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Resumo de Direito Administrativo I

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Direito da Administração Pública – Geovane Alves
Aula 15/08
Noções Gerais da Administração Pública
	Elementos do Estado: Soberania, povo e território.
	O Estado unitário é marcado pela centralização política, em que um só poder central irradia sua competência, de modo exclusivo, por todo o território nacional e sobre toda a população e controla todas as coletividades regionais e locais.
	O Estado federado tem como característica a descentralização política, marcada pela convivência em um mesmo território de diferentes entidades políticas autônomas, distribuídas regionalmente. Não existe subordinação, isto é, não há hierarquia entre os diversos entes federados no Brasil.
	A relação entre eles é caracterizada pela coordenação, tendo cada um, autonomia política, financeira e administrativa. Em decorrência dessa forma de organização, verificamos a existência de Administrações Públicas Autônomas em cada uma das esferas da Federação.
	O conceito de forma de governo está relacionado com a maneira como se dá a instituição e a transmissão do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.
	A república é a forma de governo caracterizada pela efetividade e pela temporalidade dos mandatos do Chefe do Poder Executivo, com o dever de prestação de contas (responsabilidade do governante).
	A monarquia é caracterizada pela hereditariedade e vitaliciedade e com ausência de prestação.
No âmbito do direito administrativo, a expressão “governo” é usualmente empregada para designar o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado.
Conforme se constata, a noção de governo está relacionada com a função política de comando, de coordenação, de direção e de fixação de planos e diretrizes de atuação do Estado (as denominadas políticas públicas). Não se confunde com o conceito de administração pública em sentido estrito, que vem a ser, conforme veremos adiante, o aparelhamento de que dispõe
o Estado para a mera execução das políticas de governo, das políticas públicas, estabelecidas no exercício da atividade pública.
Sistema de Governo:
No presidencialismo, predomina o princípio da divisão dos Poderes, que devem ser independentes e harmônicos entre si.
O parlamentarismo é o sistema de governo em que há, predominantemente, uma colaboração entre os Poderes Executivo e Legislativo. Nele, o Poder Executivo é divido em duas frentes: Chefia do Estado (Presidente) e Chefia de Governo (Primeiro Ministro).
Aula 22/08
	Direito administrativo: Ramo do direito público que disciplina o exercício da função administrativa, bem como as pessoas e órgãos que compõem a administração pública.
- Administração pública em sentido amplo: Administração Pública em sentido amplo abrange os órgãos de governo, que exercem função política, e também os órgãos pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa. Deve-se entender por função política neste contexto, o estabelecimento das diretrizes e programas de ação governamental, dos planos de atuação do governo, a fixação das denominadas políticas públicas.
	Abrange os órgãos de governo que exercem função política e também os órgãos, pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa. Sentido mais abrangente. Abrange todos aqueles órgãos – postos de saúde, escolas (formal se olha o sujeito). Ensino público, coleta de lixo, serviço de saúde (material – se olha a atividade exercida).
- Administração pública em sentido estrito: Administração Pública em sentido estrito só inclui os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa, de execução dos programas de governo. Ficam excluídos os órgãos políticos e as funções políticas, de elaboração de políticas públicas.
	Só inclui os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativas, não incluindo os órgãos políticos, apenas os órgãos de execução.
- Administração pública em sentido formal: Administração pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica com administração pública, não importa a atividade que exerçam (como regra, evidentemente, esses órgãos, entidades e agentes desempenham função administrativa). Ex.: escola, setor da administração responsável pela coleta de lixo, posto de saúde, etc.
- Administração pública em sentido material: Administração pública sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo. O conceito adota como referência a atividade, não
quem a exerce. Ex.: ensino público, coleta de lixo, serviços de saúde, etc.
	Função administrativa: É aquela exercida pelo Estado ou por seus delegados, subjacentemente à ordem jurídica constitucional e legal, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica.
1) Do princípio da supremacia do interesse público decorre a posição jurídica preponderância do interesse da administração pública? Sim, já que o Estado representa a coletividade, na verticalidade.
2) Como o princípio da supremacia do interesse público se reflete na necessidade de concurso público para ocupação de cargos públicos?
Aula 29/08
O denominado “regime jurídico-administrativo” é um regime de direito público, aplicável aos órgãos e entidades que compõem a administração pública e à atuação dos agentes administrativos em geral.
Baseia-se na ideia de existência de poderes especiais passíveis de serem exercidos pela administração pública, contrabalançados pela imposição de restrições especiais à atuação dessa mesma administração, não existentes nas relações típicas do direito privado.
Essas prerrogativas e limitações traduzem-se, respectivamente, nos princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse público.
O princípio da supremacia do interesse público fundamenta a existência das prerrogativas ou dos poderes especiais da administração pública dos quais decorre a denominada verticalidade nas relações administração-particular.
	Não há previsão legal, é um princípio implícito. 
Toda atuação administrativa em que exista imperatividade, em que sejam impostas, unilateralmente, obrigações para o administrado, ou que seja restringido ou condicionado o exercício de atividades ou de direitos dos particulares e respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público.
Frise-se que não é administração pública que determina a finalidade de sua própria atuação, mas sim a Constituição e as leis.
A administração atua estritamente subordinada à lei, como simples gestora da coisa pública, e possui poderes especiais unicamente como meios, como instrumentos para atingir os objetivos que juridicamente é obrigada a perseguir.
A noção central do princípio é: havendo conflito entre o interesse público e os interesses de particulares, aquele deve prevalecer.
O segundo princípio, o da indisponibilidade do interesse público, faz contraponto ao primeiro. Ao mesmo tempo em que tem poderes especiais, exorbitante do direito comum, a administração sofre restrições em sua atuação que não existem para os particulares.
Essas limitações decorrem do fato de que a administração não é proprietária da coisa pública, não é proprietária do patrimônio público, não é titular do interesse público, mas sim o povo.
A administração somente pode atuar quando houver lei que autorize ou determine sua atuação, e nos limites estipulados por essa lei.
Desse modo, são decorrências típicas do princípio da indisponibilidade do interesse público a necessidade de realizar concurso público para admissão de pessoal permanente, a necessidade, em regra, de realizar licitação prévia para celebração de contratos administrativos, a exigência de motivação dos atos administrativos (também em regra geral), as restrições à alienação de bens públicos etc.
Em suma, ao tratarem do regime jurídico-administrativo, nossos mais importantes autoresacentuam a existência, de um lado, de prerrogativas especiais da administração, de poderes não existentes no direito privado, e de outro, de restrições ou limitações na atuação administrativa que não se verificam entre os particulares.
Princípios do direito administrativo explícitos e implícitos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE) e, também, os seguintes: EXPLÍCITOS
- Função diretiva: Criam para a Administração o dever de adotar comportamentos aptos a produzirem determinados resultado. 
- Função limitadora: Servem como diretrizes para a verificação da validade das condutas administrativas 
 LEGALIDADE: Princípio basilar do regime jurídico- administrativo. Especificidade do Estado de Direito. Princípio da legalidade e autonomia da vontade. Sua não observância acarreta a nulidade do ato. 
Aula 05/09
A Administração Pública no desempenho de suas atividades, tem o dever de respeitar as normas do ordenamento. Então, a Administração depende de lei para:
	conceder direitos;
	criar obrigações; ou
	impor vedações/proibições aos administrados.
O princípio da reserva legal ocorre quando uma norma constitucional atribui determinada matéria exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, na interpretação firmada na praxe), subtraindo-a, com isso, à disciplina de outras fontes, àquelas subordinadas. (CRISAFULLI, Vezio apud SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 22. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. p. 421.
	Habeas corpus, Habeas Data, Mandado de Segurança, Ação Popular.
	Restrições excepcionais: Medidas Provisórias (art. 62 CF); Estado de defesa (art. 136 CF); Estado de sítio (arts. 137 a 139 CF).
SÚMULA 14: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.
SÚMULA 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
SÚMULA 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
SÚMULA 686: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
 IMPESSOALIDADE: O princípio da impessoalidade tem desdobramento em dois prismas: O primeiro com relação a igualdade de atuação em face dos administrados, por meio da qual busca-se a satisfação do interesse público; O segundo com referência a própria Administração, de modo que os atos não são atribuídos aos seus agentes, mas ao órgão responsável, não cabendo àqueles promoção pessoal mediante publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. Exemplo: concurso público para cargos. 
As realizações governamentais são do órgão ou entidade que a realiza (manifestação da vontade estatal), e não do funcionário ou autoridade.
A publicidade dos atos institucionais deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, sendo vedada a menção a nomes, símbolos, imagens ou slogans, que caracterizem promoção pessoal do agente político ou de servidor público.
 MORALIDADE: Tanto as relações entre a Administração Pública e os administrados quanto nas relações internas da própria Administração devem ser observados preceitos éticos capazes de conduzir a ações pautadas pela boa-fé, probidade, lealdade, transparência e honestidade. Íntima ligação com o princípio da legalidade. 
Exemplos de atos que violam a moralidade administrativa:
	Conluio entre licitantes;
	Realização de despesas que não tenham finalidade pública;
	Nomeação de parentes para cargos de confiança.
- Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992)
- Enriquecimento ilícito: Art. 9° - Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: (...)
- Prejuízo ao erário: Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
- Atentatórios contra os princípios da Administração Pública: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade.
Nepotismo - Súmula Vinculante nº 13 STF - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
 PUBLICIDADE: Dois sentidos: Dever administrativo de manter plena transparência; Condição de eficácia de determinados atos. O princípio exige a ampla divulgação dos atos (administrativos e de gestão) praticados pela Administração Pública; Possibilita o conhecimento e fiscalização. 
Restrições ao acesso à informação:
	Informações imprescindíveis para a segurança da sociedade ou do Estado (passíveis de classificação) (art. 23);
	Informações pessoais (art. 31).
	Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo (art. 7º, § 2º).
 EFICIÊNCIA: Princípio introduzido na CF pela Emenda Constitucional nº 19/98, no contexto das reformas liberais, com diminuição do tamanho do Estado (privatizações), abertura comercial e ajuste fiscal. Transição de um modelo de Estado Burocrático para um Estado Gerencial. Privatização; terceirização; novos modelos de contratação (contratos de gestão, parcerias público-privadas). 
	A eficiência é, em realidade, um dos deveres da Administração Pública.
	Direito fundamental à boa administração (Juarez Freitas).
	Pode ser considerado em relação:
- ao modo de atuação do agente público (melhor desempenho possível de suas atribuições);
- ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública (busca dos melhores resultados na prestação de serviço público).
Princípios Implícitos:
	Supremacia do Interesse Público:
Os interesses públicos têm supremacia sobre os individuais. 
Trata-se de axioma reconhecível no moderno direito público (não só no Direito Administrativo).
Proclama a superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular.
Princípio constitucional implícito que deve inspirar o legislador e que vincula a autoridade administrativo em toda a sua atuação. De grande importância para a interpretação das normas de direito público.
Aplicabilidade:
- prazos processuais maiores;
- indisponibilidade do interesse público;
- presunção de validade dos atos;
- intervenções na propriedade.
O princípio implícito da supremacia do interesse público vem sendo matizado. Entende-se que à Administração cabe ponderar os interesses presentes em determinada circunstância, para que não ocorra o sacrifício a prioridade nenhum interesse em particular.
	Indisponibilidade do Interesse Público: 
Princípio segundo o qual à Administração é vedado deixar de tomar providências ou retardar providências relevantes ao atendimento do interessepúblico, em decorrência de qualquer outro motivo.
Ex.: - apuração de responsabilidade quanto à irregularidade que a autoridade tiver ciência; - cobrança de débitos pela autoridade fazendária.
	Presunção de Legalidade e Veracidade:
Os atos administrativos são editados com o pressuposto de que estão conforme às normas legais e de que seu conteúdo é verdadeiro (certeza dos fatos).
Porém, esse pressuposto não é absoluto, cabendo aos interessados invocar e provar a ilegalidade e a inveracidade.
Art. 19, inc. II CF: Art. 19 É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(…) II – recusar fé aos documentos públicos; (...)
	Princípio da Motivação: 
Exigência para que a administração indique os fundamentos de fato e de direito das suas decisões.
Motivação é obrigatória em qualquer tipo de ato administrativo, tratando-se de formalidade necessária para permitir o controle de legalidade dos atos administrativos.
Em regra, não exige forma específica.
Pode constar de pareceres, relatórios, laudos etc, elaborados por órgãos diversos. Neste caso, constituem a motivação do ato, dele fazendo parte.
Arts. 93, inc. X, e 129, § 4º CF. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: (...) X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (...)
Lei nº 9.784/99. Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...) VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; (...)
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: (...)
	Princípio da Finalidade:
A Administração Pública não possui autonomia da vontade, apenas deve executar os fins instituídos pelas normas jurídicas dando-lhes ótima aplicação concreta.
A finalidade de toda atuação da Administração é o interesse público, que deve ser demonstrado. Quando um ato se afasta desta finalidade, ocorre o desvio de finalidade ou desvio de poder. O ato é nulo.
Ex.: - Desapropriação de bem para se vingar de inimigo político; - Doação de terreno a empresa privada; - Aumento de taxas meramente arrecadatório.
	Princípio da Proporcionalidade:
O princípio da proporcionalidade “consiste, principalmente, no dever de não serem impostas, aos indivíduos em geral, obrigações, restrições ou sanções em medida superior àquela estritamente necessária ao atendimento do interesse público, segundo critério de razoável adequação dos meios aos fins (MEDAUAR, Direito Administrativo Moderno..., p. 147).
Determina que um meio deva ser adequado, necessário – isto é, entre todos os meios adequados, aquele menos restritivo – e mantenha relação com os fins instituídos pela norma.
	Outros Princípios
	Princípio da continuidade.
	Princípio da autoexecutoriedade.
	Princípio da autotutela administrativa.
	Princípio da segurança jurídica.
AULA 19/09
	O regime jurídico-administrativo tem fundamento em dois postulados básicos ( e implícitos), a saber, o princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
	Do primeiro decorre os chamados poderes administrativos. Do segundo os deveres administrativos.
	Os poderes administrativos representam instrumentos que, utilizados isolada ou conjuntamente, permitem à administração cumprir suas finalidades.
	José dos Santos Carvalho Filho conceitua poderes administrativos como “o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins”. 
Poderes:
	Poder Vinculado:
O denominado poder vinculado é aquele de que dispõe a administração para a prática de atos administrativo em que é mínima ou inexistente a sua liberdade de atuação, ou seja, é o poder de que ela se utiliza quando pratica atos vinculados.
Em relação aos atos vinculados, não cabe à administração tecer considerações de oportunidade e conveniência, nem escolher seu conteúdo.
O poder vinculado apenas possibilita à administração executar o ato vinculado nas estritas hipóteses legais, observando o conteúdo rigidamente estabelecido.
	Poder Discricionário:
Poder discricionário é aquele em que o agente administrativo dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo, e, sendo o caso, escolher dentro dos limites legais, o seu conteúdo (objeto).
Trata-se, efetivamente, de um poder conferido pela lei à administração pública: diante de um caso concreto, a administração, nos termos e limites legalmente fixados, decidirá, segundo seus critérios de oportunidade e conveniência administrativas (mérito administrativo), a conduta, dentre as previstas na lei, mais condizente com a satisfação do interesse público.
Em suma, poder discricionário ocorre quando a norma jurídica faculta ao agente público escolher uma entre várias condutas possíveis.
Mérito administrativo: margem de apreciação da conveniência e oportunidade de soluções legalmente possíveis.
A autoridade, ao exercer o poder discricionário, deve atender ao interesse público referente à competência que lhe foi conferida, e, por isso, a escolha que realiza é finalística (MEDAUAR, Direito Administrativo Moderno..., p. 127).
Discricionariedade vs. Arbítrio: “O poder discricionário, caracterizado essencialmente como
escolha de uma entre várias soluções, é conferido por normas legais e deve atender a parâmetros no seu exercício” (MEDAUAR, Direito Administrativo Moderno..., p. 125).
Por esta razão, não deve ser confundido com arbítrio, abusividade. Não se deve cogitar o exercício do poder discricionário fora do direito.
“Na contraposição poder vinculado – poder discricionário, o primeiro corresponderia às matérias de reserva legal absoluta e o segundo, a matérias de reserva legal relativa” (MEDAUAR, Direito Administrativo Moderno..., p. 127). 
O poder discricionário implica liberdade atuação administrativa sempre dentro dos limites expressamente estabelecidos na lei, ou dela decorrentes.
Razoabilidade e proporcionalidade.
A atuação fora dos referidos limites é ilegal ou ilegítima - e não meramente inoportuna e inconveniente - implicando, portanto, a anulação do ato, pela própria administração que o praticou ou, desde que provocado, pelo Poder Judiciário. 
	Pode escolher dentre as opções – oportunidade e conveniência.
	Poder Hierárquico:
Hierarquia caracteriza-se pela existência de níveis de subordinação entre órgão e agentes públicos sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
É o poder conferido ao administrador a fim de distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de hierarquia, de subordinação.
Consoante preleção de José dos Santos Carvalho Filho , hierarquia “é o escalonamento em plano vertical dos órgãos e agentes da Administração que tem como objetivo a organização da função administrativa”, o que não poderia ser de outro modo.
	Poder Disciplinar:
É o poder conferido à Administração Pública lhe permite punir e apenar a prática de infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da Administração, como é o caso daqueles que com ela contratam, que estão na sua intimidade.
Decorre do Poder Hierárquico. Para a doutrina tradicional, como Hely Lopes Meirelles, trata-se de um poder discricionário, mas para a maioria da doutrina e a jurisprudência entende que a Administração não tem liberdade de escolha entre punir ou não. Uma vez tendo conhecimento da infração, tem a obrigação de instaurar o processoadministrativo disciplinar.
	Poder Regulamentar: 
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regulamentar” exclusivamente para designar as competências do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos.
Os atos administrativos normativos contêm determinações gerais e abstratas.
O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de decretos e regulamentos destinados a dar fiel execução às leis.
São os chamados decretos de execução ou decretos regulamentares.
Regulamento é ato administrativo geral e normativo, expedido privativamente pelo Chefe do Executivo através de decreto, como fim de explicar o modo e a forma de execução da lei (regulamento de execução) ou prover situações não disciplinadas em lei (regulamento autônomo ou independente).
Após a EC 32/2001, tornou-se possível a edição de decretos autônomos pelo Presidente da República, nos termos do art. 84, VI, CF/88. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: ............................................................ IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; ........................................................... VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Normativo  regulamentar 
	Uso e abuso de poder:
O exercício de poderes administrativos deve ser única e exclusivamente na estrita medida em que sejam necessários ao alcance dos bens públicos.
O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo ordenamento jurídico à administração pública caracteriza, genericamente, o denominado abuso de poder.
Toda atuação com abuso de poder é ilegal.
Todo ato abusivo é nulo, porque ilícito.
O abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições (EXCESSO DE PODER) ou se desvia das finalidades administrativas (DESVIO DE PODER OU DE FINALIDADE).
Considera-se abuso, ainda, a omissão da autoridade em executar atividade a que está obrigada. 
AULA 10/10 – Pessoas jurídicas na Administração Pública (organização)
A organização administrativa resulta de um conjunto de normas jurídicas que regem a competência, as relações hierárquicas, a situação jurídica, as formas de atuação e o controle dos órgãos e pessoas. 
Entidades políticas, pessoas políticas, ou entes federados são os integrantes da Federação brasileira, caracterizados por possuírem autonomia política. Simplificadamente, pode-se dizer que a autonomia política é traduzida pela capacidade de auto-organização (elaboração das próprias Constituições ou Leis Orgânicas) e, sobretudo, pela possibilidade de legislar, mais precisamente, de editar lei com fundamento em competências próprias, diretamente atribuídas pela Constituição da República.
As entidades políticas são as pessoas jurídicas de direito público interno, dotadas de diversas competências de natureza política, legislativa e administrativa, todas elas, é mister repetir, conferidas diretamente pela Constituição Federal.
Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a administração formal brasileira, sem dispor de autonomia política. Mais especificamente, entidades administrativas são as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta, a saber, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Essas pessoas jurídicas meramente administrativas não detêm competência legislativas.
Deve-se frisar este ponto: a fundamental distinção entres pessoas políticas e pessoas administrativas reside no fato de aquelas legislarem, possuírem competência para editar leis, ao passo que estas em nenhuma hipótese legislam, limitando-se a exercer competências de execução das leis editadas pelas pessoas políticas.
Com efeito, as entidades administrativas são criadas pelas pessoas políticas, quando estas entendem ser conveniente que determinada competência originalmente sua passe a ser exercida descentralizadamente.
Embora as entidades administrativas não tenham autonomia política, possuem autonomia administrativa, capacidade de auto-administração, significa dizer, não são hierarquicamente
subordinadas à pessoa política instituidora e têm capacidade para editar regimentos internos dispondo acerca de sua organização e funcionamento, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão de seus serviços, sempre nos termos e limites estabelecidos na lei que criou ou autorizou a criação da entidade administrativa.
	Autonomia política: Entidade políticas, pessoas políticas ou entes federados (são os integrantes da federação brasileira).
AULA 17/10
	Desconcentração: Distribuição de competências de um centro para a periferia ou de escalões superiores para escalões inferiores, dentro de uma mesma entidade ou pessoa jurídica.
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou entidade da administração indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Vale repetir, desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica.
Como resultado da desconcentração temos o surgimento dos denominados órgãos públicos.
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas temos controle hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução conflitos de competência, delegação e avocação.
Órgãos – públicos ou administrativos – são unidades de atuação, integrantes de uma pessoa jurídica, formados por um conjunto de pessoas e meios materiais ordenados para a realização de uma competência.
Competência – atribuição legal conferida a um órgão ou autoridade pública para a realização de determinada atividade.
	Descentralização: Diferentemente da descentralização, que envolve sempre mais de uma pessoa, a desconcentração ocorre exclusivamente dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. Trata-se, a desconcentração,de mera técnica administrativa de distribuição interna de competências de uma pessoa jurídica.
Transferência de poderes de decisão em determinadas matérias a entidades dotadas de personalidade jurídica própria. Desempenho indireto das atividades públicas pelo Estado-administração.
Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta.
A descentralização será efetivada mediante outorga quando o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço público.
A outorga pressupõe obrigatoriamente a edição de uma lei que institua a entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu prazo é indeterminado.
A descentralização é efetivada mediante delegação quando o Estado transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta.
A descentralização será efetivada mediante outorga quando o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço público.
A outorga pressupõe obrigatoriamente a edição de uma lei que institua a entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu prazo é indeterminado.
A descentralização é efetivada mediante delegaçãoquando o Estado transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
	Centralização: Situação na qual a Administração executa suas tarefas diretamente, ou seja, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem a sua estrutura funcional. Desempenho direto das atividades públicas pelo Estado-administração.
Hierarquia: Há relação de hierarquia entre:
- Órgãos da Administração Direta (Ex.: Gabinete do Ministro – Secretarias do Ministério);
- Órgãos de cada entidade da Administração Indireta (Ex.: Presidente do Banco do Brasil e diferentes departamentos);
Não há relação de hierarquia entre órgãos pertencentes a pessoas jurídicas distintas (Ex.: Gabinete do Ministro da Cultura e Fundação Nacional das Artes).
Poderes decorrentes do Poder Hierárquico: - Dar ordens; - Controle; - Rever atos dos subordinados; - Decidir conflitos de competência entre subordinados; - Coordenação.
Delegação de Competência: Órgão ou autoridade superior (delegante) transfere (por meio do ato de delegação) parcela de seus poderes ou atribuições para outro órgão ou autoridade subordinado (delegado).
O ato de delegação deve especificar as matérias transferidas, a duração e os objetivos da
delegação.
A Delegação de competência é justificada em virtude da necessidade de se conferir agilidade e rapidez na tomada de decisões e/ou para liberar a autoridade superior de tarefas rotineiras e repetitivas.
Avocação: Órgão ou autoridade superior (avocante) chama para si (por meio do ato de avocação) poderes ou atribuições que normalmente caberiam ao órgão ou autoridade subordinado (avocado).
Tutela: “Poder que assiste à Administração Central de influir sobre elas com o propósito de conformá-las ao cumprimento dos objetivos públicos em vista dos quais foram criadas, harmonizando-as com a atuação administrativa geral do Estado”. Poderes decorrentes da Tutela: - Assegurar o cumprimentos dos objetivos legais; - Coordenar as atividades da entidade com as políticas e programas do Governo; - Zelar pela eficiência administrativa; - Assegurar a autonomia administrativa, operacional e financeira.
	Controle hierárquico
	Tutela administrativa
	Forma-se entre órgãos situados em uma mesma pessoa jurídica.
	Controle exercido pelo órgão central sobre entidades dotadas de personalidade jurídica própria.
	O órgão superior pode rever os atos dos órgão subordinados.
	A entidade descentralizada é dotada de poder próprio de decisão em matérias específicas – daí ser não ser possível ao órgão central avocar competências da entidade descentralizada.
	Incondicionado (não há necessidade de previsão legal).
	Condicionado (não se presume, realizando-se somente nos casos e formas previstos em lei).
Administração direta: Conjunto de órgãos que integram a estrutura de cada um dos entes políticos da federação (União, Estados, DF e municípios), aos quais foi atribuída competência para o exercício das atividades administrativas do Estado (de modo centralizado).
Administração indireta: Conjunto de entidades personalizadas que, vinculadas à administração direta, executam atividades administrativas de interesse público e de modo descentralizado. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. São produtos da descentralização administrativa.
Em decorrência da atividade centralizada, podemos ressaltar alguns aspectos:
	Reserva legal: todas as pessoas integrantes da Administração Indireta (bem como suas subsidiárias), de qualquer dos Poderes e esferas federativas, só podem ser instituídas por lei.
	Princípio da especialidade: Exigência de que seja consignado na lei instituidora da entidade a atividade a ser exercida de forma descentralizada. Não podem ser instituídas entidades com finalidades genéricas.
O vínculo com a Administração Direta é o de tutela (controle administrativo, supervisão ministerial). [que, do ponto de vista jurídico, é distinto do controle hierárquico, embora na prática possam se parecer.]
O poder de tutela visa:
a) Assegurar o cumprimento dos objetivos legais;
b) Coordenar as atividades da entidade com as políticas e programas do Governo;
c) Zelar pela eficiência administrativa;
d) Assegurar a autonomia administrativa, operacional e financeira.
Possuem personalidade jurídica própria (são, portanto, sujeitos de direitos e encargos por si
próprias, realizando atividades e atos do mundo jurídico em seu próprio nome).
São dotadas de patrimônio, pessoal e estrutura administrativa próprios.
Sujeitam-se ao controle parlamentar (art. 49, inc.X, CF) e à fiscalização financeira, contábil, orçamentária e patrimonial exercida pelos Tribunais de Contas (arts. 70 e 71, CF).
São entes da Administração Pública Indireta:
- Autarquias;
- Fundações públicas;
- Empresas públicas;
- Sociedades de economia mista.
AULA 24/10
	Autarquia: “Pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado”.
As autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio próprio e atribuições estatais determinadas.
As autarquias integram a administração indireta, representando uma forma de descentralização administrativa mediante a personificação de um serviço retirado da administração centralizada.
Os poderes de que o Estado dispõe para o desempenho de sua função administrativa, bem como os privilégios e restrições, são também outorgados pelo ordenamento jurídico às autarquias.
As autarquias estão sujeitas a controle da pessoa política que as criou, à qual são vinculadas.
Trata-se do denominado controle finalístico, de tutela, ou supervisão, exercido apenas nos termos e limites expressos em lei, uma vez que não há hierarquia entrea autarquia e o entre federado que a instituiu.
Autarquia comum: é aquela que não apresenta nenhuma peculiaridade, enquadrando-se
exclusivamente no regime jurídico previsto no DL 200/1967.
Autarquia “sob regime especial” é expressão empregada pela doutrina e pelas leis para se referirem a qualquer autarquia cujo regime jurídico apresente alguma peculiaridade, quando comparado ao regime jurídico “geral”. Não existe um regime especial específico, as particularidades variam sobremaneira.
Autarquia fundacional é, simplesmente, uma fundação pública instituída diretamente por lei específica, com personalidade jurídica de direito público. A rigor, a distinção entre “autarquia” e “fundação pública com personalidade de direito público” é meramente conceitual: autarquias constumam ser definidas como um serviço público personificado, em regra, típico de Estado; fundações públicas são, por definição, um patrimônio personalizado destinado a uma finalidade específica, usualmente de interesse social.
Agências Reguladoras: na esfera federal, todas as “agências reguladoras” têm sido criadas como “autarquias sob regime especial” - cujo objeto seja a regulação de determinado setor econômico, incluídos os serviços públicos em sentido estrito. Tais entidades têm atribuições técnicas, que idealmente devem ser exercidas sem interferências políticas por parte do ente
federado a que estejam vinculadas administrativamente.
Agências Executivas: trata-se, simplesmente, de uma qualificação que poderá ser conferida pelo Poder Público às autarquias em geral (e também às fundações públicas) que com ele celebrem o contrato de gestão a que se refere o §8º, do art. 37 da Constituição Federal, e atendam aos demais requisitos fixados pela Lei 9.649/98.
Criação: as autarquias somente podem ser criadas por meio de lei específica, consoante o disposto no art. 37, XIX, da CF/88. Na esfera federal, a lei de criação é de iniciativa privativa do Presidente da República, em face do disposto no art. 61, §1º, II, “e”, da Cartada República.
Natureza Jurídica: a autarquia é uma entidade administrativa, significa dizer, é uma pessoa jurídica, distinta do ente federado que a criou.
A personalidade da autarquia, por ser de direito público, inicia com a vigência da lei qua a institui; não cabe cogitar qualquer espécie de inscrição de atos constitutivos de autarquia nos registros públicos, como se exige para que as pessoas jurídica de direito privado adquiram personalidade.
Patrimônio: o patrimônio inicial da autarquia é formado a partir da transferência de bens, móveis e imóveis, do ente federado que a criou, os quais passam a pertencer à nova entidade. Extinguindo-se a autarquia, todo o seu patrimônio é reincorporado ao ativo da pessoa política a que ela pertencia.
Os bens das autarquias são considerados bens públicos, gozando dos mesmos privilégios atribuídos aos bens públicos em geral, com a imprescritibilidade (não podem ser adquiridos mediante usucapião) e a impenhorabilidade (não podem ser objeto de penhora)
Atividades desenvolvidas: a autarquia deve ser criada para atuar em serviços públicos típicos do Estado, que exijam especialização, com organização própria, administração mais ágil e pessoal especializado.
Atos e contratos: atos administrativos com as mesmas peculiaridades.
Orçamento: idêntico ao da Administração Direta.
Regime de Pessoal: (STF) Regime Jurídico Único
Nomeação e exoneração de dirigentes: Privativa do Presidente da República (Federais)
Relação com o ente estatal instituidor: Controle Finalístico
Controle judicial: os agentes das autarquias podem praticar “atos de autoridade”, passíveis de controle judicial de legalidade mediante mandado de segurança.
Imunidade Tributária: art. 150, §2º, CF/88.
Responsabilidade Civil: as autarquias responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa (CF, art. 37, §6º). Significa que a autarquia terá que indenizar danos que seus agentes, atuando nesta qualidade, causem a terceiros, independentemente de dolo ou culpa do agente.
Características principais:
- Integram a Administração Pública Indireta;
- Criadas por lei;
- Pessoas dotadas de personalidade jurídica própria;
- Submetem-se ao regime de direito público;
- Não possuem finalidade lucrativa;
- Desempenham funções típicas do Estado (nunca de caráter econômico), que requeiram, para sua maior eficiência, gestão administrativa e financeira descentralizada.
	Fundações públicas: Fundação Pública é a entidade da administração indireta instituída pelo poder público mediante a personificação de um patrimônio que, depedendo da forma de criação, adquire personalidade jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito privado, à qual a lei atribui competências administrativas específicas, consubstanciadas, regra geral, em atividades de interesse social.
Cabe às fundações públicas a prestação de serviços públicos em geral, desde que não sejam típicos de Estado ou, de qualquer forma, exijam o exercício de prerrogativas de direito público.
São três os elementos essenciais no conceito de fundação:
• a figura do instituidor , que faz a dotação patrimonial, ou seja, separa um determinado patrimônio para destiná-lo a uma finalidade específica;
• o objeto consistente em atividades de interesse social;
• a ausência de fins lucrativos.
Conclui-se, então, que o intenção do legislador federal foi deixar às fundações públicas a prestação de serviços públicos em geral, desde que não sejam típicos de Estado ou, de qualquer forma, exijam o exercício de prerrogativas de direito público.
A diferença entre uma autarquia e uma fundação pública é meramente conceitual.
Regime jurídico: as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são,
simplesmente, uma “espécie do gênero autarquia”, não há dúvida de que essas entidades são estendidas os mesmos poderes, privilégios e restrições que a ordem jurídica confere às autarquias, anteriormente estudadas.
A situação das fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado, diferentemente, não é bem definida, havendo incontornáveis divergências doutrinárias e muito pouca jurisprudência conclusiva sobre os pontos mais polêmicos.
Não obstante esses percalços, é possível apontar, exemplificativamente, algumas características próprias das “fundações públicas de direito privado”, que as distinguem das “fundações de direito público”:
• só adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos seus atos constitutivos no registro público competente;
• não podem desempenhar atividades que exijam o exercício de poder de império, especialmente a prática de atos auto-executórios em geral e de atos pertinentes ao poder de polícia, com a aplicação de multas e outras sanções aos particulares;
• não tem poder normativo (não podem editar atos gerais e abstratos que obriguem os particulares);
• seus bens não se enquadram com bens públicos.
Características principais:
- Integram a Administração Pública Indireta;
- Criação por lei ou autorizada por lei;
- Pessoas dotadas de personalidade jurídica própria;
- Regime jurídico ???;
- Não possuem finalidade lucrativa;
- Desempenham atividades de assistência social, assistência médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa e atividades culturais.
	Empresas públicas: “São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos”. CORREIOS, CEF. 
	Sociedade de economia mista: “São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos”.
O regime jurídico aplicável às empresas públicas e às sociedades de economia mista difere conforme elas explorem atividade econômica (em sentido estrito) ou se dediquem à prestação de serviço público (em sentido estrito).
A partir das premissas expostas, podemos classificar as diferentes atividades desenvolvidas pela generalidade das pessoas públicas e privadas desta forma:
• atividades não-econômicas: são as atividades em que não há finalidade lucrativa. Subdividem-se em:
• atividades exclusivas de Estado: são aquelas que envolvem exercício do poder de império, traduzindo manifestação da própria soberania. Somente podem ser desempenhadas por pessoas jurídicas de direito público, sem possibilidade de delegação a particulares. São atividades não-econômicas por sua própria natureza, isto é, não há possibilidade de serem exploradas com intuito de lucro.
Características principais:
- Integram a Administração Pública Indireta;
- Criação autorizada por lei;
- Pessoas dotadas de personalidade jurídica própria;
- Submetem-se ao regime de direito privado;
- Desempenham atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, executam a prestação de serviços públicos.
Distinções entre empresas públicas e sociedades de economia mista:
a) Constituição do capital:
- Empresas públicas: capital exclusivamente oriundo de pessoas da Administração Pública, independentemente da esfera federativa e natureza jurídica (pública ou privada).
- Sociedades de economia mista: capital formado por recursos oriundos da Administração Pública e da iniciativa privada.
b) Forma jurídica:
- Empresas públicas: qualquer das formas admitidas em direito (art. 5º, inc. II, Decreto-lei nª 200/1967), desde que compatíveis com as regras de direito público (ex.: não podem ser sociedades em nome coletivo ou sociedade cooperativas).
- Sociedades de economia mista: sociedades anônimas (art. 5º, inc. III, Decreto-lei nª 200/1967).
AULA 07/11
Bases normativas sobre os agentes públicos:
a) Servidorescivis: - Constituição Federal: arts. 37-41.
- Lei nº 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações federais).
- Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais.
- Estatutos dos servidores dos Estados e Municípios.
b) Servidores Militares: Constituição Federal: art. 42.
c) Categorias específicas: “estatutos” e “leis orgânicas” para categorias específicas de servidores.
d) Emprego público: Lei nº 9.962/2000 (disciplina o regime de emprego público no âmbito federal).
Agentes públicos: A expressão agentes públicos abrange todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho com os entes estatais, de qualquer dos poderes, aí incluídos os órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.
CF/88 = servidores públicos
Art. 327 CPP – crimes de funcionários públicos - No Código Penal brasileiro, que possui um capítulo sobre os crimes praticados pelos funcionários públicos contra a Administração, atribui-se sentido mais amplo à expressão “funcionários públicos”.
Normalmente, não são considerados agentes públicos em sentido estrito do ponto de vista do direito administrativo brasileiro: 
	quem trabalha para empresas prestadoras de serviço contratadas ou conveniadas com a Administração Pública direta ou indireta (os “terceirizados”)
	quem presta serviços públicos relevantes de maneira esporádica, como jurados, mesários eleitorais, integrantes de comissões e grupos de trabalho.
Agentes políticos: Os eleitos por sufrágio universal, detentores de mandato – presidente, governador, prefeito, senador, deputado
Auxiliares imediatos dos chefes do executivo, ocupantes de cargos de comissão, de livre nomeação e exoneração – ministros, secretários 
Não são considerados agentes políticos em sentido estrito, do ponto de vista do direito administrativo brasileiro:
	os membros da Magistratura e do Ministério Público, já que não são eleitos.
	os demais ocupantes de cargos de direção, chefia e assessoramento no âmbito de qualquer dos poderes.
Cargos, empregos e funções públicas: Para que uma pessoa física possa atuar de modo contínuo em nome da Administração pública, isto é, para que possa ser um agente público, é indispensável que mantenha um vínculo jurídico de trabalho.
a) cargo público:
- conjunto específico de atribuições e responsabilidades;
- criado por lei;
- em número determinado;
- com nome certo;
- remuneração especificada.
O ato administrativo que atribui a uma pessoa o exercício de cargo público é a nomeação.
Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou em comissão.
b) emprego público:
- função pública exercida com base em um contrato de trabalho;
- regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
O ato administrativo que atribui a uma pessoa o exercício de emprego público é o contrato de trabalho.
c) função pública (em sentido estrito):
- forma excepcional de vínculo;
- pode ser exercida com base em um contrato de trabalho por tempo determinado;
- pode ser exercida com base em uma antiga admissão a título precário;
- às vezes pode exigir vínculo prévio com a Administração, como no caso das funções gratificadas.
Criação: Competência privativa dos chefes de Executivo a iniciativa nas leis que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na Administração direta e na Administração indireta autárquica.
Acesso: São acessíveis aos que preencham os requisitos , na forma da Constituição e da lei, sejam brasileiros ou estrangeiros.
- investidura depende de aprovação prévia em concurso público, salvo nos cargos em comissão.
- entendimento jurisprudencial atual do STF reconhece o direito à nomeação do candidato aprovado em concurso e classificado em posição dentro do número de vagas.
Estabilidade: somente os servidores nomeados para cargos públicos de provimento efetivo podem adquirir estabilidade.
- estabilidade ocorre após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho (estágio probatório).
- não é o concurso público, mas o modo como o cargo é provido (efetivo) e o tipo de vínculo jurídico de trabalho (cargo público) que possibilita a aquisição da estabilidade.
Regimes jurídicos aplicáveis aos servidores públicos:
- Institucional ou estatutário;
- Contratual ou celetista;
- + regimes especiais.
Responsabilidade dos servidores:
- responsabilidade disciplinar;
- responsabilidade civil;
- responsabilidade criminal.
Poder Disciplinar (regime disciplinar).
Poder atribuído às autoridades administrativas com o fim de apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, ou seja, condutas ilegais ou irregulares praticadas no âmbito de órgão administrativo.
- Relação com o poder hierárquico (embora um não se reduza ao outro)
- Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem prévia apuração por meio de procedimento legal, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa.
A apuração da falta disciplinar não prejudica a possibilidade de sanção penal.
A diferença entre as duas atuações possibilita a aplicação, para uma mesma conduta, de sanções administrativas e penais, sem que possa ser invocado o bis in idem.
O regime disciplinar visa a assegurar a responsabilização dos agentes públicos por faltas funcionais, isto é, infrações que resultam de inobservância de deveres vinculados às atribuições do cargo, função ou emprego.
- as infrações devem estar previstas em lei;
- as sanções a serem aplicadas devem estar previstas em lei;
- as atribuições para apurar infrações e aplicar penas previstas em lei;
- observar princípio da razoabilidade/proporcionalidade entre o tipo de conduta e o tipo de pena.
Processo administrativo disciplinar.
Sucessão ordenada de atos destinados a averiguar a realidade de falta cometida por servidor, a ponderar as circunstâncias que nela concorreram e a aplicar as sanções pertinentes.
- comissões permanentes (para toda a Administração ou para cada órgão) ou especiais.
- as comissões são órgãos de instrução, audiência e assessoria, competindo à autoridade aplicar a sanção disciplinar.
- fases: instauração; instrução; defesa; relatório; julgamento.
- sindicância: (a) peça preliminar e informativa do processo administrativo disciplinar, devendo ser instaurada quando os fatos não estiverem definidos ou faltaram elementos indicativos de autoria ou (b) para apurar faltas leves.
Fases: instauração, instrução e relatório.
AULA 14/11 – Ato administrativo – art. 142 CTN
É uma espécie de ato jurídico. Trata-se de um dos modos de expressão das decisões tomadas por órgãos e autoridades da administração pública. Produz efeitos jurídicos, ao reconhecer, modificar, extinguir direitos ou impor restrições e obrigações.
Tipicamente praticado pelos órgãos do poder executivo, podem ser realizados também pelas autoridades dos poderes legislativo e judiciário, que possuem competência para editá-los quando no exercício da função administrativa (função típica)
- ato jurídico
- unilateral
- fundado no interesse público
- expressa decisões
- produz efeitos jurídicos
Características:
- presunção de legalidade e de veracidade
- imperatividade
- autoexecutoriedade
	Competência: Significa que ao agente público foram conferidas pelo direito positivo atribuições que o habilitam a praticar determinados atos. – decorre sempre de lei; pode delegar, desde que não seja de competência exclusiva.
	Forma: Como o ato vai aparecer e como ele será realizado.
	Objeto: Representa o efeito prático pretendido com a edição do ato administrativo ou a modificação por ele trazida ao ordenamento jurídico. 
	Motivo: Os atos administrativos devem ser motivados, isto é, as circunstâncias fáticas e os fundamentos de direito que provocam o ato devem ser explicitados. 
	Finalidade: O ato administrativo sempre deve almejar uma finalidade pública, não pode estar desatrelado dos fins públicos. Finalidade significa, portanto, o resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. 
Critério de classificação dos atos:
	Quanto ao regramento:
- Vinculados: Quando não hápara o agente a liberdade de escolha, devendo se sujeitar as determinações da lei. Ex: licenças, pedidos de aposentadoria 
- Discricionários: Quando, justamente, há liberdade de escolha ao administrador público. MÉRITO ADMINISTRATIVO = Igual conveniência e oportunidade. Ex: autorização de funcionamento
	Quanto a formação do ato:
- Simples: Produzido por um único órgão; Podem ser simples singulares ou simples colegiados (nº de autoridades que tomam a decisão). Ex: despacho administrativo
- Composto: Produzido por um órgão, mas dependente da ratificação de outro órgão para se tornar exequível. Ex: dispensa de licitação
- Complexo: Resultam da soma de vontade de dois ou mais órgãos. Ex: escolha de determinado dirigente por lista tripla 
AULA 28/11 – Processo Administrativo: Lei 9.784/99
Princípios:
	Legalidade
	Finalidade – os atos que serão dispostos aqui não podem afastar o interesse público, o bem comum – não deve causar lesão, prejudicar alguém, etc 
	Motivação – fundamentar as decisões e atos 
	Razoabilidade – adequação aos meios e fins, não pode ser desproporcional
	Proporcionalidade
	Moralidade – de acordo com os princípios e ética
	Ampla defesa – garantido o direito de produzir provas para se defender (princípio fundamental)
	Contraditório - 
	Segurança jurídica – cumprimento da norma
	Interesse público
	Eficiência
Critérios:
	Atuação conforme a lei
	Atendimento – Fins – Interesse geral = Vedada a renúncia (total e parcial) – Poderes e competência
	Divulgação oficial dos atos administrativos
	Adequação entre meios e fins – Vedada (obrigações, sanções e restrições) – Medida superior ao interesse público
	Indicação de pressupostos fáticos e jurídicos
	Formalidades essenciais – observância
	Adoção de formas simples
	Garantias (comunicação, alegações finais, produção de provas e interposição de recursos)
	Impulsão de ofício, do processo administrativo
	Interpretação da norma – atendimento do interesse público
Deveres do administrado:
	Expor os fatos conforme a verdade - lealdade, urbanidade, boa-fé, prestar informações, colaborar para o esclarecimento dos fatos e não agir de modo temerário

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