Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ECONOMIA E GESTÃO MESTRADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS REVISÃO BILBIOGRÁFICA: Teorias de Relações Internacionais Alice Duarte Braga 2018 I. INTRODUÇÃO Teoria pode ser definida, segundo Brown e Ainley (2005: 7), como pensamento reflexivo, ou seja, são interpretações da realidade, maneiras diferentes de se observar determinado acontecimento. As teorias que nos auxiliam a compreender melhor as RI existem há muito tempo, mesmo antes de a temática ser caracterizada como disciplina. Segundo Dougherty e Pfaltzgraff (1971), livros como “História da Guerra do Peloponeso”, de Tucídides, e “O Príncipe”, de Maquiavel, são muito importantes para os estudiosos de RI, pois trazem conceitos que são utilizados até hoje. Nessa Revisão Bibliográfica serão abordados os três principais grupos de teorias de RI. A primeira seção trata das Teorias Clássicas, que compõem o Primeiro Debate das RI – o Liberalismo e o Realismo. A segunda parte é dedicada às Meta-Teorias, que determinam como as RI devem ser estudadas. O Tradicionalismo e o Behaviorismo são Meta-Teorias e compuseram o Segundo Debate das RI. E, finalmente, uma breve explanação sobre duas teorias Pós- Positivistas, o Construtivismo e o Feminismo. II. TEORIAS CLÁSSICAS As Teorias Clássicas de RI são aquelas mais utilizadas pelos acadêmicos, seja em sua versão original, Liberalismo e Realismo, ou em suas versões posteriores. Ambas foram protagonistas do Primeiro Debate de RI, que iniciou no Entreguerras. Este debate é considerado como o mais relevante para as RI, visto que engloba duas das teorias mais representativas da disciplina. a. Liberalismo O Liberalismo foi uma das primeiras Teorias de RI do Século XX. Os ideais liberalistas estavam baseados, essencialmente, na obra de Immanuel Kant e havia a compreensão de que evitariam que outra Guerra Mundial acontecesse, principalmente com a criação da Liga das Nações e o fomento à cooperação entre os países. Segundo Devetek et al (2012: 26), havia: (...) uma perspectiva exemplificada no Neokantianismo do Presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1856-1924), que incitou uma nova ordem mundial baseada na liberdade individual e no Estado de Direito, no livre-comércio capitalista, no progresso científico e no estabelecimento de instituições liberais para a gestão de crises (...)1 Alguns dos principais teóricos do Idealismo foram Doyle e Rosecrance e estes autores auxiliaram na formulação dos preceitos da teoria: a interdependência econômica, a criação de Organizações Internacionais, o respeito aos Direitos Humanos e o desenvolvimento da democracia. Todos esses princípios têm como objetivo a mitigação de conflitos, incentivando a cooperação e evitando o uso da força. Além disso, apesar de ter o Estado como ator central, muitos dos autores liberais aceitam a ideia de que existem outros atores relevantes, como empresas multinacionais, ONGs e Organizações Internacionais (Devetek et al, 2012; Walt, 1998). Há, claramente, algumas críticas do Realismo ao Liberalismo, uma delas de que é uma teoria utópica frente a perigos iminentes. Então, conforme previsto pelos rivais, o Idealismo acabou perdendo espaço entre as teorias de RI após o início da Segunda Guerra Mundial – a Liga das Nações fracassou, o Fascismo se alastrou pela Europa e os ideais de cooperação não foram capazes de evitar outro conflito global (Devetek et al, 2012; Schieder; Spindler, 2014). Após um período de domínio do Realismo, houve uma reformulação do Idealismo, por parte de autores como Keohane e Nye. Essa “nova” teoria, chamada de Neoliberalismo, tem, fundamentalmente, os mesmos princípios do Liberalismo, porém com maior ênfase na ascensão de novos atores e na interdependência entre eles, o que pode ser um fator inibidor de hostilidades. Ademais, o Neoliberalismo foca nos “ganhos absolutos”, ou seja, o importante não é ter mais ganhos do que um concorrente, mas ganhar o máximo possível (Keohane; Nye, 2012; Smith, 2013). 1 Tradução livre. Original: (...) a perspective exemplified in the neo-Kantianism of US President Woodrow Wilson (1856-1924), who urged a new world order based on individual liberty and the rule of law, capitalista free trade, scientific progress, and the establishment of liberal institutes for crisis management (...). O Liberalismo, todavia, não teria se destacado tanto como Teoria de RI se não houvesse o Realismo para contrapor. De acordo com Walt (1998), a competição entre duas teorias auxilia a demonstrar os pontos fortes e fracos de cada uma. b. Realismo O Realismo surgiu também no início dos anos 1900, assim como o Liberalismo. O principal objetivo, ao se idealizar a teoria, era definir quais as causas que levam à guerra. Por fim, percebeu-se que o conflito era iminente, isso porque a natureza dos Estados, assim como a dos indivíduos, é má e egoísta, o que acaba resultando em conflitos interestatais (Lake, 2013). O Realismo baseia-se em alguns preceitos, como: o Sistema Internacional é perigoso e volátil e, consequentemente, o uso da violência é necessário algumas vezes. Ainda, a teoria possui explicações mais simples e eficazes para descrever as guerras e alianças que ocorrem internacionalmente. O pessimismo é uma característica elementar dos realistas, que sempre esperam o pior dos indivíduos e Estados. A Balança de Poder ideal para os realistas é multilateral, pois assim o conflito torna-se menos evidente do que na bipolaridade (Devetak et al, 2005; Walt, 1998). Alguns dos autores relevantes do Realismo Clássico são Carr e Morgenthau. Carr foi um dos maiores críticos ao Liberalismo, criando a dicotomia “is/ought to”, que define o Realismo como uma teoria que enxerga o mundo como ele é, enquanto o Liberalismo o vê como deveria ser. Já Morgenthau foi o principal teórico realista após o término da Segunda Guerra e estabeleceu alguns princípios, como: a luta pelo poder determina o comportamento dos Estados; preserva-se a paz balanceando os interesses dos players mais poderosos do Sistema Internacional (Ashworth, 2002; Devetek et al, 2005). Com o deflagrar da Segunda Guerra, o Realismo se tornou dominante nas RI, uma vez que a óptica liberal não foi capaz de prever o início do conflito. Assim permaneceu até o fim da Guerra Fria, quando houve um consenso de que era necessário reformular a teoria, para que ela se adaptasse melhor ao novo contexto e aos temas que estavam emergindo (Devetek et al, 2005; Schieder; Spindler, 2014; Smith, 2013). Os Neorrealistas, tais como Waltz e Mearsheimer, segundo Smith (2013: 170): (...) veem a cooperação internacional como difícil de atingir; (...) assumem que a anarquia internacional requer que os Estados fiquem preocupados com questões de segurança e sobrevivência; (...) se concentram mais nas capacidades do que nas intenções. 2 O Primeiro Debate das RI, entre Liberalismo e Realismo, é o mais recordado entre os estudiosos, principalmente pela importância que as teorias têm para a disciplina. No entanto, posteriormente a esse, ocorreu um Segundo Debate, dessa vez focado em Meta-Teorias. III. META-TEORIAS O Segundo Debate de RI, que iniciou nos anos 1960, teve como protagonistas o Tradicionalismo e o Cientificismo, consideradas Meta-Teorias. Segundo Kurki e Wight (2009: 15), Meta-Teoria não é uma teoria comum, mas revela como outras teorias devem estudar determinada temática, resumidamente, uma “(...) teoria sobre teorias”3. a. Tradicionalismo O enfoque tradicionalista, conforme o próprio nome, é clássico nas RI. Segundo Bull (1966), tal Meta-Teoria tem como precursores, inclusive, filósofos como Maquiavel e Burke. Comum na Europa, o Tradicionalismo destaca a necessidade de realizarmos julgamentos ao estudarmos RI. Segundo Lake (2013: 569): Os Tradicionalistas enfatizaram a complexidade da política internacional, o papel da contingência e da liderança na 2 Tradução livre. Original: (...) see international cooperation as harder to achieve; (...) assume that international anarchy requires states to be preoccupied with issues of security and survival; (...) concentrate more on capabilities rather than intentions. 3 Tradução livre. Original: “(...) theory about theories”. diplomacia e a natureza única de cada conjuntura histórica. Reivindicando que nenhuma teoria científica poderá capturar a interação de tantos fatores ou explicar a escolha do ser humano, que é capaz de aprender com a experiência, os tradicionalistas focam nos momentos de inflexão na história, nos quais a política internacional poderia ter ido por um rumo ou por outro.4 Alguns dos principais coeficientes da lógica tradicionalista são Morgenthau e Bull (Kurki; Wight, 2009). Este último discorda dos opositores do Cientificismo e cita que o Tradicionalismo (1966: 361): (...) deriva da filosofia, da história e do direito e que se caracteriza, sobretudo, pela confiança explícita no exercício do juízo e (...) que as proposições gerais sobre este assunto devem, portanto, derivar de um processo cientificamente imperfeito, de percepção e intuição, e que essas proposições gerais não podem receber nada além do status provisório e inconclusivo, apropriado à sua origem duvidosa.5 Crítico ao Tradicionalismo, Kaplan cita que os tradicionalistas pensam que não há intuição no Behaviorismo, e que, contudo, os melhores cientistas são aqueles com maior intuição, pois sabem o que e onde pesquisar. O Tradicionalismo, então, foi “vencido” pelo Cientificismo, que se tornou mais popular a partir do fim dos anos 1960 (Kaplan, 1966). b. Cientificismo O Cientificismo trouxe para as RI a ideia de que a disciplina somente se desenvolverá se estudada como Ciência Natural. Popular nos Estados Unidos, essa Meta-Teoria tem como características a afirmação da unidade científica, a distinção entre fatos e valores, a existência de modelos e a validação via experimentação. O modelo metodológico predominante é o Positivismo e os behavioristas o utilizam energicamente (Kurki; Wight, 2009; Lapid, 1989). 4 Tradução livre. Original: Traditionalists emphasized the complexity of world politics, the role of contingency and leadership in diplomacy, and the unique nature of each historical juncture. Claiming that no scientific theory could ever capture the interplay of so many factors nor explain choice by human beings who could learn by experience, traditionalists focused on moments of inflection in history in which world politics could have gone one way or the other. 5 Tradução livre. Original: (...) derives from philosophy, history and law, and that is characterized above all by explicit reliance upon the exercise of judgment and (...) that general propositions about this subject must therefore derive from a scientifically imperfect process of perception and intuition, and that these general propositions cannot be accorded anything more than the tentative and inconclusive status appropriate to their doubtful origin. Um dos expoentes da teoria é Kaplan, o autor ressalta que, apesar dos esforços para separar as RI das Ciências Físicas, todas fazem parte de uma unidade: a ciência. Kaplan traz como exemplo o fato de que, para resolver determinado problema, é necessário alterar o sistema. Seja em RI, na qual pode- se modificar um governo, ou na Medicina, na qual modifica-se um medicamento. Para ele, a maior parte dos dilemas de RI podem ser solucionados com base na prática, resultante de observação, não na argumentação filosófica (Kaplan, 1966). Apesar das críticas, como de que o Cientificismo é obcecado por coleta de dados e por manipulá-los e que é feita muita generalização, a Meta-Teoria foi a “vencedora” do Segundo Debate. Até os anos 1980, o Behaviorismo foi dominante nas teorias de RI. No entanto, desde então, surgiram outros pensamentos que questionam o monopólio behaviorista, as Teorias Pós- Positivistas (Kurki; Wight, 2009). IV. TEORIAS PÓS-POSITIVISTAS Com o surgimento das teorias Pós-Positivistas, o Cientificismo, baseado na observação de fenômenos, foi posto em questionamento. O Pós-Positivismo não é uma “unidade filosófica”, mas sim um conceito “guarda-chuva”, que une teorias cujo ponto de encontro é aquilo que renegam: o Positivismo. Além disso, há três características que as reúnem, a defesa aos paradigmas, o perspectivismo e o relativismo. O embate entre o Positivismo e essas novas teorias, constitui o Terceiro Debate de RI (Lapid, 1989). a. Construtivismo O Construtivismo é um dos melhores exemplos da atualidade das RI. Consolidada no pós-Guerra Fria, a teoria foca no impacto das ideias e argumenta que o discurso reflete a forma dos credos e interesses dos Estados, além de estabelecer regras comportamentais. A anarquia é um dos principais conceitos de RI que foi remodelado pelos construtivistas. De acordo com Wendt (1992: 1), “Anarquia é o que os Estados fazem dela”6, ou seja, nada em RI existem sem um significado, dado pelos Estados (Devetak et al, 2005; Walt, 1998). Segundo as ideias construtivistas, o poder não é irrelevante, mas é preciso focar na formação das identidades dos diferentes grupos, para estabelecer como o comportamento estatal é moldado. Walt (1998: 41) especificou três situações que podem ser explicadas segundo essa lógica: (...) se os europeus se definem primariamente em termos nacionais ou continentais; se a Alemanha e o Japão redefinem seus passados de forma a encorajar a adoção de papéis internacionais mais ativos; e se os Estados Unidos abraçam ou rejeitam sua identidade como “policial global”7. O Construtivismo foi a mais aceita dentre as teorias Pós-Positivistas. O fato de que os construtivistas conseguiram explicar, melhor do que qualquer outra teoria, o fim na Guerra Fria, alegando que o presidente Mikhail Gorbachev modificou a política externa soviética porque adotou novas ideias, tais como a de “segurança coletiva”. No entanto, críticos à teoria alegam que ela “descreve melhor o passado do que antecipa o futuro”8 (Walt, 1998: 38). Ademais, alguns construtivistas ainda utilizam a metodologia positivista. Todavia, a maior parte dos autores encaixam-se na lógica pós-positivista, assim como os representantes do Feminismo nas RI (Devetak et al, 2005; Walt, 1998). b. Feminismo O Feminismo é relativamente novo na disciplina e, segundo suas teóricas, as mulheres foram metodicamente excluídas das RI. Defende-se que as mulheres observam facetas que não recebem atenção dentro de temáticas como Segurança – estupros e degradação sexual – e Economia – mulheres e crianças são as maiores vítimas de sanções ou políticas de austeridade (Devetak et al, 2005). 6 Tradução livre. Original: “Anarchy is what states make of it”. 7 Tradução livre. Original: (...) whether Europeans define themselves primarily in national or continental terms; whether Germany and Japan redefine their pasts in ways that encourage their adopting more active international roles; and whether the United States embraces or rejects its identity as "global policeman". 8 Tradução livre. Original: “Better at describing the past than antecipating the future”. Existem quatro tipos de Feminismo nas RI. O mais antigo é o Feminismo Liberal, que questiona o papel da mulher na política internacional e reivindica os mesmos direitos e oportunidades dados aos homens. O Feminismo Socialista salienta que o sistema capitalista e o patriarcado fazem com que as mulheres tenham progressivamente mais desvantagens em relação aos homens. Já o Feminismo Pós-Moderno foca na questão de gênero, ou seja, na construção social acerca de como homens e mulheres devem ser (Smith, 2013). A quarta versão é a mais utilizada nas RI, o Standpoint, que tem como expoente Ann Tickner, que citou que (1992: 1) “(...) a política internacional é um mundo dos homens”9. Essa teoria destaca que o mundo é dominado por ideias masculinas e que é necessário conhecer a visão feminina da história, para que a análise seja completa. Porém, há uma crítica ao Feminismo Standpoint: a generalização da “visão feminina” não é aceita por algumas autoras, pois existem mulheres de diferentes locais, classes sociais e etnias, que veem o mundo de maneira distinta (Smith, 2013). V. CONCLUSÃO Teorias, então, são reflexões díspares acerca de acontecimentos. Em RI, temos diversas correntes teóricas, que permitem examinar a disciplina sob várias ópticas. O Primeiro Debate, protagonizado por Realismo e Liberalismo, foi o mais relevante para as RI, por se tratarem das duas teorias clássicas. O Segundo Debate, entre Tradicionalismo e Cientificismo, traz a necessidade da definição de como estudar as RI. O Terceiro Debate, entre Positivismo e Pós- Positivismo, expõe uma gama de novas teorias que combatem o conceito de unificação científica. Não existe, contudo, uma teoria perfeita, que explique o mundo de maneira totalmente correta. Segundo Walt (1998: 44): “(...) cada uma dessas perspectivas em competição captura importantes aspectos da política internacional”10. Portanto, deve-se absorver o melhor de cada uma das teorias 9 Tradução livre. Original: “(...) international politics is a man’s world” 10 Tradução livre. Original: “(...) each of these competing perspectives captures important aspects of world politics”. de RI, não só das explicitadas no texto, e tentar aplicar de acordo com cada fato a ser investigado. REFERÊNCIAS Ashworth, Lucian M. 2002 “Did the Realist-Idealist Great Debate Really Happen? A Revisionist History of International Relations”. International Relations 16 (1): 33–51. Brown, Chris; Kirsten Ainley. 2005. Understanding International Relations. 3ª ed. Londres e Nova York: Palgrave Macmillan. Bull, Hedley. 1966. “International Theory: The case for a Classical Approach”. World Politics. 18 (3): 361-377. Devetek et al. 2012. An Introduction to International Relations. 2ª ed. Nova York: Cambridge University Press. Dougherty, James E.; Robert L. Pfaltzgraff, Jr. 1971. Contending Theories of International Relations. 2ª ed. Filadélfia, Nova York e Toronto: Lippincott Company. Kaplan, Morton A. 1966. “The New Great Debate: Traditionalism vs. Science in International Relations”. World Politics (19) 1: 1-20. Keohane, Robert O.; Joseph S. Nye Jr. 2012. Power and Interdependence. 4ª ed. United States: Pearson. Kurki, Mijla; Colin Wight. 2009. “International Relations and Social Science”. In International Relations Theories: Disciplines and Diversity. Dunne et al. Oxford: Oxford University Press. 14-35. Lake, David A. 2013. “Theory is Dead, Long Live Theory: The End of the Great Debates and the Rise of Eclecticism in International Relations”. European Journal of International Relations 19 (3): 567–587. Lapid, Yosef. 1989. “The Third Debate: On the Prospects of International Theory in a Post-Positivist Era”. International Studies Quarterly. 33 (3): 235- 254. Marsh, David; Furlong, Paul. 2002. “A Skin, not a Sweater: Ontology and Epistemology in Political Science”. In Theory and Methods in Political Science. David Marsh; Gerry Stoker. Londres: Palgrave. 17-41. Schieder, Siegfried; Spindler, Manuela. 2014.Theories of International Relations. Londres e Nova York: Routledge. Smith, Steve. 2013. “New Approaches to International Theory. In The Globalization of World Politics: An Introduction to International Relations. Baylis et al. 6th ed. Oxford: Oxford University. 165-187. Tickner, Ann. 1992. Gender in International Relations: Feminist Perspectives on Achieving Global Security. Nova York: Columbia University Press. Walt, Steve M. 1998. “International Relations: One World, Many Theories”. Foreing Policy. 29-46. Wendt, Alexander. 1992. “Anarchy is what states make of it: the social construction of power politics”. International Organization. 46 (2): 391-425.
Compartilhar