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Anatomia da Cabeça e Pescoço (1)

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BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
+ Vértebras cervicais 
• Formam a região cervical da coluna vertebral, encerrando a medula espinhal e as meninges. 
• Os corpos vertebrais empilhados e posicionados centralmente sustentam a cabeça, e as articulações 
intervertebrais (IV) proporcionam a flexibilidade necessária para permitir o posicionamento da cabeça. 
• Dividem-se em dois grupos: coluna cervical alta (1ª e 2ª VC) e coluna subaxial (3ª a 7ª VC) 
• As quatro vértebras cervicais típicas (III a VI) têm as seguintes características: 
o O corpo vertebral é pequeno e mais longo no sentido laterolateral do que no sentido 
anteroposterior; a face superior é côncava e a face inferior é convexa 
o O forame vertebral é grande e triangular 
o Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (típicas ou atípicas) incluem forames 
transversários para os vasos vertebrais (as veias vertebrais e, com exceção de C VII, as artérias 
vertebrais) 
o As faces superiores dos processos articulares estão voltadas em sentido superoanterior, e as faces inferiores estão voltadas em sentido inferoposterior 
o Os processos espinhosos são curtos e bífidos. 
• Existem três vértebras cervicais atípicas (C I, C II e C VII) 
o Vértebra C I ou atlas: 
▪ Osso anular e reniforme que não tem processo 
espinhoso e nem corpo e consiste em duas massas 
laterais unidas por arcos anterior e posterior. 
▪ Suas faces articulares superiores côncavas 
recebem os côndilos occipitais 
▪ Sulco para artéria vertebral 
• Deixa de ser ascendente em C1 e emerge 
para o forame de C1, contornando a 
vértebra cervical posteriormente para 
penetrar a dura mater e formar a artéria 
basilar na ponte 
o Vértebra C II ou áxis: 
▪ Um dente projeta-se de seu corpo para cima 
• Apresenta um corpo, colo ou ápice 
o Vértebra proeminente (C VII): 
▪ Processo espinhoso longo e não é bífido. 
▪ Os processos transversos são grandes, mas os 
forames transversários são pequenos. 
• Diferem das demais vértebras por: 
o Possuem forame transverso -> passagem da artéria 
vertebral 
o Processos espinhosos bífidos 
o Arco neural é mais proeminente do que o corpo vertebral 
+ Osso hioide 
• Móvel 
• Situado na parte anterior do pescoço, no nível da vértebra C III, no ângulo entre 
a mandíbula e a cartilagem tireóidea. 
• Suspenso por músculos que o unem à mandíbula, aos processos estiloides dos 
temporais (ligamentos estilohioideos), à cartilagem tireóidea, ao manúbrio do 
esterno e às escápulas. 
• É separado do restante do esqueleto, não se articulando com nenhum osso 
• Local de fixação para os músculos anteriores do pescoço e atua como suporte 
para manter a via respiratória aberta 
• Tem um corpo e cornos maior e menor. 
o Corpo do hioide: 
▪ Sua parte média e está voltado anteriormente. 
▪ A face convexa anterior projeta-se em sentido anterossuperior 
▪ A face côncava posterior projeta-se em sentido posteroinferior. 
▪ Cada extremidade do corpo está unida a um corno maior que se projeta em sentido posterossuperior e lateral a partir do corpo. 
o Corno maior 
▪ Em jovens, são unidos ao corpo por fibrocartilagem. 
▪ Em idosos, são unidos por osso. 
o Corno menor 
▪ Pequena projeção óssea da parte superior do corpo do hioide que se situa perto de sua união com o corno maior. 
▪ Se une ao corpo do hioide por tecido fibroso e ao corno maior por articulação sinovial. 
▪ Projeta-se em sentido superoposterior em direção ao processo estiloide 
+ Fáscia do Pescoço 
• O pescoço é circundado por camada de tela subcutânea (hipoderme) e suas estruturas são divididas em compartimentos pela fáscia cervical 
• Determinam a possível direção de disseminação de uma infecção do pescoço. 
• Tela subcutânea cervical 
o Camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical 
o Contém nervos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e quantidades variáveis de gordura. 
o O músculo platisma fica em sua parte anterolateral 
Coloquei os ligamentos 
+ articulações das VC no 
final (p. 34) 
Resumo feito baseado no 
Moore (texto + imagens) 
 BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
o Platisma 
▪ Cobre a face anterolateral do pescoço. 
▪ Lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço 
▪ É suprido pelo ramo cervical do nervo facial, NC VII. 
▪ A veia jugular externa (VJE) e os principais nervos cutâneos do pescoço situam-
se profundamente ao músculo platisma. 
▪ Origina-se na fáscia muscular que cobre as partes superiores dos músculos 
deltoide e peitoral maior e segue em sentido superomedial sobre a clavícula 
até a margem inferior da mandíbula. 
▪ Por meio da sua fixação superior à mandíbula, ele tensiona a pele, produzindo 
sulcos cutâneos verticais e liberando a pressão sobre as veias superficiais 
▪ A partir de sua fixação inferior, o músculo platisma ajuda a abaixar a mandíbula 
e os ângulos da boca, como ao fazer uma careta 
• Fáscia Cervical 
o Formada por três lâminas: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. 
o Sustenta as vísceras cervicais, os músculos, os vasos e os linfonodos profundos. 
o Se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, das veias jugulares internas (VJI) e dos nervos vagos para formar a bainha carótica. 
o As lâminas formam planos de clivagem naturais através dos quais os 
tecidos podem ser separados durante a cirurgia. 
o As lâminas garantem o deslizamento de estruturas no pescoço para que 
se movimentem sem dificuldade 
o Lâmina superficial 
▪ Circunda todo o pescoço profundamente à pele e à tela 
subcutânea. 
▪ Divide-se em partes superficial e profunda para envolver os 
músculos trapézio e esternocleidomastóideo 
• Esses músculos são inervados pelo nervo acessório (NC 
XI) 
• Têm fixações praticamente contínuas à base do crânio 
superiormente e à espinha escapular, ao acrômio e à 
clavícula inferiormente. 
▪ Superiormente, a lâmina superficial se fixa em: 
• Linhas nucais superiores do occipital 
• Processos mastoides dos temporais 
• Arcos zigomáticos 
• Margem inferior da mandíbula 
• Hioide 
• Processos espinhosos das vértebras cervicais. 
▪ Inferiormente, se fixa: 
• Manúbrio do esterno 
• Clavículas 
• Acrômios 
• Espinhas das escápulas 
o Lâmina pré-traqueal 
▪ Limitada à parte anterior do pescoço. 
▪ Estende-se inferiormente do hioide até o tórax, onde se funde ao pericárdio fibroso 
▪ Inclui uma parte muscular fina, que reveste os músculos infra-hióideos, e uma parte visceral, que reveste a glândula tireoide, a traqueia e o 
esôfago. 
▪ Contínua nas partes posterior e superior com a fáscia bucofaríngea da faringe 
▪ Funde-se lateralmente com as bainhas caróticas 
▪ Superiormente ao hioide, um espessamento da lâmina pré-traqueal forma uma polia ou tróclea, através da qual passa o tendão intermédio do 
músculo digástrico. 
▪ Aprisiona o músculo omohióideo com dois ventres, redirecionando o trajeto do músculo entre os ventres. 
o Lâmina pré-vertebral 
▪ Forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados a ela, como o longo do pescoço e o longo da cabeça anteriormente, 
os escalenos lateralmente, e os músculos profundos do pescoço posteriormente 
▪ Se fixa à base do crânio superiormente. 
▪ Na parte inferior, funde-se à fáscia endotorácica na região periférica e ao ligamento longitudinal anterior na região central, aproximadamente 
na vértebra T III. 
▪ Estende-se lateralmente como a bainha axilar, que circunda os vasos axilares e o plexo braquial. 
▪ As partes cervicais dos troncos simpáticos estão incrustadas na lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. 
▪ Bainhacarótica: 
• Revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço. 
• Funde-se, na parte anterior, às lâminas superficial e pré-traqueal da fáscia e, na parte posterior, à lâmina pré-vertebral da fáscia. 
• Contém as seguintes estruturas: 
o Artérias carótidas comum e interna 
o Veia jugular interna 
o Nervo vago (NC X) 
o Linfonodos cervicais profundos 
o Nervo do seio carótico 
o Fibras nervosas simpáticas (plexos periarteriais caróticos). 
 BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
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• A bainha carótica comunica-se com o mediastino do tórax na parte inferior e com a cavidade do crânio na parte superior, representando 
possível via para a disseminação de infecção e do sangue extravasado. 
▪ Espaço retrofaríngeo 
• Maior e mais importante espaço interfascial no pescoço 
• Espaço virtual que consiste em tecido conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e a fáscia 
bucofaríngea (parte posterior da lâmina pré-traqueal) que circunda a faringe superficialmente. 
• A fáscia alar forma uma subdivisão do espaço retrofaríngeo. 
o Essa lâmina fina está fixada ao longo da linha mediana da fáscia bucofaríngea, desde o crânio até o nível da vértebra C VII. A partir 
desta fixação, estende-se em sentido lateral e termina na bainha carótica. O espaço retrofaríngeo permite o movimento de 
faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral durante a deglutição. A parte superior desse espaço é fechada 
pela base do crânio e a cada lado pela bainha carótica. A parte inferior se abre no mediastino superior 
+ Estruturas superficiais do pescoço 
• Entre o crânio (mandíbula anteriormente e occipital posteriormente) e as clavículas, o pescoço é dividido em quatro regiões principais. 
• Essas divisões são feitas a partir das margens visíveis e/ou palpáveis dos músculos ECM e trapézio. 
• Região esternocleidomastóidea 
o O músculo esternocleidomastóideo (ECM) divide cada lado do pescoço em regiões cervical anterior e lateral (trígonos cervical anterior e lateral do 
pescoço). 
o O músculo ECM é largo e tem duas cabeças: o tendão da cabeça esternal fixa-se ao manúbrio, e a cabeça clavicular fixa-se à face superior do terço 
medial da clavícula. 
o Na parte inferior, as duas cabeças do músculo ECM são separadas por um espaço visível na superfície como uma pequena depressão triangular, a fossa 
supraclavicular menor. (Local de acesso até a veia subclávia) 
o Na parte superior, as cabeças se unem enquanto seguem com trajeto oblíquo 
em direção ao crânio. 
o O ECM se fixa superiormente ao processo mastoide do temporal e a linha 
nucal superior do occipital 
o Os músculos ECM produzem movimento nas articulações craniovertebrais, nas 
articulações intervertebrais cervicais, ou em ambas. 
o As fixações cranianas dos músculos ECM situam-se posteriormente ao eixo das 
articulações atlantoccipitais (AO). 
o A contração bilateral dos músculos ECM (principalmente de suas fibras 
posteriores) causa a extensão da cabeça nas articulações AO, elevando o 
mento. 
o A ação bilateral dos músculos ECM também flete o pescoço. 
o O músculo ECM, em ação unilateral, flete lateralmente o pescoço (curva o 
pescoço para o lado) e gira a cabeça, de modo a aproximar a orelha do ombro 
ipsilateral enquanto eleva e gira o mento na direção contralateral. 
o Se a cabeça e o pescoço estiverem fixos, a contração bilateral dos músculos 
ECM eleva as clavículas e o manúbrio e, portanto, as costelas anteriores, o que 
possibilita esses músculos atuarem como músculos acessórios da respiração. 
o Para avaliar o músculo ECM, a cabeça é girada para o lado oposto contra resistência (mão contra o mento). Pode-se ver e palpar o músculo ECM quando 
sua ação for normal. 
 
• Região cervical posterior 
o A região posterior às margens anteriores do músculo trapézio é a região cervical posterior. 
o A região suboccipital situa-se profundamente à parte superior dessa região. 
o O músculo trapézio é grande, triangular e plano, recobrindo a face posterolateral do pescoço e do tórax 
o O músculo trapézio é um: 
▪ Músculo superficial do dorso 
▪ Músculo toracoapendicular posterior, que atua no cíngulo do membro superior 
▪ Músculo cervical, que pode movimentar o crânio. 
o O músculo trapézio fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral e ajuda na sua suspensão. 
o A pele da região cervical posterior é inervada em um padrão segmentar pelos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais que perfuram, mas não 
inervam o músculo trapézio. 
 BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
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o Para avaliar o músculo trapézio, o ombro é retraído contra resistência. 
▪ É possível ver e palpar a margem superior do músculo se sua ação for normal. 
▪ A paralisia do músculo trapézio causa a queda do ombro. Mas essa paralisia é 
parcialmente compensada pelas ações associadas do músculo levantador da 
escápula e das fibras superiores do músculo serrátil anterior 
. 
• Região cervical lateral 
o Trígono cervical lateral 
o Limitado por: 
▪ Anteriormente pela margem posterior do músculo ECM 
▪ Posteriormente pela margem anterior do músculo trapézio 
▪ Inferiormente pelo terço médio da clavícula, entre os músculos trapézio e ECM 
▪ Por um ápice, onde os músculos ECM e trapézio encontram-se na linha nucal 
superior do occipital 
▪ Por um teto, formado pela lâmina superficial da fáscia cervical 
▪ Por um assoalho, formado por músculos cobertos pela lâmina pré-vertebral da 
fáscia cervical 
o Músculos do assoalho 
▪ Esplênio da cabeça 
▪ Levantador da escápula 
▪ Escaleno médio 
▪ Escaleno posterior. 
▪ Às vezes a parte inferior do músculo escaleno anterior aparece no ângulo 
inferomedial da região cervical lateral, onde geralmente é ocultado pelo músculo 
ECM. Um derivado ocasional do músculo escaleno anterior, o músculo escaleno 
mínimo, segue posteriormente à artéria subclávia até se fixar na costela I 
o Dividida por: 
▪ Trígono occipital 
• Delimitado pelo trapézio, parte inferior do omoioide e ECM 
• Artéria occipital aparece no ápice desse trígono 
o Ramo posterior da carótida externa 
• O nervo mais importante que cruza esse trígono é o nervo acessório 
▪ Trígono omoclavicular 
• Delimitado pela parte inferior do omoioide e pela clavícula 
• Indicado pela fossa supraclavicular 
• A parte inferior da VJE cruza sua superfície 
• Em sua parte profunda, está a artéria subclávia 
o Artérias 
▪ Ramos laterais do tronco tireocervical 
• Ramo da subclávia 
• Em alguns casos, ele dá origem a uma artéria 
supraescapular e a um tronco cervicodorsal 
• Ramos terminais: artéria cervical ascendente e 
tireóidea inferior 
▪ Terceira parte da artéria subclávia 
▪ Parte da artéria occipital 
▪ Artéria supraescapular 
• Segue em sentido inferolateral através do músculo 
escaleno anterior e nervo frênico, depois atravessa a 
terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do 
plexo braquial. Depois, passa posteriormente à 
clavícula para suprir músculos na face posterior da 
escápula. 
• Também pode originar-se diretamente da terceira 
parte da artéria subclávia. 
▪ Artéria cervical transversa 
• Bifurca-se em ramo superficial (artéria cervical 
superficial) e ramo profundo (artéria dorsal da escápula). 
o Seguem em direção superficial e lateral através do nervo frênico e músculo escaleno anterior. 
o Cruzam ou atravessam os troncos do plexo braquial e envia ramos para o vasa nervorum (vasos dos nervos). 
• A artériacervical superficial passa profundamente (anteriormente) ao músculo trapézio, acompanhando o nervo acessório (NC XI). 
• A artéria dorsal da escápula pode originar-se de modo independente, diretamente da terceira parte da artéria subclávia. 
o Quando é um ramo da subclávia, a artéria dorsal da escápula segue lateralmente através dos troncos do plexo braquial, 
anteriormente ao músculo escaleno médio. 
o Sua parte distal segue profundamente ao músculo levantador da escápula. 
▪ A artéria occipital 
• Ramo da artéria carótida externa 
• Entra na região cervical lateral em seu ápice e ascende sobre a cabeça para suprir a metade posterior do couro cabeludo 
▪ Artéria subclávia 
• A terceira parte começa cerca de um dedo transverso acima da clavícula, oposta à margem lateral do músculo escaleno anterior. Está 
oculta na parte inferior da região cervical lateral, posterossuperior à veia subclávia. 
• A terceira parte da artéria é a parte mais longa e mais superficial. 
 BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
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• Situa-se sobre a costela I e suas pulsações podem ser palpadas por compressão profunda no trígono omoclavicular. 
• O tronco inferior do plexo braquial situa-se diretamente posterior à terceira parte da artéria. 
o Veias 
▪ Veia jugular externa (VJE) 
• Sua origem é próxima ao ângulo da mandíbula, formada pela união 
da divisão posterior da veia retromandibular com a veia auricular 
posterior. 
• Cruza o músculo ECM em direção oblíqua, profundamente ao 
músculo platisma, e entra na parte anteroinferior da região 
cervical lateral. Perfura a lâmina superficial da fáscia cervical, na 
margem posterior do músculo ECM. 
• Desce até a parte inferior da região cervical lateral e termina na 
veia subclávia. 
• Drena a maior parte do couro cabeludo e a região lateral da face. 
• Imediatamente acima da clavícula, a VJE recebe as veias 
cervicodorsais, supraescapular e jugular anterior 
▪ Veia subclávia 
• Drena o MMSS 
• Curva-se através da parte inferior da região cervical lateral. 
• Passa anteriormente ao músculo escaleno anterior e ao nervo frênico 
• Na margem medial do escaleno anterior, une com a VJI para formar a veia braquiocefálica, posteriormente à extremidade medial da 
clavícula. 
o Nervos 
▪ Nervo acessório 
• Passa profundamente ao músculo ECM e supre-o 
• Entra na região cervical lateral pela junção dos terços superior e médio da margem posterior do músculo ECM. 
• Segue em sentido posteroinferior, dentro da ou profundamente à lâmina superficial da fáscia cervical, seguindo sobre o músculo 
levantador da escápula, do qual é separado pela lâmina pré-vertebral da fáscia. 
• Desaparece profundamente à margem anterior do músculo trapézio na junção de seus dois terços superiores com seu terço inferior. 
▪ Plexo braquial 
• As raízes do plexo braquial (ramos anteriores de C5–C8 e T1) aparecem entre os músculos escalenos anterior e médio. 
• Os ramos se unem para formar os três troncos do plexo braquial, que descem em sentido inferolateral através da região cervical lateral. 
• Passa entre a costela I, a clavícula e a margem superior 
da escápula (o canal cervicoaxilar) até entrar na axila, 
inervando a maior parte do membro superior. 
▪ Nervo supraescapular 
• Origina do tronco superior do plexo braquial, segue 
em sentido lateral através da região cervical lateral. 
• Supre os músculos supraespinal e infraespinal na face 
posterior da escápula. Também envia ramos articulares 
para a articulação do ombro. 
▪ Plexo cervical 
• Formado pelos ramos anteriores de C1 a C4. 
• Consiste em uma série irregular de alças nervosas 
(primárias) e nos ramos que se originam das alças. 
• Com exceção do primeiro, os ramos dividem-se em 
ramos ascendente e descendente, os quais se unem 
aos ramos do nervo espinal adjacente para formar as 
alças. 
• Situa-se anteromedialmente aos músculos levantador 
da escápula e escaleno médio e profundamente ao 
músculo ECM. 
• Os ramos superficiais do plexo seguem posteriormente 
e são ramos cutâneos (sensitivos), enquanto que os 
ramos profundos seguem em sentido anteromedial e 
são ramos motores. 
o Ramos profundos incluem as raízes do nervo 
frênico e a alça cervical. 
o Ramos motores profundos incluem ramos que suprem os músculos romboides (nervo escapular dorsal; C4 e C5), serrátil anterior 
(nervo torácico longo; C5–C7) e músculos pré-vertebrais próximos. 
• Alça cervical 
o A raiz superior conduz fibras dos nervos espinais C1 e C2, une-se momentaneamente e depois se separa do nervo hipoglosso 
enquanto atravessa a região cervical lateral. 
o A raiz inferior da alça cervical origina-se entre os nervos espinais C2 e C3. 
o As raízes superior e inferior unem-se, formando a alça cervical, formada por fibras dos nervos espinais C1–C3, que dão ramos 
para suprir os músculos infra-hióideos: omo-hióideo, esternotireóideo e esterno-hióideo. O tíreo-hióideo, também músculo 
infra-hióide, recebe fibras de C1, que descem separadas do nervo hipoglosso, distalmente à raiz superior da alça cervical (nervo 
para o músculo tíreo-hióideo). 
▪ Nervo occipital menor (C2): supre a pele do pescoço e o couro cabeludo posterossuperior à orelha 
▪ Nervo auricular magno (C2 e C3): ascende verticalmente através do ECM oblíquo até o polo inferior da glândula parótida, 
onde se divide para suprir a pele sobrejacente, a bainha que circunda a glândula, o processo mastoide, as duas faces da 
orelha e uma área de pele que se estende do ângulo da mandíbula até o processo mastoide 
 BÁRBARA DIAS – MEDICINA UFMG, 156 
 
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▪ Nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior. Curva-se ao redor do meio da 
margem posterior do músculo ECM inferiormente ao nervo auricular magno e segue em sentido anterior e horizontal 
através dele profundamente à VJE e ao músculo platisma, dividindo-se em ramos superior e inferior. 
▪ Nervos supraclaviculares (C3 e C4): emergem como um tronco comum sob a cobertura do músculo ECM, enviando 
pequenos ramos para a pele do pescoço que cruzam a clavícula e suprem a pele sobre o ombro. 
• Ramos cutâneos do plexo cervical 
o Emergem ao redor do meio da margem posterior do músculo ECM, isto é, ponto nervoso do pescoço. 
o Suprem a pele do pescoço, parte superolateral da parede torácica e o couro cabeludo entre a orelha e a protuberância occipital 
externa 
• Nervos frênicos 
o Originam-se de C3-C5. 
o Contêm fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas. 
o Proporcionam suprimento motor para o diafragma e o suprimento sensitivo de sua parte central. 
o No tórax, supre a parte mediastinal da pleura parietal e o pericárdio. 
o Recebe fibras comunicantes provenientes dos gânglios simpáticos cervicais ou de seus ramos. 
o Forma-se na parte superior da margem lateral do músculo escaleno anterior no nível da margem superior da cartilagem tireóidea. 
Desce em sentido oblíquo com a VJI através do músculo escaleno anterior, profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia 
cervical e às artérias cervical transversa e supraescapular. 
o No lado esquerdo, o nervo frênico cruza anteriormente à primeira parte da artéria subclávia, enquanto que no lado direito, 
situa-se sobre o músculo escaleno anterior e cruza anteriormente à segunda parte da artéria subclávia. 
o Segue posteriormente à veia subclávia e anteriormente à artéria torácica interna quando entra no tórax. 
o Linfonodos 
▪ A linfa dos tecidos superficiais na região cervical lateral entra nos 
linfonodos cervicaissuperficiais situados ao longo da VJE, superficialmente 
ao músculo ECM. 
▪ Drenam para os linfonodos cervicais profundos, que formam uma cadeia 
ao longo do trajeto da VJI revestida pela fáscia da bainha carótica. 
 
• Região cervical anterior 
o Trígono cervical anterior: 
▪ Um limite anterior formado pela linha mediana do pescoço 
▪ Um limite posterior formado pela margem anterior do músculo ECM 
▪ Um limite superior formado pela margem inferior da mandíbula 
▪ Um ápice localizado na incisura jugular no manúbrio 
▪ Um teto formado por tela subcutânea que contém o músculo 
platisma. 
▪ Um assoalho formado pela faringe, laringe e glândula tireoide 
o Subdividida em quatro trígonos menores pelos músculos digástrico e 
omo-hióideo: o trígono submentual ímpar e três pares de trígonos 
pequenos – submandibular, carótico e muscular 
o Trígono submentual 
▪ Situado inferiormente ao mento, é uma área supra-hióidea, 
que tem como limite inferior o corpo do hioide e como limite 
lateral os ventres anteriores direito e esquerdo dos músculos 
digástricos. 
▪ O assoalho é formado pelos dois músculos milo-hióideos. 
▪ O ápice está na sínfise da mandíbula. 
▪ A base é formada pelo hioide. 
▪ Contém vários pequenos linfonodos submentuais e pequenas 
veias que se unem para formar a veia jugular anterior. 
o Trígono submandibular 
▪ Área glandular entre a margem inferior da mandíbula e os ventres anterior 
e posterior do músculo digástrico. 
▪ O assoalho é formado pelos músculos milo-hióideo e hioglosso e pelo 
músculo constritor médio da faringe. 
▪ A glândula submandibular quase preenche todo esse trígono. 
▪ Linfonodos submandibulares 
• Situam-se de cada lado da glândula submandibular e ao longo da 
margem inferior da mandíbula. 
▪ O nervo hipoglosso (NC XII) é responsável pela inervação motora dos 
músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. 
• Segue até o trígono submandibular, assim como o nervo para o 
músculo milo-hióideo (um ramo do NC V3, que também supre o 
ventre anterior do músculo digástrico), partes da artéria e veia 
faciais e a artéria submentual (um ramo da artéria facial). 
o Trígono carótico 
▪ Área vascular limitada pelo ventre superior do músculo omo-hióideo, o 
ventre posterior do músculo digástrico e a margem anterior do músculo 
ECM. 
▪ A artéria carótida comum ascende até seu interior. 
• No nível da margem superior da cartilagem tireóidea, a artéria carótida comum divide-se nas artérias carótidas interna e externa. 
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▪ Localizados no trígono carótico estão: 
• Seio carótico 
o Dilatação da parte proximal da artéria carótida interna, que pode incluir a artéria 
carótida comum 
o Inervado principalmente pelo nervo glossofaríngeo (NC IX) e também pelo nervo vago 
(NC X) 
o Barorreceptor (pressorreceptor) que reage a alterações da pressão arterial 
• Glomo carótico 
o Situa na face medial (profunda) da bifurcação da artéria carótida comum em íntima 
relação com o seio carótico. 
o Suprido principalmente pelo nervo do seio carótico (NC IX) e pelo NC X 
o Quimiorreceptor que monitora o nível de oxigênio no sangue. 
▪ É estimulado por baixos níveis de oxigênio e inicia um reflexo que aumenta a 
frequência e a profundidade da respiração, a frequência cardíaca e a pressão 
arterial. 
▪ As estruturas neurovasculares do trígono carótico são circundadas pela bainha carótica 
• Artérias carótidas medialmente, a VJI lateralmente, e o nervo vago posteriormente. 
• Na parte superior, a artéria carótida comum é substituída pela artéria carótida interna. 
o Trígono muscular 
▪ Limitado pelo ventre superior do músculo omo-hióideo, a margem anterior do ECM e o plano mediano do pescoço. 
▪ Contém os músculos infra-hióideos e as vísceras (as glândulas tireoide e paratireoides). 
o Músculos da região cervical anterior 
▪ Na região anterolateral do pescoço, fixam-se no hioide os músculos supra-hióideos superiores a ele e os músculos infrahióideos inferiores a ele. 
▪ O grupo supra-hióideo inclui os músculos milo-hióideo, gênio-hióideo, estilo-hióideo e digástrico. 
• Esses músculos constituem o assoalho da boca, sustentam o hioide para formar uma base de ação da língua e eleva o hioide e a laringe 
para a deglutição e a entonação. 
• Músculo digástrico 
o Tem dois ventres, um anterior e um posterior, que são unidos por um tendão intermédio que desce em direção ao hioide. 
▪ Uma alça fibrosa derivada da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical permite que o tendão deslize em sentido anterior e 
posterior e une esse tendão ao corpo e ao corno maior do hioide. 
▪ O ventre anterior é inervado pelo NC V e o ventre posterior é inervado pelo NC VII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Os músculos infra-hióideos fixam o hioide, o esterno, a clavícula e a escápula e deprimem o hioide e a laringe durante a deglutição e a fala. 
• Organizado em dois planos: superficial, formado pelo esterno-hióideo e omo-hióideo, e profundo, composto pelo esternotireóideo e 
tíreo-hióideo. 
• O músculo omo-hióideo tem dois ventres (superior e inferior) unidos por um tendão intermédio. 
o A alça de fáscia para o tendão intermédio une-se à clavícula. 
• O músculo tíreo-hióideo parece ser a continuação do músculo esternotireóideo e segue em sentido superior da linha oblíqua da 
cartilagem tireóidea até o hioide. 
• O músculo esternotireóideo é mais largo do que o músculo esterno-hióideo. O esternotireóideo cobre o lobo lateral da glândula 
tireoide. 
o Artérias do trígono cervical anterior 
▪ Contém o sistema carótico de artérias, formado pela artéria 
carótida comum e seus ramos terminais, as artérias carótidas 
interna e externa. 
▪ A artéria carótida comum e a artéria carótida externa são os 
principais vasos arteriais no trígono carótico. 
• Os ramos da artéria carótida externa também se 
originam no trígono carótico. 
• Cada artéria carótida comum ascende na bainha 
carótica com a VJI e o nervo vago até o nível da margem 
superior da cartilagem tireóidea, dividindo-se nas 
artérias carótidas interna e externa. 
o A artéria carótida interna não emite ramos no 
pescoço; 
o A artéria carótida externa emite vários no 
pescoço. 
 
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▪ Artéria carótida comum 
• A artéria carótida comum direita começa na bifurcação do tronco braquiocefálico. 
• A partir do arco da aorta, a artéria carótida comum esquerda ascende até o pescoço, tendo trajeto de cerca de 2 cm no mediastino 
superior antes de entrar no pescoço. 
▪ Artéria carótida interna 
• Sua parte proximal é o local do seio carótico. 
• O glomo carótico está localizado na fenda entre as artérias carótidas interna e externa. 
• Entram no crânio através dos canais caróticos nas partes petrosas dos temporais 
▪ Artéria carótida externa 
• Suprem a maioria das estruturas externas ao crânio; 
o Com exceção da órbita e a parte da fronte e do couro cabeludo supridas pela artéria supraorbital. 
• Segue em sentido posterossuperior até a região entre o colo da mandíbula e o lóbulo da orelha, onde está inserida na glândula parótida 
e termina dividindo-se em dois ramos, a artéria maxilar e a artéria temporal superficial. 
• Antes desses ramos terminais, seis artérias originam-se da artéria carótida externa: 
o Artéria faríngea ascendente: 
▪ Primeiro ou o segundo ramo, sendo seu único ramo medial. 
▪ Ascende sobre a faringe profundamente (medial) à artéria carótida interna e envia ramos para a faringe, músculos pré-
vertebrais,orelha média e meninges cranianas. 
o Artéria occipital: 
▪ Origina-se da face posterior, superiormente à origem da artéria facial. 
▪ Segue em sentido posterior, imediatamente medial e paralela à fixação do ventre posterior do músculo digástrico no 
sulco occipital do temporal 
• Segue superficialmente à artéria carótida interna e aos NC IX–NC XI 
▪ Termina dividindo-se em vários ramos na parte posterior do couro cabeludo. 
o Artéria auricular posterior: 
▪ Pequeno ramo posterior da artéria carótida externa 
▪ Geralmente é o último ramo pré-terminal. 
▪ Ascende em sentido posterior entre o meato acústico externo e o processo mastoide para suprir os músculos adjacentes; 
glândula parótida; nervo facial; e estruturas no temporal, orelha e couro cabeludo. 
o Artéria tireóidea superior: 
▪ Ramo inferior dos três ramos anteriores da artéria carótida externa 
▪ Segue em sentido anteroinferior profundamente aos músculos infra-hióideos, chegando à glândula tireoide. 
▪ Emite ramos para os músculos infra-hióideos e ECM e dá origem à artéria laríngea superior, que supre a laringe 
o Artéria lingual: 
▪ Origina-se da face anterior da artéria carótida externa 
▪ Situa sobre o músculo constritor médio da faringe. 
▪ Curva-se em sentido superoanterior e segue profundamente ao nervo hipoglosso (NC XII), o músculo estilohióideo e o 
ventre posterior do músculo digástrico. 
▪ Penetra profundamente ao músculo hioglosso, emitindo ramos para a parte posterior da língua. Depois, volta-se em 
sentido superior na margem anterior desse músculo, bifurcando-se nas artérias lingual profunda e sublingual 
o Artéria facial: 
▪ Ramo anterior da artéria carótida externa 
▪ Pode se originar em comum com a artéria lingual ou logo superiormente a ela. 
▪ Da origem à artéria palatina ascendente e a artéria tonsilar, e segue em sentido superior sob os músculos digástrico e 
estilo-hióideo e o ângulo da mandíbula. 
▪ Curva anteriormente e entra em um sulco profundo na glândula submandibular para supri-la. Da origem à artéria 
submentual para o assoalho da boca, faz uma volta ao redor do meio da margem inferior da mandíbula e entra na face. 
 
Seis ramos da artéria carótida: 1-2-3 – um ramo medial (artéria faríngea ascendente), dois ramos posteriores (artérias occipital e auricular posterior) e três 
ramos anteriores (artérias tireóidea superior, lingual e facial). 
 
o Veias na região cervical anterior 
▪ Basicamente são as tributárias da VJI 
▪ Veia jugular interna 
• Drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras 
cervicais e dos músculos profundos do pescoço. 
• Continuação do seio sigmóideo, originando no forame jugular 
• Desce na bainha carótica, situando em sua parte lateral 
• Para sair da região cervical anterior, a VJI passa profundamente ao músculo 
ECM, passando pelo espaço entre as cabeças esternal e clavicular desse 
músculo. 
• Posteriormente à extremidade esternal da clavícula, une-se à veia 
subclávia para formar a veia braquiocefálica. 
• A extremidade inferior da VJI dilata-se para formar o bulbo inferior da VJ, 
que possui válvulas impedindo o refluxo do sangue 
• Suas tributárias são: seio petroso inferior e as veias facial e lingual, além 
das veias faríngea e tireóideas superior e média. 
o Obs: A veia occipital geralmente drena para o plexo venoso 
suboccipital, drenado pela veia cervical profunda e a veia vertebral, 
mas pode drenar para a VJI. 
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o Seio petroso inferior 
▪ Entra no bulbo superior da VJI. 
o Veia facial 
▪ Drena para a VJI oposta ou logo abaixo do nível do hioide e pode receber as veias tireóidea superior, lingual ou 
sublingual. 
o Veias linguais 
▪ Formam uma única veia a partir da língua, que drena para a VJI no nível de origem da artéria lingual. 
o Veias faríngeas 
▪ Drenam para a VJI no nível do ângulo da mandíbula. 
o Veias tireóideas superior e média 
 
o Nervos na região cervical 
▪ Nervo cervical transverso 
• C2 e C3 
• Supre a pele que cobre a região cervical anterior 
▪ Nervo hipoglosso 
• Nervo motor da língua 
• Entra no trígono submandibular profundamente ao ventre posterior do 
músculo digástrico para suprir os músculos intrínsecos e quatro dos 
cinco músculos extrínsecos da língua. 
• Passa entre a artéria carótida externa e a veia jugular e dá origem à raiz 
superior da alça cervical e, depois, a um ramo para o músculo gênio-
hióideo. 
o Em ambos os casos, o ramo conduz fibras do nervo espinal C1, 
que se uniram à sua parte proximal; esses ramos não conduzem 
fibras do hipoglosso. 
▪ Nervos glossofaríngeo e vago 
• Trígonos submandibular e carótico. 
• No pescoço, o NC X dá origem aos ramos 
faríngeo, laríngeo e cardíaco. 
 
+ Estruturas profundas do pescoço 
• Músculos pré-vertebrais 
o Músculos vertebrais anteriores 
▪ Consistem nos músculos longos do pescoço e 
da cabeça, reto anterior da cabeça e escaleno 
anterior 
o Músculos vertebrais laterais 
▪ Representados pelos músculos reto lateral da 
cabeça, esplênio da cabeça, levantador da 
escápula e escalenos médio e posterior. 
• Raiz do pescoço 
o Área da junção entre tórax e pescoço 
o Artérias na raiz do pescoço 
▪ Artérias subclávias: 
• Três partes de cada artéria subclávia são descritas em relação ao músculo escaleno anterior: 
o A primeira parte é medial ao músculo 
▪ Da os ramos: artéria vertebral, artéria torácica interna e tronco tireocervical 
o A segunda parte é posterior a ele 
▪ Da o ramo: tronco costocervical 
o A terceira parte é lateral a ele 
▪ Da o ramo: artéria dorsal da escápula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Artéria vertebral 
o Ascende no espaço piramidal formado entre o músculo escaleno e os músculos longos do pescoço e da cabeça. -> parte pré-
vertebral da artéria vertebral 
o Segue profundamente e atravessa os forames 
dos processos transversários das vértebras C I a 
C VI. -> parte transversária da artéria vertebral 
o No arco posterior do atlas segue pelo sulco 
vertebral e entra na cavidade craniana através 
do forame magno. -> parte atlântica 
(suboccipital) da artéria vertebral. 
o Na margem inferior da ponte as artérias 
vertebrais formam a artéria basilar. -> parte 
intracraniana da artéria vertebral 
• Artéria torácica interna 
o A parte cervical da artéria torácica interna não 
tem ramos 
• Tronco tireocervical 
o Origina-se perto da margem medial do músculo 
escaleno anterior. 
o Emite quatro ramos: artéria tireóidea inferior, 
artéria cervical ascendente, artéria 
supraescapular e artéria cervical transversa. 
▪ Artéria cervical ascendente: supre a 
laringe, a traqueia, o esôfago, as 
glândulas tireoide e paratireoides, bem 
como os músculos adjacentes. 
• Tronco costocervical 
o Divide-se em artérias intercostal suprema e cervical profunda, que suprem os dois primeiros espaços intercostais e os 
músculos cervicais profundos posteriores, respectivamente. 
o Veias na raiz do pescoço 
▪ Duas grandes veias que terminam na raiz do pescoço são a VJE, que drena sangue recebido principalmente do couro cabeludo e da face, e a 
veia jugular anterior (VJA), formada pela confluência das veias submandibulares superficiais. Superiormente ao manúbrio do esterno as VJA 
direita e esquerda costumam se unir através da linha mediana para formar o arco venoso jugular no espaço supraesternal. 
▪ VJA abre-se no término da VJE ou na veia subclávia. 
▪ A veia subclávia,a continuação da veia axilar, se une à VJI. Em geral, tem apenas 
uma tributária nomeada, a VJE 
▪ A VJI se une à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. 
• Essa união é denominada ângulo venoso e é o local onde o ducto torácico 
(lado esquerdo) e o tronco linfático direito (lado direito) drenam a linfa 
recolhida em todo o corpo para a circulação venosa. 
• Em todo o trajeto, a VJI é revestida pela bainha carótica 
o Nervos da raiz do pescoço 
▪ Nervos vagos 
• Segue em sentido inferior no pescoço, dentro da parte posterior da bainha 
carótica. 
• O nervo vago direito segue anteriormente à primeira parte da artéria 
subclávia e posteriormente à veia braquiocefálica e à articulação EC para 
entrar no tórax. 
• O nervo vago esquerdo desce entre as artérias carótida comum esquerda 
e subclávia esquerda, e posteriormente à articulação EC para entrar no 
tórax. 
• Os nervos laríngeos 
o Originam-se dos nervos vagos na parte inferior do pescoço. 
o O nervo laríngeo recorrente direito faz uma curva inferiormente à artéria subclávia direita 
o O nervo laríngeo recorrente esquerdo faz uma curva inferiormente ao arco da aorta 
o Ascendem superiormente até a face posteromedial da glândula tireoide, onde ascendem no sulco traqueoesofágico, suprindo 
a traqueia e o esôfago e todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo. 
• Os ramos cardíacos do NC X conduzem fibras parassimpáticas pré-ganglionares e aferentes viscerais para o plexo cardíaco de nervos 
▪ Nervos frênicos 
• Formam-se nas margens laterais dos músculos escalenos 
• Derivado de C4 com contribuições de C3 e C5. 
• Descem anteriormente aos músculos escalenos anteriores sob as VJI e os ECM. Passam sob a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical, 
entre as artérias e veias subclávias, e prosseguem até o tórax para suprir o diafragma. 
▪ Troncos simpáticos 
• A parte cervical dos troncos simpáticos situa-se anterolateralmente à coluna vertebral, estendendo-se superiormente até o nível da 
vértebra C I ou base do crânio 
• Não recebem ramos comunicantes brancos no pescoço 
• São três gânglios simpáticos cervicais: superior, médio e inferior. 
 
 
 
 
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+ Vísceras do pescoço 
• Glândula tireoide 
o Situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte 
anterior do pescoço, no nível das vértebras C V a T I 
o É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição 
anterolateral em relação à laringe e à traqueia. 
o Um istmo relativamente fino une os lobos sobre a traqueia. 
o Artérias da glândula tireoide 
▪ Suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. 
▪ Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias 
tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a 
lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e 
posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. 
▪ As artérias tireóideas inferiores, ramos dos troncos tireocervicais, seguem em 
sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face 
posterior da glândula tireoide. 
• Suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da 
glândula. 
▪ As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem 
extensas anastomoses dentro da glândula. 
▪ Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do 
tronco braquiocefálico. 
o Veias da glândula tireoide 
▪ As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam 
os polos superiores da glândula tireoide; 
▪ As veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente 
paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. 
▪ As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. 
▪ As veias tireóideas superior e média drenam para as VJI; as veias tireóideas inferiores 
drenam para as veias braquiocefálicas 
o Drenagem linfática da glândula tireoide 
▪ Vasos linfáticos da glândula tireoide seguem perto das artérias e se comunicam com uma 
rede capsular dos vasos linfáticos 
▪ Seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. 
• Os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os 
linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais 
profundos inferiores. 
▪ Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores 
seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. 
o Nervos da glândula tireoide 
▪ São derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores, 
chegando à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior. 
▪ São vasomotores, não secretomotores. 
• Glândulas paratireoides 
o As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se um pouco mais de 1 cm acima do ponto 
de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide, enquanto que as inferiores 
situam-se mais de 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial. 
o Vasos das glândulas paratireoides. 
▪ Ramos das artérias tireóideas inferiores suprem essas glândulas. 
▪ Também podem ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria 
tireóidea ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. 
▪ As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da 
traqueia. 
▪ Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide 
para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais. 
o Nervos das glândulas paratireoides 
▪ Derivada de ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais. 
▪ São vasomotores e não secretomotores. 
• Laringe 
o Situada no nível dos corpos das vértebras C III a C VI 
o Esqueleto da laringe 
▪ Formado por nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, 
cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada 
e cuneiforme). 
▪ Cartilagem tireóidea 
• Os dois terços inferiores de suas duas lâminas fundem-se 
anteriormente no plano mediano para formar a 
proeminência laríngea. Acima dessa proeminência, as 
lâminas divergem para formar uma incisura tireóidea 
superior em forma de V. 
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• A margem posterior de cada lâmina projeta-se em sentido superior, como o corno superior, e inferior, como o corno inferior. 
• A margem superior e os cornos superiores fixam-se ao hioide pela membrana tíreo-hióidea 
o A parte mediana espessa dessa membrana é o 
ligamento tíreo-hióideo mediano; suas partes 
laterais são os ligamentos tíreohióideos laterais. 
• Os cornos inferiores articulam-se com as faces laterais da 
cartilagem cricóidea nas articulações cricotireóideas. Os 
principais movimentos nessas articulações são rotação e 
deslizamento da cartilagem tireóidea, que modificam o 
comprimento das pregas vocais. 
▪ Cartilagem cricóidea 
• A parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea é a 
lâmina, e a parte anterior (anel) é o arco. 
• É mais espessa e mais forte, e é o único anel de 
cartilagem completo a circundar qualquer parte da via 
respiratória. 
• Fixa-se à margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e ao primeiro anel traqueal pelo ligamento 
cricotraqueal. 
▪ Cartilagens aritenóideas• Cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem 
cricóidea. 
• Tem um ápice superior, um processo vocal anterior e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir de sua base. 
o O ápice tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica. 
o O processo vocal permite a fixação posterior do ligamento vocal 
o Processo muscular atua como alavanca à qual estão fixados os músculos cricoaritenóideos posterior e lateral. 
• As articulações cricoaritenóideas, localizadas entre as bases das cartilagens aritenóideas e cartilagem cricóidea, permitem que as 
cartilagens aritenóideas deslizem, aproximando-se ou afastando-se umas das outras, inclinem-se anterior e posteriormente, e girem. 
Esses movimentos são importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais. 
• Os ligamentos vocais elásticos estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea anteriormente até o processo vocal da 
cartilagem aritenóidea posteriormente e formam o esqueleto submucoso das pregas vocais. Esses ligamentos são a margem superior 
livre espessada do cone elástico ou membrana cricovocal. 
o As partes da membrana que se estendem lateralmente entre as pregas vocais e a margem superior da cartilagem cricóidea são 
os ligamentos cricotireóideos laterais. 
o O cone elástico funde-se anteriormente com o ligamento cricotireóideo mediano. O cone elástico e a túnica mucosa 
sobrejacente fecham a abertura da traqueia, com exceção da rima da glote central. 
▪ Cartilagem epiglótica 
• Confere flexibilidade à epiglote 
• Situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide, e anteriormente ao 
ádito da laringe, forma a parte superior da parede anterior e a margem 
superior da entrada. 
• Sua extremidade superior larga é livre. 
• A extremidade inferior afilada, o pecíolo epiglótico, está fixada pelo 
ligamento tireoepiglótico ao ângulo formado pelas lâminas da cartilagem 
tireóidea. 
• Sua face anterior da cartilagem epiglótica fixa-se ao hioide pelo ligamento 
hioepiglótico. 
• A membrana quadrangular se estende entre as faces laterais das cartilagens aritenóidea e epiglótica. 
• A margem inferior livre constitui o ligamento vestibular, que é coberto por mucosa para formar a prega vestibular, a qual situa-se acima 
da prega vocal e estende-se da cartilagem tireóidea até a cartilagem aritenóidea. 
• A margem superior livre forma o ligamento ariepiglótico, que é coberto por túnica mucosa para formar a prega ariepiglótica. 
▪ Cartilagens corniculada e cuneiforme 
• Pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. 
• As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas; as cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente em 
outras cartilagens. 
o Interior da laringe 
▪ A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. 
▪ A cavidade da laringe inclui: 
• Vestíbulo da laringe: 
o Entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares 
• Parte média da cavidade da laringe: 
o A cavidade central entre as pregas vestibulares e 
vocais 
• Ventrículo da laringe: 
o Recessos que se estendem lateralmente da parte 
média da cavidade da laringe entre as pregas 
vestibulares e vocais. 
o O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para 
cada ventrículo. 
• Cavidade infraglótica: 
o Cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a 
margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é 
contínua com o lúmen da traqueia. 
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▪ As pregas vocais controlam a produção do som. 
• Cada prega vocal contém: 
o Ligamento vocal, que é a margem livre medial do 
cone elástico 
o Músculo vocal, ocupa posição imediatamente lateral 
aos ligamentos vocais. 
• A adução completa das pregas forma um esfíncter eficaz que 
impede a entrada de ar. 
▪ A glote é formada pelas pregas e processos vocais, juntamente com a 
rima da glote, que é a abertura entre as pregas vocais. 
• Durante a respiração comum, a rima é estreita e cuneiforme; 
durante a expiração forçada é larga e trapezoide. 
• A variação na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz 
alterações na altura da voz. 
 
 
 
 
 
 
▪ As pregas vestibulares se estendem entre a cartilagem tireóidea e as 
cartilagens aritenóideas e desempenham pequeno ou nenhum papel na produção da 
voz; sua função é protetora. 
• Consistem em duas pregas espessas de túnica mucosa que encerram os 
ligamentos vestibulares. 
• O espaço entre esses ligamentos é a rima do vestíbulo. 
• Os recessos laterais entre as pregas vocais e vestibulares são os ventrículos da 
laringe 
o Músculos da laringe 
▪ São divididos em extrínsecos e intrínsecos 
▪ Os músculos extrínsecos da laringe movem a laringe como um todo. 
• Os músculos infrahióideos abaixam o hioide e a laringe, enquanto os músculos 
suprahióideos são elevadores do hioide e da laringe 
▪ Os músculos intrínsecos da laringe movem os componentes da laringe, alterando o 
comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e formato da rima da glote. 
• Todos, com exceção de um, são supridos pelo nervo laríngeo recorrente. 
• O músculo cricotireóideo é suprido pelo nervo laríngeo externo, um dos dois 
ramos terminais do nervo laríngeo superior. 
• São divididos em grupos funcionais: 
o Adutores e abdutores: 
▪ Movimentam as pregas vocais para abrir e 
fechar a rima da glote. 
▪ Os principais adutores são os músculos 
cricoaritenóideos laterais, que tracionam os 
processos musculares anteriormente, girando 
as cartilagens aritenóideas e causando a 
oscilação medial de seus processos vocais. 
Quando esta ação é associada à dos músculos 
aritenóideos transverso e oblíquo, que 
tracionam as cartilagens aritenóideas juntas, 
o ar empurrado através da rima da glote 
causa vibrações dos ligamentos vocais 
(fonação). 
• Quando os ligamentos vocais são aduzidos, mas os músculos aritenóideos transversos não atuam, as 
cartilagens aritenóideas permanecem afastadas, forma a posição do sussurro. 
▪ Os únicos abdutores são os músculos cricoaritenóideos posteriores, que tracionam os processos musculares 
posteriormente, girando os processos vocais lateralmente e assim alargando a rima da glote 
o Esfíncteres: 
▪ As ações combinadas da maioria dos músculos do ádito da laringe resultam em ação esfincteriana que fecha o ádito da 
laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. 
▪ A contração dos músculos cricoaritenóideos laterais, aritenóideos transversos e oblíquos e ariepiglóticos aproxima as 
pregas ariepiglóticas e traciona as cartilagens aritenóideas em direção à epiglote, sendo um reflexo ao líquido ou a 
partículas que se aproximam ou entram no vestíbulo da laringe 
o Tensores: 
▪ Os músculos cricotireóideos, inclinam ou tracionam a proeminência da cartilagem tireóidea anteriormente em direção 
ao arco da cartilagem cricóidea, aumentando a distância entre a proeminência tireóidea e as cartilagens aritenóideas. Os 
ligamentos vocais são alongados e tensionados, elevando a altura da voz 
o Relaxadores 
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▪ Os músculos tireoaritenóideos, tracionam as cartilagens aritenóideas anteriormente, em direção ao ângulo da 
cartilagem tireóidea, relaxandoos ligamentos vocais para reduzir a altura da voz 
o Artérias da laringe 
▪ A irrigaçãoé feita pelas artérias laríngeas, ramos das artérias tireóideas superior e inferior, e pela artéria cricotireóidea, ramo da artéria tireóidea 
superior. 
▪ A artéria laríngea superior acompanha o ramo interno do nervo laríngeo superior 
através da membrana tíreo-hióidea e emite ramos para suprir a face interna da laringe. 
▪ A artéria laríngea inferior acompanha o nervo laríngeo inferior (parte terminal do nervo 
laríngeo recorrente) e supre a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe 
▪ A artéria cricotireóidea supre o músculo cricotireóideo. 
o Veias da laringe 
▪ Acompanham as artérias laríngeas. 
▪ A veia laríngea superior geralmente se une à veia tireóidea superior e através dela drena 
para a VJI. 
▪ A veia laríngea inferior une-se à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face 
anterior da traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda. 
o Vasos linfáticos da laringe. 
▪ Os vasos linfáticos da laringe superiores às pregas vocais acompanham a artéria 
laríngea superior e drenam para os linfonodos cervicais profundos superiores. Os vasos 
linfáticos inferiores às pregas vocais drenam para os linfonodos pré-traqueais ou 
paratraqueais. 
o Nervos da laringe. 
▪ São os ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos. 
• O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio vagal inferior e divide-se em 
dois ramos terminais na bainha carótica: o nervo laríngeo interno (sensitivo e 
autônomo) e o nervo laríngeo externo (motor). 
o O nervo laríngeo interno perfura a membrana tíreo-hióidea, enviando 
fibras sensitivas para a túnica mucosa laríngea do vestíbulo da laringe 
e cavidade média da laringe. 
o O nervo laríngeo externo desce posteriormente ao músculo 
esternotireóideo. Inicialmente, o nervo laríngeo externo está situado 
sobre o músculo constritor inferior da faringe; depois perfura o 
músculo, contribuindo para sua inervação e continua para suprir o 
músculo cricotireóideo. 
• O nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo recorrente, divide-
se em ramos anterior e posterior. 
o O ramo anterior supre os músculos cricotireóideo lateral, 
tireoaritenóideo, vocal, ariepiglótico e tireoepiglótico. O ramo 
posterior supre os músculos cricoaritenóideo posterior e aritenóideos 
transverso e oblíquo. 
• Faringe 
o Estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a 
margem inferior da vértebra C VI posteriormente. 
o É mais larga defronte ao hioide e mais estreita em sua extremidade inferior, onde é contínua com o esôfago. 
o Interior da faringe: 
▪ Parte nasal da faringe (nasofaringe): 
• Posterior ao nariz e superior ao palato mole 
• É a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois coanos. 
• A tonsila faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da 
parte nasal da faringe. Uma prega vertical de mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se inferiormente a partir da extremidade medial 
da tuba auditiva. Ela cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o 
óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. A coleção de 
tecido linfoide na tela submucosa da faringe perto do óstio faríngeo 
da tuba auditiva é a tonsila tubária. Posteriormente ao toro tubário 
e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, 
semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral 
e posteriormente. 
▪ Parte oral da faringe (orofaringe): 
• Posterior à boca 
• Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; 
laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. 
• Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. 
• Tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da 
parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos, mas não 
ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo em adultos. 
▪ Parte laríngea da faringe (laringofaringe): 
• Posterior à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote 
e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da 
cartilagem cricóidea. 
• Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém relação com 
os corpos das vértebras C IV a C VI. As paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe. 
Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. 
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• Comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior. 
• O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. Esse recesso revestido por 
túnica mucosa é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam-
se profundamente à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso. 
o Músculos da faringe 
▪ A parede da faringe tem uma lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal 
e uma camada circular externa. A camada circular externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e 
inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo. 
▪ A contração dos músculos constritores da faringe é involuntária, de modo que a contração ocorre de modo sequencial da extremidade superior 
para a extremidade inferior da faringe, impulsionando o alimento para o esôfago. 
▪ Os três músculos constritores são supridos pelo plexo nervoso faríngeo formado por ramos faríngeos dos nervos vago e glossofaríngeo e por 
ramos simpáticos do gânglio cervical superior. 
▪ A superposição dos músculos constritores da faringe deixa quatro aberturas na musculatura para a entrada ou saída de estruturas da faringe 
• Superiormente ao músculo constritor superior da 
faringe, o músculo levantador do véu palatino, a tuba 
auditiva e a artéria palatina ascendente atravessam 
uma abertura entre o músculo constritor superior e o 
crânio. Local em que a fáscia faringobasilar funde-se à 
fáscia bucofaríngea para formar a parede fina do 
recesso faríngeo. 
• Uma abertura entre os músculos constritores superior 
e médio da faringe permite a passagem do músculo 
estilofaríngeo, nervo glossofaríngeo e ligamento 
estilo-hióideo até a face interna da parede da faringe. 
• Uma abertura entre os músculos constritores médio e 
inferior da faringe permite que o ramo interno do 
nervo laríngeo superior e a artéria e veia laríngeas 
superiores sigam até a laringe. 
• Uma abertura inferior ao músculo constritor inferior 
da faringe permite que o nervo laríngeo recorrente e a artéria laríngea inferior sigam superiormente até a laringe. 
o Vasos da faringe 
▪ A artéria facial emite a artéria tonsilar, a qual atravessa o músculo constritor superior da faringe e entra no polo inferior da tonsila palatina. 
• A tonsila também é irrigada por ramos das artérias palatina ascendente, lingual, palatina descendente e faríngea ascendente. 
▪ A veia palatina externa (veia paratonsilar) desce do palato mole e passa perto da face lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo. 
▪ Os vasos linfáticos tonsilares seguem em sentido lateral e inferior até os linfonodos perto do ângulo da mandíbula e o linfonodo jugulodigástrico. 
▪ As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas formam o anel linfático (tonsilar) da faringe. 
o Nervos faríngeos 
▪ A inervação deriva do plexo nervoso faríngeo. 
▪ As fibras motoras no plexo são derivadas do nervo vago (NC X) e suprem todos osmúsculos da faringe e do palato mole, com exceção dos 
músculos estilofaríngeo (suprido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (suprido pelo NC V3 ). 
▪ O músculo constritor inferior da faringe também recebe algumas fibras motoras dos ramos laríngeos externo e recorrente do nervo vago. 
▪ As fibras sensitivas no plexo são derivadas do nervo glossofaríngeo. Além disso, a túnica mucosa das regiões anterior e superior da parte nasal 
da faringe é suprida principalmente pelo nervo maxilar (NC V2 ). 
▪ Os nervos tonsilares são derivados do plexo nervoso tonsilar formado por ramos dos nervos glossofaríngeo e vago. 
 
+ Crânio 
• Possui duas partes: neurocrânio e viscerocrânio. 
• Neurocrânio 
o Caixa óssea do encéfalo e das meninges cranianas. Também contém as partes proximais dos nervos 
cranianos e a vasculatura do encéfalo. 
o Formado por oito ossos: quatro ossos ímpares centralizados na linha mediana (frontal, etmoide, 
esfenoide e occipital) e dois pares de ossos bilaterais (temporal e parietal). 
o Tem um teto em forma de cúpula, a calvária, e um assoalho ou base do crânio. 
▪ Calvaria é formada pelo frontal, temporal e parietal. 
▪ Base do crânio é formada pelo esfenoide e temporal. 
▪ Etmoide forma uma parte mediana pequena do neurocrânio, mas faz parte 
principalmente do viscerocrânio 
• Viscerocrânio 
o Esqueleto facial 
o Forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca (maxila 
e mandíbula), nariz/cavidade nasal, e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais) 
o Formado por 15 ossos irregulares: três ossos ímpares centralizados ou situados na 
linha mediana (mandíbula, etmoide e vômer) e seis ossos pares bilaterais 
(maxilas; conchas nasais inferiores; e zigomáticos, palatinos, ossos nasais e 
lacrimais). 
o As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior, formando o 
esqueleto da arcada dentária superior, que está fixada à base do crânio. 
o A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel porque 
se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares 
o Os ossos frontal, temporal, esfenoide e etmoide são ossos pneumáticos, contendo 
espaços aéreos para reduzir seu peso. 
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• Vista frontal do crânio 
o Formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula. 
o Frontal 
▪ Em alguns adultos pode-se ver uma sutura frontal persistente, na linha mediana da glabela, a área lisa e ligeiramente deprimida situada entre os 
arcos superciliares. 
▪ A interseção dos ossos frontal e nasal é o násio. 
▪ Glabela é uma área ligeiramente deprimida entre os arcos superciliares 
▪ Arco superciliar está localizado acima da margem supraorbital e se 
estende lateralmente de cada lado da glabela 
▪ Forame ou incisura supraorbitais dá passagem aos vasos e nervos 
supraorbitais 
▪ Processo zigomático do frontal articula-se com o processo frontal do 
zigomático 
o Zigomáticos 
▪ Situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas, apoiados sobre 
as maxilas. 
▪ Articulam-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. 
o Nasais 
▪ Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, a abertura 
nasal anterior no crânio. 
▪ O septo nasal ósseo divide a cavidade nasal em partes direita e 
esquerda. 
▪ Na parede lateral de cada cavidade nasal há as conchas nasais. 
o Maxilas 
▪ Esqueleto do arco dental superior 
▪ São unidas pela sutura intermaxilar no plano mediano 
▪ Têm uma ampla conexão com os zigomáticos lateralmente e um forame infraorbital, inferior a cada órbita, que dá passagem ao nervo e aos vasos 
infraorbitais 
o Mandíbula 
▪ Tem um processo alveolar que sustenta os dentes mandibulares. 
▪ Consiste em uma parte horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. 
▪ Possui os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. 
▪ A protuberância mentual forma a proeminência do queixo. 
• Vista lateral do crânio 
o Os principais constituintes são a fossa temporal, o poro acústico externo do meato 
acústico externo, o processo mastoide do temporal, a fossa infratemporal, o arco 
zigomático e as faces laterais da maxila e mandíbula. 
o Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior. 
o O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal. 
o Na parte anterior da fossa temporal, há uma área de junções ósseas: o ptério, que 
é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide 
(asa maior) e o temporal. 
o O poro acústico externo é a entrada do meato acústico externo. 
o O processo mastoide do temporal situa-se posteroinferiormente ao poro 
acústico externo do meato. 
o Processo estiloide do temporal situa-se anteromedialmente ao processo 
mastoide. 
o A fossa infratemporal está situada inferior e profundamente ao arco zigomático 
e à mandíbula e posteriormente à maxila 
• Vista occipital do crânio 
o Formada pelo occipúcio, partes dos parietais e partes mastóideas dos temporais. 
o Em geral, a protuberância occipital externa é palpada com facilidade no plano 
mediano e ela define um ponto craniométrico denominado ínio. 
o A crista occipital externa desce da protuberância em direção ao forame magno. 
o A linha nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se 
lateralmente a partir de cada lado da protuberância. 
o A linha nucal inferior é menos evidente. 
o No centro do occipúcio, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Vista superior do crânio 
o A sutura coronal separa o frontal e os parietais 
o A sutura sagital separa os parietais 
o A sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital 
o O bregma é o ponto de referência craniométrico formado pela interseção das suturas sagital e coronal 
o O vértice está perto do ponto médio da sutura sagital 
o O forame parietal é uma abertura localizada na região posterior do parietal, perto da sutura sagital 
▪ Dão passagem às veias emissárias, responsáveis pela conexão entre as veias do couro cabeludo e os seios venosos da dura-máter 
 
• Vista inferior da base do crânio 
o A base do crânio é a parte inferior do neurocrânio e viscerocrânio menos a mandíbula. 
o A vista inferior da base do crânio é constituída pelo arco alveolar da maxila, pelos processos palatinos das maxilas, e pelo palatino, esfenoide, vômer, 
temporal e occipital. 
o Palato duro 
▪ Sua parte anterior é formada pelos processos palatinos da maxila e a parte posterior pelas lâminas horizontais dos palatinos. 
▪ Sua margem posterior livre projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. 
▪ Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de canais incisivos e forames. 
▪ Na região posterolateral estão situados os forames palatinos 
maior e menor. 
▪ Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes 
aberturas: os cóanos, separados pelo vômer. 
o Esfenoide 
▪ Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital 
▪ Formado por um corpo e três pares de processos: asas maiores, 
asas menores e processos pterigoides. 
• Os processos pterigoides são formados pelas lâminas 
lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de 
cada lado do esfenoide, a partir da junção do corpo e das 
asas maiores. 
• O sulco para a partecartilagínea da tuba auditiva situa-se 
medial à espinha do esfenoide. 
▪ As fossas mandibulares (parte escamosa do osso temporal) 
acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está 
fechada. 
o Occipital 
▪ Se articula com o esfenoide anteriormente 
▪ As quatro partes do occipital são dispostas ao redor do forame magno. 
• As principais estruturas que atravessam o forame magno são: a medula espinal; as meninges do encéfalo e da medula espinal; as artérias 
vertebrais; as artérias espinais anteriores e posteriores; e a raiz espinal do nervo acessório (NC XI). 
▪ Nas partes laterais do occipital, há os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o crânio articula-se com a coluna vertebral. 
▪ A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde emergem do crânio a veia jugular interna (VJI) e 
os nervos cranianos NC IX ao NC XI. 
▪ A entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. 
▪ Os processos mastoides são locais de fixação muscular. 
▪ O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial (NC VII) e à artéria estilomastóidea, situa-se posteriormente à base do processo 
estiloide. 
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 • Vista superior da base do crânio 
o Tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: 
as fossas anterior, média e posterior do crânio. 
▪ A fossa anterior do crânio está situada no nível mais 
alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo. 
o Fossa anterior do crânio 
▪ As partes inferior e anterior dos lobos frontais do 
encéfalo ocupam a fossa anterior do crânio. 
▪ Formada pelo frontal anteriormente, o etmoide no 
meio, e o corpo e as asas menores do esfenoide 
posteriormente. 
▪ A parte maior da fossa é formada pelas partes 
orbitais do frontal, que sustentam os lobos frontais 
do encéfalo e formam os tetos das órbitas. 
▪ A crista frontal é uma extensão óssea mediana do 
frontal. 
▪ Em sua base está o forame cego do frontal, que dá 
passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, 
mas se torna insignificante depois do nascimento. 
▪ A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e 
espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmoide. 
▪ De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme, que possui forames pequenos que dão passagem aos nervos olfatórios (NC I). 
o Fossa média do crânio 
▪ Tem uma parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide 
e grandes partes laterais deprimidas de cada lado 
▪ A fossa média do crânio separada da fossa anterior do crãnio pelas 
cristas esfenoidais salientes lateralmente e o limbo esfenoidal no 
centro. 
• As cristas esfenoidais são formadas pelas margens posteriores 
das asas menores dos esfenoides. Os limites mediais das 
cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores. 
• O limbo esfenoidal é o limite anterior do sulco pré-quiasmático 
transversal. 
▪ Os ossos que formam as partes laterais da fossa são as asas maiores do 
esfenoide e as partes escamosas dos temporais lateralmente, e as 
partes petrosas dos temporais posteriormente. 
▪ A sela turca é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. Tem três partes: 
• Tubérculo da sela: forma o limite posterior do sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial 
• Fossa hipofisial: acomoda a hipófise 
• Dorso da sela: forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides 
posteriores 
▪ De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames perfuram as raízes das faces cerebrais das asas maiores dos esfenoides 
• Fissura orbital superior: situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da órbita 
• Forame redondo: situado posteriormente à extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto horizontal até uma abertura 
na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa pterigopalatina, uma estrutura óssea entre o esfenoide, a maxila e os 
palatinos 
• Forame oval: Um grande forame posterolateral ao forame redondo; abre-se inferiormente na fossa infratemporal 
• Forame espinhoso: Situado posterolateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da espinha do esfenoide 
▪ O forame lacerado situa-se posterolateralmente à fossa hipofisial e é um artefato de um crânio seco. Em vida, é fechado por uma lâmina de 
cartilagem. Apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem, transpondo este forame. 
▪ Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso maior, que se estende em sentido posterior e 
lateral a partir do forame lacerado. 
▪ Também há um pequeno sulco do nervo petroso menor. 
o Fossa posterior do crânio 
▪ Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo 
▪ Formada principalmente pelo occipital, mas o dorso da sela do 
esfenoide marca seu limite anterior central, e as partes 
petrosa e mastóidea dos temporais formam as “paredes” 
anterolaterais. 
▪ A partir do dorso da sela há uma inclinação acentuada, o clivo, 
no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame 
magno. 
▪ A fossa posterior do crânio é dividida pela crista occipital 
interna em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas 
cerebelares. 
• A crista occipital interna termina na protuberância 
occipital interna formada em relação à confluência dos 
seios, uma fusão dos seios venosos durais. 
• Sulcos largos mostram o trajeto horizontal do seio 
transverso e do seio sigmóideo em formato de S. 
▪ Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular, 
que dá passagem a vários nervos cranianos além do seio 
sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna (VJI). 
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▪ Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico interno para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do 
labirinto. 
▪ O canal do nervo hipoglosso (NC XII) situa-se superiormente à margem anterolateral do forame magno. 
 
 
 
+ Face e couro cabeludo 
• Face 
o É a superfície anterior da cabeça, da fronte ao queixo e de uma orelha à outra. 
• Couro cabeludo 
o É formado por pele (normalmente com pelos) e tecido subcutâneo, que cobrem o neurocrânio desde as linhas nucais superiores no occipital até as 
margens supraorbitais do frontal. 
• Músculos da face e do couro cabeludo 
 
Músculo Origem Inserção Principal ação Inervação 
Ventre frontal do 
occipitofrontal 
 
Aponeurose epicrânica Pele e tela subcutânea dos 
supercílios e da fronte 
Eleva os supercílios e 
enruga a pele da fronte; 
protrai o couro cabeludo 
(indicando surpresa ou 
curiosidade) 
Nervo facial via ramos 
temporal 
Ventre occipital do 
occipitofrontal 
 
Dois terços laterais da 
linha nucal superior 
Aponeurose epicrânica Retrai o couro cabeludo; 
aumenta a eficácia do 
ventre frontal 
Nervo facial via ramo 
auricular posterior 
Orbicular do olho 
(esfíncter orbital) 
Margem orbital medial; 
ligamento palpebral 
medial; lacrimal 
Pele ao redor da margem 
da órbita; lâminas tarsais 
superior e inferior 
Fecha as pálpebras: a parte 
palpebral o faz com 
suavidade; a parte orbital, 
com firmeza (piscar) 
Nervo zigomático 
Corrugador do supercílio Extremidade medial do 
arco superciliar 
Pele superior ao meio da 
margem supraorbital e 
arco superciliar 
Leva o supercílio medial e 
inferiormente,

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