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APOSTILA MORFOPARASITÁRIA 2 U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S E R G I P E D E P A R T A M E N T O D E M E D I C I N A V E T E R I N Á R I A A L U N O S : A N D R E I A D O S S A N T O S J U S T U S C A C H A N H U K , D A N I L O C O N C E I Ç Ã O S A N T O S , L E O N A R D O A N D R É A L E X A N D R E L I M A , V I C T Ó R I A R A Q U E L D O S S A N T O S L I R A . S Ã O C R I S T Ó V Ã O 2 0 2 1 FAMÍ L IA SARCOPT IDAE P Á G I N A 1 3 FAMÍ L IA PSOROPT IDAE P Á G I N A 2 0 SUMÁRIO P Á G I N A 0 3 P Á G I N A 1 1 P Á G I N A 0 4 P Á G I N A 0 5 P Á G I N A 0 6 P Á G I N A 0 8 FAMÍ L IA HECTOPSYLL IDAE FAMÍ L IA PUL IC IDAE FAMÍ L IA REDUV I IDAE FAMÍ L IA HAEMATOP IN IDAE FAMÍ L IA L INOGNATH IDAE FAMÍ L IA MENOPONIDAE ORDEM ACAR I (ACAR INA) FAMÍ L IA IXOD IDAE FAMÍ L IA ARGAS IDAE P Á G I N A 1 2 P Á G I N A 1 5 FAMÍ L IA PSYCHODIDAE FAMÍ L IA CUL IC IDAE P Á G I N A 1 6 P Á G I N A 1 8 P Á G I N A 1 9 FAMÍ L IA CUTEREBR IDAE FAMÍ L IA OESTR IDAE FAMÍ L IA GASTEROPH I L IDAE P Á G I N A 2 3 P Á G I N A 2 2 FAMÍ L IA TR ICHODECT IDAE FAMÍ L IA MUSCIDAE FAMI L IA CALL I PHOR IDAE P Á G I N A 2 4 FAMÍ L IA DEMODECIDAE FAMÍ L IA SARCOPHAGIDAE FAMÍ L IA TABAN IDAE 3 Família Hectopsyllidae Gênero Tunga Espécie: Tunga penetrans (Bicho-de-pé). Região corporal: Pele, preferencialmente nos dedos dos pés. Hospedeiros: Suínos, Cães E Homem ( Rural ) Características Morfológicas: Quase não apresentam tórax (achatadas): tórax com segmentos fusionados. Duas mandíbulas (lacínias) retilíneas, serrilhadas e longas. Palpos labiais com dois segmentos pouco quitinizados. Menores pulgas que existem (1 mm). Não possuem ctenídeos. Figura 1.1: Tunga penetrans íntegra, retira do interior da pele do hospedeiro. Família Pulicidae Gênero Ctenocephalides Espécies: Ctenocephalides felis e Ctenocephalides canis parasitam cães e gatos, respectivamente. Hospedeiros: cão e gato. Características morfológicas: Apresentam olhos; Assim como, ctenídeos pronotal e genal; C. felis apresenta cerdas genais do mesmo tamanho; Primeira cerda do ctenídio genal de C. canis é menor do que a segunda. Figura 1: Exemplar de Tunga penetranscom tórax fusionado. Figura 2: Exemplar do gênero Ctenocephalides, destacando os ctenídeos genal e pronotal. 4 Figura 2.1: Ctenídios de Ctenocephalides. Gênero Xenopsylla Espécie Xenopsylla cheopis Hospedeiros: ratos. Características morfológicas: Não possuem ctenídeos. Possuem fileira de cerdas no occipício, em forma de v. Possuem mesonoto rachado. Figura 3: Exemplar de Xenopsylla. Xenopsylla sp. Gênero Pulex Espécie: Pulex irritans Hospedeiros: homem. Características morfológicas: Não apresentam ctenídeos genal e pronotal. Mesopleura sem espessamento interno. Possuem uma cerda anterior ao olho cerda ocular única e uma cerda occipital. Figura 4: Exemplar de Pulex irritans. Figura 4.1: Detalhe da cerda ocular. Família Reduviidae Subfamília Triatominae Gênero Panstrongylus Características morfológicas: Tamanho grande. 5 Cabeça curta e grossa. Tubérculo antenal bem próximo ao olho. Figura 5: Cabeça de Panstrongylus sp. Gênero Triatoma Características morfológicas: Conexivo (parte dorsal onde a asa não cobre) amarelado. Tubérculo da antena entre o olho e a extremidade da cabeça. Figura 6: Exemplar de Triatoma. Figura 6.1: Detalhe da inserção da antena de Triatoma. Gênero Rhodnius Características morfológicas: Tubérculo antenal bem perto do ápice. Cabeça muito longa e delgada, mais longa que o tórax. Conexivo de cor amarelada com manchas oblongas negras. Antenas com quatro segmentos. Figura 7: Cabeça de Rhodnius sp. Família Haematopinidae Gênero Haematopinus Espécies: Haematopinus eurysternus (bovino) - pescoço, base da cauda e chifres. Haematopinus quadripertusus (bovino)- pêlos da cauda do animal; Haematopinus suis (suínos) - dobras do pescoço, base das orelhas e entre as pernas. H. asini (equídeos) - base da crina e base da cauda. H. tuberculatus ( búfalos ). 6 Hospedeiros: ruminantes, suínos, bubalinos e equinos. Características morfológicas: Cabeça estreita e alongada. Sem olhos. Antenas com 5 segmentos. Tórax largo. Coxim tibial entre a base da tíbia e tarso. Abdômen alargado. Todas as patas iguais. Placas pleurais e parapleurais. Tubérculos pós-antenais. Machos possuem um pênis ou edeago. Figura 8: Haematopinus sp. piolho sugador de ruminantes, suínos e equinos. Família Linognathidae Gênero Linognathus Espécies: Linognathus setosus (cães), L. Vituli (bovinos) e L. Pedalis (ovinos). Hospedeiros: cães, ruminantes. Características morfológicas: Sem placas quitinizadas. Abdômen membranoso. Primeiro par de patas é menor que o Figura 9: Linognathus sp., piolho sugador de cães e ruminantes. Segundo e o terceiro. Cinco segmentos nas antenas. Figura 9.1: Gênero Linognathus, evidenciando- se o primeiro par de patas menor. Família Menoponidae Gênero Menopon Espécie Menopon gallinae Hospedeiros: aves. Características morfológicas: Possui a cabeça mais larga que o tórax. Apresenta dois tufos de cerdas no quinto Segmento abdominal. Menores que um centímetro. Ápteros. Abdômen com uma fileira de cerdas dorsal em cada segmento. Espinhos gástricos visíveis. 7 Tarso com duas garras. Figura 10: Menopon sp. piolho mastigadordas aves. Figura 10.1: Segmento abdominal de Menopon mostrando os tufos de cerdas. Gênero Menacanthus Espécie Menacanthus stramineus Hospedeiros: aves. Parasita de galinhas, Perus, faisões e excepcionalmente pombos. Características morfológicas: Duas fileiras de cerdas longas e curtas nos Segmentos abdominais. Fronte provida de processo espinhoso recurvo para trás e para baixo. Antenas com quatro segmentos. Possuem palpos. Figura 11: Exemplar de Menacanthus stramineus. 8 ORDEM ACARI (ACARINA) CARACTERÍSTICAS: -Ácaros de pequeno porte. -Quelíceras modificadas e palpos curtos. -Cefalotórax e abdômen fusionados. -Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. -Larvas com três pares de patas. -Ninfas e adultos com quatro pares de patas. -Respiração cutânea ou traqueal. SUBORDEM MESOSTIGMATA (Gamasida) CARACTERÍSTICAS: -Um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa II e III abrindo-se em peritremas alongados. -Presença de escudo dorsal. -Hipostômio desprovido de dentes recurrentes. -Podem ser de vida livre ou parasitas internos (vias respiratórias) ou externos de répteis, aves e mamíferos. -Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocar reações cutâneas e alguns podem causar anemia. - Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa adultos GÊNERO: Dermanyssus ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae Figura 1- Visão dorsal do ácaro das aves, Dermanyssus sp CARACTERÍSTICAS: -Escudo dorsal redondo. -Quelíceras que terminam em quelas (bifurcação). -Todas as patas com garras e carúnculas. -Escudos truncados posteriormente. -Chamado vulgarmente de piolhinho, ácaro vermelho das aves). -Passa a maior parte do tempo fora do hospedeiro, em frestas e gaiolas. Quando no hospedeiro, preferem a região da cloaca. -Especificidade baixa e ciclo rápido (45 dias). HOSPEDEIROS: Parasita de galinhas e outras aves (principalmente canários). Figura 2 - Dermanyssus sp. montado em lâmina FAMÍLIA IXODIDAE Figura 3 - Escudo incompleto na fêmea e completo no macho de Ixodidae. CARACTERÍSTICAS: 9 -Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em peritremas curtos. -Fêmeas com área porosa na base do capítulo. -Hipostômio com dentes recurrentes. -Carrapatos com escudo dorsal cobrindo todaa face dorsal no macho e somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva. -Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocarem reações cutâneas e causarem anemia. -Dimorfismo sexual nítido. -Ciclo: ovo - larva - ninfa adultos. Figura 4 - Teleógina de carrapato. GÊNERO: Rhipicephalus Figura 5 - Ninfa de Rhipicephalus sanguineus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Palpos e rostro curtos. -Base do gnatossoma geralmente hexagonal -Escudo sem ornamentação; olhos e festões presentes, coxa I bífida. -Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar. -Peritremas em forma de vírgula acentuados no macho e pouco acentuados na fêmea ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode parasitar também gato e carnívoros silvestres. PERÍODO DIAS Pré- postura 3 GÊNERO Boophilus ou Rhipicephalus Figura 7- Gnatossoma de Rhipicephalus (Boophilus) microplus Atualmente, após sequenciamento genético o gênero Boophilus passou a ser subgênero de Rhipicephalus, passando então a se chamar Rhipicephalus (Boophilus) microplus. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Incubação 17 - 60 Sucção da larva 2 - 7 Muda da larva 5 - 23 Sucção da ninfa 4 - 9 Muda da ninfa 11 - 73 Sucção da fêmea 6 - 30 Figura 6 - Macho de Rhipicephalus sanguineus. 10 -Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. -Base do gnatossoma hexagonal. -Escudo sem ornamentação. -Olhos presentes. -Festões ausentes. -Peritremas arredondados ou ovais. -Machos com dois pares de placas adanais desenvolvidas e geralmente com prolongamento caudal. ESPÉCIE - Rhipicephalus (Boophilus) microplus Figura 8- . Macho de Boophilus microplus HOSPEDEIROS: Bovídeos, pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. GÊNERO Amblyomma Figura 9 - Carrapato Amblyomma sp. Figura 10- Peritrema de Amblyomma. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Palpos e hipostômio longos. -Geralmente ornamentado. -Olhos e festões presentes. -Base do gnatossoma de formas variadas. -Placas adanais ausentes no macho. -Peritremas em forma de vírgula ou triangular. ESPÉCIE- Amblyomma cajennense HOSPEDEIROS: Parasita a maioria dos animais domésticos e alguns silvestres. Pode parasitar o homem. É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua vida. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Rostro e palpos relativamente curtos. -Peritremas circulares (parece um dial de telefone). -Escudo sem ornamentação. -Com sete festões. -Coxas IV muito maiores que as demais. -Sem placas adanais. GÊNERO Anocentor 11 Figura 11 -. Fêmea de A. nitens ESPÉCIE - Anocentor nitens HOSPEDEIROS: Eqüídeos. LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão auricular. Figura 12 - Peritrema de Anocentor nitens FAMÍLIA ARGASIDAE Figura 13 - Carrapato Argas sp. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Não possuem escudo. -Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e anterior nas larvas. -Palpos livres. -Orifício genital entre as coxas I e II. -Fêmeas sem áreas porosas na base do capítulo. -Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. -Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. -Dimorfismo sexual pouco acentuado. GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA: Argas, Ornithodorus e Otobius. GÊNERO Argas Figura 14 - Face dorsal e ventral de Argas sp CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: -Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido. -Achatado dorso-ventralmente. -Aparelho bucal na face ventral. HOSPEDEIROS: Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato comum em galinheiros. A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. O período de incubação dos ovos é de três semanas dependendo da temperatura e umidade. GÊNERO Ornithodorus 12 Figura 15 - Vista dorsal e ventral de Ornithodorus sp CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Argasidae sem limitação das faces dorsal e ventral. -Formato de corpo retangular. -Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. HOSPEDEIROS: Homem e animais domésticos. GÊNERO Otobius Figura 16 - Vistas dorsal e ventral de diferentes estágios ninfais de Otobius megnini. (a) Ninfa ingurgitada que se alimenta, (b) Ninfa que se alimenta não ingurgitada, (c,d) Ninfa ninfa não alimentada de tamanhos diferentes. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Argasidae com tegumento granuloso no estádio adulto. -Olhos ausentes. -Hipostômio bem desenvolvido na ninfa e vestigial nos adultos. HOSPEDEIROS: Eqüinos, Ruminantes, Suínos, Caninos, Homem. ESPÉCIE: Otobius megnini Local - Orelha CARACTERÍSTICAS: -Vive nos estádios larvais e ninfais nas orelhas de eqüídeos, bovinos, ovinos e outras espécies. -Os adultos não são parasitos. -Todas as mudas são realizadas no hospedeiro. -Os parasitos sugam sangue e causam irritação que resulta em inflamações. -As larvas e ninfas localizam-se na orelha. -Os adultos vivem em esconderijos como galhos de árvores onde ocorre a cópula e a postura (adultos não se alimentam). - As larvas eclodem, vão até o hospedeiro (orelha) em 5 a 15 dias passam a ninfa1 ninfa2 podem ficar até seis meses na orelha 13 SUBORDEM: SARCOPTIFORMES OU ASTIGMATA CARACTERÍSTICAS: -Ácaros sem estigmas respiratórios (trocas gasosas pela pele). -Coxas fundidas a face ventral do corpo. -Quelíceras com quelas. -Corpo pouco quitinizado. -Tarsos com empódio unciforme ou em forma de ventosa. -Olhos ausentes. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia com a espécie, susceptibilidade do hospedeiro, número de ácaros transferidos e local de transferência. Varia de 2 a 6 semanas FAMÍLIA SARCOPTIDAE: (ESCAVADORES) Figura 17 - Túneis escavados por Sarcoptes e Notoedres na epiderme - Escavam galerias na pele (intradérmicas) na qual penetram profundamente provocando um espessamento da pele, sem formação de crostas. - Corpo globoso. - Rostro curto e largo. - Patas curtas e grossas - Patas posteriores encaixadas total ou parcialmente no idiossoma (parte final do corpo). - Machos sem ventosas copuladoras adanais. - Gêneros: Sarcoptes, Notoedres. GÊNERO: Sarcoptes Figura 18 - Sarcoptes sp ESPÉCIE: Sarcoptes scabiei S. scabiei var. equi, S. scabiei var. canis, S. scabiei var. suis, S. scabiei var. bovis, S. scabiei var. ovis CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - 0,2 a 0,5 mm - Gnatossoma cônico, tão longo quanto largo. - Corpo estriado com áreas escamosas e espinhos curtos e grossos na face dorsal. - Machos com ventosas nas patas I, II, e IV. - Fêmeas com ventosas nas patas I e II. - Ânus terminal. - Pedicelo longo e simples - Corpo globoso. GÊNERO: Notoedres Figura 19 - Sarna do gênero ESPÉCIE: Notoedres cati (gato), muris(rato) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Sarna da cabeça do gato. -Ânus dorsal. -Corpo globoso. - 0,1 a 0,25 mm. -Machos com ventosas nas patas 1, 2 e 4. -Fêmeas com ventosas nas patas 1 e 2. -Face dorsal com escamas rombas. 14 FAMÍLIA PSOROPTIDAE ácaros não escavadores -São ácaros superficiais, produzem formação de crostas espessas. -Corpo ovóide. -Face dorsal sem espinhos. -Rostro longo e cônico. -Machos com ventosas (copuladoras) adanais. -Patas longas e espessas, 40 par de patas nos machos é menor que o terceiro. -Gêneros: Psoroptes, Chorioptes, Otodectes. GÊNERO Psoroptes Figura 20 - Sarna do gênero Psoroptes CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Corpo ovóide. - Parasitas de eqüídeos, bovinos, ovinos,e coelhos. - 0,5 a 0,8 mm. - Gnatossoma mais longo que largo. - Patas grossas e longas terminando em longos pedicelos tri-segmentados- Machos com ventosas nas patas I, II e III. - Fêmeas com ventosas nas patas I, II e IV. - Machos apresentam duas ventosas copulatórias ao lado do ânus - Machos com 40 par de patas bem reduzido. - Ânus terminal. GÊNERO Otodectes Figura 21 - Macho de Otodectes sp. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Sarna auricular de cães e gatos. - 0,3 a 0,5 mm. -Ventosas com pedicelos curtos e simples, sem segmentação. -Corpo ovóide. -O 40 par de patas das fêmeas é muito pequeno. -Gnatossoma em forma de cone. -Fêmeas com ventosas nas patas I e II. -Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. -Machos sem tubérculos abdominais. GÊNERO Chorioptes: 15 Figura 22 - Ácaro Chorioptes sp CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Sarna de ovinos, bovinos, caprinos e eqüinos. - 0,3 a 0,6 mm. -Gnatossoma tão longo quanto largo. -Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. -Fêmeas com ventosas nas patas I,II e IV. -Pedicelo curto e simples, sem segmentação. -Peças bucais arredondadas. -Machos com tubérculos abdominais. 16 FAMÍLIA PSYCHODIDAE ocorre na água, em matéria vegetal em SUBFAMÍLIA PSYCODINAE: Psychoda - mosca dos banheiros. Sem importância em medicina veterinária. SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE: PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: - Gênero Phlebotomus (Encontrado na Europa). - Gênero Lutzomyia (Encontrado nas Américas) mosquito palha. GÊNERO LUTZOMYIA CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Olhos compostos ocupando grande parte da cabeça. - Ocelos ausentes. - Antenas tão longas quanto o comprimento da cabeça e tórax com densa pilosidade. - Dípteros muito pequenos, 4mm no máximo. - Palpos maiores que a probóscida com 3 a 5 artículos. - Asa com formato lanceolar e com nervuras longitudinais e paralelas. - Cerdas longas pelo corpo. - Abdômen com 10 segmentos; do oitavo em diante os segmentos se modificam e formam as peças do aparelho genital. BIOLOGIA Ovos: Os ovos dos psicodídeos são alongados, pardo-escuros, depositados em ambientes aquáticos ou semi-aquáticos, isoladamente ou em grupos. Larvas: Quatro estádios larvais. As larvas são vermiformes, ápodas, com a cabeça não retrátil e com duas manchas escuras no lugar dos olhos. O desenvolvimento larval decomposição, nos buracos de árvores cheios de folhas apodrecidas e em excrementos. Figura 1. Adulto de Lutzomyia sp. O desenvolvimento larval se dá em 30 dias e depois de quatro mudas de pele passam a pupa. As larvas nunca se criam em ambiente inteiramente aquático, mas em lugares de muita umidade, onde a luz raramente incide, com abundante matéria orgânica que lhes sirva de nutrição; nas florestas as larvas se criam embaixo da camada de folhas mortas que reveste o solo, nas frestas das rochas, nas tocas que servem de abrigo a animais silvestres. Pupas: As pupas mostram cabeça distinta, pernas e asas unidas ao corpo. A fase de pupa transcorre entre 10 e 15 dias. Adultos: Os adultos na conformação geral do corpo parecem um pequeno mosquito. O aparelho bucal das fêmeas é adaptado para sugar sangue, elemento essencial para maturação dos ovos. Os machos nutrem-se de sucos vegetais. A grande maioria dos psicodídeos habitam as florestas, em lugares sombrios próximos à pequenas porções de água. Algumas espécies aparecem, eventualmente no interior de 17 habitações humanas ou dos abrigos dos animais domésticos, escondendo-se em cantos escuros durante o dia e saindo à noite em busca de alimento. Algumas espécies podem sugar sangue de dia. Habitações próximas a matas estão sujeitas a receber a visita desses mosquitos. São atraídos pela luz das lâmpadas. Os mosquitos flebotomíneos têm pouca capacidade de vôo. Não procuram alimento a mais de 200 metros de distância. Longevidade dos adultos: 27 dias. ASTENOBIOSE OU DIAPAUSA: Normalmente a duração do período larval depende da temperatura e umidade; em baixa temperatura esse período pode prolongar-se em virtude de uma fase de hibernação que a larva sofre depois da terceira muda. Em certas espécies, porém, independente destas condições, sem que se verifique diminuição da temperatura e alteração do teor de umidade, a larva hiberna e sua evolução se interrompe. Assim em uma postura podemos ter ovos que evoluem até fase adulta e outros que ficam em hipobiose por meses. IMPORTÃNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: Os flebotomíneos são hospedeiros de agentes causadores de doenças que afetam o homem e animais domésticos. São transmissores da Leishmania, causadora da Leishmaniose Visceral e/ou cutânea. Transmitem também muitos vírus entre os quais o responsável pela febre dos três dias (febre papatasi) muito conhecida na Europa. Podem veicular ainda o vírus da estomatite vesicular, doença séria em bovinos, cavalos e suínos. FAMÍLIA CULICIDAE CARACTERÍSTICAS: - Sem ocelos. - Antenas com 15-16 segmentos. - Pernas longas. - Conhecido como mosquito. - Fêmeas hematófagas sugam sangue à noite. - Machos alimentam-se de sucos vegetais. - Fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água. SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE CARACTERÍSTICAS: - Adultos com escamas abundantes. - Probóscida bem desenvolvida. - Palpos retos. - Olhos grandes. - Antenas nos machos plumosas. TRIBO ANOPHELINI GÊNERO Anopheles CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Primeiro tergito abdominal sem escamas. - Coxa posterior mais curta que a largura do mesoepímero. - Palpos da Fêmea de comprimento igual ao da probóscida. - Escuama com franja completa. - Ovos providos de flutuadores e postos isoladamente. - Larvas sem sifão respiratório. - - Pupas com trompa respiratória de forma cônica curta e de abertura larga. - Fêmeas com palpos delgados e do mesmo comprimento da probóscida. - Machos com últimos segmentos do palpo 18 Figura 2. Fêmea de Anopheles. BIOLOGIA DE ANOPHELES - Criadouros são lagoas, rios e represas. - Veiculador da malária (esporozoítas do Plasmodium vivax na glândula salivar) - Hábito crepuscular e noturno. - Quando em repouso esses mosquitos formam um ângulo quase reto ao substrato. SUBFAMÍLIA CULICINAE TRIBO CULICINI Figura 3. Macho e fêmea de Culicinae. GÊNEROS: Aedes, Culex. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Lobo pronotal menor que o meron. - Escuamas com franjas, via de regra, completa com ou sem espiraculares . - Ovos desprovidos de flutuadores e postos em jangada. - Larvas com sifão respiratório. - Dispõem-se perpendicularmente ou obliquamente na superfície líquida permanecendo com o corpo mergulhado. - Pupa com trompa respiratória de forma tubulosa, mais ou menos cilíndrica alongada e de abertura estreita. - Fêmeas com palpos curtos de comprimento menor que a tromba - Machos com palpos longos, mas os últimos segmentos não são dilatados, e são maiores que a tromba. - Quando em repouso esses mosquitos ficam com o corpo paralelo a superfície. GÊNERO Aedes: Espécie Aedes aegipty CARACTERÍSTICAS: - Postura preferencialmente (vizinhança da água ou na sua superfície) em águas limpas existentes em barris, potes de barro, vasos, cacos de garrafa. - Depositam os ovos separadamente em vários lotes, postos em intervalos de um ou mais dias. - Ovos resistem a dessecação por vários meses. - Hábito diurno gostam de temperatura elevada e picam raramente quando a temperatura fica abaixo de 23 graus. - O ciclo dura 11 a 18 dias em temperatura de 26 graus centígrados. - Longevidade: Em laboratório uma fêmea viveu até 154 dias. - A fêmea após ter feito a postura de seus ovos morre rapidamente. Em condições normais uma fêmea pode fazer 12 ou mais repastos sangüíneos em um mês o que é de grande importância na transmissão da febre amarela.- A cópula se processa 12 a 24 horas após o nascimento do imago e estimula o desejo de sugar sangue. As fêmeas virgens dificilmente sugam sangue. As fêmeas após sugarem sangue fazem a postura dos ovos em poucos dias; se forem dilatados e pilosos, dando aspecto de clava. 19 alimentadas com líquidos açucarados, não há postura. Figura 4. Fêmea de Aedes - Cada fêmea pode pôr de 70 a 150 ovos. - Esse mosquito é doméstico e nas horas de repouso (noite) se esconde atrás ou debaixo de móveis. - As larvas se alimentam de bactérias contidas na água e possuem sifão respiratório com um tufo de cerdas. - Transmite a febre amarela e a dengue. Figura 6. Sifão respiratório de larva de Aedes sp. FAMÍLIA CUTEREBRIDAE GÊNERO Cuterebra (BERNE DE ROEDORES). GÊNERO Dermatobia ESPÉCIE Dermatobia hominis (sua larva é chamada de berne). HOSPEDEIROS: Mamíferos (mais importante bovino e cão). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Adulto com cabeça e tórax castanhos e abdômen azul metálico. Larva com espinhos e ganchos só na parte mais larga. Estigmas respiratórios na parte mais estreita. BIOLOGIA: A atividade da larva é noturna e a L3 não é piriforme. Adultos não se alimentam e vivem em matas (florestas, ilhas de matas, fazendas ou beira de rio). Figura 5 . Tórax de Aedes aegipty 20 CICLO BIOLÓGICO: As moscas, que são duas a três vezes maiores que a mosca doméstica tem uma reprodução constante porque só possuem três dias de vida. Elas não vão aos animais, mas depositam uma massa de ovos (um ovo por segundo) no abdômen de vetores foréticos (insetos zoofílicos, como a musca doméstica), e esses levam os ovos até os animais. Figura 7. Cabeça de Dermatobia sp. Em torno de sete dias (varia com temperatura e umidade) eclodem as larvas (por estímulo térmico a larva abre o opérculo), que penetram na pele (mesmo estando íntegra). Estas possuem espinhos somente em metade do seu corpo para se fixarem na pele. As larvas não chegam a atingir os tecidos, ficam logo abaixo da pele. Depois de ± 40 dias, as larvas caem no chão e viram pupas que ficam sem se alimentar por 32 dias e só aí viram adultos (moscas). Obs: Os animais de pêlo escuro são mais afetados que os de pêlo claro. Mas a preferência é do vetor e não da Dermatobia por causa da reflexão da onda luminosa (o preto atrai mais os insetos). CONTROLE DOS VETORES: *QUÍMICO: Inseticidas tópicos, injetáveis. Figura 8. Larva L3 de Dermatobia sp. *BIOLÓGICO: Parasitóides (microhimenópteros), predadores (formigas, ácaros, pássaros), fungos (Metarhizium, Beauveria), bactérias (Bacillus thurigiensis). MANEJO INTEGRADO: inseticida; raças resistentes (zebu). FAMÍLIA OESTRIDAE GÊNERO Oestrus HOSPEDEIROS: Ovinos e caprinos. LOCAL: Fossas nasais. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Adulto com olhos pequenos e bem separados e fronte com crateras. Flagelo com arista nua. - Larvas grandes com uma placa são porosos. A larva I mede 1-3 mm., é segmentada e apresenta filas transversais de espinhos e 2 ganchos bucais quitinosos fortes e curvos que formam o cefaloesqueleto. A larva II mede 1,5-12 mm., apresenta poucos espinhos no segundo segmento. A larva III mede uns 20 mm., é de cor branca quando lovem e amarela-parda quando madura. Possui dorsalmente bandas quitinosas largas em todos os segmentos, os quais estão desprovidos de espinhos com exceção do segundo que possui poucos. 21 Posteriormente todas larvas apresentam peritremas, cuja forma e tamanho é importante para identificação. BIOLOGIA As moscas adultas são muito ativas durante os meses quentes, primavera-verão e início do outono. As horas de vôo coincidem com as de máxima luminosidade, momento em que os animais ficam na sombra, agrupados e se protegem entre si mantendo sua cabeça baixa e narinas próximas do solo. As fêmeas fecundadas depositam larvas I imersas em uma mucosidade nas imediações das fossas nasais. Estas migram e invadem cavidades, seios nasais, paranasais e frontais. Seu desenvolvimento parece depender da geração a que pertence. Será mais rápido (15 dias) para larvas depositadas na primavera-verão, e mais tardio no final de verão, início de outono, podendo entrar em um período de letargia larvária de 7-9 meses. As mudas larvais L-II e LIII ocorrem em 25-35 dias, prolongando-se até 10-11 meses no caso de gerações de outono e condições climáticas adversas. As larvas, por meio de seus espinhos e céfaloesqueleto, exercem irritação das mucosas sinusais, iniciando-se nos cornetos, cavidade e tabique nasal, podendo chegar aos seios frontais. Alimentam-se de sangue, tecidos da mucosa e muco que ela segrega. As larvas III maduras, saem para o exterior, favorecendo sua saída pelos mecanismos defensivos do animal. A metamorfose até adulto leva entre 25-30 dias em período quente, prolongando-se até 2-3 meses na estação fria, momento que aproveitam para entrar em diapausa pupal. O adulto emergente da pupa não se alimenta, pois suas peças bucais são rudimentares. A cópula ocorre no solo e os adultos freqüentam os lugares onde o hospedeiro está presente. A fêmea põe 30-50 larvas em cada postura, podendo chegar a 500 em todo o período de larviposição. O CO2 e o odor do hospedeiro atraem as moscas. O número médio de larvas por animal pode IMPORTÂNCIA: Inflamação dos seios frontais e infecção, devido a presença de larvas (L2 e L3) que irritam e saem pelo espirro ou por livre vontade e que podem ficar de 2 semanas até 10 meses no animal. É chamada praga de verão porque as moscas irritam os animais que ficam indóceis e tentam esconder o focinho. Raramente é mortal. CONTROLE: é muito difícil, pois o que deve ser feito é a prevenção na época em que mais ocorre, começando no meio da primavera e não deixando a larva se desenvolver. FAMÍLIA GASTEROPHILIDAE GÊNERO Gasterophilus ESPÉCIES G. nasalis; G. intestinalis; G. Haemorroidalis HOSPEDEIROS: Eqüinos. LOCAL: Duodeno e estômago (larvas). CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: oscilar entre 5 a 30 exemplares. Figura 9 . Larva de Oestrus sp . 22 Adulto possui o corpo recoberto por pêlos sedosos e amarelos (lembra abelha, mas essa têm dois pares de asas). Larvas grandes com ganchos orais em forma de foice, corpo segmentado coberto por espinhos (Uma fileira no caso de G. nasalis e 2 Figura 10. Adulto de Gasterophilus sp. no caso de outras spp), estigmas com aberturas cheias de trabéculas. Adultos com um par de asas. CICLO BIOLÓGICO: A oviposição é feita em vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo. De 7 a 10 dias tem-se a eclosão da L1 que penetra na mucosa bucal onde fica migrando de 2 a 6 semanas (varia com a espécie). As larvas são deglutidas por eqüídeos e quando chegam ao estômago e duodeno, vão à L2 e L3 e pelas fezes chegam Figura 11. Ovo de Gasterophilus preso ao pêlo. ao solo virando pupa e mais tarde, adultos. Figura 12. Larva de Gasterophilus sp. PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES: 1) Oviposição: G. nasalis e G. haemorroidalis realizam oviposição nos pêlos da região da ganacha (barba) enquanto que G. intestinalis prefere pêlos dos membros anteriores. 2) Eclosão da larva: G. nasalis e G. haemorroidalis a larva penetra na mucosa assim que eclode, já em G. intestinalis para abandonar o ovo a larva necessita um estímulo térmico de umidade e fricção. Os estímulos são dados pela lambida do cavalo. 3) Migração boca-estômago: Em G. nasalis antes de ser deglutido a larva para na faringe (uma a duas semanas) podendo ocorrer asfixia. Em G. haemorroidalis e G. intestinalis, as larvas vão direto ao estômago.4) No estômago e intestino: Todos preferem o piloro e o duodeno e o período parasitário é de 9 a 11 meses. Podem causar cólicas. 5) Eliminação: G. nasalis e G. intestinalis saem direto nas fezes com o peristaltismo. G. haemorroidalis antes de ser eliminado se fixa no plexo hemorroidário podendo levar a um prolapso retal e depois tétano, já que as fezes dos eqüinos são ricas em 23 Clostridium tetani pelo fato do cavalo cortar a gramínea bem rente ao solo, vindo terra junto com esporos. CONTROLE: Depende da criação e do manejo, mas se deve cortar o pêlo da ganacha no verão e escovar ou passar esponja com água morna, para soltar os ovos presos ao pelo e matar as larvas. SEÇÃO PUPÍPARA A pupa se encontra sempre no chão onde se enterra para fugir de predadores. Ela se forma pelo endurecimento da larva três. A fêmea origina diretamente a pupa. As larvas se desenvolvem no pseudoútero da fêmea. As moscas são achatadas dorsoventralmente. Apresentam um envoltório coriáceo (duro). Dípteros anômalos (por não apresentarem asas ou terem asas Os palpos guardam as peças bucais (nos outros dípteros é o lábio). 24 FAMÍLIA TRICHODECTIDAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Três segmentos antenais. Uma garra ligada ao hospedeiro. GENERO Trichodectes ESPÉCIE Trichodectes canis HOSPEDEIROS: Cão CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Cabeça hexagonal. Uma só garra. Antenas com três segmentos. Têmporas sem lobos posteriores. Fronte arredondada. Todos segmentos abdominais com placas pleurais (pleuritos). Estigmas respiratórios do segundo ao sétimo Não tem palpos. mastigador de cães. FAMÍLIA MUSCIDAE - Quatro faixas negras no mesonoto. - Apresentam uma célula distal na asa. - Três estágios larvares, sendo que a larva é vermiforme e esbranquiçada. Na sua extremidade anterior possui ganchos (para capturar alimentos) e na posterior possui estigmas respiratórios com 1, 2 ou 3 aberturas, de acordo com a fase larval (L1, L2, L3). A) SUBFAMÍLIA MUSCINAE - Aparelho bucal lambedor. GÊNERO Musca ESPÉCIE Musca doméstica Tem como hospedeiro preferencial os equinos, embora ataquem outros mamíferos, inclusive o homem. CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: - Tamanho: ± 9 mm. - Tórax é cinza com quatro listras longitudinais escuras e largas no dorso. - O abdômen possui os lados de cor amarelada na metade basal. A porção posterior é marrom escura e possui uma faixa longitudinal escura no meio do dorso. - Aparelho bucal com palpos maxilares médios, labela com pseudotraquéias (liquefaz o alimento sólido). - Antena com arista plumosa (cerdas dos dois lados). - Estigmas da larva têm abertura fora do centro. Vetor de Dipylidium caninum para cães. Figura 1/2. Trichodectes sp., piolho 25 Figura 3. Adulto de Musca domestica. Figura 4. Peritrema da larva de Musca sp. FAMILIA CALLIPHORIDAE CARACTERÍSTICAS - Aparelho bucal lambedor úteis. No caso dos (labelas com canalículos). - A maior importância dessas moscas é a fase larvar, pois(bicheira). - Chamadas vulgarmente de moscas varejeiras. GÊNERO Cochliomyia CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Distingui-se o sexo pelos olhos (as fêmeas são dicópticas e machos são holópticos). - Apresentam ocelos e palpos muito curtos. - Flagelos claros (tendem a amarelo). - Arista bipectinada. - Tórax verde a azul metálico. - Três linhas negras longitudinais no tórax. - A fêmea adulta apresenta basicosta clara. Figura 5. Adulto de Cochliomyia sp. Figura 6. Fêmea e macho de Cochliomyia sp. ESPÉCIE Cochliomyia hominivorax CARACTERÍSTICAS: - Estigma da larva em forma de dedos separados. - Espinhos no final do corpo da larva com forma predominantemente em v. - Larva com troncos traqueais pigmentados e alongados. Figura 7. Peritremas de Cochliomyia hominivorax. ESPÉCIE Cochliomyia macellaria CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: 26 - Estigma da larva em forma de dedos bem juntos. - Espinhos no final do corpo da larva são mais robustos e predominantemente em W. - Troncos traqueais da larva mais claros e mais curtos que de C. hominivorax. Figura 8. Peritrema da larva de Cochliomyia macellaria. FAMÍLIA DEMODECIDAE GÊNERO Demodex ESPÉCIES: Demodex canis (cão), D. phylloides(suino), D. pholiculorum (homem) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Patas curtas. - Dois estádios ninfais. - Corpo dividido numa parte anterior curta e uma posterior alongada e com estriações. Figura 9. Estagios de desenvolvimento do Ácaro Demodex. Figura 10. Ácaro Demodex humano (acima) e de cão (abaixo). FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE GÊNERO Sarcophaga CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Moscas de médio à grande porte - Coloração escura acinzentada (sem brilho metálico) - Possuem três listas negras no tórax e cerdas na hipopleura, não confundir com muscídeo. - Aparelho bucal funcional lambedor - Probóscida não quitinizada e maleável - Abdômen com manchas negras xadrez - MOSCAS COM APARELHO BUCAL AFUNCIONAL - Adultos não se alimentam. - Larvas causam miíases. 27 Figura 11. Adulto de Sarcophagidae. FAMÍLIA TABANIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS - Tamanho de 0,6 a 3 cm. - Chamados vulgarmente de mutucas ou moscas do cavalo. - Dípteros robustos. - Aparelho bucal lambedor e sugador (curto e grosso). - A coloração de olho varia entre espécie sendo unicoloridos ou horizontalmente coloridos em Tabanus, manchados em Chrysops, e com faixas em zigue-zague em Haematopota. - Antenas com três segmentos e o flagelo apresenta anelações que são projetadas para frente. - Cabeça semi-esférica ou semilunar. - Mesonoto desenvolvido (meio do tórax). - Olhos holópticos nos machos e dicópticos nas fêmeas (separados). Presença ou não de ocelos afuncionais. - Machos desprovidos de mandíbulas e não hematófagos. - 8 estágios larvares - Mandíbulas nas fêmeas para cortar a pele. - Asa com terceira nervura longitudinal bifurcada. Com espinhos na nervura costal da asa. Figura 12. Asa de Tabanidae. Figura 13. Aparelho bucal de Tabanidae. SUBFAMÍLIA PANGONINAE CARACTERÍSTICAS - Presença de ocelos funcionais. - Com esporão tibial na pata III. - Terceiro artículo das antenas formado de anéis justapostos sempre em número superior a cinco. - Probóscida alongada. - Asa manchada e tamanho pequeno - Olhos pilosos e probóscida longa. GÊNERO Chrysops CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Raramente maiores que 10 mm - Suas asas apresentam faixa transversal preta mediana - Terceiro artículo antenal com o primeiro anel tão longo quanto os quatro seguintes reunidos. 28 Figura 14. Mutuca do gênero Chrysops sp. SUBFAMÍLIA TABANINAE GÊNERO Tabanus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Basicosta (projeção próxima à base da nervura costal) com cerdas ou sem cerdas. - Sem esporão tibial na pata III. - Ausência de ocelos funcionais. - Probóscida raramente mais longa que altura da cabeça. Geralmente curta e robusta. Figura 15. Cabeça de Tabanus sp. Figura 16. Mutuca do gênero Tabanus sp.
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