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BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 1 ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO + Vértebras cervicais • Formam a região cervical da coluna vertebral, encerrando a medula espinhal e as meninges. • Os corpos vertebrais empilhados e posicionados centralmente sustentam a cabeça, e as articulações intervertebrais (IV) proporcionam a flexibilidade necessária para permitir o posicionamento da cabeça. • Dividem-se em dois grupos: coluna cervical alta (1ª e 2ª VC) e coluna subaxial (3ª a 7ª VC) • As quatro vértebras cervicais típicas (III a VI) têm as seguintes características: o O corpo vertebral é pequeno e mais longo no sentido laterolateral do que no sentido anteroposterior; a face superior é côncava e a face inferior é convexa o O forame vertebral é grande e triangular o Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (típicas ou atípicas) incluem forames transversários para os vasos vertebrais (as veias vertebrais e, com exceção de C VII, as artérias vertebrais) o As faces superiores dos processos articulares estão voltadas em sentido superoanterior, e as faces inferiores estão voltadas em sentido inferoposterior o Os processos espinhosos são curtos e bífidos. • Existem três vértebras cervicais atípicas (C I, C II e C VII) o Vértebra C I ou atlas: ▪ Osso anular e reniforme que não tem processo espinhoso e nem corpo e consiste em duas massas laterais unidas por arcos anterior e posterior. ▪ Suas faces articulares superiores côncavas recebem os côndilos occipitais ▪ Sulco para artéria vertebral • Deixa de ser ascendente em C1 e emerge para o forame de C1, contornando a vértebra cervical posteriormente para penetrar a dura mater e formar a artéria basilar na ponte o Vértebra C II ou áxis: ▪ Um dente projeta-se de seu corpo para cima • Apresenta um corpo, colo ou ápice o Vértebra proeminente (C VII): ▪ Processo espinhoso longo e não é bífido. ▪ Os processos transversos são grandes, mas os forames transversários são pequenos. • Diferem das demais vértebras por: o Possuem forame transverso -> passagem da artéria vertebral o Processos espinhosos bífidos o Arco neural é mais proeminente do que o corpo vertebral + Osso hioide • Móvel • Situado na parte anterior do pescoço, no nível da vértebra C III, no ângulo entre a mandíbula e a cartilagem tireóidea. • Suspenso por músculos que o unem à mandíbula, aos processos estiloides dos temporais (ligamentos estilohioideos), à cartilagem tireóidea, ao manúbrio do esterno e às escápulas. • É separado do restante do esqueleto, não se articulando com nenhum osso • Local de fixação para os músculos anteriores do pescoço e atua como suporte para manter a via respiratória aberta • Tem um corpo e cornos maior e menor. o Corpo do hioide: ▪ Sua parte média e está voltado anteriormente. ▪ A face convexa anterior projeta-se em sentido anterossuperior ▪ A face côncava posterior projeta-se em sentido posteroinferior. ▪ Cada extremidade do corpo está unida a um corno maior que se projeta em sentido posterossuperior e lateral a partir do corpo. o Corno maior ▪ Em jovens, são unidos ao corpo por fibrocartilagem. ▪ Em idosos, são unidos por osso. o Corno menor ▪ Pequena projeção óssea da parte superior do corpo do hioide que se situa perto de sua união com o corno maior. ▪ Se une ao corpo do hioide por tecido fibroso e ao corno maior por articulação sinovial. ▪ Projeta-se em sentido superoposterior em direção ao processo estiloide + Fáscia do Pescoço • O pescoço é circundado por camada de tela subcutânea (hipoderme) e suas estruturas são divididas em compartimentos pela fáscia cervical • Determinam a possível direção de disseminação de uma infecção do pescoço. • Tela subcutânea cervical o Camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical o Contém nervos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e quantidades variáveis de gordura. o O músculo platisma fica em sua parte anterolateral Coloquei os ligamentos + articulações das VC no final (p. 34) Resumo feito baseado no Moore (texto + imagens) BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 2 o Platisma ▪ Cobre a face anterolateral do pescoço. ▪ Lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço ▪ É suprido pelo ramo cervical do nervo facial, NC VII. ▪ A veia jugular externa (VJE) e os principais nervos cutâneos do pescoço situam- se profundamente ao músculo platisma. ▪ Origina-se na fáscia muscular que cobre as partes superiores dos músculos deltoide e peitoral maior e segue em sentido superomedial sobre a clavícula até a margem inferior da mandíbula. ▪ Por meio da sua fixação superior à mandíbula, ele tensiona a pele, produzindo sulcos cutâneos verticais e liberando a pressão sobre as veias superficiais ▪ A partir de sua fixação inferior, o músculo platisma ajuda a abaixar a mandíbula e os ângulos da boca, como ao fazer uma careta • Fáscia Cervical o Formada por três lâminas: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. o Sustenta as vísceras cervicais, os músculos, os vasos e os linfonodos profundos. o Se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, das veias jugulares internas (VJI) e dos nervos vagos para formar a bainha carótica. o As lâminas formam planos de clivagem naturais através dos quais os tecidos podem ser separados durante a cirurgia. o As lâminas garantem o deslizamento de estruturas no pescoço para que se movimentem sem dificuldade o Lâmina superficial ▪ Circunda todo o pescoço profundamente à pele e à tela subcutânea. ▪ Divide-se em partes superficial e profunda para envolver os músculos trapézio e esternocleidomastóideo • Esses músculos são inervados pelo nervo acessório (NC XI) • Têm fixações praticamente contínuas à base do crânio superiormente e à espinha escapular, ao acrômio e à clavícula inferiormente. ▪ Superiormente, a lâmina superficial se fixa em: • Linhas nucais superiores do occipital • Processos mastoides dos temporais • Arcos zigomáticos • Margem inferior da mandíbula • Hioide • Processos espinhosos das vértebras cervicais. ▪ Inferiormente, se fixa: • Manúbrio do esterno • Clavículas • Acrômios • Espinhas das escápulas o Lâmina pré-traqueal ▪ Limitada à parte anterior do pescoço. ▪ Estende-se inferiormente do hioide até o tórax, onde se funde ao pericárdio fibroso ▪ Inclui uma parte muscular fina, que reveste os músculos infra-hióideos, e uma parte visceral, que reveste a glândula tireoide, a traqueia e o esôfago. ▪ Contínua nas partes posterior e superior com a fáscia bucofaríngea da faringe ▪ Funde-se lateralmente com as bainhas caróticas ▪ Superiormente ao hioide, um espessamento da lâmina pré-traqueal forma uma polia ou tróclea, através da qual passa o tendão intermédio do músculo digástrico. ▪ Aprisiona o músculo omohióideo com dois ventres, redirecionando o trajeto do músculo entre os ventres. o Lâmina pré-vertebral ▪ Forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados a ela, como o longo do pescoço e o longo da cabeça anteriormente, os escalenos lateralmente, e os músculos profundos do pescoço posteriormente ▪ Se fixa à base do crânio superiormente. ▪ Na parte inferior, funde-se à fáscia endotorácica na região periférica e ao ligamento longitudinal anterior na região central, aproximadamente na vértebra T III. ▪ Estende-se lateralmente como a bainha axilar, que circunda os vasos axilares e o plexo braquial. ▪ As partes cervicais dos troncos simpáticos estão incrustadas na lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. ▪ Bainhacarótica: • Revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço. • Funde-se, na parte anterior, às lâminas superficial e pré-traqueal da fáscia e, na parte posterior, à lâmina pré-vertebral da fáscia. • Contém as seguintes estruturas: o Artérias carótidas comum e interna o Veia jugular interna o Nervo vago (NC X) o Linfonodos cervicais profundos o Nervo do seio carótico o Fibras nervosas simpáticas (plexos periarteriais caróticos). BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 3 • A bainha carótica comunica-se com o mediastino do tórax na parte inferior e com a cavidade do crânio na parte superior, representando possível via para a disseminação de infecção e do sangue extravasado. ▪ Espaço retrofaríngeo • Maior e mais importante espaço interfascial no pescoço • Espaço virtual que consiste em tecido conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e a fáscia bucofaríngea (parte posterior da lâmina pré-traqueal) que circunda a faringe superficialmente. • A fáscia alar forma uma subdivisão do espaço retrofaríngeo. o Essa lâmina fina está fixada ao longo da linha mediana da fáscia bucofaríngea, desde o crânio até o nível da vértebra C VII. A partir desta fixação, estende-se em sentido lateral e termina na bainha carótica. O espaço retrofaríngeo permite o movimento de faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral durante a deglutição. A parte superior desse espaço é fechada pela base do crânio e a cada lado pela bainha carótica. A parte inferior se abre no mediastino superior + Estruturas superficiais do pescoço • Entre o crânio (mandíbula anteriormente e occipital posteriormente) e as clavículas, o pescoço é dividido em quatro regiões principais. • Essas divisões são feitas a partir das margens visíveis e/ou palpáveis dos músculos ECM e trapézio. • Região esternocleidomastóidea o O músculo esternocleidomastóideo (ECM) divide cada lado do pescoço em regiões cervical anterior e lateral (trígonos cervical anterior e lateral do pescoço). o O músculo ECM é largo e tem duas cabeças: o tendão da cabeça esternal fixa-se ao manúbrio, e a cabeça clavicular fixa-se à face superior do terço medial da clavícula. o Na parte inferior, as duas cabeças do músculo ECM são separadas por um espaço visível na superfície como uma pequena depressão triangular, a fossa supraclavicular menor. (Local de acesso até a veia subclávia) o Na parte superior, as cabeças se unem enquanto seguem com trajeto oblíquo em direção ao crânio. o O ECM se fixa superiormente ao processo mastoide do temporal e a linha nucal superior do occipital o Os músculos ECM produzem movimento nas articulações craniovertebrais, nas articulações intervertebrais cervicais, ou em ambas. o As fixações cranianas dos músculos ECM situam-se posteriormente ao eixo das articulações atlantoccipitais (AO). o A contração bilateral dos músculos ECM (principalmente de suas fibras posteriores) causa a extensão da cabeça nas articulações AO, elevando o mento. o A ação bilateral dos músculos ECM também flete o pescoço. o O músculo ECM, em ação unilateral, flete lateralmente o pescoço (curva o pescoço para o lado) e gira a cabeça, de modo a aproximar a orelha do ombro ipsilateral enquanto eleva e gira o mento na direção contralateral. o Se a cabeça e o pescoço estiverem fixos, a contração bilateral dos músculos ECM eleva as clavículas e o manúbrio e, portanto, as costelas anteriores, o que possibilita esses músculos atuarem como músculos acessórios da respiração. o Para avaliar o músculo ECM, a cabeça é girada para o lado oposto contra resistência (mão contra o mento). Pode-se ver e palpar o músculo ECM quando sua ação for normal. • Região cervical posterior o A região posterior às margens anteriores do músculo trapézio é a região cervical posterior. o A região suboccipital situa-se profundamente à parte superior dessa região. o O músculo trapézio é grande, triangular e plano, recobrindo a face posterolateral do pescoço e do tórax o O músculo trapézio é um: ▪ Músculo superficial do dorso ▪ Músculo toracoapendicular posterior, que atua no cíngulo do membro superior ▪ Músculo cervical, que pode movimentar o crânio. o O músculo trapézio fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral e ajuda na sua suspensão. o A pele da região cervical posterior é inervada em um padrão segmentar pelos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais que perfuram, mas não inervam o músculo trapézio. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 4 o Para avaliar o músculo trapézio, o ombro é retraído contra resistência. ▪ É possível ver e palpar a margem superior do músculo se sua ação for normal. ▪ A paralisia do músculo trapézio causa a queda do ombro. Mas essa paralisia é parcialmente compensada pelas ações associadas do músculo levantador da escápula e das fibras superiores do músculo serrátil anterior . • Região cervical lateral o Trígono cervical lateral o Limitado por: ▪ Anteriormente pela margem posterior do músculo ECM ▪ Posteriormente pela margem anterior do músculo trapézio ▪ Inferiormente pelo terço médio da clavícula, entre os músculos trapézio e ECM ▪ Por um ápice, onde os músculos ECM e trapézio encontram-se na linha nucal superior do occipital ▪ Por um teto, formado pela lâmina superficial da fáscia cervical ▪ Por um assoalho, formado por músculos cobertos pela lâmina pré-vertebral da fáscia cervical o Músculos do assoalho ▪ Esplênio da cabeça ▪ Levantador da escápula ▪ Escaleno médio ▪ Escaleno posterior. ▪ Às vezes a parte inferior do músculo escaleno anterior aparece no ângulo inferomedial da região cervical lateral, onde geralmente é ocultado pelo músculo ECM. Um derivado ocasional do músculo escaleno anterior, o músculo escaleno mínimo, segue posteriormente à artéria subclávia até se fixar na costela I o Dividida por: ▪ Trígono occipital • Delimitado pelo trapézio, parte inferior do omoioide e ECM • Artéria occipital aparece no ápice desse trígono o Ramo posterior da carótida externa • O nervo mais importante que cruza esse trígono é o nervo acessório ▪ Trígono omoclavicular • Delimitado pela parte inferior do omoioide e pela clavícula • Indicado pela fossa supraclavicular • A parte inferior da VJE cruza sua superfície • Em sua parte profunda, está a artéria subclávia o Artérias ▪ Ramos laterais do tronco tireocervical • Ramo da subclávia • Em alguns casos, ele dá origem a uma artéria supraescapular e a um tronco cervicodorsal • Ramos terminais: artéria cervical ascendente e tireóidea inferior ▪ Terceira parte da artéria subclávia ▪ Parte da artéria occipital ▪ Artéria supraescapular • Segue em sentido inferolateral através do músculo escaleno anterior e nervo frênico, depois atravessa a terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do plexo braquial. Depois, passa posteriormente à clavícula para suprir músculos na face posterior da escápula. • Também pode originar-se diretamente da terceira parte da artéria subclávia. ▪ Artéria cervical transversa • Bifurca-se em ramo superficial (artéria cervical superficial) e ramo profundo (artéria dorsal da escápula). o Seguem em direção superficial e lateral através do nervo frênico e músculo escaleno anterior. o Cruzam ou atravessam os troncos do plexo braquial e envia ramos para o vasa nervorum (vasos dos nervos). • A artériacervical superficial passa profundamente (anteriormente) ao músculo trapézio, acompanhando o nervo acessório (NC XI). • A artéria dorsal da escápula pode originar-se de modo independente, diretamente da terceira parte da artéria subclávia. o Quando é um ramo da subclávia, a artéria dorsal da escápula segue lateralmente através dos troncos do plexo braquial, anteriormente ao músculo escaleno médio. o Sua parte distal segue profundamente ao músculo levantador da escápula. ▪ A artéria occipital • Ramo da artéria carótida externa • Entra na região cervical lateral em seu ápice e ascende sobre a cabeça para suprir a metade posterior do couro cabeludo ▪ Artéria subclávia • A terceira parte começa cerca de um dedo transverso acima da clavícula, oposta à margem lateral do músculo escaleno anterior. Está oculta na parte inferior da região cervical lateral, posterossuperior à veia subclávia. • A terceira parte da artéria é a parte mais longa e mais superficial. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 5 • Situa-se sobre a costela I e suas pulsações podem ser palpadas por compressão profunda no trígono omoclavicular. • O tronco inferior do plexo braquial situa-se diretamente posterior à terceira parte da artéria. o Veias ▪ Veia jugular externa (VJE) • Sua origem é próxima ao ângulo da mandíbula, formada pela união da divisão posterior da veia retromandibular com a veia auricular posterior. • Cruza o músculo ECM em direção oblíqua, profundamente ao músculo platisma, e entra na parte anteroinferior da região cervical lateral. Perfura a lâmina superficial da fáscia cervical, na margem posterior do músculo ECM. • Desce até a parte inferior da região cervical lateral e termina na veia subclávia. • Drena a maior parte do couro cabeludo e a região lateral da face. • Imediatamente acima da clavícula, a VJE recebe as veias cervicodorsais, supraescapular e jugular anterior ▪ Veia subclávia • Drena o MMSS • Curva-se através da parte inferior da região cervical lateral. • Passa anteriormente ao músculo escaleno anterior e ao nervo frênico • Na margem medial do escaleno anterior, une com a VJI para formar a veia braquiocefálica, posteriormente à extremidade medial da clavícula. o Nervos ▪ Nervo acessório • Passa profundamente ao músculo ECM e supre-o • Entra na região cervical lateral pela junção dos terços superior e médio da margem posterior do músculo ECM. • Segue em sentido posteroinferior, dentro da ou profundamente à lâmina superficial da fáscia cervical, seguindo sobre o músculo levantador da escápula, do qual é separado pela lâmina pré-vertebral da fáscia. • Desaparece profundamente à margem anterior do músculo trapézio na junção de seus dois terços superiores com seu terço inferior. ▪ Plexo braquial • As raízes do plexo braquial (ramos anteriores de C5–C8 e T1) aparecem entre os músculos escalenos anterior e médio. • Os ramos se unem para formar os três troncos do plexo braquial, que descem em sentido inferolateral através da região cervical lateral. • Passa entre a costela I, a clavícula e a margem superior da escápula (o canal cervicoaxilar) até entrar na axila, inervando a maior parte do membro superior. ▪ Nervo supraescapular • Origina do tronco superior do plexo braquial, segue em sentido lateral através da região cervical lateral. • Supre os músculos supraespinal e infraespinal na face posterior da escápula. Também envia ramos articulares para a articulação do ombro. ▪ Plexo cervical • Formado pelos ramos anteriores de C1 a C4. • Consiste em uma série irregular de alças nervosas (primárias) e nos ramos que se originam das alças. • Com exceção do primeiro, os ramos dividem-se em ramos ascendente e descendente, os quais se unem aos ramos do nervo espinal adjacente para formar as alças. • Situa-se anteromedialmente aos músculos levantador da escápula e escaleno médio e profundamente ao músculo ECM. • Os ramos superficiais do plexo seguem posteriormente e são ramos cutâneos (sensitivos), enquanto que os ramos profundos seguem em sentido anteromedial e são ramos motores. o Ramos profundos incluem as raízes do nervo frênico e a alça cervical. o Ramos motores profundos incluem ramos que suprem os músculos romboides (nervo escapular dorsal; C4 e C5), serrátil anterior (nervo torácico longo; C5–C7) e músculos pré-vertebrais próximos. • Alça cervical o A raiz superior conduz fibras dos nervos espinais C1 e C2, une-se momentaneamente e depois se separa do nervo hipoglosso enquanto atravessa a região cervical lateral. o A raiz inferior da alça cervical origina-se entre os nervos espinais C2 e C3. o As raízes superior e inferior unem-se, formando a alça cervical, formada por fibras dos nervos espinais C1–C3, que dão ramos para suprir os músculos infra-hióideos: omo-hióideo, esternotireóideo e esterno-hióideo. O tíreo-hióideo, também músculo infra-hióide, recebe fibras de C1, que descem separadas do nervo hipoglosso, distalmente à raiz superior da alça cervical (nervo para o músculo tíreo-hióideo). ▪ Nervo occipital menor (C2): supre a pele do pescoço e o couro cabeludo posterossuperior à orelha ▪ Nervo auricular magno (C2 e C3): ascende verticalmente através do ECM oblíquo até o polo inferior da glândula parótida, onde se divide para suprir a pele sobrejacente, a bainha que circunda a glândula, o processo mastoide, as duas faces da orelha e uma área de pele que se estende do ângulo da mandíbula até o processo mastoide BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 6 ▪ Nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior. Curva-se ao redor do meio da margem posterior do músculo ECM inferiormente ao nervo auricular magno e segue em sentido anterior e horizontal através dele profundamente à VJE e ao músculo platisma, dividindo-se em ramos superior e inferior. ▪ Nervos supraclaviculares (C3 e C4): emergem como um tronco comum sob a cobertura do músculo ECM, enviando pequenos ramos para a pele do pescoço que cruzam a clavícula e suprem a pele sobre o ombro. • Ramos cutâneos do plexo cervical o Emergem ao redor do meio da margem posterior do músculo ECM, isto é, ponto nervoso do pescoço. o Suprem a pele do pescoço, parte superolateral da parede torácica e o couro cabeludo entre a orelha e a protuberância occipital externa • Nervos frênicos o Originam-se de C3-C5. o Contêm fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas. o Proporcionam suprimento motor para o diafragma e o suprimento sensitivo de sua parte central. o No tórax, supre a parte mediastinal da pleura parietal e o pericárdio. o Recebe fibras comunicantes provenientes dos gânglios simpáticos cervicais ou de seus ramos. o Forma-se na parte superior da margem lateral do músculo escaleno anterior no nível da margem superior da cartilagem tireóidea. Desce em sentido oblíquo com a VJI através do músculo escaleno anterior, profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e às artérias cervical transversa e supraescapular. o No lado esquerdo, o nervo frênico cruza anteriormente à primeira parte da artéria subclávia, enquanto que no lado direito, situa-se sobre o músculo escaleno anterior e cruza anteriormente à segunda parte da artéria subclávia. o Segue posteriormente à veia subclávia e anteriormente à artéria torácica interna quando entra no tórax. o Linfonodos ▪ A linfa dos tecidos superficiais na região cervical lateral entra nos linfonodos cervicaissuperficiais situados ao longo da VJE, superficialmente ao músculo ECM. ▪ Drenam para os linfonodos cervicais profundos, que formam uma cadeia ao longo do trajeto da VJI revestida pela fáscia da bainha carótica. • Região cervical anterior o Trígono cervical anterior: ▪ Um limite anterior formado pela linha mediana do pescoço ▪ Um limite posterior formado pela margem anterior do músculo ECM ▪ Um limite superior formado pela margem inferior da mandíbula ▪ Um ápice localizado na incisura jugular no manúbrio ▪ Um teto formado por tela subcutânea que contém o músculo platisma. ▪ Um assoalho formado pela faringe, laringe e glândula tireoide o Subdividida em quatro trígonos menores pelos músculos digástrico e omo-hióideo: o trígono submentual ímpar e três pares de trígonos pequenos – submandibular, carótico e muscular o Trígono submentual ▪ Situado inferiormente ao mento, é uma área supra-hióidea, que tem como limite inferior o corpo do hioide e como limite lateral os ventres anteriores direito e esquerdo dos músculos digástricos. ▪ O assoalho é formado pelos dois músculos milo-hióideos. ▪ O ápice está na sínfise da mandíbula. ▪ A base é formada pelo hioide. ▪ Contém vários pequenos linfonodos submentuais e pequenas veias que se unem para formar a veia jugular anterior. o Trígono submandibular ▪ Área glandular entre a margem inferior da mandíbula e os ventres anterior e posterior do músculo digástrico. ▪ O assoalho é formado pelos músculos milo-hióideo e hioglosso e pelo músculo constritor médio da faringe. ▪ A glândula submandibular quase preenche todo esse trígono. ▪ Linfonodos submandibulares • Situam-se de cada lado da glândula submandibular e ao longo da margem inferior da mandíbula. ▪ O nervo hipoglosso (NC XII) é responsável pela inervação motora dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. • Segue até o trígono submandibular, assim como o nervo para o músculo milo-hióideo (um ramo do NC V3, que também supre o ventre anterior do músculo digástrico), partes da artéria e veia faciais e a artéria submentual (um ramo da artéria facial). o Trígono carótico ▪ Área vascular limitada pelo ventre superior do músculo omo-hióideo, o ventre posterior do músculo digástrico e a margem anterior do músculo ECM. ▪ A artéria carótida comum ascende até seu interior. • No nível da margem superior da cartilagem tireóidea, a artéria carótida comum divide-se nas artérias carótidas interna e externa. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 7 ▪ Localizados no trígono carótico estão: • Seio carótico o Dilatação da parte proximal da artéria carótida interna, que pode incluir a artéria carótida comum o Inervado principalmente pelo nervo glossofaríngeo (NC IX) e também pelo nervo vago (NC X) o Barorreceptor (pressorreceptor) que reage a alterações da pressão arterial • Glomo carótico o Situa na face medial (profunda) da bifurcação da artéria carótida comum em íntima relação com o seio carótico. o Suprido principalmente pelo nervo do seio carótico (NC IX) e pelo NC X o Quimiorreceptor que monitora o nível de oxigênio no sangue. ▪ É estimulado por baixos níveis de oxigênio e inicia um reflexo que aumenta a frequência e a profundidade da respiração, a frequência cardíaca e a pressão arterial. ▪ As estruturas neurovasculares do trígono carótico são circundadas pela bainha carótica • Artérias carótidas medialmente, a VJI lateralmente, e o nervo vago posteriormente. • Na parte superior, a artéria carótida comum é substituída pela artéria carótida interna. o Trígono muscular ▪ Limitado pelo ventre superior do músculo omo-hióideo, a margem anterior do ECM e o plano mediano do pescoço. ▪ Contém os músculos infra-hióideos e as vísceras (as glândulas tireoide e paratireoides). o Músculos da região cervical anterior ▪ Na região anterolateral do pescoço, fixam-se no hioide os músculos supra-hióideos superiores a ele e os músculos infrahióideos inferiores a ele. ▪ O grupo supra-hióideo inclui os músculos milo-hióideo, gênio-hióideo, estilo-hióideo e digástrico. • Esses músculos constituem o assoalho da boca, sustentam o hioide para formar uma base de ação da língua e eleva o hioide e a laringe para a deglutição e a entonação. • Músculo digástrico o Tem dois ventres, um anterior e um posterior, que são unidos por um tendão intermédio que desce em direção ao hioide. ▪ Uma alça fibrosa derivada da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical permite que o tendão deslize em sentido anterior e posterior e une esse tendão ao corpo e ao corno maior do hioide. ▪ O ventre anterior é inervado pelo NC V e o ventre posterior é inervado pelo NC VII ▪ Os músculos infra-hióideos fixam o hioide, o esterno, a clavícula e a escápula e deprimem o hioide e a laringe durante a deglutição e a fala. • Organizado em dois planos: superficial, formado pelo esterno-hióideo e omo-hióideo, e profundo, composto pelo esternotireóideo e tíreo-hióideo. • O músculo omo-hióideo tem dois ventres (superior e inferior) unidos por um tendão intermédio. o A alça de fáscia para o tendão intermédio une-se à clavícula. • O músculo tíreo-hióideo parece ser a continuação do músculo esternotireóideo e segue em sentido superior da linha oblíqua da cartilagem tireóidea até o hioide. • O músculo esternotireóideo é mais largo do que o músculo esterno-hióideo. O esternotireóideo cobre o lobo lateral da glândula tireoide. o Artérias do trígono cervical anterior ▪ Contém o sistema carótico de artérias, formado pela artéria carótida comum e seus ramos terminais, as artérias carótidas interna e externa. ▪ A artéria carótida comum e a artéria carótida externa são os principais vasos arteriais no trígono carótico. • Os ramos da artéria carótida externa também se originam no trígono carótico. • Cada artéria carótida comum ascende na bainha carótica com a VJI e o nervo vago até o nível da margem superior da cartilagem tireóidea, dividindo-se nas artérias carótidas interna e externa. o A artéria carótida interna não emite ramos no pescoço; o A artéria carótida externa emite vários no pescoço. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 8 ▪ Artéria carótida comum • A artéria carótida comum direita começa na bifurcação do tronco braquiocefálico. • A partir do arco da aorta, a artéria carótida comum esquerda ascende até o pescoço, tendo trajeto de cerca de 2 cm no mediastino superior antes de entrar no pescoço. ▪ Artéria carótida interna • Sua parte proximal é o local do seio carótico. • O glomo carótico está localizado na fenda entre as artérias carótidas interna e externa. • Entram no crânio através dos canais caróticos nas partes petrosas dos temporais ▪ Artéria carótida externa • Suprem a maioria das estruturas externas ao crânio; o Com exceção da órbita e a parte da fronte e do couro cabeludo supridas pela artéria supraorbital. • Segue em sentido posterossuperior até a região entre o colo da mandíbula e o lóbulo da orelha, onde está inserida na glândula parótida e termina dividindo-se em dois ramos, a artéria maxilar e a artéria temporal superficial. • Antes desses ramos terminais, seis artérias originam-se da artéria carótida externa: o Artéria faríngea ascendente: ▪ Primeiro ou o segundo ramo, sendo seu único ramo medial. ▪ Ascende sobre a faringe profundamente (medial) à artéria carótida interna e envia ramos para a faringe, músculos pré- vertebrais,orelha média e meninges cranianas. o Artéria occipital: ▪ Origina-se da face posterior, superiormente à origem da artéria facial. ▪ Segue em sentido posterior, imediatamente medial e paralela à fixação do ventre posterior do músculo digástrico no sulco occipital do temporal • Segue superficialmente à artéria carótida interna e aos NC IX–NC XI ▪ Termina dividindo-se em vários ramos na parte posterior do couro cabeludo. o Artéria auricular posterior: ▪ Pequeno ramo posterior da artéria carótida externa ▪ Geralmente é o último ramo pré-terminal. ▪ Ascende em sentido posterior entre o meato acústico externo e o processo mastoide para suprir os músculos adjacentes; glândula parótida; nervo facial; e estruturas no temporal, orelha e couro cabeludo. o Artéria tireóidea superior: ▪ Ramo inferior dos três ramos anteriores da artéria carótida externa ▪ Segue em sentido anteroinferior profundamente aos músculos infra-hióideos, chegando à glândula tireoide. ▪ Emite ramos para os músculos infra-hióideos e ECM e dá origem à artéria laríngea superior, que supre a laringe o Artéria lingual: ▪ Origina-se da face anterior da artéria carótida externa ▪ Situa sobre o músculo constritor médio da faringe. ▪ Curva-se em sentido superoanterior e segue profundamente ao nervo hipoglosso (NC XII), o músculo estilohióideo e o ventre posterior do músculo digástrico. ▪ Penetra profundamente ao músculo hioglosso, emitindo ramos para a parte posterior da língua. Depois, volta-se em sentido superior na margem anterior desse músculo, bifurcando-se nas artérias lingual profunda e sublingual o Artéria facial: ▪ Ramo anterior da artéria carótida externa ▪ Pode se originar em comum com a artéria lingual ou logo superiormente a ela. ▪ Da origem à artéria palatina ascendente e a artéria tonsilar, e segue em sentido superior sob os músculos digástrico e estilo-hióideo e o ângulo da mandíbula. ▪ Curva anteriormente e entra em um sulco profundo na glândula submandibular para supri-la. Da origem à artéria submentual para o assoalho da boca, faz uma volta ao redor do meio da margem inferior da mandíbula e entra na face. Seis ramos da artéria carótida: 1-2-3 – um ramo medial (artéria faríngea ascendente), dois ramos posteriores (artérias occipital e auricular posterior) e três ramos anteriores (artérias tireóidea superior, lingual e facial). o Veias na região cervical anterior ▪ Basicamente são as tributárias da VJI ▪ Veia jugular interna • Drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras cervicais e dos músculos profundos do pescoço. • Continuação do seio sigmóideo, originando no forame jugular • Desce na bainha carótica, situando em sua parte lateral • Para sair da região cervical anterior, a VJI passa profundamente ao músculo ECM, passando pelo espaço entre as cabeças esternal e clavicular desse músculo. • Posteriormente à extremidade esternal da clavícula, une-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. • A extremidade inferior da VJI dilata-se para formar o bulbo inferior da VJ, que possui válvulas impedindo o refluxo do sangue • Suas tributárias são: seio petroso inferior e as veias facial e lingual, além das veias faríngea e tireóideas superior e média. o Obs: A veia occipital geralmente drena para o plexo venoso suboccipital, drenado pela veia cervical profunda e a veia vertebral, mas pode drenar para a VJI. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 9 o Seio petroso inferior ▪ Entra no bulbo superior da VJI. o Veia facial ▪ Drena para a VJI oposta ou logo abaixo do nível do hioide e pode receber as veias tireóidea superior, lingual ou sublingual. o Veias linguais ▪ Formam uma única veia a partir da língua, que drena para a VJI no nível de origem da artéria lingual. o Veias faríngeas ▪ Drenam para a VJI no nível do ângulo da mandíbula. o Veias tireóideas superior e média o Nervos na região cervical ▪ Nervo cervical transverso • C2 e C3 • Supre a pele que cobre a região cervical anterior ▪ Nervo hipoglosso • Nervo motor da língua • Entra no trígono submandibular profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico para suprir os músculos intrínsecos e quatro dos cinco músculos extrínsecos da língua. • Passa entre a artéria carótida externa e a veia jugular e dá origem à raiz superior da alça cervical e, depois, a um ramo para o músculo gênio- hióideo. o Em ambos os casos, o ramo conduz fibras do nervo espinal C1, que se uniram à sua parte proximal; esses ramos não conduzem fibras do hipoglosso. ▪ Nervos glossofaríngeo e vago • Trígonos submandibular e carótico. • No pescoço, o NC X dá origem aos ramos faríngeo, laríngeo e cardíaco. + Estruturas profundas do pescoço • Músculos pré-vertebrais o Músculos vertebrais anteriores ▪ Consistem nos músculos longos do pescoço e da cabeça, reto anterior da cabeça e escaleno anterior o Músculos vertebrais laterais ▪ Representados pelos músculos reto lateral da cabeça, esplênio da cabeça, levantador da escápula e escalenos médio e posterior. • Raiz do pescoço o Área da junção entre tórax e pescoço o Artérias na raiz do pescoço ▪ Artérias subclávias: • Três partes de cada artéria subclávia são descritas em relação ao músculo escaleno anterior: o A primeira parte é medial ao músculo ▪ Da os ramos: artéria vertebral, artéria torácica interna e tronco tireocervical o A segunda parte é posterior a ele ▪ Da o ramo: tronco costocervical o A terceira parte é lateral a ele ▪ Da o ramo: artéria dorsal da escápula BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 10 • Artéria vertebral o Ascende no espaço piramidal formado entre o músculo escaleno e os músculos longos do pescoço e da cabeça. -> parte pré- vertebral da artéria vertebral o Segue profundamente e atravessa os forames dos processos transversários das vértebras C I a C VI. -> parte transversária da artéria vertebral o No arco posterior do atlas segue pelo sulco vertebral e entra na cavidade craniana através do forame magno. -> parte atlântica (suboccipital) da artéria vertebral. o Na margem inferior da ponte as artérias vertebrais formam a artéria basilar. -> parte intracraniana da artéria vertebral • Artéria torácica interna o A parte cervical da artéria torácica interna não tem ramos • Tronco tireocervical o Origina-se perto da margem medial do músculo escaleno anterior. o Emite quatro ramos: artéria tireóidea inferior, artéria cervical ascendente, artéria supraescapular e artéria cervical transversa. ▪ Artéria cervical ascendente: supre a laringe, a traqueia, o esôfago, as glândulas tireoide e paratireoides, bem como os músculos adjacentes. • Tronco costocervical o Divide-se em artérias intercostal suprema e cervical profunda, que suprem os dois primeiros espaços intercostais e os músculos cervicais profundos posteriores, respectivamente. o Veias na raiz do pescoço ▪ Duas grandes veias que terminam na raiz do pescoço são a VJE, que drena sangue recebido principalmente do couro cabeludo e da face, e a veia jugular anterior (VJA), formada pela confluência das veias submandibulares superficiais. Superiormente ao manúbrio do esterno as VJA direita e esquerda costumam se unir através da linha mediana para formar o arco venoso jugular no espaço supraesternal. ▪ VJA abre-se no término da VJE ou na veia subclávia. ▪ A veia subclávia,a continuação da veia axilar, se une à VJI. Em geral, tem apenas uma tributária nomeada, a VJE ▪ A VJI se une à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. • Essa união é denominada ângulo venoso e é o local onde o ducto torácico (lado esquerdo) e o tronco linfático direito (lado direito) drenam a linfa recolhida em todo o corpo para a circulação venosa. • Em todo o trajeto, a VJI é revestida pela bainha carótica o Nervos da raiz do pescoço ▪ Nervos vagos • Segue em sentido inferior no pescoço, dentro da parte posterior da bainha carótica. • O nervo vago direito segue anteriormente à primeira parte da artéria subclávia e posteriormente à veia braquiocefálica e à articulação EC para entrar no tórax. • O nervo vago esquerdo desce entre as artérias carótida comum esquerda e subclávia esquerda, e posteriormente à articulação EC para entrar no tórax. • Os nervos laríngeos o Originam-se dos nervos vagos na parte inferior do pescoço. o O nervo laríngeo recorrente direito faz uma curva inferiormente à artéria subclávia direita o O nervo laríngeo recorrente esquerdo faz uma curva inferiormente ao arco da aorta o Ascendem superiormente até a face posteromedial da glândula tireoide, onde ascendem no sulco traqueoesofágico, suprindo a traqueia e o esôfago e todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo. • Os ramos cardíacos do NC X conduzem fibras parassimpáticas pré-ganglionares e aferentes viscerais para o plexo cardíaco de nervos ▪ Nervos frênicos • Formam-se nas margens laterais dos músculos escalenos • Derivado de C4 com contribuições de C3 e C5. • Descem anteriormente aos músculos escalenos anteriores sob as VJI e os ECM. Passam sob a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical, entre as artérias e veias subclávias, e prosseguem até o tórax para suprir o diafragma. ▪ Troncos simpáticos • A parte cervical dos troncos simpáticos situa-se anterolateralmente à coluna vertebral, estendendo-se superiormente até o nível da vértebra C I ou base do crânio • Não recebem ramos comunicantes brancos no pescoço • São três gânglios simpáticos cervicais: superior, médio e inferior. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 11 + Vísceras do pescoço • Glândula tireoide o Situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras C V a T I o É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. o Um istmo relativamente fino une os lobos sobre a traqueia. o Artérias da glândula tireoide ▪ Suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. ▪ Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. ▪ As artérias tireóideas inferiores, ramos dos troncos tireocervicais, seguem em sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. • Suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. ▪ As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula. ▪ Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico. o Veias da glândula tireoide ▪ As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da glândula tireoide; ▪ As veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. ▪ As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. ▪ As veias tireóideas superior e média drenam para as VJI; as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas o Drenagem linfática da glândula tireoide ▪ Vasos linfáticos da glândula tireoide seguem perto das artérias e se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos ▪ Seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. • Os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. ▪ Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. o Nervos da glândula tireoide ▪ São derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores, chegando à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior. ▪ São vasomotores, não secretomotores. • Glândulas paratireoides o As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se um pouco mais de 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide, enquanto que as inferiores situam-se mais de 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial. o Vasos das glândulas paratireoides. ▪ Ramos das artérias tireóideas inferiores suprem essas glândulas. ▪ Também podem ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria tireóidea ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. ▪ As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia. ▪ Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais. o Nervos das glândulas paratireoides ▪ Derivada de ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais. ▪ São vasomotores e não secretomotores. • Laringe o Situada no nível dos corpos das vértebras C III a C VI o Esqueleto da laringe ▪ Formado por nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). ▪ Cartilagem tireóidea • Os dois terços inferiores de suas duas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea. Acima dessa proeminência, as lâminas divergem para formar uma incisura tireóidea superior em forma de V. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 12 • A margem posterior de cada lâmina projeta-se em sentido superior, como o corno superior, e inferior, como o corno inferior. • A margem superior e os cornos superiores fixam-se ao hioide pela membrana tíreo-hióidea o A parte mediana espessa dessa membrana é o ligamento tíreo-hióideo mediano; suas partes laterais são os ligamentos tíreohióideos laterais. • Os cornos inferiores articulam-se com as faces laterais da cartilagem cricóidea nas articulações cricotireóideas. Os principais movimentos nessas articulações são rotação e deslizamento da cartilagem tireóidea, que modificam o comprimento das pregas vocais. ▪ Cartilagem cricóidea • A parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea é a lâmina, e a parte anterior (anel) é o arco. • É mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via respiratória. • Fixa-se à margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e ao primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal. ▪ Cartilagens aritenóideas• Cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. • Tem um ápice superior, um processo vocal anterior e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir de sua base. o O ápice tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica. o O processo vocal permite a fixação posterior do ligamento vocal o Processo muscular atua como alavanca à qual estão fixados os músculos cricoaritenóideos posterior e lateral. • As articulações cricoaritenóideas, localizadas entre as bases das cartilagens aritenóideas e cartilagem cricóidea, permitem que as cartilagens aritenóideas deslizem, aproximando-se ou afastando-se umas das outras, inclinem-se anterior e posteriormente, e girem. Esses movimentos são importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais. • Os ligamentos vocais elásticos estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea anteriormente até o processo vocal da cartilagem aritenóidea posteriormente e formam o esqueleto submucoso das pregas vocais. Esses ligamentos são a margem superior livre espessada do cone elástico ou membrana cricovocal. o As partes da membrana que se estendem lateralmente entre as pregas vocais e a margem superior da cartilagem cricóidea são os ligamentos cricotireóideos laterais. o O cone elástico funde-se anteriormente com o ligamento cricotireóideo mediano. O cone elástico e a túnica mucosa sobrejacente fecham a abertura da traqueia, com exceção da rima da glote central. ▪ Cartilagem epiglótica • Confere flexibilidade à epiglote • Situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide, e anteriormente ao ádito da laringe, forma a parte superior da parede anterior e a margem superior da entrada. • Sua extremidade superior larga é livre. • A extremidade inferior afilada, o pecíolo epiglótico, está fixada pelo ligamento tireoepiglótico ao ângulo formado pelas lâminas da cartilagem tireóidea. • Sua face anterior da cartilagem epiglótica fixa-se ao hioide pelo ligamento hioepiglótico. • A membrana quadrangular se estende entre as faces laterais das cartilagens aritenóidea e epiglótica. • A margem inferior livre constitui o ligamento vestibular, que é coberto por mucosa para formar a prega vestibular, a qual situa-se acima da prega vocal e estende-se da cartilagem tireóidea até a cartilagem aritenóidea. • A margem superior livre forma o ligamento ariepiglótico, que é coberto por túnica mucosa para formar a prega ariepiglótica. ▪ Cartilagens corniculada e cuneiforme • Pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. • As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas; as cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente em outras cartilagens. o Interior da laringe ▪ A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. ▪ A cavidade da laringe inclui: • Vestíbulo da laringe: o Entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares • Parte média da cavidade da laringe: o A cavidade central entre as pregas vestibulares e vocais • Ventrículo da laringe: o Recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas vestibulares e vocais. o O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo. • Cavidade infraglótica: o Cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com o lúmen da traqueia. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 13 ▪ As pregas vocais controlam a produção do som. • Cada prega vocal contém: o Ligamento vocal, que é a margem livre medial do cone elástico o Músculo vocal, ocupa posição imediatamente lateral aos ligamentos vocais. • A adução completa das pregas forma um esfíncter eficaz que impede a entrada de ar. ▪ A glote é formada pelas pregas e processos vocais, juntamente com a rima da glote, que é a abertura entre as pregas vocais. • Durante a respiração comum, a rima é estreita e cuneiforme; durante a expiração forçada é larga e trapezoide. • A variação na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alterações na altura da voz. ▪ As pregas vestibulares se estendem entre a cartilagem tireóidea e as cartilagens aritenóideas e desempenham pequeno ou nenhum papel na produção da voz; sua função é protetora. • Consistem em duas pregas espessas de túnica mucosa que encerram os ligamentos vestibulares. • O espaço entre esses ligamentos é a rima do vestíbulo. • Os recessos laterais entre as pregas vocais e vestibulares são os ventrículos da laringe o Músculos da laringe ▪ São divididos em extrínsecos e intrínsecos ▪ Os músculos extrínsecos da laringe movem a laringe como um todo. • Os músculos infrahióideos abaixam o hioide e a laringe, enquanto os músculos suprahióideos são elevadores do hioide e da laringe ▪ Os músculos intrínsecos da laringe movem os componentes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e formato da rima da glote. • Todos, com exceção de um, são supridos pelo nervo laríngeo recorrente. • O músculo cricotireóideo é suprido pelo nervo laríngeo externo, um dos dois ramos terminais do nervo laríngeo superior. • São divididos em grupos funcionais: o Adutores e abdutores: ▪ Movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. ▪ Os principais adutores são os músculos cricoaritenóideos laterais, que tracionam os processos musculares anteriormente, girando as cartilagens aritenóideas e causando a oscilação medial de seus processos vocais. Quando esta ação é associada à dos músculos aritenóideos transverso e oblíquo, que tracionam as cartilagens aritenóideas juntas, o ar empurrado através da rima da glote causa vibrações dos ligamentos vocais (fonação). • Quando os ligamentos vocais são aduzidos, mas os músculos aritenóideos transversos não atuam, as cartilagens aritenóideas permanecem afastadas, forma a posição do sussurro. ▪ Os únicos abdutores são os músculos cricoaritenóideos posteriores, que tracionam os processos musculares posteriormente, girando os processos vocais lateralmente e assim alargando a rima da glote o Esfíncteres: ▪ As ações combinadas da maioria dos músculos do ádito da laringe resultam em ação esfincteriana que fecha o ádito da laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. ▪ A contração dos músculos cricoaritenóideos laterais, aritenóideos transversos e oblíquos e ariepiglóticos aproxima as pregas ariepiglóticas e traciona as cartilagens aritenóideas em direção à epiglote, sendo um reflexo ao líquido ou a partículas que se aproximam ou entram no vestíbulo da laringe o Tensores: ▪ Os músculos cricotireóideos, inclinam ou tracionam a proeminência da cartilagem tireóidea anteriormente em direção ao arco da cartilagem cricóidea, aumentando a distância entre a proeminência tireóidea e as cartilagens aritenóideas. Os ligamentos vocais são alongados e tensionados, elevando a altura da voz o Relaxadores BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 14 ▪ Os músculos tireoaritenóideos, tracionam as cartilagens aritenóideas anteriormente, em direção ao ângulo da cartilagem tireóidea, relaxandoos ligamentos vocais para reduzir a altura da voz o Artérias da laringe ▪ A irrigaçãoé feita pelas artérias laríngeas, ramos das artérias tireóideas superior e inferior, e pela artéria cricotireóidea, ramo da artéria tireóidea superior. ▪ A artéria laríngea superior acompanha o ramo interno do nervo laríngeo superior através da membrana tíreo-hióidea e emite ramos para suprir a face interna da laringe. ▪ A artéria laríngea inferior acompanha o nervo laríngeo inferior (parte terminal do nervo laríngeo recorrente) e supre a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe ▪ A artéria cricotireóidea supre o músculo cricotireóideo. o Veias da laringe ▪ Acompanham as artérias laríngeas. ▪ A veia laríngea superior geralmente se une à veia tireóidea superior e através dela drena para a VJI. ▪ A veia laríngea inferior une-se à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face anterior da traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda. o Vasos linfáticos da laringe. ▪ Os vasos linfáticos da laringe superiores às pregas vocais acompanham a artéria laríngea superior e drenam para os linfonodos cervicais profundos superiores. Os vasos linfáticos inferiores às pregas vocais drenam para os linfonodos pré-traqueais ou paratraqueais. o Nervos da laringe. ▪ São os ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos. • O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio vagal inferior e divide-se em dois ramos terminais na bainha carótica: o nervo laríngeo interno (sensitivo e autônomo) e o nervo laríngeo externo (motor). o O nervo laríngeo interno perfura a membrana tíreo-hióidea, enviando fibras sensitivas para a túnica mucosa laríngea do vestíbulo da laringe e cavidade média da laringe. o O nervo laríngeo externo desce posteriormente ao músculo esternotireóideo. Inicialmente, o nervo laríngeo externo está situado sobre o músculo constritor inferior da faringe; depois perfura o músculo, contribuindo para sua inervação e continua para suprir o músculo cricotireóideo. • O nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo recorrente, divide- se em ramos anterior e posterior. o O ramo anterior supre os músculos cricotireóideo lateral, tireoaritenóideo, vocal, ariepiglótico e tireoepiglótico. O ramo posterior supre os músculos cricoaritenóideo posterior e aritenóideos transverso e oblíquo. • Faringe o Estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C VI posteriormente. o É mais larga defronte ao hioide e mais estreita em sua extremidade inferior, onde é contínua com o esôfago. o Interior da faringe: ▪ Parte nasal da faringe (nasofaringe): • Posterior ao nariz e superior ao palato mole • É a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois coanos. • A tonsila faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe. Uma prega vertical de mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva. Ela cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. A coleção de tecido linfoide na tela submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. Posteriormente ao toro tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral e posteriormente. ▪ Parte oral da faringe (orofaringe): • Posterior à boca • Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. • Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. • Tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos, mas não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo em adultos. ▪ Parte laríngea da faringe (laringofaringe): • Posterior à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea. • Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém relação com os corpos das vértebras C IV a C VI. As paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe. Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 15 • Comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior. • O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. Esse recesso revestido por túnica mucosa é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam- se profundamente à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso. o Músculos da faringe ▪ A parede da faringe tem uma lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. A camada circular externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo. ▪ A contração dos músculos constritores da faringe é involuntária, de modo que a contração ocorre de modo sequencial da extremidade superior para a extremidade inferior da faringe, impulsionando o alimento para o esôfago. ▪ Os três músculos constritores são supridos pelo plexo nervoso faríngeo formado por ramos faríngeos dos nervos vago e glossofaríngeo e por ramos simpáticos do gânglio cervical superior. ▪ A superposição dos músculos constritores da faringe deixa quatro aberturas na musculatura para a entrada ou saída de estruturas da faringe • Superiormente ao músculo constritor superior da faringe, o músculo levantador do véu palatino, a tuba auditiva e a artéria palatina ascendente atravessam uma abertura entre o músculo constritor superior e o crânio. Local em que a fáscia faringobasilar funde-se à fáscia bucofaríngea para formar a parede fina do recesso faríngeo. • Uma abertura entre os músculos constritores superior e médio da faringe permite a passagem do músculo estilofaríngeo, nervo glossofaríngeo e ligamento estilo-hióideo até a face interna da parede da faringe. • Uma abertura entre os músculos constritores médio e inferior da faringe permite que o ramo interno do nervo laríngeo superior e a artéria e veia laríngeas superiores sigam até a laringe. • Uma abertura inferior ao músculo constritor inferior da faringe permite que o nervo laríngeo recorrente e a artéria laríngea inferior sigam superiormente até a laringe. o Vasos da faringe ▪ A artéria facial emite a artéria tonsilar, a qual atravessa o músculo constritor superior da faringe e entra no polo inferior da tonsila palatina. • A tonsila também é irrigada por ramos das artérias palatina ascendente, lingual, palatina descendente e faríngea ascendente. ▪ A veia palatina externa (veia paratonsilar) desce do palato mole e passa perto da face lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo. ▪ Os vasos linfáticos tonsilares seguem em sentido lateral e inferior até os linfonodos perto do ângulo da mandíbula e o linfonodo jugulodigástrico. ▪ As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas formam o anel linfático (tonsilar) da faringe. o Nervos faríngeos ▪ A inervação deriva do plexo nervoso faríngeo. ▪ As fibras motoras no plexo são derivadas do nervo vago (NC X) e suprem todos osmúsculos da faringe e do palato mole, com exceção dos músculos estilofaríngeo (suprido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (suprido pelo NC V3 ). ▪ O músculo constritor inferior da faringe também recebe algumas fibras motoras dos ramos laríngeos externo e recorrente do nervo vago. ▪ As fibras sensitivas no plexo são derivadas do nervo glossofaríngeo. Além disso, a túnica mucosa das regiões anterior e superior da parte nasal da faringe é suprida principalmente pelo nervo maxilar (NC V2 ). ▪ Os nervos tonsilares são derivados do plexo nervoso tonsilar formado por ramos dos nervos glossofaríngeo e vago. + Crânio • Possui duas partes: neurocrânio e viscerocrânio. • Neurocrânio o Caixa óssea do encéfalo e das meninges cranianas. Também contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vasculatura do encéfalo. o Formado por oito ossos: quatro ossos ímpares centralizados na linha mediana (frontal, etmoide, esfenoide e occipital) e dois pares de ossos bilaterais (temporal e parietal). o Tem um teto em forma de cúpula, a calvária, e um assoalho ou base do crânio. ▪ Calvaria é formada pelo frontal, temporal e parietal. ▪ Base do crânio é formada pelo esfenoide e temporal. ▪ Etmoide forma uma parte mediana pequena do neurocrânio, mas faz parte principalmente do viscerocrânio • Viscerocrânio o Esqueleto facial o Forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca (maxila e mandíbula), nariz/cavidade nasal, e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais) o Formado por 15 ossos irregulares: três ossos ímpares centralizados ou situados na linha mediana (mandíbula, etmoide e vômer) e seis ossos pares bilaterais (maxilas; conchas nasais inferiores; e zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais). o As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior, formando o esqueleto da arcada dentária superior, que está fixada à base do crânio. o A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel porque se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares o Os ossos frontal, temporal, esfenoide e etmoide são ossos pneumáticos, contendo espaços aéreos para reduzir seu peso. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 16 • Vista frontal do crânio o Formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula. o Frontal ▪ Em alguns adultos pode-se ver uma sutura frontal persistente, na linha mediana da glabela, a área lisa e ligeiramente deprimida situada entre os arcos superciliares. ▪ A interseção dos ossos frontal e nasal é o násio. ▪ Glabela é uma área ligeiramente deprimida entre os arcos superciliares ▪ Arco superciliar está localizado acima da margem supraorbital e se estende lateralmente de cada lado da glabela ▪ Forame ou incisura supraorbitais dá passagem aos vasos e nervos supraorbitais ▪ Processo zigomático do frontal articula-se com o processo frontal do zigomático o Zigomáticos ▪ Situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas, apoiados sobre as maxilas. ▪ Articulam-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. o Nasais ▪ Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, a abertura nasal anterior no crânio. ▪ O septo nasal ósseo divide a cavidade nasal em partes direita e esquerda. ▪ Na parede lateral de cada cavidade nasal há as conchas nasais. o Maxilas ▪ Esqueleto do arco dental superior ▪ São unidas pela sutura intermaxilar no plano mediano ▪ Têm uma ampla conexão com os zigomáticos lateralmente e um forame infraorbital, inferior a cada órbita, que dá passagem ao nervo e aos vasos infraorbitais o Mandíbula ▪ Tem um processo alveolar que sustenta os dentes mandibulares. ▪ Consiste em uma parte horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. ▪ Possui os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. ▪ A protuberância mentual forma a proeminência do queixo. • Vista lateral do crânio o Os principais constituintes são a fossa temporal, o poro acústico externo do meato acústico externo, o processo mastoide do temporal, a fossa infratemporal, o arco zigomático e as faces laterais da maxila e mandíbula. o Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior. o O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal. o Na parte anterior da fossa temporal, há uma área de junções ósseas: o ptério, que é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide (asa maior) e o temporal. o O poro acústico externo é a entrada do meato acústico externo. o O processo mastoide do temporal situa-se posteroinferiormente ao poro acústico externo do meato. o Processo estiloide do temporal situa-se anteromedialmente ao processo mastoide. o A fossa infratemporal está situada inferior e profundamente ao arco zigomático e à mandíbula e posteriormente à maxila • Vista occipital do crânio o Formada pelo occipúcio, partes dos parietais e partes mastóideas dos temporais. o Em geral, a protuberância occipital externa é palpada com facilidade no plano mediano e ela define um ponto craniométrico denominado ínio. o A crista occipital externa desce da protuberância em direção ao forame magno. o A linha nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado da protuberância. o A linha nucal inferior é menos evidente. o No centro do occipúcio, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 17 • Vista superior do crânio o A sutura coronal separa o frontal e os parietais o A sutura sagital separa os parietais o A sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital o O bregma é o ponto de referência craniométrico formado pela interseção das suturas sagital e coronal o O vértice está perto do ponto médio da sutura sagital o O forame parietal é uma abertura localizada na região posterior do parietal, perto da sutura sagital ▪ Dão passagem às veias emissárias, responsáveis pela conexão entre as veias do couro cabeludo e os seios venosos da dura-máter • Vista inferior da base do crânio o A base do crânio é a parte inferior do neurocrânio e viscerocrânio menos a mandíbula. o A vista inferior da base do crânio é constituída pelo arco alveolar da maxila, pelos processos palatinos das maxilas, e pelo palatino, esfenoide, vômer, temporal e occipital. o Palato duro ▪ Sua parte anterior é formada pelos processos palatinos da maxila e a parte posterior pelas lâminas horizontais dos palatinos. ▪ Sua margem posterior livre projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. ▪ Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de canais incisivos e forames. ▪ Na região posterolateral estão situados os forames palatinos maior e menor. ▪ Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos, separados pelo vômer. o Esfenoide ▪ Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital ▪ Formado por um corpo e três pares de processos: asas maiores, asas menores e processos pterigoides. • Os processos pterigoides são formados pelas lâminas lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de cada lado do esfenoide, a partir da junção do corpo e das asas maiores. • O sulco para a partecartilagínea da tuba auditiva situa-se medial à espinha do esfenoide. ▪ As fossas mandibulares (parte escamosa do osso temporal) acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está fechada. o Occipital ▪ Se articula com o esfenoide anteriormente ▪ As quatro partes do occipital são dispostas ao redor do forame magno. • As principais estruturas que atravessam o forame magno são: a medula espinal; as meninges do encéfalo e da medula espinal; as artérias vertebrais; as artérias espinais anteriores e posteriores; e a raiz espinal do nervo acessório (NC XI). ▪ Nas partes laterais do occipital, há os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o crânio articula-se com a coluna vertebral. ▪ A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde emergem do crânio a veia jugular interna (VJI) e os nervos cranianos NC IX ao NC XI. ▪ A entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. ▪ Os processos mastoides são locais de fixação muscular. ▪ O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial (NC VII) e à artéria estilomastóidea, situa-se posteriormente à base do processo estiloide. BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 18 • Vista superior da base do crânio o Tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: as fossas anterior, média e posterior do crânio. ▪ A fossa anterior do crânio está situada no nível mais alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo. o Fossa anterior do crânio ▪ As partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo ocupam a fossa anterior do crânio. ▪ Formada pelo frontal anteriormente, o etmoide no meio, e o corpo e as asas menores do esfenoide posteriormente. ▪ A parte maior da fossa é formada pelas partes orbitais do frontal, que sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas. ▪ A crista frontal é uma extensão óssea mediana do frontal. ▪ Em sua base está o forame cego do frontal, que dá passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, mas se torna insignificante depois do nascimento. ▪ A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmoide. ▪ De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme, que possui forames pequenos que dão passagem aos nervos olfatórios (NC I). o Fossa média do crânio ▪ Tem uma parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada lado ▪ A fossa média do crânio separada da fossa anterior do crãnio pelas cristas esfenoidais salientes lateralmente e o limbo esfenoidal no centro. • As cristas esfenoidais são formadas pelas margens posteriores das asas menores dos esfenoides. Os limites mediais das cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores. • O limbo esfenoidal é o limite anterior do sulco pré-quiasmático transversal. ▪ Os ossos que formam as partes laterais da fossa são as asas maiores do esfenoide e as partes escamosas dos temporais lateralmente, e as partes petrosas dos temporais posteriormente. ▪ A sela turca é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. Tem três partes: • Tubérculo da sela: forma o limite posterior do sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial • Fossa hipofisial: acomoda a hipófise • Dorso da sela: forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides posteriores ▪ De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames perfuram as raízes das faces cerebrais das asas maiores dos esfenoides • Fissura orbital superior: situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da órbita • Forame redondo: situado posteriormente à extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto horizontal até uma abertura na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa pterigopalatina, uma estrutura óssea entre o esfenoide, a maxila e os palatinos • Forame oval: Um grande forame posterolateral ao forame redondo; abre-se inferiormente na fossa infratemporal • Forame espinhoso: Situado posterolateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da espinha do esfenoide ▪ O forame lacerado situa-se posterolateralmente à fossa hipofisial e é um artefato de um crânio seco. Em vida, é fechado por uma lâmina de cartilagem. Apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem, transpondo este forame. ▪ Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso maior, que se estende em sentido posterior e lateral a partir do forame lacerado. ▪ Também há um pequeno sulco do nervo petroso menor. o Fossa posterior do crânio ▪ Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo ▪ Formada principalmente pelo occipital, mas o dorso da sela do esfenoide marca seu limite anterior central, e as partes petrosa e mastóidea dos temporais formam as “paredes” anterolaterais. ▪ A partir do dorso da sela há uma inclinação acentuada, o clivo, no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno. ▪ A fossa posterior do crânio é dividida pela crista occipital interna em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas cerebelares. • A crista occipital interna termina na protuberância occipital interna formada em relação à confluência dos seios, uma fusão dos seios venosos durais. • Sulcos largos mostram o trajeto horizontal do seio transverso e do seio sigmóideo em formato de S. ▪ Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular, que dá passagem a vários nervos cranianos além do seio sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna (VJI). BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 19 ▪ Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico interno para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do labirinto. ▪ O canal do nervo hipoglosso (NC XII) situa-se superiormente à margem anterolateral do forame magno. + Face e couro cabeludo • Face o É a superfície anterior da cabeça, da fronte ao queixo e de uma orelha à outra. • Couro cabeludo o É formado por pele (normalmente com pelos) e tecido subcutâneo, que cobrem o neurocrânio desde as linhas nucais superiores no occipital até as margens supraorbitais do frontal. • Músculos da face e do couro cabeludo Músculo Origem Inserção Principal ação Inervação Ventre frontal do occipitofrontal Aponeurose epicrânica Pele e tela subcutânea dos supercílios e da fronte Eleva os supercílios e enruga a pele da fronte; protrai o couro cabeludo (indicando surpresa ou curiosidade) Nervo facial via ramos temporal Ventre occipital do occipitofrontal Dois terços laterais da linha nucal superior Aponeurose epicrânica Retrai o couro cabeludo; aumenta a eficácia do ventre frontal Nervo facial via ramo auricular posterior Orbicular do olho (esfíncter orbital) Margem orbital medial; ligamento palpebral medial; lacrimal Pele ao redor da margem da órbita; lâminas tarsais superior e inferior Fecha as pálpebras: a parte palpebral o faz com suavidade; a parte orbital, com firmeza (piscar) Nervo zigomático Corrugador do supercílio Extremidade medial do arco superciliar Pele superior ao meio da margem supraorbital e arco superciliar Leva o supercílio medial e inferiormente,
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