Buscar

Endodontia II: Uso de medicamentos em tratamentos eletivos

Prévia do material em texto

Uso �� ��di����n�o� �m ���ta���t�� e��t��o�
- Tratamento em pacientes assintomáticos
➢ Objetivos
1. Descrever os medicamentos empregados no tratamento endodôntico de elementos
cuja anatomia radicular não oferece dificuldade de instrumentação
2. Descrever os regimes farmacológicos empregados no tratamento (ou retratamento)
endodôntico de elementos cuja anatomia radicular oferece dificuldade de
instrumentação
3. Descrever o protocolo farmacológico indicado nas cirurgias parendodônticas
➢ Dois tipos de procedimento em endodontia:
- 1º Eletivos - pacientes ASSINTOMÁTICOS
- 90 a 95% de sucesso (especialistas)
Imagem. Cirurgia paraendodôntica com retrobturação.
- 2º Urgências - pacientes SINTOMÁTICOS
Pacientes Sintomáticos
O QUE FAZER?
- A dor geralmente é por causa do grampo sobre o tecido mole e não pela polpa inflamada.
- Dentes com restaurações em resina não capeada, causando necrose asséptica. Intrumenta e o dente não
dói. O problema vem depois onde um dente que estava assintomático, o paciente passa a ser
sintomático.
- 1º Decide pela radiografia, faz teste de vitalidade
- 2º O canal é amplo? Qual será a técnica de instrumentação?
DOR
- Componente somático: Fenômenos que ocorrem no local da lesão
- Componente psíquico: Estado emocional do paciente
ESTABELECER O PERFIL DO PACIENTE
- Será que ele é mais sensível?
- Tem o KIT?
- É alérgico?
- É dodói?
- Pacientes mais sensíveis, um antiinflamatório pode até ser viável
- Saber a classificação do ASA
- pacientes que são a partir de ASA II, III ou IV, a terapêutica tem que ser ajustada por conta da
condição sistêmica do paciente
1. Ter��êut��� em qu� a an����i� ra����la� não of����e difi���d��e de
in��r����tação
- Canais amplos
- O que a paciente poderá sentir após a instrumentação e término da anestesia local? - Nada
Imagens. Nestes casos de canais amplos, a instrumentação, abertura são fáceis e não há grande expectativa de dor
no pós operatório.
➢ Tipos de analgesia
Preventiva → tratamento medicamentoso começa após a instrumentação, mas antes do início
da dor. Primeira dose ao final do procedimento e por 24 a 48 horas
tratamento simples que não se espera grande coisa
Preemptiva → tratamento medicamentoso inicia antes da instrumentação, ou seja,
previamente ao trauma. Eficácia ainda precisa ser comprovada.
Perioperatória → tratamento medicamentoso iniciado antes da instrumentação e mantido no
período pós-operatório. É mais eficaz para a prevenção e controle de hiperalgesia.
inflamação envolvida
Para canais amplos
- Droga de primeira escolha:
- Dipirona sódica - 500 mg a 1 g - 20 a 40 gotas
- Repetir a cada 4 horas se necessário
- em doses de 1 g, que está sendo recentemente usado, pode ser de 6 em 6
horas
- Lembre-se: usualmente, cada 1 mL= 20 gotas
- Droga em casos alternativos a dipirona
- Paracetamol 750 mg (Tylenol) 4-6 horas
- Canais amplos em crianças
- Dipirona sódica → 0,5 gota/kg
- Paracetamol → 1 gota/kg
- Ibuprofeno → 2,5 mL/10kg
vem em xarope geralmente
Analgésicos
- Para controle da dor pós operatória de grau leve a moderado
- Posologia: duração MÁXIMA ideal até 24 horas
- A dose diária não deve exceder 4g/dia em doses divididas a cada 6 horas ou 2.6g/dia
(FDA)
- A dose diária não deve exceder 300 mg/dia em doses divididas a cada 8 horas
- A dose diária não deve exceder 2400 mg/dia em doses divididas a cada 6 horas
- A dose diária não deve exceder 4g/dia em doses divididas a cada 4 horas
2. Tra����n�o (o� re���t��e�t�) en���ôn�i�� cu�� an����i�
ra����la� ���re�� ��ficu���d�� �e �n��r��e�t�ção
- Canais curvos ou atrésicos
- Nódulos pulpares ou calcificação
- Retratamentos endodônticos
➢ “Flare ups”
- Dor severa e/ou edema pós-instrumentação
Imagem 1. Dente com dilaceração severa.
Imagem 2. Dente com calcificação.
Imagem 3. Dente com lesão periapical.
Imagem 4. Canal atrésico.
Imagem 5 e 6. Pré inferior com 4 canais.
Imagem 7. Provocação de dor intensa no pós operatório.
“Maior terror dos endodontistas - dor inesperada”
EXEMPLO
- Paciente Antônio Cruz “encaminhado” à FOP para retratamento endodôntico do 46
- No pós operatório o dente começa a doer
- Por que dói?
- provocou inflamação através da agressão óssea provocada, não é por causa da polpa,
uma vez que ela está morta
- a dor ocorre pela expansão do edema em tecido duro
- Incidência de FLARE-UPS (com base na casuística de especialistas)
- 2.3% de 1500 dentes tratados
- No Brasil: 1,71% de 408 dentes que receberam terapia endodôntica
Expectativa de Flare ups
DEXAMETASONA (decadron), pelo menos 1h antes do procedimento, pelo
menos 4 mg
- dependendo do paciente, pode até dar dois
comprimidos no pré operatório (8 mg) e ainda no pós
operatório se o estrago for muito grande
- Será que DEXA funciona?
- “Avaliação do uso preemptivo de dexametasona 4 mg na dor pós operatória
em pacientes submetidos ao tratamento endodôntico com ampliação
foraminal - Estudo clínico randomizado triplo cego” -> Uso preemptivo da
dexa 4 mg em dose única, administrada 30 minutos antes do início do
procedimento. Tratamentos realizados por 24 alunos de especialização.
Técnica de ampliação foraminal com instrumentação 1mm além do ápice
dental, “clorexidina gel 2% como substância química auxiliar e obturação.
- Complementa com dipirona sódica após o procedimento
- 500 mg a 1 g
- 20 a 40 gotas ou comprimidos
- Repetir a cada 4 horas nas primeiras 24 horas se necessário
3. Não ad����s��o� co���cóid� an��� do p�o��d��e�t� ma�, após
fina����do, há in����ção
- Pode ser administrado! Funciona por via oral no pós-operatório também.
- Por via PARENTERAL é mais rápido
- Dexametasona - decadron
1. Seringa de 1 mL (ou a ampola inteira)
2. 2 mg/ml
3. Infiltração submucosa na região periapical do dente instrumentado
- Funciona até mesmo na mandíbula. A dexa foi absorvida ao local da injeção e
distribuída para a mandíbula ipsilateral e para músculo e osso contralaterais.
- Isto indica uma possível afinidade óssea deste esteróide, que pode ser benéfica para o
alívio da dor de flare-ups endodônticos intraósseos.
Artigo - Infiltração submucosa intrabucal de betametasona na prevenção da dor em
endodontia
- Ao final do procedimento
- Estudo Pinheiro e Andrade
- Infiltração submucosa intrabucal de betametasona na prevenção da dor em
endodontia
- 102 pacientes adultos, assintomáticos, com polpa viva ou necrose
- Ao final do procedimento a infiltração submucosa na região periapical do
dente envolvido com betametasona (celestone - 4mg) ou placebo (solução
salina)
- O medicamento eliminou a dor severa depois de 48 horas, enquanto que no
placebo, até 24 horas 13% ainda sentiam dor severa
- Usado em casos que a princípio era mais simples e se complicou depois,
podendo aplicar 4mg/ml
Pode fazer na graduação no pós
operatório.
Pode usar AINE?
- Muito menos seguro que a dexa. A nimesulida, mais usada, é a menos segura
- Estudo de analgesia preventiva ou perioperatória com os antiinflamatórios não
esteroidais - Piroxicam ataca estômago e é um veneno, a dexa teve resultado superior
- Ex. analgesia preventiva ou perioperatória com os AINEs - Cetorolaco 10 mg via
sublingual ?alternativa?
4. Nas ����r�i�� p��e�d��ôn�i��s (o� p��i�r����ul����)
Imagens. Cirurgia amputando ou retro-obturação com MTA.
Preocupações do operador:
1. Controlar a ansiedade e o medo
2. Controlar a dor e o edema pós-operatórios
3. Prevenir a infecção da ferida cirúrgica
Protocolo farmacológico e outros cuidados gerais
➢ Cuidados pré-operatórios
Um a dois dias antes da intervenção
1. Remover cálculos grosseiros e placa dental
2. Orientar sobre medidas domiciliares de higiene bucal
➢ Controle da ansiedade
1. Sedação mínima por meio da administração oral de um benzo
2. Nos idosos - lorazepam 1 mg 2h antes da cirurgia
➢ Profilaxia antibiótica cirúrgica
1. Em pacientes imunocompetentes
Não há necessidade do uso sistêmico de antibióticos
➢ Antissepsia intrabucal
Orientar o paciente a bochechar vigorosamente com 15 mL de uma solução aquosa de
digluconato de clorexidina 0,2%, por aproximadamente 1 minuto
➢ Antissepsiaextrabucal
Com solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%
➢ Intervenções na maxila
Infiltrar lidocaína 2% ou articaína 4%, associados à epinefrina 1:100.000
➢ Intervenções na mandíbula
Bloqueios regionais com lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, podem ser complementados
pela infiltração de articaína 4% com epinefrina 1:100.000
Controle de dor no pós-operatório
Optar pela analgesia preventiva ou perioperatória em função do grau de traumatismo esperado
➢ Analgesia perioperatória (quando a expectativa é traumatismo cirúrgico de maior
intensidade)
- Dexametasona 4 mg pelo emnos 1 hora antes da interveção
- Dipirona 1 g ao término do tratamento
- Dipirona 500 mg a cada 4 horas por 24 horas
➢ Analgesia preventiva (na expectativa de trauma cirúrgico de menor magnitude)
- Dipirona 1 g ao término do tratamento
- Dipirona 500 mg a cada 4 h por 24 h
- Ibuprofeno 200 mg ou paracetamol 750 mg são alternativos para intolerância à
dipirona (intervalos de 6 horas para ambos)
➢ Cuidados pós operatórios
Orientar higienização do local por escovação cuidadosa e uso do fio dental
Bochechar 15 mL de digluconato de clorexidina 0,12%, pela manhã e à noite, até a remoção
de sutura (em torno de 5 a 7 dias)

Continue navegando