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POP Urinálise

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POP Urinálise
- Formas de coleta de urina:
· Cistocentese
· Sondagem uretral
· Micção espontânea 
-Volume da amostra: ideal é no mínimo 5 ml de amostra de urina para garantir a qualidade do exame. 
Análise: Manter a amostra refrigerada em temperatura de 2 a 8°C, até sua posterior analise.
Ideal é que a analise ocorra em até 30 minutos após a coleta da amostra, para evitar artefatos pós-colheita e alterações degenerativas. Em temperatura ambiente a estabilidade da amostra é de apenas 1hpra e refrigerada varia de 6 a 12 horas, após este prazo necessário colocar 1 gota de formol 10%. 
A urinálise é composta por três etapas: 
· Exame físico
· Exame químico
· Analise de sedimento
Exame Físico:
 No exame físico são avaliados volume, cor, aspecto e densidade, para realizar esta etapa colocar a amostra em um tubo. 
Volume (ml): quantidade de amostra enviada ao laboratório.
Cor: a cor habitual da urina é amarelo, o que se deve em maior parte ao pigmento urocromo. Esta coloração pode variar em situações como a diluição por uma grande ingestão de líquidos, que torna a urina amarelo-palha. Uma cor mais escura pode ocorrer por privação de líquidos. A cor da urina pode servir como avaliação indireta do grau de hidratação e da capacidade de concentração urinária.
Possíveis colorações de Urina: 
- Amarelo (palha, ouro): Cor normal da urina, que pode variar de acordo com a ingestão de líquidos, variando de amarelo á amarelo palha que é uma urina menos concentrada e amarelo que é urina mais concentrada. 
- Avermelhada/ rosada : pode acontecer na presença de medicamentos, hemácias, hemoglobina, metahemoglobina e mioglobina.
-Castanho : pode ocorrer em casos que o animal esta desidratado ou presença de mioglobina, hemoglobina
- Laranja: 
-Azulado/ esverdeado: esta coloração pode ocorrer devido a ingestão de alimentos, corantes, medicações ou infecção bacteriana, e esverdeada pode ocorrer em casos de alta concentração de bilirrubina na urina
- Ambar
-Xantocrômico: conhecida como cor de coca-cola ocorre em casos da presença de mioglobina.
Aspecto: 
· Límpido (exceto em equinos e coelhos)
· Turvo (discretamente turva ou turva)
A urina de coelhos e equinos apresenta muco e cristais de carbonato de cálcio, normalmente dão uma aparência espessa e turva.
Uma ligeira turvação não é necessariamente patológica, podendo ser decorrente da precipitação de cristais e de sais amorfos não-patológicos.
A turbidez da urina patológica pode ser consequência da presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias, cristais, bactérias e leveduras, muco, lipídeos. 
Densidade
A densidade ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais, bem como o estado de hidratação do corpo. Dependem diretamente da proporção de solutos urinários presentes (cloreto, creatinina, glicose, fosfatos, proteínas, sódio, sulfatos, uréia, ácido úrico) e o volume de água. 
Densidades diminuídas podem ser encontradas na administração excessiva de líquidos por via intravenosa, reabsorção de edemas transudatos, insuficiência renal crônica, quadros de hipotermia, piometra, hiperadrenocorticismo, hipoadrenocorticismo, Síndrome de Fanconi, diabetes mellitus e diabetes insipidus. 
Densidades elevadas podem ser encontradas na desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, proteinúria, uropatias obstrutivas e no uso de algumas substâncias, como contrastes radiológicos e sacarose.
 Alterações na densidade urinária:
- Densidade ≤ 1.007: Hipostenúria - indica capacidade de diluição do filtrado glomerular, e sugere que não há falência renal.
- Densidades entre 1.008 a 1.012: Isostenúria - indica que os rins não alteraram a concentração do filtrado glomerular.
- Densidades entre 1.013 a 1.029 (cão) e 1.013 a 1.034 (gato) - indicam que a urina foi concentrada, mas não é o suficiente para determinar função tubular adequada.
IMPORTANTE: Um paciente com densidade urinária dentro dos valores de referência pode apresentar patologias que causem poliúria/polidipsia ou mesmo doença glomerular, não devendo a densidade urinária ser interpretada isoladamente.
Valores de Referência
	Espécie
	Mínimo
	Máximo
	Bovino
	1020
	1050
	Canino
	1015
	1050
	Caprino
	1015
	1070
	Equino
	1015
	1060
	Felino
	1020
	1040
	Ovino
	1015
	1070
	Suíno
	1010
	1040
Como realizar a densidade?
A densidade da urina é verificada no refratometro, primeiramente deve-se conferir se ele esta calibrado, para isso usa-se agua destilada. Após calibrar colocar uma gota da amostra do refratometro e avaliar a escala da direita, caso a leitura passe da escala, é necessário diluir 1:1 a urina com agua destilada, refazer a leitura e multiplicar o resultado por 2 os últimos dois dígitos.
Exame Químico:
Para realizar esta etapa mergulhar a tira reagente composta por pequenos quadrados absorventes e retirar, secar a parte de tras da fita e realizar a leitura comparando com o gabarito contido na embalagem da fita, os reagentes em contato com a urina mudam de cor(ou não) indicante resultados como negativo, traços, +,++ ou +++.. Nela irá avaliar o ph, avaliar a presença de corpos cetonicos, bilirrubina, sangue oculto, leucócitos, glicose, uroblinogenio, nitrito e proteína. 
Corpos Cetônicos
A acetona que passa para a corrente sanguínea é quase totalmente metabolizada no fígado. Quando é formada em velocidade maior do que o normal, é excretada na urina.
Diabetes Mellitus é a doença que classicamente está associada a cetonúria. O jejum ou a dieta podem determinar o aparecimento de acetona na urina.
Bilirrubina
 A presença de bilirrubina na urina ocorre em casos que tem aumento de bilirrubina conjugada. 
Sua presença pode ocorrer em casos de doenças hepáticas e biliares, lesões parenquimatosas, obstruções intra- e extra- hepáticas, neoplasias hepáticas ou do trato biliar. 
Pode-se ocorrer falso-negativos podem ser induzidos pelo uso de ácido ascórbico e exposição da urina à luz intensa por longo tempo.
Cães machos apresentam baixo limiar renal para bilirrubina e as reações de Traço ou 1+ podem ser consideradas normais em urinas com densidade superior a 1.020.
Urobilinogenio 
O urobilinogênio é um produto de redução formado pela ação de bactérias sobre a bilirrubina conjugada no trato gastrintestinal. A maior parte do urobilinogênio é excretada nas fezes. Pequena parte é reabsorvida através da via êntero-hepática e reexcretrada na bile e na urina. O aumento do urobilinogênio na urina indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática ou porfirinúria.
Sangue Oculto
Este detecta a presença de:
· Hemácias: em casos de sangramento no trato urinário.
· Hemoglobina: proveniente de hemólise intravascular.
· Mioglobina: ocorre em casos de lesão muscular, com a sua liberação pode ser excretada pelos rins.
É necessário diferenciar a origem do sangue oculto, se após a centrifugação da urina o sedimento apresentar um botão de hemácias e o sobrenadante límpido, é hematúria.
Se mesmo após a centrifugação, continuar avermelhado é necessário diferenciar se há presença de mioglobinuria ou hemoglobinúria. Desta forma satura-se a urina com 2, 8 de sulfato de amônio e novamente centrifuga-se a urina(necessário 5ml) , o sulfato de amônio, degrada hemoglobina, se o sobrenadante se encontrar claro é hemoglobinúria, se mantiver a cor avermelhado é mioglobinúria. 
Glicose
A glicose presente na urina reflete os níveis séricos da glicose associados à capacidade de filtração glomerular e de reabsorção tubular.
A glicosúria pode ser causada tanto pelo diabetes mellitus como por outras patologias, como na síndrome de Fanconi e nos quadros de hiperglicemia de outras origens que não a diabética. O limiar renal da glicose é de 180mg/dl no cão e de 280 mg/dl no gato.
Nitrito
A presença de nitrito na urina indica infecção das vias urinárias, causadas por microrganismos que reduzem o nitrato a nitrito. O achado de reação positiva indica a presença de infecção nas vias urinárias, principalmente por bactérias entéricas.
pH
Avalia a capacidade de manutenção renalda concentração de íons hidrogênio no plasma e líquidos extracelulares. Participando do equilíbrio ácido-base, os rins, quando em funcionamento normal, excretam o excesso de íons hidrogênio na urina. Portanto, o pH da urina reflete o pH plasmático e é um indicador da função tubular renal.
 O pH da urina depende da dieta. Os animais herbívoros têm pH alcalino, e os carnívoros e onívoros podem variar de alcalino a ácido, dependendo da quantidade de proteína animal presente na sua dieta. Valores elevados podem ser encontrados na alcalose metabólica ou respiratória, infecção das vias urinárias, especialmente por microrganismos que utilizam uréia (Proteus e Pseudomonas sp.), hipocalemia, e ingestão de bicarbonato.
Valores diminuídos podem ser encontrados em acidose metabólica e respiratória, perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias por Escherichia coli e febre. O uso de anestésicos e de ácido ascórbico pode diminuir o pH urinário.
Proteínas
Em animais normais, uma pequena quantidade de proteína é filtrada pelo glomérulo, mas é reabsorvida por via tubular. 
O aumento da quantidade de proteínas na urina é indicador inicial de patologia renal. Entretanto, não são todas as patologias renais que cursam com proteinúria, a qual não é uma condição exclusiva de doença renal, podendo aparecer em patologias não-renais e em algumas condições fisiológicas.
 O exame de proteína urinária realizado através da tira é apenas um teste de rotina, para melhor avaliação da proteinúria é necessário o exame de PU/CU.
Analise do Sedimento
O exame microscópico do sedimento urinário é um componente importante da Urinálise, achados físicos e químicos anormais demandam uma analise cuidadosa do sedimento. Pode-se encontrar no sedimento urinário, hemácias, leucócitos, bactérias, cilindros, cristais, células escamosas.
Procedimentos necessários para realizar a analise do sedimento:
1. Colocar 5 a 10 mL da amostra de urina em tubo cônico. 
2. Centrifugar por 5 a 10 min (1000 a 1500 rpm). 
3. Desprezar o sobrenadante, deixando apenas 0,5 mL a 1 mL no tubo. 
4. Ressuspender o sedimento. 
5. Depositar duas gotas do sedimento em uma lâmina (separadamente). 
6. Colocar, em seguida, uma lamínula sobre a primeira gota para observação do sedimento a fresco não-corado. 
7. Depositar uma gota da urinária sobre a outra gota do sedimento, cobrir com lamínula para observação do sedimento urinário. 
8- A observação do sedimento é realizada ao microscópio, com baixa intensidade de luz, utilizando primeiramente um menor aumento (100x) e depois a um maior aumento (400x).
Células Escamosas
É comum o achado de algumas células epiteliais escamosas são grandes, bordos angulosos e irregulares, núcleos pequenos. Originam do epitélio vaginal, mucosa prepucial e uretra distal. A maioria não tem significado clínico, representando uma descamação de células velhas do revestimento epitelial do trato urinário. O achado de células com atípicas nucleares ou morfológicas pode indicar a presença de processos neoplasicos necessitando de investigação específica
	8. 
Células epiteliais de transição: são menores que as epiteliais escamosas. Tem a forma oval, de fuso, de raquete ou de pêra e núcleo central. Originam-se da uretra proximal, bexiga, ureteres, bacinetes e pelve renal. Podem apresentar agrupadas em amostras colhidas através de cateterismo. 
Hemácias
Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. A presença de hematúria indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias. O exercício extenuante pode levar a hematúria discreta.
A forma da apresentação das hemácias, segundo alguns autores, pode indicar sua origem, servindo como um diagnóstico diferencial de hematúrias de origens glomerular e não-glomerular. Quando se apresentam em sua forma esférica habitual (isomorfas), seriam de origem mais distal no trato urinário; quando crenadas (dimórficas), teriam origem glomerular.
Leucócitos
Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. Normalmente neutrófilos. Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário.
Bactérias 
As bactérias podem estar presente na urina mas em quantidade discreta, e deve ser interpretado de acordo com o método de colheita utilizado. A urina é estéril ate atingir o polo distal da bexiga. Em casos de exposição prolongada da amostra pode ocorrer uma falsa bacteriúria. 
Uma grande quantidade de 
Leveduras e Fungos
Em geral, a presença de leveduras e fungos no sedimento urinário indicam contaminação. Micose sistêmica pode resultar em elementos fungicos na urina. Uma amostra obtida por cistocentese deve ser utilizada para a confirmação do achado. Um resultado positivo deve estar associadoikl à manifestação clínica como por exemplo espondilite, corticóides ou diabetes.
Cilíndricos
 São constituídos primariamente de mucoproteína e proteína que aderem -se ou não a outras estruturas; normal quando ausentes. Representam moldes dos túbulos onde são formados, como nos ductos coletores, túbulos contorcidos e alça de Henle. 
A formação dos cilindros dá-se na porção renal tubular, onde a urina atinge concentração máxima e acidez, o que favorece a precipitação de proteínas e muco proteínas. Qualquer lesão tubular presente no momento da formação dos cilindros pode refletir na composição dos mesmos. Deste modo os cilindros são classificados conforme o material que contém. 
Nas doenças renais, se apresentam em grandes quantidades e em diferentes formas, de acordo com o local da sua formação.
IMPORTANTE: os cilindros não se formam em baixa densidade ou em pH alcalino.
Hialino: Composto de mucoproteínas e proteínas. Geralmente associados à proteinúria, processos transitórios como febre, congestão, estresse e exercício intenso, doença renal.
Hemáticocomposto de muco e hemácias. Normalmente aparecem em pequeno número, de 1 a 5 por campo. Podem aparecer na urina macroscopicamente, quando o processo atingiu grandes proporções ou gravidade, como em: Hemorragia glomerular e tubular, glomerulonefrite aguda, nefropatia crônica em fase evolutiva.
Leucocitário: Constituído de muco e leucócitos. São chamados de leucócitos os glóbulos brancos que conservam a morfologia intacta, identificável, visualizando o núcleo com as segmentações características. Considera-se normal observar- se de 3 a 5 leucócitos por campo examinado, o aumento do número de leucócitos indica um processo inflamatório dentro do trato genito-urinário em condições como: Associados à inflamação renal, Pielonefrites e abscessos renais.
Granuloso: constituído de muco e outras estruturas. A presença deste indica doença renal glomerular, necrose de células tubulares.
Céreo: Cilindros angulares. Devido á grande permanência tubular, fase final da degeneração tubular, lesão tubular crônica
Cristais
São produtos finais da alimentação do animal e dependem para sua formação do pH urinário. A grande quantidade pode indicar urolitíase, embora possa haver cálculos sem cristalúria e vice-versa. . A cristalúria ocorre quando a urina está saturada de substâncias cristalogênicas, podendo o tipo e o número de cristais presentes na amostra ser influenciado por:
- Fatores in vivo: concentração e solubilidade de substâncias cristalogênicas na amostra, pH urinário, excreção de substâncias diagnósticas (ex. contraste radiológico) ou terapêuticas (ex. antibióticos).
- Fatores in vitro: tempo de armazenamento da amostra, temperatura (a solubilidade diminui com a temperatura), evaporação (aumenta a concentração de soluto), pH urinário, crescimento bacteriano (pode alterar o pH urinário). Desta forma, podemos concluir que a presença de cristais em determinada amostra pode se tratar apenas de um artefato.
Cristais encontrados com pH alcalino
Estruvita, Fosfato de Amônio Magnesiano : São os cristais mais comumente encontrados na urina de cães e gatos, podem surgir em animais clinicamente saudáveis. Muitasvezes não tem significado clínico. Ocorrem em qualquer pH, mas sua formação é favorecida em urina neutra à alcalina. Infecções do trato urinário por bactérias produtoras de urease predispõem à cristalúria/urolitíase ao aumentar o pH urinário e a concentração de amônia livre na amostra.
Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica, cistite crônica, hipertrofia de próstata e retenção vesical. 
Fosfato amorfo: Os sais de fosfato com frequência estão presentes na urina de forma cristalina, como substâncias amorfas, isto é, sem forma defina. Não têm significado clínico.
Carbonato de cálcio: Não têm significado clínico e são normais em urina de equinos, coelhos, caprinos, não ocorre normalmente em cães e gatos.
Cristais encontrados em pH Ácido:
Urato amorfo: Numerosos na urina fortemente ácida. Como o ácido úrico só se apresenta como componentes normais nos carnívoros. Aparecem como sais de urato (sódio, potássio, magnésio e cálcio). 
Oxalato de cálcio: Se grande quantidade de cristais de oxalato de cálcio estiver presente em urina recém emitida, deve-se suspeitar de processo patológico como intoxicação pelo etileno glicol, diabetes mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônicas graves. A ingestão de grande quantidade de vitamina C pode promover o aparecimento desses cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado da degradação do ácido ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa precipitação pode dar lugar também a uma diminuição no nível de cálcio sério.
Oxalato de Cálcio Dihidratado: sendo comum em urina de eqüinos e bovinos. Sua ocorrência é menor em cães e gatos, espécies nas quais pode haver cálculos de oxalato de cálcio. Em determinadas situações, os urólitos podem formar-se secundariamente ao aumento da excreção urinária de cálcio.
Cistitina(raro): A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na cistinose, cistinúria congênita, insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas.
Colesterol: Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros nefróticos, como também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato urinário. Situações de neoplasias.
Bilirubina: é comumente observado em urinas concentradas de cães saudáveis, sendo menos comum em outras espécies, nas quais se deve investigar processo colestático (doença hepática).

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