piolho 
sugador de cães e ruminantes. 
 Segundo e o terceiro. 
 Cinco segmentos nas antenas. 
 
Figura 9.1: Gênero Linognathus, evidenciando-
se o primeiro par de patas menor. 
Família Menoponidae 
Gênero Menopon 
Espécie Menopon gallinae 
Hospedeiros: aves. 
Características morfológicas: 
 Possui a cabeça mais larga que o 
tórax. 
 Apresenta dois tufos de cerdas no 
quinto 
 Segmento abdominal. 
 Menores que um centímetro. 
 Ápteros. 
 Abdômen com uma fileira de cerdas 
dorsal em cada segmento. 
 Espinhos gástricos visíveis. 
 
7 
 Tarso com duas garras. 
 
Figura 10: Menopon sp. piolho 
mastigadordas aves. 
 
Figura 10.1: Segmento abdominal de 
Menopon mostrando os tufos de cerdas. 
Gênero Menacanthus 
Espécie Menacanthus stramineus 
Hospedeiros: aves. Parasita de galinhas, 
Perus, faisões e excepcionalmente 
pombos. 
Características morfológicas: 
 Duas fileiras de cerdas longas e 
curtas nos 
 Segmentos abdominais. 
 Fronte provida de processo 
espinhoso recurvo para trás e para 
baixo. 
 Antenas com quatro segmentos. 
 Possuem palpos. 
 
Figura 11: Exemplar de 
Menacanthus stramineus. 
8 
ORDEM ACARI (ACARINA) CARACTERÍSTICAS: 
-Ácaros de pequeno porte. 
-Quelíceras modificadas e palpos curtos. 
-Cefalotórax e abdômen fusionados. 
-Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. 
-Larvas com três pares de patas. 
-Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
-Respiração cutânea ou traqueal. 
 
SUBORDEM MESOSTIGMATA (Gamasida) 
CARACTERÍSTICAS: 
-Um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa II e 
III abrindo-se em peritremas alongados. 
-Presença de escudo dorsal. 
-Hipostômio desprovido de dentes recurrentes. 
-Podem ser de vida livre ou parasitas internos (vias 
respiratórias) ou externos de répteis, aves e 
mamíferos. 
-Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocar 
reações cutâneas e alguns podem causar anemia. 
- Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa adultos 
 
GÊNERO: Dermanyssus 
ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae 
Figura 1- Visão dorsal do ácaro das aves, Dermanyssus sp 
CARACTERÍSTICAS: 
-Escudo dorsal redondo. 
-Quelíceras que terminam em quelas (bifurcação). 
-Todas as patas com garras e carúnculas. 
-Escudos truncados posteriormente. 
-Chamado vulgarmente de piolhinho, ácaro vermelho 
das aves). 
-Passa a maior parte do tempo fora do hospedeiro, em 
frestas e gaiolas. Quando no hospedeiro, preferem a 
região da cloaca. 
-Especificidade baixa e ciclo rápido (45 dias). 
HOSPEDEIROS: Parasita de galinhas e outras aves 
(principalmente canários). 
 
Figura 2 - Dermanyssus sp. montado em lâmina 
FAMÍLIA IXODIDAE 
 
Figura 3 - Escudo incompleto na fêmea e completo no macho de 
Ixodidae. 
CARACTERÍSTICAS: 
9 
-Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da 
coxa IV abrindo-se em peritremas curtos. 
-Fêmeas com área porosa na base do capítulo. 
-Hipostômio com dentes recurrentes. 
-Carrapatos com escudo dorsal cobrindo todaa face 
dorsal no macho e somente 1/3 face dorsal da fêmea, 
ninfa e larva. 
-Podem ser vetores de agentes patogênicos, 
provocarem reações cutâneas e causarem anemia. 
-Dimorfismo sexual nítido. 
-Ciclo: ovo - larva - ninfa adultos. 
 
Figura 4 - Teleógina de carrapato. 
 
GÊNERO: Rhipicephalus 
 
Figura 5 - Ninfa de Rhipicephalus sanguineus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Palpos e rostro curtos. 
-Base do gnatossoma geralmente hexagonal 
-Escudo sem ornamentação; olhos e festões 
presentes, coxa I bífida. 
-Machos com um par de placas adanais desenvolvidas 
e um par rudimentar. 
-Peritremas em forma de vírgula acentuados no 
macho e pouco acentuados na fêmea 
ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus 
HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode parasitar 
também gato e carnívoros silvestres. 
 
PERÍODO DIAS 
Pré- postura 3 
 
 
GÊNERO Boophilus ou Rhipicephalus 
 
Figura 7- Gnatossoma de Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
Atualmente, após sequenciamento genético o gênero 
Boophilus passou a ser subgênero de Rhipicephalus, 
passando então a se chamar Rhipicephalus (Boophilus) 
microplus. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
Incubação 17 - 60 
Sucção da larva 2 - 7 
Muda da larva 5 - 23 
Sucção da ninfa 4 - 9 
Muda da ninfa 11 - 73 
Sucção da fêmea 6 - 30 
 
Figura 6 - Macho de Rhipicephalus sanguineus. 
10 
-Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e 
dorsalmente. 
-Base do gnatossoma hexagonal. 
-Escudo sem ornamentação. 
-Olhos presentes. 
-Festões ausentes. 
-Peritremas arredondados ou ovais. 
-Machos com dois pares de placas adanais 
desenvolvidas e geralmente com prolongamento 
caudal. 
 
ESPÉCIE - Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
 
Figura 8- . Macho de Boophilus microplus 
HOSPEDEIROS: Bovídeos, pode ser encontrado em 
outros hospedeiros domésticos e silvestres. 
GÊNERO Amblyomma 
 
Figura 9 - Carrapato Amblyomma sp. 
 
Figura 10- Peritrema de Amblyomma. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Palpos e hipostômio longos. 
-Geralmente ornamentado. 
-Olhos e festões presentes. 
-Base do gnatossoma de formas variadas. 
-Placas adanais ausentes no macho. 
-Peritremas em forma de vírgula ou triangular. 
 
ESPÉCIE- Amblyomma cajennense 
HOSPEDEIROS: Parasita a maioria dos animais 
domésticos e alguns silvestres. Pode parasitar o 
homem. É um carrapato que exige três hospedeiros 
para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas 
são feitas fora dos hospedeiros. 
A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua vida. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Rostro e palpos relativamente curtos. 
-Peritremas circulares (parece um dial de telefone). 
-Escudo sem ornamentação. 
-Com sete festões. 
-Coxas IV muito maiores que as demais. 
-Sem placas adanais. 
 
GÊNERO Anocentor 
11 
 
Figura 11 -. Fêmea de A. nitens ESPÉCIE 
- Anocentor nitens 
HOSPEDEIROS: Eqüídeos. 
LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão auricular. 
 
Figura 12 - Peritrema de Anocentor nitens 
 
 
 
FAMÍLIA ARGASIDAE 
 
Figura 13 - Carrapato Argas sp. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Não possuem escudo. 
-Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e 
anterior nas larvas. 
-Palpos livres. 
-Orifício genital entre as coxas I e II. 
-Fêmeas sem áreas porosas na base do capítulo. 
-Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. 
-Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. 
-Dimorfismo sexual pouco acentuado. 
GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA: Argas, Ornithodorus e 
Otobius. 
 
GÊNERO Argas 
 
Figura 14 - Face dorsal e ventral de Argas sp 
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: 
-Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral 
nítido. 
-Achatado dorso-ventralmente. 
-Aparelho bucal na face ventral. 
 
HOSPEDEIROS: Galinha, peru, pombo e outras aves. 
Carrapato comum em galinheiros. 
A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. 
O período de incubação dos ovos é de três semanas 
dependendo da temperatura e umidade. 
 
GÊNERO Ornithodorus 
12 
 
Figura 15 - Vista dorsal e ventral de Ornithodorus sp 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Argasidae sem limitação das faces dorsal e ventral. 
-Formato de corpo retangular. 
-Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. 
HOSPEDEIROS: Homem e animais domésticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GÊNERO Otobius 
 
Figura 16 - Vistas dorsal e ventral de diferentes estágios ninfais de 
Otobius megnini. (a) Ninfa ingurgitada que se alimenta, (b) Ninfa 
que se alimenta não ingurgitada, (c,d) Ninfa ninfa não alimentada 
de tamanhos diferentes. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Argasidae com tegumento granuloso no estádio 
adulto. 
-Olhos ausentes. 
-Hipostômio bem desenvolvido na ninfa e vestigial nos 
adultos. 
HOSPEDEIROS: Eqüinos, Ruminantes, Suínos, Caninos, 
Homem. 
ESPÉCIE: Otobius megnini 
Local - Orelha 
CARACTERÍSTICAS: 
-Vive nos estádios larvais e ninfais nas orelhas de 
eqüídeos, bovinos, ovinos e outras espécies. 
-Os adultos não são parasitos. 
-Todas as mudas são realizadas no hospedeiro. 
-Os parasitos sugam sangue e causam irritação que 
resulta em inflamações. 
-As larvas e ninfas localizam-se na orelha. 
-Os adultos vivem em esconderijos como galhos de 
árvores onde ocorre a cópula e a postura (adultos não 
se alimentam). 
- As larvas eclodem, vão até o hospedeiro (orelha) em 
5 a 15 dias passam a ninfa1 ninfa2 podem ficar até 
seis meses na orelha 
 
 
 
13 
 
SUBORDEM: SARCOPTIFORMES OU ASTIGMATA 
CARACTERÍSTICAS: 
-Ácaros sem estigmas respiratórios (trocas gasosas 
pela pele). 
-Coxas fundidas a face ventral do corpo. 
-Quelíceras com quelas. 
-Corpo pouco quitinizado. 
-Tarsos com empódio unciforme ou em forma de 
ventosa. -Olhos ausentes. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia com a espécie, 
susceptibilidade do hospedeiro, número de ácaros 
transferidos e local de transferência. Varia de 2 a 6 
semanas 
FAMÍLIA SARCOPTIDAE: (ESCAVADORES) 
 
Figura 17 - Túneis escavados por Sarcoptes e Notoedres na 
epiderme 
- Escavam galerias na pele (intradérmicas) na qual 
penetram profundamente provocando um 
espessamento da pele, sem formação de crostas. 
- Corpo globoso. 
- Rostro curto e largo. 
- Patas curtas e grossas 
- Patas posteriores encaixadas total ou parcialmente 
no idiossoma (parte final do corpo). 
- Machos sem ventosas copuladoras adanais. 
- Gêneros: Sarcoptes, Notoedres. 
 GÊNERO: Sarcoptes 
 
Figura 18 - Sarcoptes sp 
 ESPÉCIE: Sarcoptes scabiei S. scabiei var. equi, S. 
scabiei var. canis, S. scabiei var. suis, S. scabiei var. 
bovis, S. scabiei var. ovis 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- 0,2 a 0,5 mm 
- Gnatossoma cônico, tão longo quanto largo. 
- Corpo estriado com áreas escamosas e espinhos 
curtos e grossos na face dorsal. 
- Machos com ventosas nas patas I, II, e IV. 
- Fêmeas com ventosas nas patas I e II. 
- Ânus terminal. - Pedicelo longo e simples - Corpo 
globoso. 
 
GÊNERO: Notoedres 
 
Figura 19 - Sarna do gênero 
ESPÉCIE: Notoedres cati (gato), muris(rato) 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Sarna da cabeça do gato. 
-Ânus dorsal. 
-Corpo globoso. 
- 0,1 a 0,25 mm. 
-Machos com ventosas nas patas 1, 2 e 4. 
-Fêmeas com ventosas nas patas 1 e 2. 
-Face dorsal com escamas rombas. 
 
 
 
14 
 
 
FAMÍLIA PSOROPTIDAE ácaros não escavadores 
-São ácaros superficiais, produzem formação de 
crostas espessas. 
-Corpo ovóide. 
-Face dorsal sem espinhos. 
-Rostro longo e cônico. 
-Machos com ventosas (copuladoras) adanais. 
-Patas longas e espessas, 40 par de patas nos machos 
é menor que o terceiro. 
-Gêneros: Psoroptes, Chorioptes, Otodectes. 
 
GÊNERO Psoroptes 
 
Figura 20 - Sarna do gênero Psoroptes 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Corpo ovóide. 
- Parasitas de eqüídeos, bovinos, ovinos,e coelhos. 
- 0,5 a 0,8 mm. 
- Gnatossoma mais longo que largo. 
- Patas grossas e longas terminando em longos 
pedicelos tri-segmentados- Machos com ventosas nas patas I, II e III. - Fêmeas 
com ventosas nas patas I, II e IV. 
- Machos apresentam duas ventosas copulatórias ao 
lado do ânus 
- Machos com 40 par de patas bem reduzido. 
- Ânus terminal. 
 
 
 
 
 
GÊNERO Otodectes 
 
Figura 21 - Macho de Otodectes sp. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Sarna auricular de cães e gatos. 
- 0,3 a 0,5 mm. 
-Ventosas com pedicelos curtos e simples, sem 
segmentação. 
-Corpo ovóide. 
-O 40 par de patas das fêmeas é muito pequeno. 
-Gnatossoma em forma de cone. 
-Fêmeas com ventosas nas patas I e II. 
-Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. 
-Machos sem tubérculos abdominais. 
 
GÊNERO Chorioptes: 
15 
 
Figura 22 - Ácaro Chorioptes sp 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Sarna de ovinos, bovinos, caprinos e eqüinos. 
- 0,3 a 0,6 mm. 
-Gnatossoma tão longo quanto largo. 
-Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. 
-Fêmeas com ventosas nas patas I,II e IV. 
-Pedicelo curto e simples, sem segmentação. 
-Peças bucais arredondadas. 
-Machos com tubérculos abdominais. 
 
 16 
FAMÍLIA PSYCHODIDAE ocorre na água, em matéria vegetal em 
SUBFAMÍLIA PSYCODINAE: Psychoda - 
mosca dos banheiros. Sem importância em 
medicina veterinária. 
SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE: 
PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA 
MÉDICA VETERINÁRIA: - Gênero 
Phlebotomus (Encontrado na Europa). 
- Gênero Lutzomyia (Encontrado nas 
Américas) mosquito palha. 
GÊNERO LUTZOMYIA 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Olhos compostos ocupando grande parte 
da cabeça. 
- Ocelos ausentes. 
- Antenas tão longas quanto o comprimento 
da cabeça e tórax com densa pilosidade. 
- Dípteros muito pequenos, 4mm no 
máximo. 
- Palpos maiores que a probóscida com 3 a 5 
artículos. 
- Asa com formato lanceolar e com nervuras 
longitudinais e paralelas. 
- Cerdas longas pelo corpo. 
- Abdômen com 10 segmentos; do oitavo 
em diante os segmentos se modificam e 
formam as peças do aparelho genital. 
BIOLOGIA 
Ovos: Os ovos dos psicodídeos são 
alongados, pardo-escuros, depositados em 
ambientes aquáticos ou semi-aquáticos, 
isoladamente ou em grupos. 
Larvas: Quatro estádios larvais. As larvas são 
vermiformes, ápodas, com a cabeça não 
retrátil e com duas manchas escuras no 
lugar dos olhos. O desenvolvimento larval 
decomposição, nos buracos de árvores 
cheios de folhas apodrecidas e em 
excrementos. 
 
 
Figura 1. Adulto de Lutzomyia sp. 
O desenvolvimento larval se dá em 30 dias e 
depois de quatro mudas de pele passam a 
pupa. As larvas nunca se criam em ambiente 
inteiramente aquático, mas em lugares de 
muita umidade, onde a luz raramente 
incide, com abundante matéria orgânica 
que lhes sirva de nutrição; nas florestas as 
larvas se criam embaixo da camada de 
folhas mortas que reveste o solo, nas frestas 
das rochas, nas tocas que servem de abrigo 
a animais silvestres. 
 
Pupas: As pupas mostram cabeça distinta, 
pernas e asas unidas ao corpo. A fase de 
pupa transcorre entre 10 e 15 dias. 
 
Adultos: Os adultos na conformação geral 
do corpo parecem um pequeno mosquito. O 
aparelho bucal das fêmeas é adaptado para 
sugar sangue, elemento essencial para 
maturação dos ovos. Os machos nutrem-se 
de sucos vegetais. A grande maioria dos 
psicodídeos habitam as florestas, em 
lugares sombrios próximos à pequenas 
porções de água. Algumas espécies 
aparecem, eventualmente no interior de 
 17 
habitações humanas ou dos abrigos dos 
animais domésticos, escondendo-se em 
cantos escuros durante o dia e saindo à 
noite em busca de alimento. Algumas 
espécies podem sugar sangue de dia. 
Habitações próximas a matas estão sujeitas 
a receber a visita desses mosquitos. São 
atraídos pela luz das lâmpadas. 
 
Os mosquitos flebotomíneos têm pouca 
capacidade de vôo. Não procuram alimento 
a mais de 200 metros de distância. 
 
Longevidade dos adultos: 27 dias. 
 
ASTENOBIOSE OU DIAPAUSA: 
 
Normalmente a duração do período larval 
depende da temperatura e umidade; em 
baixa temperatura esse período pode 
prolongar-se em virtude de uma fase de 
hibernação que a larva sofre depois da 
terceira muda. Em certas espécies, porém, 
independente destas condições, sem que se 
verifique diminuição da temperatura e 
alteração do teor de umidade, a larva 
hiberna e sua evolução se interrompe. Assim 
em uma postura podemos ter ovos que 
evoluem até fase adulta e outros que ficam 
em hipobiose por meses. 
 
IMPORTÃNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
 
Os flebotomíneos são hospedeiros de 
agentes causadores de doenças que afetam 
o homem e animais domésticos. São 
transmissores da Leishmania, causadora da 
Leishmaniose Visceral e/ou cutânea. 
Transmitem também muitos vírus entre os 
quais o responsável pela febre dos três dias 
(febre papatasi) muito conhecida na Europa. 
Podem veicular ainda o vírus da estomatite 
vesicular, doença séria em bovinos, cavalos 
e suínos. 
 
FAMÍLIA CULICIDAE 
CARACTERÍSTICAS: 
 
- Sem ocelos. 
- Antenas com 15-16 segmentos. 
- Pernas longas. 
- Conhecido como mosquito. - Fêmeas 
hematófagas sugam sangue à noite. 
- Machos alimentam-se de sucos vegetais. 
- Fêmeas colocam seus ovos em locais 
úmidos (plantas flutuantes) ou água. 
 
SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE 
CARACTERÍSTICAS: 
 
- Adultos com escamas abundantes. 
- Probóscida bem desenvolvida. 
- Palpos retos. 
- Olhos grandes. 
- Antenas nos machos plumosas. 
 
TRIBO ANOPHELINI 
GÊNERO Anopheles CARACTERÍSTICAS 
MORFOLÓGICAS: 
 
- Primeiro tergito abdominal sem escamas. - 
Coxa posterior mais curta que a largura do 
mesoepímero. - Palpos da Fêmea de 
comprimento igual ao da probóscida. - 
Escuama com franja completa. - Ovos 
providos de flutuadores e postos 
isoladamente. 
- Larvas sem sifão respiratório. 
- - 
Pupas com trompa respiratória de forma 
cônica curta e de abertura larga. - Fêmeas 
com palpos delgados e do mesmo 
comprimento da probóscida. - Machos 
com últimos segmentos do palpo 
 18 
Figura 2. Fêmea de Anopheles. 
 
 
BIOLOGIA DE ANOPHELES 
 
- Criadouros são lagoas, rios e represas. 
- Veiculador da malária (esporozoítas do 
Plasmodium vivax na glândula salivar) - 
Hábito crepuscular e noturno. - Quando 
em repouso esses mosquitos formam um 
ângulo quase reto ao substrato. 
 
SUBFAMÍLIA CULICINAE 
TRIBO CULICINI 
 
Figura 3. Macho e fêmea de Culicinae. 
 
GÊNEROS: Aedes, Culex. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
 
- Lobo pronotal menor que o meron. - 
Escuamas com franjas, via de regra, 
completa com ou sem espiraculares . - 
Ovos desprovidos de flutuadores e postos 
em jangada. 
- Larvas com sifão respiratório. 
- Dispõem-se perpendicularmente ou 
obliquamente na superfície líquida 
permanecendo com o corpo mergulhado. - 
Pupa com trompa respiratória de forma 
tubulosa, mais ou menos cilíndrica 
alongada e de abertura estreita. 
- Fêmeas com palpos curtos de 
comprimento menor que a tromba 
- Machos com palpos longos, mas os últimos 
segmentos não são dilatados, e são 
maiores que a tromba. 
- Quando em repouso esses mosquitos 
ficam com o corpo paralelo a superfície. 
GÊNERO Aedes: 
Espécie Aedes aegipty 
CARACTERÍSTICAS: 
- Postura preferencialmente (vizinhança da 
água ou na sua superfície) em águas limpas 
existentes em barris, potes de barro, vasos, 
cacos de garrafa. 
- Depositam os ovos separadamente em 
vários lotes, postos em intervalos de um ou 
mais dias. 
- Ovos resistem a dessecação por vários 
meses. 
- Hábito diurno gostam de temperatura 
elevada e picam raramente quando a 
temperatura fica abaixo de 23 graus. - O 
ciclo dura 11 a 18 dias em temperatura de 
26 graus centígrados. 
- Longevidade: Em laboratório uma fêmea 
viveu até 154 dias. 
- A fêmea após ter feito a postura de seus 
ovos morre rapidamente. Em condições 
normais uma fêmea pode fazer 12 ou mais 
repastos sangüíneos em um mês o que é 
de grande importância na transmissão da 
febre amarela.- A cópula se processa 12 a 24 horas após o 
nascimento do imago e estimula o desejo 
de sugar sangue. As fêmeas virgens 
dificilmente sugam sangue. As fêmeas 
após sugarem sangue fazem a postura dos 
ovos em poucos dias; se forem 
dilatados e pilosos, dando aspecto de clava. 
 
 
 
 
 
 
 19 
alimentadas com líquidos açucarados, não 
há postura. 
 
 
 
Figura 4. Fêmea de Aedes 
 
- Cada fêmea pode pôr de 70 a 150 ovos. - 
Esse mosquito é doméstico e nas horas de 
repouso (noite) se esconde atrás ou 
debaixo de móveis. 
- As larvas se alimentam de bactérias 
contidas na água e 
 possuem sifão respiratório 
com um tufo de cerdas. - Transmite a febre 
amarela e a dengue. 
 
 
 
 
Figura 6. Sifão respiratório de larva de 
Aedes sp. 
 
FAMÍLIA CUTEREBRIDAE 
 
GÊNERO Cuterebra (BERNE DE ROEDORES). 
 
GÊNERO Dermatobia 
 
ESPÉCIE Dermatobia hominis (sua larva é 
chamada de berne). 
 
HOSPEDEIROS: Mamíferos (mais 
importante bovino e cão). 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
 
 Adulto com cabeça e tórax 
castanhos e abdômen azul metálico. 
 Larva com espinhos e ganchos só na 
parte mais larga. Estigmas respiratórios na 
parte mais estreita. 
 
BIOLOGIA: 
 
 A atividade da larva é noturna e a L3 
não é piriforme. 
 Adultos não se alimentam e vivem 
em matas (florestas, ilhas de matas, 
fazendas ou beira de rio). 
 Figura 5 . Tórax de Aedes aegipty 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
 
As moscas, que são duas a três vezes 
maiores que a mosca doméstica tem uma 
reprodução constante porque só possuem 
três dias de vida. 
Elas não vão aos animais, mas depositam 
uma massa de ovos (um ovo por segundo) 
no abdômen de vetores foréticos (insetos 
zoofílicos, como a musca doméstica), e esses 
levam os ovos até os animais. 
 
 
 
Figura 7. Cabeça de Dermatobia sp. 
 
Em torno de sete dias (varia com 
temperatura e umidade) eclodem as larvas 
(por estímulo térmico a larva abre o 
opérculo), que penetram na pele (mesmo 
estando íntegra). Estas possuem espinhos 
somente em metade do seu corpo para se 
fixarem na pele. As larvas não chegam a 
atingir os tecidos, ficam logo abaixo da pele. 
Depois de ± 40 dias, as larvas caem no chão 
e viram pupas que ficam sem se alimentar 
por 32 dias e só aí viram adultos (moscas). 
 
Obs: Os animais de pêlo escuro são mais 
afetados que os de pêlo claro. Mas a 
preferência é do vetor e não da Dermatobia 
por causa da reflexão da onda luminosa (o 
preto atrai mais os insetos). 
 
CONTROLE DOS VETORES: 
 
*QUÍMICO: 
Inseticidas tópicos, injetáveis. 
 
 
Figura 8. Larva L3 de Dermatobia sp. 
 
*BIOLÓGICO: 
Parasitóides (microhimenópteros), 
predadores (formigas, ácaros, pássaros), 
fungos (Metarhizium, Beauveria), bactérias 
(Bacillus thurigiensis). 
 
MANEJO INTEGRADO: inseticida; raças 
resistentes (zebu). 
 
FAMÍLIA OESTRIDAE 
GÊNERO Oestrus 
HOSPEDEIROS: Ovinos e caprinos. 
 
LOCAL: Fossas nasais. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - 
Adulto com olhos pequenos e bem 
separados e fronte com crateras. Flagelo 
com arista nua. 
- Larvas grandes com uma placa 
são porosos. A larva I mede 1-3 mm., é 
segmentada e apresenta filas transversais 
de espinhos e 2 ganchos bucais quitinosos 
fortes e curvos que formam o 
cefaloesqueleto. A larva II mede 1,5-12 mm., 
apresenta poucos espinhos no segundo 
segmento. A larva III mede uns 20 mm., é de 
cor branca quando lovem e amarela-parda 
quando madura. Possui dorsalmente bandas 
quitinosas largas em todos os segmentos, os 
quais estão desprovidos de espinhos com 
exceção do segundo que possui poucos. 
 21 
Posteriormente todas larvas apresentam 
peritremas, cuja forma e tamanho é 
importante para identificação. 
 
BIOLOGIA 
As moscas adultas são muito ativas durante 
os meses quentes, primavera-verão e início 
do outono. As horas de vôo coincidem com 
as de máxima luminosidade, momento em 
que os animais ficam na sombra, agrupados 
e se protegem entre si mantendo sua cabeça 
baixa e narinas próximas do solo. As fêmeas 
fecundadas depositam larvas I imersas em 
uma mucosidade nas imediações das fossas 
nasais. Estas migram e invadem cavidades, 
seios nasais, paranasais e frontais. Seu 
desenvolvimento parece depender da 
geração a que pertence. Será mais rápido 
(15 dias) para larvas depositadas na 
primavera-verão, e mais tardio no final de 
verão, início de outono, podendo entrar em 
um período de letargia larvária de 7-9 
meses. As mudas larvais L-II e LIII ocorrem 
em 25-35 dias, prolongando-se até 10-11 
meses no caso de gerações de outono e 
condições climáticas adversas. 
As larvas, por meio de seus espinhos e 
céfaloesqueleto, exercem irritação das 
mucosas sinusais, iniciando-se nos cornetos, 
cavidade e tabique nasal, podendo chegar 
aos seios frontais. Alimentam-se de sangue, 
tecidos da mucosa e muco que ela segrega. 
As larvas III maduras, saem para o exterior, 
favorecendo sua saída pelos mecanismos 
defensivos do animal. A metamorfose até 
adulto leva entre 25-30 dias em período 
quente, prolongando-se até 2-3 meses na 
estação fria, momento que aproveitam para 
entrar em diapausa pupal. O adulto 
emergente da pupa não se alimenta, pois 
suas peças bucais são rudimentares. A 
cópula ocorre no solo e os adultos 
freqüentam os lugares onde o hospedeiro 
está presente. A fêmea põe 30-50 larvas em 
cada postura, podendo chegar a 500 em 
todo o período de larviposição. O CO2 e o 
odor do hospedeiro atraem as moscas. O 
número médio de larvas por animal pode 
 
 
IMPORTÂNCIA: 
 
Inflamação dos seios frontais e infecção, 
devido a presença de larvas (L2 e L3) que 
irritam e saem pelo espirro ou por livre 
vontade e que podem ficar de 2 semanas até 
10 meses no animal. É chamada praga de 
verão porque as moscas irritam os animais 
que ficam indóceis e tentam esconder o 
focinho. Raramente é mortal. 
 
CONTROLE: é muito difícil, pois o que deve 
ser feito é a prevenção na época em que 
mais ocorre, começando no meio da 
primavera e não deixando a larva se 
desenvolver. 
 
 
FAMÍLIA GASTEROPHILIDAE 
GÊNERO Gasterophilus 
ESPÉCIES G. nasalis; G. intestinalis; G. 
Haemorroidalis 
 
HOSPEDEIROS: Eqüinos. 
 
LOCAL: Duodeno e estômago (larvas). 
 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: 
 
oscilar entre 5 a 30 exemplares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 . Larva de Oestrus sp . 
 22 
 Adulto possui o corpo recoberto por pêlos 
sedosos e amarelos (lembra abelha, mas 
essa têm dois pares de asas). 
 Larvas grandes com ganchos orais em 
forma de foice, corpo segmentado 
coberto por espinhos (Uma fileira no caso 
de G. nasalis e 2 
 
Figura 10. Adulto de Gasterophilus sp. 
 
no caso de outras spp), estigmas com 
aberturas cheias de trabéculas. 
 Adultos com um par de asas. 
 
CICLO BIOLÓGICO: A oviposição é feita em 
vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo. De 7 
a 10 dias tem-se a eclosão da L1 que penetra 
na mucosa bucal onde fica migrando de 2 a 
6 semanas (varia com a espécie). As larvas 
são deglutidas por eqüídeos e quando 
chegam ao estômago e duodeno, vão à L2 e 
L3 e pelas fezes chegam 
 
 
Figura 11. Ovo de Gasterophilus preso 
ao pêlo. 
 
ao solo virando pupa e mais tarde, adultos. 
 
 
 
Figura 12. Larva de Gasterophilus sp. 
 
PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES: 
 
1) Oviposição: G. nasalis e G. 
haemorroidalis realizam oviposição nos 
pêlos da região da ganacha (barba) 
enquanto que G. intestinalis prefere pêlos 
dos membros anteriores. 
 
2) Eclosão da larva: G. nasalis e G. 
haemorroidalis a larva penetra na mucosa 
assim que eclode, já em G. intestinalis para 
abandonar o ovo a larva necessita um 
estímulo térmico de umidade e fricção. Os 
estímulos são dados pela lambida do cavalo. 
 
3) Migração boca-estômago: Em G. 
nasalis antes de ser deglutido a larva para na 
faringe (uma a duas semanas) podendo 
ocorrer asfixia. Em G. haemorroidalis e G. 
intestinalis, as larvas vão direto ao 
estômago.4) No estômago e intestino: Todos 
preferem o piloro e o duodeno e o período 
parasitário é de 9 a 11 meses. Podem causar 
cólicas. 
 
5) Eliminação: G. nasalis e G. 
intestinalis saem direto nas fezes com o 
peristaltismo. G. haemorroidalis antes de 
ser eliminado se fixa no plexo 
hemorroidário podendo levar a um prolapso 
retal e depois tétano, já que as fezes dos 
eqüinos são ricas em 
 23 
Clostridium tetani pelo fato do cavalo cortar 
a gramínea bem rente ao solo, vindo terra 
junto com esporos. 
 
CONTROLE: 
 
Depende da criação e do manejo, mas se 
deve cortar o pêlo da ganacha no verão e 
escovar ou passar esponja com água morna, 
para soltar os ovos presos ao pelo e matar 
as larvas. 
 
SEÇÃO PUPÍPARA 
 
 A pupa se encontra sempre no chão onde 
se enterra para fugir de predadores. Ela 
se forma pelo endurecimento da larva 
três. 
 A fêmea origina diretamente a pupa. 
 As larvas se desenvolvem no 
pseudoútero da fêmea. 
 As moscas são achatadas 
dorsoventralmente. 
 Apresentam um envoltório coriáceo 
(duro). 
 Dípteros anômalos (por não 
apresentarem asas ou terem asas 
 
 Os palpos guardam as peças bucais (nos 
outros dípteros é o lábio). 
 
24 
FAMÍLIA TRICHODECTIDAE 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
Três segmentos antenais. 
Uma garra ligada ao hospedeiro. 
GENERO Trichodectes 
ESPÉCIE Trichodectes canis 
HOSPEDEIROS: Cão 
CARACTERÍSTICAS 
MORFOLÓGICAS: 
 Cabeça hexagonal. 
 Uma só garra. 
 Antenas com três segmentos. 
 Têmporas sem lobos posteriores. 
 Fronte arredondada. 
 Todos segmentos abdominais com placas 
pleurais (pleuritos). 
 Estigmas respiratórios do segundo ao sétimo 
 
 Não tem palpos. 
 
mastigador de cães. 
 
 
 
FAMÍLIA MUSCIDAE - Quatro 
faixas negras no mesonoto. 
- Apresentam uma célula distal na asa. 
- Três estágios larvares, sendo que a larva é 
vermiforme e esbranquiçada. Na sua extremidade 
anterior possui ganchos (para capturar alimentos) e 
na posterior possui estigmas respiratórios com 1, 2 
ou 3 aberturas, de acordo com a fase larval (L1, L2, 
L3). 
A) SUBFAMÍLIA MUSCINAE 
- Aparelho bucal lambedor. 
GÊNERO Musca 
ESPÉCIE Musca doméstica 
Tem como hospedeiro preferencial os equinos, 
embora ataquem outros mamíferos, inclusive o 
homem. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: 
- Tamanho: ± 9 mm. 
- Tórax é cinza com quatro listras longitudinais 
escuras e largas no dorso. 
- O abdômen possui os lados de cor amarelada na 
metade basal. A porção posterior é marrom escura e 
possui uma faixa longitudinal escura no meio do 
dorso. 
- Aparelho bucal com palpos maxilares médios, 
labela com pseudotraquéias (liquefaz o alimento 
sólido). 
- Antena com arista plumosa (cerdas dos dois 
lados). 
- Estigmas da larva têm abertura fora do centro. 
 Vetor de Dipylidium caninum para cães. 
 
 
Figura 1/2. Trichodectes sp., piolho 
 
25 
 
Figura 3. Adulto de Musca domestica. 
 
 
Figura 4. Peritrema da larva de Musca sp. 
 
FAMILIA CALLIPHORIDAE 
CARACTERÍSTICAS 
- Aparelho bucal lambedor úteis. No caso dos (labelas 
com canalículos). 
- A maior importância dessas moscas é a fase larvar, 
pois(bicheira). 
- Chamadas vulgarmente de moscas varejeiras. 
GÊNERO Cochliomyia 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Distingui-se o sexo pelos olhos (as fêmeas são 
dicópticas e machos são holópticos). 
- Apresentam ocelos e palpos muito curtos. 
- Flagelos claros (tendem a amarelo). 
- Arista bipectinada. 
- Tórax verde a azul metálico. 
- Três linhas negras longitudinais no tórax. 
- A fêmea adulta apresenta basicosta clara. 
 
Figura 5. Adulto de Cochliomyia sp. 
Figura 6. Fêmea e macho de Cochliomyia sp. 
ESPÉCIE Cochliomyia hominivorax 
CARACTERÍSTICAS: 
- Estigma da larva em forma de dedos separados. 
- Espinhos no final do corpo da larva com forma 
predominantemente em v. 
- Larva com troncos traqueais pigmentados e 
alongados. 
 
Figura 7. Peritremas de Cochliomyia hominivorax. 
ESPÉCIE Cochliomyia macellaria 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: 
 
 
26 
- Estigma da larva em forma de dedos bem juntos. 
- Espinhos no final do corpo da larva são mais 
robustos e predominantemente em W. 
- Troncos traqueais da larva mais claros e mais curtos 
que de C. hominivorax. 
 Figura 8. 
Peritrema da larva de Cochliomyia macellaria. 
FAMÍLIA DEMODECIDAE 
GÊNERO Demodex 
ESPÉCIES: Demodex canis (cão), D. 
phylloides(suino), D. pholiculorum (homem) 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Patas curtas. 
- Dois estádios ninfais. 
- Corpo dividido numa parte anterior curta e uma 
posterior alongada e com estriações. 
 
Figura 9. Estagios de desenvolvimento do Ácaro 
Demodex. 
 
Figura 10. Ácaro Demodex humano (acima) e de cão 
(abaixo). 
 
 
 
FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE 
GÊNERO Sarcophaga 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Moscas de médio à grande porte 
- Coloração escura acinzentada (sem brilho metálico) 
- Possuem três listas negras no tórax e cerdas na 
hipopleura, não confundir com muscídeo. - 
Aparelho bucal funcional lambedor 
- Probóscida não quitinizada e maleável 
- Abdômen com manchas negras xadrez - MOSCAS 
COM APARELHO BUCAL AFUNCIONAL 
- Adultos não se alimentam. 
- Larvas causam miíases. 
 
27 
 
Figura 11. Adulto de Sarcophagidae. 
 
FAMÍLIA TABANIDAE 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Tamanho de 0,6 a 3 cm. 
- Chamados vulgarmente de mutucas ou moscas do 
cavalo. 
- Dípteros robustos. 
- Aparelho bucal lambedor e sugador (curto e grosso). 
- A coloração de olho varia entre espécie sendo 
unicoloridos ou horizontalmente coloridos em 
Tabanus, manchados em Chrysops, e com faixas em 
zigue-zague em Haematopota. 
- Antenas com três segmentos e o flagelo apresenta 
anelações que são projetadas para frente. 
- Cabeça semi-esférica ou semilunar. 
- Mesonoto desenvolvido (meio do tórax). 
- Olhos holópticos nos machos e dicópticos nas 
fêmeas (separados). Presença ou não de ocelos 
afuncionais. 
- Machos desprovidos de mandíbulas e não 
hematófagos. 
- 8 estágios larvares 
- Mandíbulas nas fêmeas para cortar a pele. 
- Asa com terceira nervura longitudinal bifurcada. 
Com espinhos na nervura costal da asa. 
 
Figura 12. Asa de Tabanidae. 
 
Figura 13. Aparelho bucal de Tabanidae. 
SUBFAMÍLIA PANGONINAE 
CARACTERÍSTICAS - Presença 
de ocelos funcionais. 
- Com esporão tibial na pata III. 
- Terceiro artículo das antenas formado de anéis 
justapostos sempre em número superior a cinco. 
- Probóscida alongada. - Asa manchada e tamanho 
pequeno 
- Olhos pilosos e probóscida longa. 
GÊNERO Chrysops 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Raramente maiores que 10 mm 
- Suas asas apresentam faixa transversal preta 
mediana 
- Terceiro artículo antenal com o primeiro anel tão 
longo quanto os quatro seguintes reunidos. 
 
28 
 
Figura 14. Mutuca do gênero Chrysops sp. 
SUBFAMÍLIA TABANINAE 
GÊNERO Tabanus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Basicosta (projeção próxima à base da nervura 
costal) com cerdas ou sem cerdas. 
- Sem esporão tibial na pata III. 
- Ausência de ocelos funcionais. 
- Probóscida raramente mais longa que altura da 
cabeça. Geralmente curta e robusta. 
 
Figura 15. Cabeça de Tabanus sp. 
 
Figura 16. Mutuca do gênero Tabanus sp.

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