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Desenho Arquitetônico – Pág. 1 / 113. INFORMÁTICA DESENHO TÉCNICO-1ª SÉRIE Desenho Arquitetônico – Pág. 1 / 113. DESENHO TÉCNICO 1 . ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GEOMETRIA PONTO O ponto é o elemento básico da Geometria. Representamos um ponto pela interseção de dois traços ou por uma pequena marca no papel. Os pontos são identificados por letras maiúsculas do nosso alfabeto. LINHA Uma linha é um conjunto de infinitos pontos. Representamos a ideia de linha por figuras como estas: As linhas são identificadas por letras minúsculas do nosso alfabeto. PLANO Um plano é um conjunto de infinitos pontos e de infinitas linhas. Representamos a ideia de plano por meio de figuras como estas: Os planos são identificados por letras minúsculas do alfabeto grego, tais como α(alfa), β(beta), ϒ(gama)... 2 . RETA Uma reta é infinita e possui infinitos pontos. Por um ponto passam infinitas retas. Por dois pontos distintos passa uma única reta. 2.2 – POSIÇÕES ABSOLUTAS DA RETA HORIZONTAL VERTICAL Desenho Arquitetônico – Pág. 2 / 113. INCLINADA 2.3 – POSIÇÕES RELATIVAS DAS RETAS PARALELAS – São retas coplanares que não têm ponto em comum. O símbolo // indica paralelismo, logo d//b. PERPENDICULARES – São retas concorrente que tem um único ponto em comum, formando entre eles ângulos perpendiculares (90º). O símbolo indica perpendicular, logo a b. CONCORRENTES OBLIQUAS – são retas que se cruzam, tendo um único ponto em comum. O símbolo indica concorrência , logo g f. COINCIDENTES – são retas que tem todos os pontos em comum. 2.4 – SUBCONJUNTOS DA RETA SEMIRRETA – É uma reta que possui um ponto de origem e é infinita em uma direção. Uma semirreta deve ser identificada pelo ponto de origem e por outro de seus pontos. 2.5 – SEGMENTO DE RETA É parte de uma reta limitada por dois de seus pontos. Um segmento de reta é identificado por suas extremidades. SEGMENTOS COLINEARES E NÃO- COLINEARES Desenho Arquitetônico – Pág. 3 / 113. São aqueles que estão contidos em uma mesma reta. PB e CB são colineares, pois estão contidos na mesma reta a. PB e PT são chamados de não-colineares, pois não estão contidos na mesma reta. SEGMENTOS CONSECUTIVOS E NÃO- CONSECUTIVOS São aqueles que possuem uma extremidade comum. TM e MP são consecutivos, pois possuem o ponto M em comum. RS e AB são não-consecutivos, pois não possuem nenhum ponto em comum. 2.6 – MEDIATRIZ É uma reta que perpendicularmente pelo ponto médio de um segmento dado. Assim, todo ponto de uma mediatriz é equidistante dos extremos do segmento dado. ATIVIDADES 1- Nomeie todas as retas da figura e responda às questões. a) Quantas retas existem? ______________ b) Quais são elas?_____________________ 2- Complete com base na figura dada. T M P R S B A Desenho Arquitetônico – Pág. 4 / 113. Reta a = AF Reta b = ______ Reta _____ = ______ Reta d = ______ou ______ ou ______ Reta _____ = AB ou BC ou _______ 3- Classifique cada frase como certa ou errada. a) Todas as retas podem ser prolongadas até o infinito. ______________ b) Pontos não-colineares são aqueles que não pertencem a duas retas ao mesmo tempo. ______________ c) Todas as retas possuem infinitos pontos.______________ d) Pontos distintos são os que pertencem a uma mesma reta. _______________ e) Dois pontos são chamados distintos porque estão em lugares diferentes. _______________ f) Pontos colineares são os que pertencem a uma mesma reta. ______________ 4- Dada a figura abaixo,responda: a) Quantas são as semirretas com origem em O? ____________________________________ b) Quais são as semirretas com origem em O? 5- Dados os pontos R, M, T e Y, trace todos os segmentos de reta com extremidade nesses pontos e depois identifique-os. R M Y T ____________________________________ 6- Assinale as características verdadeiras: Segmento de reta Semirreta Reta Tem começo e não tem fim. Não tem começo nem fim. Tem começo e fim Tem duas extremidades É determinado(a) a partir de dois pontos distinto. É impossível medir. Desenho Arquitetônico – Pág. 5 / 113. É possível medir. Prolonga-se em um só sentido. Não se pode prolongar. Prolonga-se nos dois sentidos. 3 – ÂNGULOS É uma região do plano limitada por duas semirretas distintas de mesma origem. O ângulo acima pode ser identificado por varias formas: VÂB ou  A - vértice VB e VA – lados (semirretas) ÂNGULOS CONGRUENTES São ângulos que possuem a mesma medida. BISSETRIZ DE UM ÂNGULO É a semirreta de origem no vértice do ângulo e que divide em dois ângulos congruentes. MV é bissetriz dos ângulo RVS 3.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS RETO - Âgulo reto mede 90º BÂC = 90º AGUDO – Todo ângulo menor que um ângulo reto (90º). BÊD = 30º OBTUSO – Todo ângulo maior que um ângulo reto (90º) e menor que 180º. Desenho Arquitetônico – Pág. 6 / 113. DÂC = 120º RASO - Medida igual a 180º. ATIVIDADES 1- Sem medir, classifique os ângulos. a) b) c) d) e) Desenho Arquitetônico – Pág. 7 / 113. f) 2- Complete com base na figura: a) Os ângulos agudos têm medidas indicadas pelas letras _______________________. b) Os ângulos obtusos têm medidas indicadas pelas letras __________________. c) A letra c indica o único _______________________ da figura. 3- Classifique os ângulos de acordo com as medidas dadas: a) 29º________________ b) 125º _______________ c) 90º________________ d) 179º ______________ e) 89º________________ 4 – POLíGONOS Polígono é o conjunto de linha poligonal fechada simples. 4.1 – ELEMENTOS DE UM POLÍGONO Vértice = A, B, C, D e E. Lado = AB, BC, CD, DE, EA. Desenho Arquitetônico – Pág. 8 / 113. Ângulo interno = ABC, BCD, CDE, DEA e EAB. Diagonal = AD, AC, BE, BD e EC 4.2 – POLIGONO REGULAR Possui todos os lados e todos os ângulos com mesma medida, ou seja, são congruentes. CLASSIFICAÇÃO DOS POLIGONOS NOME Nº DE LADOS Triângulo 3 Quadrilátero 4 Pentágono 5 Hexágono 6 Heptágono 7 Octógono 8 Eneágono 9 Decágono 10 Undecágono 11 Dodecágono 12 Tridecágono 13 Pentadecágono 15 Icoságono 20 5 – TRIÂNGULOS Figura geométrica plana,onde a soma de seus ângulos é 180º. Polígono de três lados. Todo triângulo possui três lados: AB, BC e CA, três vértices: A, B e C e três ângulos: ABC, BCA e CAB. 5.1- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS MEDIDAS DOS LADOS. EQUILÁTERO – tem todos os lados com mesma medida, congruentes. ISÓSCELES – tem dois lados com mesma medida, congruentes. ESCALENO - todos os lados com medidas diferentes. Desenho Arquitetônico – Pág. 9 / 113. 5.2 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ÂNGULOS. ACUTÂNGULO – todos os ângulos são agudos, menores que 90º. RETÂNGULO – possui um ângulo reto, exatamente 90º. OBTUSÂNGULO– possui um ângulos obtuso, maior que 90º e menor que 180º. CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DE UM TRIÂNGULO A soma dos dois menores lados deve ser maior que o maior lado. Ex.: A = 2,5cm ; B = 4,5cm e C = 5,0cm 2,5 + 4,5 > 5,0 7,0 > 5,0 (Verdadeiro) D = 2,0cm ; E = 2,5cm e F = 6,0cm 2,0 + 2,5 > 6,0 4,5 >6,0 (Falso) 6 – QUADRILÁTEROS Figura geométrica plana onde a soma de seus ângulos é 360, qualquer polígono de quatro lados é um quadrilátero. Todo quadrilátero possui quatro lados, quatro vértices, quatro ângulos internos e duas diagonais. Quadrilátero ABCD Vértices: A, B, C e D Lados: AB, BD, CD, CA Ângulos internos : A, B, C e D Diagonais: AD e BC 6.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS QUADRILÁTEROS PARALELOGRAMO –quadrilátero que possui os lados opostos não paralelos. Quadrado – ângulos retos, lados congruentes, diagonais iguais e perpendiculares (90º) entre si. Retângulo – ângulos retos, lados opostos iguais, diagonais iguais e obliquas entre si. Desenho Arquitetônico – Pág. 10 / 113. Losango - ângulos opostos iguais, lados iguais, diagonais desiguais e perpendiculares entre si. Paralelogramo propriamente – ângulos opostos iguais, lados opostos iguais, diagonais desiguais e obliquas entre si. TRAPÉZIO – quadrilátero que possui Dois lados paralelos. Trapézio retângulo – dois ângulos retos, diagonais desiguais e obliquas entre si. Trapézio isósceles – ângulos da base iguais, lados não paralelos iguais, diagonais iguais e oblíquas. Trapézio escaleno – ângulos e lados desiguais, diagonais desiguais e obliquais . ATIVIDADES 1- Trace o polígono ABCDE. a) Quantos lados ele tem? ______________________ b) Quantos vértices ele tem? ______________________ Indique: c) dois vértices consecutivos: _______________________ d) dois vértices não-consecutivos: _______________________ e) dois lados consecutivos: _______________________ f) dois lados não-consecutivos: _______________________ g) todas as diagonais: ________________________ 2- Escreva o nome de cada polígono A B C D E Desenho Arquitetônico – Pág. 11 / 113. dados, trace suas diagonais e indique quantas são. a) ____________________________________ ____________________________________ b) ____________________________________ ____________________________________ c) ____________________________________ ____________________________________ d) ____________________________________ ____________________________________ 3- Dados os triângulos abaixo, classifique-os quanto aos lados e ângulos. a) ____________________________________ ____________________________________ b) ____________________________________ ____________________________________ c) ____________________________________ ___________________________________ d) Desenho Arquitetônico – Pág. 12 / 113. ____________________________________ ____________________________________ 4- Identifique os quadriláteros abaixo e classifique-os. a) ____________________________________ ____________________________________ b) ____________________________________ ____________________________________ 5- Dadas as informações, identifique o Polígono ou as repostas coerentes. a) Possui quatro lados e quatro ângulos congruentes._________________________ b) Possui quatro ângulos internos retos e lados opostos congruentes.___________ __. c) Número de ângulos internos de um quadrilátero__________________________. d) Elemento que o triângulo não possui______________________. e) Trapézio que tem dois ângulos retos________________________________ f) Triângulo de dois lados congruentes, mesma medida,_______________________ 7 – CIRCUNFERÊNCIA Circunferência é uma linha curva, plana e fechada cujos pontos são equidistantes de um ponto chamado centro. O ponto O é chamado centro da circunferência , e a distância constante r é o comprimento do raio da circunferência. 7.1- ELEMENTOS DA CIRCUNFERÊNCIA RAIO – É a distância de um de seus pontos ao centro. Uma circunferência possui infinitos raios. Todos os raios de uma circunferência são congruentes. CORDA - É o segmento de reta de extremidades em dois pontos distintos da circunferência. circunferência Desenho Arquitetônico – Pág. 13 / 113. DIÂMETRO – É uma corda que passa pelo centro. É a maior corda da circunferência. Uma circunferência tem infinitos diâmetros. Todos os diâmetros de uma circunferência são congruentes. A medida do diâmetro é o dobro da medida do raio. ARCO – É uma parte da circunferência limitada por dois pontos distintos. SEMICIRCUNFERÊNCIA - è um arco que corresponde à metade da circunferência. Suas extremidades são também extremidades de um dos diâmetros da circunferência. 8. CÍRCULO É o espaço limitado pela circunferência . ATIVIDADES 1-Indique e nomeie os elementos da circunferência , completando a legenda. O___________________________________ A___________________________________ AO_________________________________ OB_________________________________ AB__________________________________ AC_________________________________ 2-Trace na circunferência dada o que se pede: Desenho Arquitetônico – Pág. 14 / 113. a) centro C b) raio CP c) diâmetro XY d) cordas RS e) arco RS f) semicircunferência PYK 3- Determine os pontos A comuns às Circunferências de raio de medida 2 cm e de centros nos pontos O e C, tal que O є r e C є s, sabendo que o ponto P, interseção das retas r e s dadas, pertence a todas as circunferência pedidas e é distinto do ponto A. s r DESENHO TÉCNICO CONCEITO O desenho técnico é a representação Gráfica de uma ideia, peça ou objeto. E são formados por um conjunto de linhas, símbolos, números e indicações escritas, pois fornecem informações sobre a função, forma, dimensão e material de um dado objeto que poderá ser executado sem o contato direto entre o projetista e o fabricante. Dessa forma, todos os elementos do desenho técnico obedecem a regras que são às normas técnicas, ou seja, são normalizados. No Brasil a entidade responsável pelas normas técnicas de desenho é a ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas) que trabalham de acordo com as especificações internacionais chamado de ISSO. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser. Depois representa suas ideias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico feito a mão livre. O desenho técnico definitivo, contém todos os elementos necessários à sua compreensão. PARA UM BOM DESENHO É NECESSÁRIO: Usar o material adequado; Manter o local de trabalho limpo e organizado; Manter os materiais limpos; Cobrir com uma folha limpa a parte que já foi desenhada; Guardar os materiais em pasta adequada; Lavar as mãos antes de iniciar o desenho; Colocar sobre a mesa somente o material para a confecção do desenho. MATERIAL UTILIZADO LAPISEIRA – São usadas para desenhar e escrever. As lapiseira mais comuns para escrever são a 0,7mm e 0,5 mm. Não são aconselháveis os lápis cilíndricos, porque rolam das pranchas; por isso deve ser sextavado o que também permite prendê-los bem entre os dedos. Desenho Arquitetônico – Pág. 15 / 113. BORRACHA – Material utilizado para apagar os traços de um lápis. A borracha deve ser limpa antes de ser aplicada, esfregando-a num papel qualquer. ESQUADROS – São instrumentos de desenho com forma de triângulos retângulos, encontrados sempre em pares, sendo um esquadro isósceles (com ângulos de 45º) e um esquadro escaleno( com ângulos de 30º e 60º). RÉGUAS - Usa-se a régua para executar traços retos e medir segmentos de reta e devem possuir uma graduação nítida. Escala utilizada na régua é o milímetro. COMPASSO - São instrumentos empregados para traçar circunferências, arcos ou transportar medidas. As pontas, seca e do grafite, devem trabalhar alinhadas e a ponta do grafite deverá ser chanfrada externamente. FOLHAS PARA DESENHO – O papel é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato padronizado pela ABNT. Esse formato é o A0 ( A zero) do qual derivam outros formatos, o formato A0 tem área de 1,0 m² e seus lados medem 841x1189 mm e cada folha na sequência possui dimensões igual à metade da folha anterior. Formato Dimensão Margem Direita Margem Esquerda A0 841X1189 10 25 A1 594X841 10 25 A2 420X594 7 25 A3 297X420 7 25 A4 210X297 7 25 As folhas de desenho podem ser usadas tanto no sentido vertical como no sentido horizontal, e a posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho Desenho Arquitetônico – Pág. 16 / 113. (designação da firma; projetista ou outro responsável pelo desenho; local, data e assinatura; nome e local do projeto; conteúdo do desenho; escala; nº. do desenho; indicação do método de projeção; unidade de medida utilizada no desenho). O local em que cada uma das informações será colocada pode ser definida pelo projetista. Dobradura da folha de A3 Quando houver a necessidade de arquivamento de uma folha de desenho, sendo este maior no que o formato A4, o resultado final da dobragem deverá corresponder às dimensões do formato A4, tendo a obrigatoriedade da legenda aparecer na parte frontal da folha. O dobramento deve ser feito a partir do lado direito em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas na figura abaixo. Obs.: O formato A4 não deve ser dobrada. 1 – TIPOS DE LINHAS LINHA DE CONTORNO VISÍVEL – É a linha que dá forma ao objeto. É feita com linhas contínuas e largas. LINHA DE CONTORNO INVEISÍVEL – É a linha que dá o contorno não visível do objeto. É feita com linhas tracejadas largas. LINHA DE EIXO, CENTRO OU SIMETRIA – Serve para definir o centro, eixo ou simetria de uma peça ou centro de um furo, rasgo e etc. É feita com linha estreita de traço e ponto. LINHA DE COTA – Serve para definir as dimensões da peça representada, é traçada paralelamente à linha de contorno do objeto e distante aproximadamente 7mm do mesmo. É feita com a linha contínua e estreita. LINHA AUXILIAR OU DE EXTENSÃO Desenho Arquitetônico – Pág. 17 / 113. – Serve para finalizar a linha de cota devendo ser perpendicular ao elemento dimensionado e não deve ultrapassar mais do que 3mm aproximadamente da ultima linha de cota, é uma linha continua e estreita. LINHA DE CORTE – Serve para mostrar por onde se imagina um corte feito na seção da peça. É uma linha estreita composta por traço e ponto, sendo larga nas extremidades e nas mudanças de direção. LINHA DE RUPTURA –Serve para indicar que uma peça não esta desenhada totalmente. É uma linha contínua estreita podendo ser feita a mão livre ou em zigue- zague. (Encurtamento). LINHA DE CHAMADA OU LINHA DE REFERÊNCIA – É um segmento retilíneo que faz um ângulo de 60º com a horizontal e deve ser terminada quando: - Sem símbolos, se ela conduzir a uma linha de cota. - Com um ponto, se terminada dentro do objeto representado. - Com uma seta, se ela conduz ou contorna a aresta do objeto representado. 2 – LEGENDA A legenda é o espaço destinado à colocação de informações sobre o desenho. Localiza-se no canto inferior esquerdo do papel normalizado. Deve conter seu número, título, origem, data, escala, profissional responsável pelo desenho, conteúdo e demais informações pertinentes. Sua altura pode variar, apenas sua largura é especificada pela norma. MODELO: 1 2 3 4 5 6 7 8 1- Assunto 2- ETERJ 3- Professor 4- Turma 5- Data 6- Profissional responsável 7- Folha ou página 8- Escala 3 - CALIGRAFIA TÉCNICA A caligrafia usada nos desenhos técnicos é definida pela ABNT; e deve respeitar alguns requisitos básicos, como ser bem legível, de rápida execução e proporcional ao desenho. Desenho Arquitetônico – Pág. 18 / 113. ATIVIDADES 1- Faça a mão livre. a) alfabeto maiúsculo b) alfabeto minúsculo c) números d) Nome, curso e data 2- Desenhe no bloco as linhas obedecendo as orientações abaixo (linhas pedidas) A – Horizontal e vertical com linhas grossas; B - 45° com linhas finas; C - 45° com linhas grossas; D - 60°, com a horizontal, com linhas finas; E - 30°, com a horizontal, com linhas grossas; F – Circunferências e arcos com linhas finas e grossas. A B C D E F Desenho Arquitetônico – Pág. 19 / 113. 4 – PERSPECTIVA É a forma de representar um sólido com suas três dimensões (comprimento, altura e largura) sobre uma superfície plana, verificando toda sua proporcionalidade. Os desenhos em perspectiva constituem uma das formas de representação de volumes daquilo que se deseja apresentar, fornecendo assim uma visão mais realista da peça. O termo PERSPECTIVA vem do latim PERSPICERE que significa Ver Através. 4.1 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA O termo ISO significa mesma; MÉTRICA significa medida. É uma perspectiva formada com base nos eixo isométricos, que são três semirretas que formam entre si 120º de abertura. O traçado da perspectiva isométrica bem simples, pois o ângulo usado é o mesmo em todas as faces. Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica. X, Y e Z são eixos isométricos a, b, c e d são linhas isométricas. CONSTRUÇÃO 1 Desenho Arquitetônico – Pág. 20 / 113. CONSTRUÇÃO 2 Ao construir uma perspectiva desenha-se inicialmente a perspectiva de um prisma que contenha as dimensões de comprimento, largura e altura da peça (as maiores dimensões). 1º - após obter as dimensões do objeto traçar os três eixos isométricos, traça-se uma linha perpendicular a linha horizontal ( a linha horizontal é auxiliar e logo após deverá ser apagada) e duas linhas obliquas que comecem no ponto de interseção da perpendicular e em sentidos opostos ambas com ângulos de 30º com relação a horizontal. 2º - marcar nas retas as medidas de comprimento, altura e largura (eixo isométrico), logo após traçar as linhas paralelas ao eixo, formando o prisma. OBS. 1: A utilização de um prisma auxiliar ou paralelepípedo de referencia é para que no momento da confecção da perspectiva o desenho não fique fora das medidas. 3º - marcar no prisma as linhas paralelas dos detalhes que darão o formato do objeto, inclusive os detalhes internos que posteriormente ficarão expostos logo após serem apagados os excessos de linhas que sobram, tendo o cuidado de não errar as medida, pois poderá ocasionar a perda do desenho e também de tempo. DesenhoArquitetônico – Pág. 21 / 113. OBS. 2: Nos desenhos em perspectiva, as linhas de contorno invisíveis normalmente são omitidas, exceto quando é necessário a descrição da peça, preferencialmente muda- se a posição de representação da peça para que seja visto os detalhes ocultos que não seriam vistos em outra posição. 4.1.1 – PERSPCTIVA ISOMÉTRICA DE SUPERFICIE INCLINADA As superfícies inclinadas, quando desenhadas em perspectivas, não acompanham as direções dos eixos isométricos. O traçado das superfícies inclinadas não deve ser orientado pelo ângulo de inclinação da superfície. A forma mais correta para se traçar superfícies inclinadas é marcar o comprimento dos catetos, que determinam a inclinação da superfície(hipotenusa), nas arestas do prisma auxiliar. Para se ter uma perspectiva isométrica com exata perfeição de medidas deve- se multiplicar todas as medidas por o,82, mas faremos as construções descartando este coeficiente, fazendo então o chamado desenho isométrico Desenho Arquitetônico – Pág. 22 / 113. 4.1.2 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DA CIRCUNFERÊNCIA A perspectiva isométrica de uma circunferência é uma elipse. Como sua construção não pode ser executada por instrumentos usuais, recomenda-se a substituição da verdadeira elipse por uma oval regular (ou falsa elipse) de quatro centros. PROCESSO: 1º - Construir um quadrado isométrico (ABCD) cujo lado é igual ao diâmetro da circunferência (quadrado circunscrito). 2º - Determinar os pontos médios (M1, M2, M3 e M4) dos lados do quadrado, que são os pontos de tangência da falsa elipse. 3º - Unir os vértices dos ângulos obtusos do quadrado isométrico ao pontos médios opostos a eles (AM2, AM4, CM1 e CM3), determinando os pontos E e F . 4º - A partir dos vértices A e C (ângulos obtusos) traçar arcos com raio igual a AM4 (ou AM2), e CM1 (ou CM3). E a partir dos pontos E e F, traçar os arcos menores com raio igual a EM4 (ou EM1), e FM2 (ou FM3). O processo é o mesmo para as faces frontal e lateral esquerda, mudando apenas a posição do quadrado inicial. A construção de arcos de circunferência segue o mesmo processo. Observe que para completar a perspectiva de um sólido, será necessário desenhar outra circunferência, ou arco, na face paralela e oposta à primeira, já traçada. Esta outra circunferência terá as mesmas dimensões e seus vértices serão isometricamente coincidentes, ou seja, serão ligados por linhas paralelas a um dos eixos isométricos (como a linha que liga os pontos E e E’ na figura a seguir, eu é paralela ao eixo vertical. As duas circunferências em perspectiva serão ligadas por linhas que compõem faces do sólido (seriam como os lados de um cilindro); estas linhas são tangentes aos arcos que compõem a circunferência, e para definir suas posições basta ligar os pontos de interseção entre os arcos traçados e as diagonais maiores dos quadrados isométricos (pontos 1 e 2). 4.1.3 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DO CILINDRO CONSTRUÇÃO Para a confecção de um objeto cilíndrico primeiro devemos ter atenção as medidas do cilindro como comprimento e diâmetro, depois observar que a medida dos lados do quadrado da base deve ser igual ao diâmetro do circulo que forma a base do cilindro. A altura do prisma é igual à do cilindro a ser reproduzido. Desenho Arquitetônico – Pág. 23 / 113. O prisma de base quadrada é um elemento auxiliar de construção do cilindro. Por essa razão, mesmo as linhas não visíveis são representadas por linhas contínuas. 1º - Traçar a perspectiva isométrica do prisma auxiliar com o comprimento e diâmetro indicado. 2º- Traçar as retas que dividem os quadrados auxiliares das bases de cada elipse em quatro partes iguais. 3º- Traçar a perspectiva isométrica da circunferência (elipse) nas bases superior e inferior do prisma. Desenho Arquitetônico – Pág. 24 / 113. 4º- Faça a união da perspectiva isométrica da circunferência da base superior à perspectiva isométrica da circulo da base inferior nas laterais conforme é mostrado na ilustração. 5º- Apagar todas as linhas de construção e reforce o contorno do cilindro. A parte invisível da aresta da base inferior deve ser representada com linha tracejada. 4.2 – PERSPECTIVA CAVALEIRA A perspectiva cavaleira é também chamada de perspectiva cavalheira, porque os desenhos das praças militares eram, geralmente, executados em projeções cilíndricas e o aspecto obtido dava impressão de que o desenho havia sido colhido da cavaleira, obra alta de fortificação sobre a qual assentam baterias. Na perspectiva cavaleira, as três faces do objeto também são montadas sobre três eixos que partem de um vértice comum, sendo que uma das faces é representada de frente, em verdadeira grandeza (V.G.), isto é, o objeto tem uma das faces paralela ao plano de projeção. As outras faces se projetam obliquamente (inclinadas) sob um determinado ângulo e sofrem com isso uma deformação em perspectiva. Enquanto na perspectiva isométrica utilizamos as dimensões reais do objeto no desenho em perspectiva cavaleira a dimensão que se refere a profundidade é reduzida com relação a face anterior devido a grande deformidade que fica no desenho, por esta razão é imposto neste tipo de perspectiva uma redução de profundidade de 2/3 ou 3/4 quando utilizamos um ângulo de 30º em suas fugitivas; 1/2 quando utilizamos um ângulo de 45º e 1/3 quando utilizamos um ângulo de 60º. Desenho em perspectiva cavaleira de um prisma com 10 cm de lados e sem a devida redução fica alongado dando assim uma falsa interpretação do desenho Desenho Arquitetônico – Pág. 25 / 113. Desenho em perspectiva cavaleira de um prisma com 10 cm de lados e ângulo de fuga de 30º tendo uma redução de 1/3 do tamanho real. Desenho em perspectiva cavaleira de um prisma com 10 cm de lados e ângulo de fuga de 45º tem uma redução da metade ou seja 1/2 do tamanho real. Desenho em perspectiva cavaleira de um prisma com 10 cm de lados e ângulo de fuga de 60º tem uma redução de 2/3 do tamanho real. Em termos de praticidade, a representação mais utilizada em desenho técnico é a perspectiva cavaleira em 45º. A principal vantagem do emprego da perspectiva cavaleira está na representação de objetos cuja face frontal contém detalhes circulares que aparecerão em V.G. 6,6 cm Desenho Arquitetônico – Pág. 26 / 113. 4.2.1 – CIRCUNFERÊNCIA EM PERSPECTIVA CAVALEIRA A circunferência (elipse) em perspectiva cavaleira não pode ser traçada com ajuda de um compasso, para isso terá que dispor de um quadrado circunscrito a um círculo, devidamente projetado como um paralelogramo, os pontos de tangência da circunferência projeção (oito pontos de curvatura) com os lados desse paralelogramo onde estarão sempre os pontos médios desses lados, o que facilita o traçado a mão livre da elipse. 4.3 – PERSPECTIVA CÔNICA Usada em desenho de quadrinhos, utiliza o infinito para criar volume e profundidade para sólidos. Desenho Arquitetônico – Pág. 27 / 113. ATIVIDADES 1- Construir o rascunho gráfico das perspectivas isométricas na malha isométrica, sabendo que cada módulo corresponde a 5 unidades. a) b) c) Desenho Arquitetônico – Pág. 28 / 113. d) e) f) Desenho Arquitetônico – Pág. 29 / 113. g) h) i) 2- Ordene asfases d traçado da perspectiva isométrica dos modelos, escrevendo os numerais de 1 a 5 nos quadrinhos. Desenho Arquitetônico – Pág. 30 / 113. 3- Complete a frase na linha indicada. a)O circulo em perspectiva isométrica tem sempre a forma de uma _______________ 4- Ordene s fases do traçado da perspectiva isométrica do circulo visto de frente, escrevendo os numerais de 1 a 5 nos quadrinhos. 5- Escreva na frente de cada letra a posição que ela esta indicando: frente, cima e lado. A_______________________________ B_______________________________ C_______________________________ 6- Escreva nas lacunas as letras que indicam as linhas isométricas do modelo abaixo. As linhas ........ e ....... são isométricas ao eixo x. As linhas ........ e ....... são isométricas ao eixo y. As linhas ........ e ....... são isométricas ao eixo z. 7- Desenhe o modelo da esquerda utilizando o reticulado da direita. Trace todas as fases da perspectiva isométrica no mesmo desenho. 8- Analisando as peças abaixo, identifique aquelas que apresentam elementos paralelos. a) Desenho Arquitetônico – Pág. 31 / 113. b) c) 9- Dada a sequencia de construção da peça abaixo, complete a 3ª fase. 5 – VISTAS ORTOGRAFICAS A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. O lado da peça que for projetado no plano vertical sempre será considerado como sendo a frente da peça. O lado superior da peça sempre será representado abaixo da vista de frente. O lado esquerdo da peça aparecerá desenhado à direita da vista de frente. 5.1 – 1º DIEDRO As vistas devem ser organizadas com 20mm de distância umas das outras. Desenho Arquitetônico – Pág. 32 / 113. Representação de Arestas Ocultas Arestas que estão ocultas em um determinado sentido de observação são representadas por linhas traceja. •Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto. • Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por cima. • Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo. • Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás. Os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm, em relação à vista de frente, as seguintes posições: – a vista de cima fica em baixo; – a vista de baixo fica em cima; – a vista da esquerda fica à direita; – a vista da direita fica à esquerda. Desenho Arquitetônico – Pág. 33 / 113. Vista lateral esquerda A vista lateral esquerda é a projeção ortogonal do objeto em um plano de perfil, sendo o sentido de observação da esquerda para a direita. Na execução da épura, faz-se o rebatimento do plano de perfil sobre o plano vertical, de modo que a vista lateral esquerda se localiza à direita da vista de frente. A vista lateral pode ser obtida, com uso do compasso, descrevendo o giro de 90° do plano de perfil, com uso das linhas de chamada ou pelo artifício da oblíqua de 45°, como mostramos nas figuras. 5.2 – CONSTRUÇÃO Escolha da vista Antes de iniciar o desenho do objeto devemos estudar detalhadamente a peça observando todos os seus detalhes logo após estabelecer a face frontal que é o lado da utilização da peça ou a que define a melhor forma do objeto, escolhe-se o lado de maior dimensão. Em quase todas as situações a utilização da vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda é suficiente para representar o objeto desenhado, contudo, sendo necessário o uso das demais vistas, estas poderão ser usadas desde que sua utilização seja necessário para a compreensão do desenho. VISTA FRONTAL Desenho Arquitetônico – Pág. 34 / 113. VISTA SUPERIOR VISTA LATERAL ESQUERDA 5.3 - 3º DIEDRO As projeções feitas em 3º diedro seguem também o principio básico no que consiste que o plano de projeção deverá estar posicionado entre o observador e o objeto. IMPORTANTE: O que no 1º diedro, olha-se por um lado e desenha-se o que se esta vendo do outro lado, enquanto no 3º diedro, o que se esta vendo é desenhado no próprio lado onde se esta olhando a peça. POSIÇÕES RELATIVAS À VISTA DE FRENTE 1º DIEDRO 3º DIEDRO A vista superior fica em baixo. A vista superior fica em cima. A vista inferior fica em cima. A vista inferior fica em baixo. A vista lateral direita fica à esquerda. A vista lateral direita fica à direita. A vista lateral esquerda fica à direita. A vista lateral esquerda fica à esquerda. 5.4 – SIMBOLOGIA Desenho Arquitetônico – Pág. 35 / 113. RELEMBRANDO: Antes de projetar uma peça devemos ter atenção para as seguintes etapas: Estudar detalhadamente a peça, observando todas as particularidades; Estabelecer a face frontal, considerá-la a maior face ou com maior número de detalhes; É aconselhável que entre as vistas tenha uma distancia maior que 20 mm. ATIVIDADES 1- Complete as projeções a) b) c) d) e) f) g) Desenho Arquitetônico – Pág. 36 / 113. h) 2- Desenhe as vistas que faltam. a) b) c) 3- Desenhe na perspectiva isométrica as letras correspondentes. a) b) c) 4- Desenhe nas vistas as letras que estão na perspectiva isométrica. Desenho Arquitetônico – Pág. 37 / 113. a) b) c) 5- Selecione a perspectiva correta. a) b) c) 6- Assinale os números correspondentes. a) Desenho Arquitetônico – Pág. 38 / 113. 7- Identifique as vistas de frente, de cima e as laterais direita e esquerda. a) b) c) d) 8- Coloque em baixo de cada vista, as iniciais correspondentes: VF - Vista de Frente VS - Vista Superior VLE - Vista Lateral Esquerda VLD - Vista Lateral Direita a) Desenho Arquitetônico – Pág. 39 / 113. b) c) 9- Assinale com um X as vistas que apresentam a linha de centro. a) b) c) d) 10- Assinale com um X as vistas que apresentam linha de simetria. a) b) c) d) 6 – COTAGEM Desenho Arquitetônico – Pág. 40 / 113. Os desenhos para fabricação ou produção devem possuir todas as informações necessárias à sua execução, tais como: medidas, tipo de material, acabamento etc. As medidas são dadas através da cotagem destes desenhos. Devem ser apresentadas de forma clara todas as medidas necessárias, sem omissões. Toda a cotagem segue uma padronização que visa facilitar seu entendimento. Para se ler e interpretar a cotagem de um desenho é necessário conhecer alguns de seus elementos. Cotagem é a colocação das medidas (dimensões) em um desenho, usando para sua confecção a linha continua estreita. 6.1 – ELEMENTOS DA COTAGEM LINHA DA COTA – estreita e Continua, traçada paralelamente às dimensões da peça, distando aproximadamente 7 mm do contorno do desenho. LIMITE DA LINHA DE COTA – (SETA) devem ser delgadas,abertas e ter ângulo de 15º (ou dimensões de aproximadamente 3 mm por 1 mm). LINHA AUXILIAR OU DE EXTENSÃO – estreita e contínua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar não pode encostar nas linhas de contorno do elemento do desenho que está sendo cotado, e deve ultrapassar um pouco as linhas de cota (± 3mm); são perpendiculares aos elementos do desenho a que se referem, mas em casos específicos podem ser inclinados a 60º. COTAS – são os valores numéricos que representam as medidas da peça. São escritas centralizadas e acima da linha de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando na vertical escrita de baixo para cima. A altura mínima dos algarismos deve ser 2,5 mm. 6.2 – REGRAS DE COTAGEM As cotas maiores deverão ser colocadas por fora das menores, evitando o cruzamento de linhas, porém, se isso ocorrer, as linhas não dever ser interrompidas no ponto de cruzamento. Quando o espaço a cotar for pequeno, as setas devem ser representadas externamente, no prolongamento da linha de cota desenhado com esta finalidade. Quando existirem duas cotas pequenas consecutivas, a seta entre elas será substituída por um traço oblíquo a 45º. Desenho Arquitetônico – Pág. 41 / 113. A localização de detalhes circulares será sempre feita em função do centro. Linhas de centro, linhas de contorno e eixos de simetria podem ser usados como linhas de extensão, mas jamais como linha de cota. As linhas de centro e eixos de simetria não devem interceptar a linha de cota. Na cotagem de raios somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada. Podendo ser dentro ou fora do contorno. As circunferências são cotadas interna ou externamente, dependendo do espaço disponível. Quando cotada internamente , a linha de cota deverá estar inclinada 45º. Na cotagem de várias circunferência concêntricas , deve-se evitar colocar mais de duas cotas passando pelo centro a fim de não dificultar a leitura do desenho. Para a cotagem de ângulos, os valores deverão ser dispostos de acordo com o quadrante. 6.2.1 – SIMBOLOGIA Para melhorar a leitura e a interpretação das cotas em circunferência do desenho são utilizados símbolos para mostrar a identificação das formas cotadas. Símbolo Significado Diâmetro R Raio Quadrado ESF Diâmetro esférico R ESF Raio esférico Desenho Arquitetônico – Pág. 42 / 113. 6.2 – TIPOS DE COTAGEM As cotagem se dividem em: Cotagem em cadeia ou cotagem em serie (cotagem em sequência), na qual as cotas de uma mesma direção são referenciadas umas das outras, podendo acarretar durante o processo de fabricação da peça, a soma sucessiva dos erros na execução de cada elemento cotado. Cotagem por Elemento de Referencia é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência. A cotagm por elemento de referência se divide em cotagem paralelo e cotagem aditiva. Cotagem em paralelo é a localização de varias cotas simples paralelas umas as outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota. Desenho Arquitetônico – Pág. 43 / 113. Cotagem Aditiva é uma simplificação da cotagem paralela e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. Cotagem por coordenadas pode ser pratico reduzir-se a tabela para os pontos de intersecção de malhas nos desenhos de localização onde são indicados. 6.3 – COTAGENS ESPECIAIS As cotagens de cordas, arcos e ângulos seguindo os exemplos abaixo: Desenho Arquitetônico – Pág. 44 / 113. Nas cotagens de chanfros e escareados para se definir um elemento angular são necessários pelo menos duas cotas, informando os comprimentos de seus dois lados ou o comprimento de um dos seus lados associados ao valor de um dos seus ângulos. Para evitar nos objetos que serão manuseados o contato com cantos vivos, é usual quebrar os cantos com pequenas inclinações chamadas de chanfros. A cotagem de chanfros segue os princípios utilizados na cotagem de elementos angulares. Da mesma forma, os cantos vivos dos s superfícies inclinadas, que no caso dos furos são chamadas de escareados. A cotagem dos escareados segue os princípios da cotagem de elementos angulares. Desenho Arquitetônico – Pág. 45 / 113. As linhas de chamada ou referência também pode ser utilizada em cotagem, mas deve seguir as regras empregadas para esta linha, que determina sem símbolos, se ela conduzir a uma linha de cota; com um ponto, se determinada dentro do objeto representado ou com uma seta, se ela conduzir ou contornar a aresta do objeto representado. A cotagem eqüidistante pode ser simplificada porque não há necessidade de se colocar todas as cotas. Os espaçamentos lineares podem ser cotados indicando o comprimento total e o número de espaços. Para evitar problemas de interpretação, é conveniente cotar um dos espaços e informar a dimensão e a quantidade de elementos. MODELO ATIVIDADES 1- Escreva, nas linhas indicadas, os nomes dos elementos de cotagem que aparecem no desenho abaixo. 2- Analise o desenho abaixo e responda: a) Quais são as cotas deste modelo? _______________________________________ b) Em que vista(s) a(s) cota(s) está(ão) indicada(s) fora do desenho? Desenho Arquitetônico – Pág. 46 / 113. ____________________________________ 3- Assinale a alternativa que completa corretamente a frase: As linhas auxiliares... a) ( ) devem tocar as linhas de contorno do desenho. b) ( ) não devem tocar as linhas de contorno do desenho. 4- Escreva C se a frase estiver certa e E se estiver errada. Caso esteja errada, explique por que. ( ) Cotagem é a colocação das medidas da peça em seu desenho técnico. _______________________________________ _______________________________________ ______________________________ 5- Complete a frase na linha indicada, escolhendo a alternativa que a torna correta. As linhas de cota são linhas_____________ a) contínuas largas b) contínuas estreitas 6- Analise o desenho técnico e escreva nas linhas indicadas as cotas pedidas. a) comprimento:________ b) altura:________ c) largura: ________ 7- Analise as vistas ortográficas e escreva, nas linhas de cota,as cotas das dimensões básicas dadas a seguir: comprimento: 46 mm; largura: 10 mm; altura: 26 mm. 8- Escreva nas linhas de cota da perspectiva as cotas indicadas no desenho técnico da peça. 9- Analise o desenho técnico abaixo e responda às questões a seguir. a) Escreva dentro dos parênteses as letras correspondentes a cada elemento de cotagem. ( ) Linha de cota ( ) Linha auxiliar de cota ( ) Cota Desenho Arquitetônico – Pág. 47 / 113. b) Escreva as cotas básicas de: comprimento: __________________ altura:___________________ largura: _____________________ c) Escreva as cotas básicas que determinam o tamanho do rasgo: ____ e ____. d) Escreva a cota que determina a localização do rasgo: _____. e) Escreva as cotas que determinam o tamanho do rebaixo: _____ e _____. 10- Complete as frases, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas indicadas. a) As linhas auxiliares de cota não encostam nas linhas do _______________. b) A linha de _______________ encosta na linha auxiliar de cota. c) A linha______________ ultrapassa a linha de cota. d) A______________ não encosta na linha de cota. e) A linha de_______________ é uma linha________________ e tem setas nas extremidades. f) Nalinha de cota vertical a cota deve ser escrita de baixo para______________ e ao lado_________________ da linha de cota. g) Na linha de cota horizontal a cota deve ser escrita da___________________ para a______________ e sobre a linha de cota. 11- Em qual dos três desenhos a colocação dos elementos de cotagem estão de acordo coma as normas? Desenho Arquitetônico – Pág. 48 / 113. 12- Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo com as normas? 7 – ESCALA Existem objetos e peças que não podem ser representados em seu tamanho real, alguns são muito grandes para caber numa folha de papel e outros são tão pequenos, que e os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar seus detalhes. Por esta Desenho Arquitetônico – Pág. 49 / 113. razão existe a necessidade de ampliar ou reduzir o tamanho do objeto, empregando assim a escala. A escala nada mais é que uma razão de semelhança entre as medidas do desenho e as medidas reais do objeto, derivada da expressão d/O = K, onde: d= medida gráfica (desenho) O= medida natural (objeto) K= razão (“Titulo da Escala”) A indicação da escala no desenho pode ser feita abreviando-se a palavra ESCALA e utilizando a palavra ESC (tanto no corpo do desenho como na legenda) seguida de dois números separados por dois pontos representa as medidas do desenho e o numeral à direita dos dois pontos representa as medidas reais do objeto. 7.1 – TIPOS DE ESCALAS ESCALA NATURAL – É aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça , e representada na seguinte forma 1:1(um por um). ESCALA DE REDUÇÃO – É aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho real do objeto. Na indicação da escala de redução o numeral a esquerda dos dois pontos é sempre o número 1 e o numeral a direita é sempre maior do que 1. No desenho abaixo representado a escala utilizada foi 1:20 (um por vinte). ESCALA DE AMPLIAÇÃO – É aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real do objeto. Na indicação da escala de ampliação o numeral a direita dos dois pontos é sempre o número 1 e o numeral a esquerda é sempre maior que 1. No objeto acima representado por ser de tamanho diminuto há a necessidade de desenhá-lo em tamanho maior que a peça, a escala apresentada foi 5:1 (cinco por um). Os valores cotados no desenho serão sempre as dimensões reais do objeto e nunca as do desenho e as dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Existindo em uma folha desenhos com diferentes escalas, estas deverão vir com a escala indicada abaixo de cada desenho, sendo a escala que possuir predominância será indicada na legenda. Escalas recomendadas pela ABNT CATEGORIA ESCALAS RECOMENDADAS Escala de ampliação 20:1 50:1 10:1 2:1 5:1 Escala natural 1:1 Escala de redução 1:2 1:5 1:10 1:20 1:50 1:100 1:200 1:500 1:1000 1:2000 1:500 1:10000 ATIVIDADES 1- Quantas vezes as medidas deste desenho são menores que as medidas correspondentes da peça real? Desenho Arquitetônico – Pág. 50 / 113. R.:__________________________________ 2- Observe as vistas abaixo, e preencha as lacunas. a) Na indicação da escala o numeral 5 refere-se às____________________ do desenho, enquanto o numeral 1 refere-se às medidas reais da ______________ representada. b) As medidas do desenho técnico são ________________ vezes maiores que as medidas reais da peça. 3- Complete as frases nas linhas indicadas, escrevendo a alternativa correta. I) Em escala natural o tamanho do desenho técnico é .................... tamanho real da peça. a)maior que o; b) igual ao; c) menor que o. II) Na indicação da escala, o numeral à esquerda dos dois pontos representa as ............... a) medidas reais do objeto. b) medidas do desenho técnico. III) Em escala de redução o tamanho do desenho técnico é ............................tamanho real da peça; a) maior que o; b) igual ao; c) menor que o. IV) Na escala de redução, o numeral à direita dos dois pontos é sempre.................. a) maior que 1; b) igual a 1; c) menor que 1. 4- A peça abaixo está representada em escala natural. Qual das alternativas representa a mesma peça em escala 2 : 1 ? a) ( ) b) ( ) 5- Analise o desenho abaixo e responda: a) Quais são as cotas deste modelo? ____________________________________ b) Em que vista(s) a(s) cota(s) está(ão) indicada(s) fora do desenho? ____________________________________ Desenho Arquitetônico – Pág. 51 / 113. 6- Assinale a alternativa que completa corretamente a frase: As linhas auxiliares... a) ( ) devem tocar as linhas de contorno do desenho b) ( ) não devem tocar as linhas de contorno do desenho 7- Analise o desenho técnico e faça um círculo em volta das cotas básicas da peça. 8- Analise as vistas ortográficas e escreva, nas linhas de cota, as cotas das dimensões básicas dadas a seguir: comprimento: 46 mm; largura: 10 mm; altura: 26 mm. 9- Escreva nas linhas de cota da perspectiva as cotas indicadas no desenho técnico da peça. 10- Analise o desenho anterior e responda: a) Qual a cota do comprimento do modelo? R: ________________________________ b) Em que vista foi indicada a cota da largura do modelo? R:__________________________________ c) Escreva as cotas da profundidade do rasgo superior : __________; do rasgo inferior ___________. d) Quais as cotas que definem o tamanho do furo? R:__________ e ___________. e) A cota da altura da peça é: ___________ f) O comprimento do rasgo superior é: 45 mm ( ) 55 mm ( ) 32 mm ( ) Desenho Arquitetônico – Pág. 52 / 113. 11- Analise a perspectiva e escreva, nas linhas de cota do desenho técnico, apenas as cotas que definem o tamanho do elemento. 12- Analise o desenho técnico e assinale com um X a afirmação correta. a) ( ) As cotas: 12, 8, 9 definem o tamanho do furo. b) ( ) As cotas 10, 5, 9 indicam a localização do furo. 13- Analise as vistas ortográficas e escreva, na perspectiva, as cotas do elemento angular. 8 – ESCALÍMETRO É um instrumento de medição linear, em forma de prisma triangular, contendo em cada face duas graduações (ao todo serão seis). Estas graduações correspondem a diferente Desenho Arquitetônico – Pág. 53 / 113. escalas numéricas, todas de redução, indicadas por seu título. A principal vantagem desse instrumento para o desenhista está na economia de tempo no cálculo das dimensões do desenho. Observação: No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de medida o metro e aplicando a respectiva redução. Para o escalímetro nº1, o mais usado, teremos: Escala 1/100 ( e 1/125), 1 metro reduzido 100 (ou 125) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros cada. Escala 1/50 (e 1/75), 1 metro reduzido 50 (ou 75) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros, e cada uma delas bipartida, resultando em divisões de 5 cm. Escala 1/20 (e 1q25) 1 metro reduzido 20 (ou 25) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros, divididas em cinco partes cada, resultando em divisões de 2 cm. O escalímetro pode ser usado para outras escalas além das seis de redução indicadas por seus títulos. Por exemplo: Para utilizar a escala 1/10 utilizamos o título 1/100; a relação entre as duas escalas será: 1/10 = 10 x1/100, logo a medida representativa do metro na escala 1/10será 10 vezes maior que a medida na 1/100, e todas as suas subdivisões igualmente. Os escalímetros e as réguas graduadas devem ser usadas exclusivamente para medição, para o traçado usam-se réguas não graduadas ou esquadros. Desenho Arquitetônico – Pág. 54 / 113. CADERNO DE ATIVIDADES Reproduza as peças abaixo no bloco de desenho A4 ou A3. 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Desenho Arquitetônico – Pág. 55 / 113. 8) 9) 10) 11) 12) Desenho Arquitetônico – Pág. 56 / 113. 13) 14) 15) Desenho Arquitetônico – Pág. 57 / 113. 16) 17) 17) Desenho Arquitetônico – Pág. 58 / 113. 18) 19) Desenho Arquitetônico – Pág. 59 / 113. DESENHO II (ARQUITETURA) FASES DO PROJETO DE ARQUITETURA Um projeto de arquitetura é desenvolvido em diferentes fases, cada uma delas abrange um número crescente de informações e desenhos cada vez mais detalhados. Os desenhos podem ser para fins de estudo (temporários) ou para apresentações (documentos definitivos). Segundo a ABNT, essas fases são definidas da seguinte forma: Estudo Preliminar – o primeiro esboço do projeto é realizado. Anteprojeto – após a aceitação do estudo pelo cliente e a definição do projeto, são realizados projetos complementares, como o de instalações, estrutura e outros. Nesta fase são realizadas as mudanças e melhorias apontadas no estudo. Projeto de execução – onde são feitos os ajustes necessários entre os diferentes projetos envolvidos na construção e definidos todos os detalhes necessários para a obra. Projeto como Construído – após o término da construção são anotadas todas as mudanças realizadas no projeto durante sua execução. O PROJETO E O DESENHO DE ARQUITETURA Os projetos arquitetônicos devem conter todas as informações necessárias para que possam ser completamente entendidos, compreendidos e executados. O projeto de arquitetura é composto por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de plantas, cortes, elevações e perspectivas – e por informações escritas . O desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado voltada para a representação dos projetos de arquitetura. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um conjunto de símbolos que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). É através dele que o arquiteto transmite as suas intenções arquitetônicas e construtivas. Assim, o projeto arquitetônico é composto por diversos documentos, entre eles as plantas, os cortes e as elevações ou fachadas. Neles encontram-se as informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de um volume criado com suas compartimentações. Nas plantas, visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes e elevações o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir do cruzamento das informações contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. Para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função de suas propriedades (linhas em corte ou vista) e os textos claros e corretos. DESENHOS COMPONENTES DO PROJETO DE ARQUITETURA. 1 - PLANTA BAIXA Planta Baixa: desenho onde são indicadas as dimensões horizontais. Este desenho é o resultado da interseção de um plano horizontal com o volume arquitetônico. Consideramos para efeito de desenho, que este plano encontra-se A 1,50 m de altura do piso do pavimento que está sendo desenhado, e o sentido de observação é sempre em direção ao piso (de cima para baixo). Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas fortes (grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com linhas médias (finas e escuras). Sempre considerando a diferença de níveis existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam os desníveis, ou seja, planta baixa é a vista superior interna da construção, obtida a partir de um plano de corte horizontal localizado a 1,50m de altura. 1.1-TIPOS DE LINHAS A NBR 8403 normatiza o desenho das linhas e para que são utilizadas: Contínua larga: Desenho Arquitetônico – Pág. 60 / 113. Contorno de superfícies de elementos seccionados e visíveis. Contínua estreita: Contorno de superfícies visíveis não seccionados e se encontram destacados das linhas mais próximas do observador. Contínua estreita: Linhas de chamada ou extensão, linhas de cota, hachuras, linhas que representam pisos ou azulejos e linhas de construção de desenhos. Tracejada larga: Contornos não visíveis. Traço-ponto estreita: Linhas de centro, de simetria e trajetória. Desenho Arquitetônico – Pág. 61 / 113. Traço dois pontos estreita: Contornos de peças adjacentes; Posição limite de peças moveis; cantos antes da conformação e detalhe de desenho. Zigue-zague estreita: Rupturas longas. Traço ponto estreita nas extremidades e larga nos desvios: Linhas de corte. Desenho Arquitetônico – Pág. 62 / 113. PLANTA BAIXA Desenho Arquitetônico – Pág. 63 / 113. 1.2 - ELEMENTOS DE UMA PLANTA BAIXA Os elementos de uma planta baixa podem ser divididos em: a) Elementos Construtivos: Paredes e elementos estruturais; aberturas (portas, janelas, portões, etc.); pisos e seus componentes (degraus, rampas, escadas, etc.); equipamentos de construção (aparelhos sanitários, armários, lareiras, etc.); aparelhos elétricos de porte (fogões, geladeiras, máquinas de lavar, etc.) e elementos de importância não visíveis (dutos de ventilação, reservatórios, etc.). b) Informações: Nome dos compartimentos, áreas úteis dos compartimentos, níveis, posições dos planos de corte vertical, dimensões das aberturas, cotas, e outras informações. PAREDES As paredes, geralmente em alvenaria, seccionadas pelo plano de corte que gera a planta baixa, são representadas através de linhas paralelas de espessura grossa. Podem aparecer preenchidas ou não por textura sólida (cor), e/ou com ou sem representação do revestimento das alvenarias (reboco ou outros). Representações dos tipos mais comuns de paredes. Paredes baixas (menor do que 1.50m de altura) não são cortadas pelo plano e por consequência são representadasem vista, com linhas de espessura média, conforme exemplo abaixo. Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm , mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos . Nas parede externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado mas não obrigatório. É no entanto obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos ( de apartamento , salas comerciais ... ) Convenciona-se para paredes altas ( que vão do piso ao teto ) traço grosso contínuo , e para paredes a meia altura , com traço médio contínuo , indicando a altura correspondente. ABERTURAS: PORTAS E PORTÕES- desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se necessário procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado Desenho Arquitetônico – Pág. 64 / 113. Tipos de portas: Dimensões Comerciais das portas: -Banheiros : 0,60 x 2,10 m -Quartos e cozinhas : 0,70 x 2,10 m -Entradas e saídas da casa: 0,80 x 2,10 m JANELAS: O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis. Desenho Arquitetônico – Pág. 65 / 113. Tipos de janelas: Janela Baixa: normalmente a janela é representada como baixa, se o peitoril dela for abaixo de 1.50m Janela Alta: toda janela onde o peitoril esteja acima de 1.50m. PISOS Em nível de representação gráfica em Planta Baixa, os pisos são apenas distintos em dois tipos: comuns ou impermeáveis – representados apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos. Salienta-se que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos (convenciona-se: 30x30 cm ou 50x50 cm). 1- Pisos comuns: 2- pisos impermeáveis: NOME DOS COMPARTIMENTOS: Em todo e qualquer projeto arquitetônico, independentemente da finalidade da construção, é indispensável a colocação de denominação em todos os cômodos , de acordo com suas finalidades. Esta denominação deve atender ao seguinte: a) Nomes em letras padronizadas, conforme norma brasileira; Nomes sempre na horizontal; b) Utilização sempre de letras maiúsculas; c) Alturas das letras entre 3 e 5 mm; d) Letras de eixo vertical, não inclinadas; e) Colocação convencional no centro das peças. ÁREAS DAS PEÇAS São igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas as peças (áreas internas aproveitáveis), de acordo com o seguinte: a) Colocação sempre abaixo do nome da peça (deixar espaçamento de 2 mm entre cada linha de texto); b) Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças (3 mm ou 2 mm); c) Algarismos de eixo vertical; d) Indicação sempre na unidade “m²” (metros quadrados); e) Precisão de dm² (duas casas após a vírgula). TIPO DE PISO DOS AMBIENTES Desenho Arquitetônico – Pág. 66 / 113. Devem ser indicados também, em cada peça/ambiente representado em planta baixa, o seu respectivo tipo de piso, da seguinte forma: a) Colocação sempre abaixo da área útil da peça (deixar espaçamento de 2mm entre cada texto); b) Letras do mesmo tamanho que o texto da área (3mm ou 2mm); c) Algarismos de eixo vertical; NÍVEIS DAS DEPENDÊNCIAS Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis deve atender ao seguinte: a) Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; b) Evitar repetição de níveis próximos em planta; c) Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); d) Algarismos padronizados pela NBR; e) Escrita horizontal; f) Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível; g) Indicação sempre em metros; h) simbologia convencional: COTAS A forma mais recomendada, por ser mais completa, para a representação das informações relativas às esquadrias, é a utilização de códigos e quadro de esquadrias. Segundo essa metodologia, cada esquadria diferente entre si deverá ser acompanhada por um código sequencial dentro de uma circunferência. O mesmo código deve aparecer em um quadro, denominado QUADRO de ESQUADRIAS, que descreverá as informações relevantes de tal esquadria. O quadro deve ser localizado próximo ao selo, ligeiramente acima desse. Comumente utiliza-se para janelas os códigos J1, J2, J3,... e para portas P1, P2, P3, P4... Pode-se optar por não usar o quadro de esquadrias, mas sem a necessidade de se escrever a dimensão de cada abertura. A dimensões, conforme mostrado na figura a seguir, são representadas apenas em uma abertura de cada tipo na planta. Por exemplo, se em toda a planta houver apenas 2 tipos de porta e 3 tipos de janela, usa-se os códigos P1, P2, J1, J2 e J3, colocando-se as dimensões de casa abertura somente um uma abertura de cada tipo. Os códigos são inseridos em um círculos de diâmetro 8 mm. A largura e a altura da abertura são escritas acima ou à esquerda de uma fina linha perpendicular à parede onde está localizada a abertura. No caso das janelas, a indicação do peitoril (parapeito) pode ser feita abaixo dessa linha ou paralelamente à representação da abertura. SIMBOLO DA PORTA NA ESCALA 1: 50 SALA DE ESTAR 18,30 m² PISO DE MADEIRA BANHEIRO 3,20 m² PISO CERÂMICO Desenho Arquitetônico – Pág. 67 / 113. COTAGEM DA JANELA ESC.150 Fig. 1 O desenho da Planta Baixa só será considerado completo se, além da representação gráfica dos elementos, contiver todos os indicadores necessários, dentre os quais as cotas (dimensões) são dos mais importantes. A cotagem deve seguir as seguintes indicações gerais: a) as linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade; b) a quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve ficar afastada 25 mm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 10 mm; c) as linhas de chamada devem parar de 2 a 3 mm do ponto dimensionado; d) as cifras (números) devem ter 3 mm de altura, e o espaço entre elas e a linha de cota deve ser de 1,5 mm; e) quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha; f) as linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; g) nos cortes, somente marcar cotas verticais; h) evitar a duplicação de cotas. i) todas as dimensões das peças e espessuras de paredes devem ser cotadas; j) as aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos construtivos; k) todas as dimensões totais devem ser identificadas; l) as linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; m) as linhas de cota não devem se cruzar; n) Identificar pelo menos três linhas de cota, como mostrado na figura abaixo: - subdivisão de paredes e esquadrias, - cotas das peças e paredes - cotas totais externas. Fig. 2 A Fig.2, adaptada da norma NBR 6492, mostra que as cotas devem ser representadas em metrossempre que a medida for igual ao maior a um metro e em centímetros caso seja inferior a um metro. Como a unidade de medida não é escrita ao lado dos algarismos, a medida estará em “metros” quando o número for escrito com dois algarismos após a virgula. Quando se quiser representar a cota com precisão de milímetros, deve-se incluir um terceiro algarismo, sobrescrito e com um pequeno traço em baixo. No caso da medida ser representada em centímetros, não se usa a vírgula, bastando os dois algarismos que representam uma medida entre 01 e 99 cm. Desenho Arquitetônico – Pág. 68 / 113. Fig. 1 Fig. 2 Desenho Arquitetônico – Pág. 69 / 113. ROTEIRO SEQUENCIAL DE DESENHO A sequência de etapas descriminada a seguir procura indicar o caminho mais lógico a ser seguido no desenho da Planta Baixa de um projeto de arquitetura.Na sequência apresentada, além de uma maximização da racionalização do uso do instrumental de desenho, procura-se um andamento lógico que, inclusive, viabilize uma conferência do desenho e sua elaboração e minimize ao máximo a probabilidade de erro. 1ª ETAPA (com traço bem fino – traço de construção): 1. Marcar o contorno externo do projeto; 2. Desenhar a espessura das paredes externas; 3. Desenhar as principais divisões internas; 2ª ETAPA (com traços médios): 1. Desenhar as aberturas – portas e janelas; 2. Desenhar os equipamentos sanitários e equipamentos elétricos de porte; 3. Desenhar a projeção da cobertura em linha fina contínua; 4. Apagar o excesso dos traços. 3ª ETAPA (com traços médios e fortes): 1. Desenhar as linhas tracejadas ou traço dois pontos – projeção da cobertura, reservatórios, iluminação zenital (traço médio); 2. Denominar os ambientes (traço médio); 3. Indicar a área de cada ambiente e a especificação do tipo de piso (traço médio); 4. Cotar aberturas, códigos e quadro de esquadrias – portas, janelas, portões (traço médio); 5. Colocar a indicação de níveis (traço médio); 6. Cotar o projeto (linhas finas); 7. Desenhar hachura no piso das “áreas molhadas” – com equipamentos hidráulicos (traço fino); 8. Indicar a posição dos cortes; a entrada principal; o norte (traço médio/grosso); 9. Acentuar a espessura dos traços da parede (traço grosso); 10. Denominar o tipo de desenho (planta baixa, planta de cobertura, implantação...), bem como colocar a escala (1/50; 1/100.. Desenho Arquitetônico – Pág. 70 / 113. 1ª ETAPA Desenho Arquitetônico – Pág. 71 / 113. 2ª ETAPA Desenho Arquitetônico – Pág. 72 / 113. 3ª ETAPA Desenho Arquitetônico – Pág. 73 / 113. Em resumo, na representação correta de uma planta baixa, além dos elementos visíveis após a operação de corte, são acrescentadas informações complementares para facilitar a interpretação do desenho. O resultado final compreenderá: Paredes. Aberturas (portas e janelas), incluindo as não visíveis, em projeção. Pisos frios (cerâmica ou de pedra). Projeção da cobertura. Desníveis. Cotas de comprimento e largura de paredes e compartimentos. Cotas de comprimento e largura totais da construção. Dimensão dos beirais. Nome e área dos compartimentos. Nível dos compartimentos e um nível de referência externa. Dimensão das abertura (comprimento e largura de portas e janelas). Indicação da direção do Norte Magnético NM. Título do desenho e escala utilizada (usual 1/50). Indicação dos cortes aplicados. ATIVIDADES 1- A simbologia dada abaixo, em uma planta baixa, representa: a) direção do corte; b) norte magnético; c) nível do piso; d) janela; e) porta. 2- Defina, com suas palavras, planta baixa: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 3- Referente a planta baixa a única alternativa correta é: a) colocar somente algumas cotas; b) indicar as áreas correspondentes de cada compartimento em cm2 ; c) colocar o tipo de piso de cada cômodo; d) representar piso cerâmica ou similar com quadriculas (linha grossa); e) representação das paredes (altas com traço grosso e contínuo e paredes baixas com traço médio continuo com altura correspondente). 4- Dê o nome de cada símbolo : a) __________________________________ b) ___________________________________ c) ____________________________________ 5- Em uma planta baixa o que são elementos construtivos? Dê exemplos. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 6- Quais as dimensões de larguras recomendadas (comercial) para as portas nas plantas de arquitetura? a) 0,60m, 0,70m e 0,80m; b) 0,80m, 0,90m e 1,00m; Desenho Arquitetônico – Pág. 74 / 113. c) 1,00m, 1,10m e 1,20m; d) 0,40m, 0,50m e 0,60m; e) 0,50m, 0,60m e 0,70m. 7- Qual é a altura recomendada para as portas nas plantas de arquitetura? ______________________________________ 8- Em relação à linha de cotagem horizontal, qual é a posição correta para o número de cotagem? a) acima e à esquerda; b)abaixo e centralizado; c) abaixo e à esquerda; d) acima e à direita; e) acima e centralizado. 9- Qual linha representa o contornos ou arestas visíveis? a) linha continua larga; b) linha em zigue-zague; c) linha traço e ponto estreita; d) linha continua estreita; e) linha tracejada larga. 10- Qual proporção abaixo indica ampliação? a) 2/1; b) 1/1; c) 1/50; d) 1/90; e)1/2. 11- As parede são representada de acordo com suas espessuras e com simbologia relacionada ao material que as constitui. Ela pode variar conforme a intenção e a necessidade arquitetônica. Qual é a espessura normalmente utilizada para esse tipo de construção? _______________________________________ 12- Em planta baixa, os componentes mais comuns e normalmente freqüentes, em cada um dos casos, são os desenhos dos elementos construtivos e representação das informações. Dadas as alternativas abaixo, a única que possui apenas os elementos construtivos é: a) Paredes e elementos estruturais e áreas uteis das peças. b) pisos e equipamentos de construção. c) Nome das dependências e paredes. d) Elementos estruturais e áreas uteis das peças. e) Nome das dependência e áreas uteis das peças. 13- Em nível de representação gráfica em planta baixa, os pisos são apenas distintos em dois tipos: comuns ou impermeáveis. O piso impermeável é representado apenas em áreas dotadas de equipamentos: a) Hidráulicos. b) De lazer. c) De obras. d) De segurança.
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