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Lição II

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Termos essenciais da oração: 
 
 
sujeito e predicado. 
omissão do verbo. 
posição do sujeito e do predicado. 
 
1-Sujeito e predicado 
 
A oração, de modo geral, se compõe de dois termos essenciais: sujeito e predicado. 
 
Sujeito é o termo da oração que indica o tópico da comunicação representado por pessoa 
ou coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou uma qualidade. 
 
Predicado é o comentário da comunicação, é tudo o que se diz na oração, ordinariamente o 
que se diz do sujeito. 
 
Assim: 
SUJEITO 
(Tópico) 
 
 
Machado de Assis 
As aulas 
Salvador 
 
 
 
2- Omissão do verbo 
 
O verbo, quando muito nosso conhecido, e, assim, facilmente identificável, pode não ser 
repetido na oração seguinte: 
 
No seguinte exemplo, omitimos o verbo: 
 
Antônio foi ao cinema e Carlos ao teatro. 
 
Isto é: e Carlos foi ao teatro. 
 
Cumpre-nos observar que o termo oculto pode exigir flexão diferente (de gênero, de número, 
de pessoa, de tempo, de modo), desde que não se prejudique a clareza do pensamento: 
 
Eu estudarei História e tu Geografia (estudarás). 
 
Foram compradas várias bicicletas e automóveis (vários). 
 
Será mau o irmão e as irmãs que não tiverem a boa orientação dos pais (serão más) 
 
Modernamente evita-se colocar entre os casos de elipse a ausência de pronome sujeito junto 
a verbo, porquanto a referência ao sujeito está na desinência verbal. 
Assim, não se diz que há elipse do sujeito em Fui ao cinema ou Fomos ao cinema. 
PREDICADO 
(Comentário) 
 
escreveu belos livros. 
começaram em março 
é uma das mais originais cidades do Brasil. 
 
 
Esta omissão de um termo presente em nosso espírito, graças à situação ou ao contexto, 
recebe o nome de elipse. 
 
3-A vírgula indicativa da omissão do verbo 
 
Costuma-se indicar por virgula a omissão do verbo: 
 
"Dos meninos é próprio o aprender; dos mancebos, o empreender; dos varões, o 
compreender; dos velhos, o repreender 
(PACHECO e LAMEIRA, Gramática, 2-. ed., 714). 
 
No trecho omitiu-se o verbo é acompanhado do adjetivo próprio: é próprio o empreender, 
etc. 
Na elipse do verbo este pode ser subentendido com flexão diferente da forma verbal 
expressa, por ter havido mudança de sujeito. 
 
4- Posição do sujeito e do predicado 
 
Tomemos a seguinte oração de MACHADO DE ASSIS: 
 
Naquele dia, a árvore dos Cubas brotou uma graciosa flor. 
 
Sujeito: a árvore dos Cubas (que é que brotou, naquele dia, uma graciosa flor?) 
Predicado: brotou, naquele dia, uma graciosa flor. 
 
Fazendo esta análise, demos outra disposição aos termos, sem que o sentido mudasse. 
Poderíamos tentar outras disposições: 
 
a) Naquele dia brotou uma graciosa flor a árvore dos Cubas. 
b) Brotou, naquele dia, uma graciosa flor a árvore dos Cubas. 
c) A árvore dos Cubas, naquele dia, brotou uma graciosa flor. 
d) A árvore dos Cubas brotou, naquele dia, uma graciosa flor. 
 
Nem sempre contamos com tal liberdade no arranjo dos termos de uma oração. 
 Em José feriu Pedro o sentido mudaria se disséssemos Pedro feriu José. 
 
Em nossa língua, a posição dos termos de uma oração é livre, mas não indiferente. 
 
Na oração declarativa vem normalmente em primeiro lugar o sujeito, depois o verbo com os seus 
pertences constitutivos do predicado: 
 
Antônio já fez todos os exercícios. 
 
Nos cabeçalhos dos jornais, onde a novidade da informação corre a par do sensacionalismo, 
o verbo inicia normalmente a oração: 
 
Aumentou consideravelmente o tráfego aéreo. 
 
Pôs o coronel fim à confusão. 
 
Será inaugurada este mês nova ponte. 
 
É um perigo possuir cartão de crédito. 
 
 
A oração interrogativa, como já vimos, pode diferenciar-se da declarativa apenas pela 
entoação: 
 
José chegou da escola. 
José chegou da escola? 
 
Pode-se ainda alterar a ordem dos termos, pondo-se o sujeito depois do verbo: 
 
Que tu dizes disso? 
Que dizes tu disso? 
 
5-A vírgula e a inversão dos termos da oração 
 
Proferindo uma oração, damos-lhe uma unidade de entoação. Não podemos, ao enunciá-la, 
subir ou descer ao acaso o tom de voz, fazer pausas que comprometam a unidade de sentido e o 
propósito que ela encerra. 
Entre o sujeito e o verbo normalmente não se faz pausa e, por isso, não há vírgula entre 
estes dois termos da oração: 
 
 
Eu fui ao cinema / depois que ele chegou. 
 
Se proferíssemos: 
 
Eu / fui ao cinema 
 
o sentido seria outro: 
 
quanto a mim, se você se refere a mim, digo-lhe que fui ao cinema. 
 
Neste caso, a vírgula teria perfeito cabimento: Eu, fui ao cinema. 
 
Se entre os dois termos (sujeito e verbo) aparecerem outros elementos deslocados de sua 
posição normal, a vírgula deverá indicar a inversão: 
 
Naquele dia, a árvore dos Cubas brotou uma graciosa flor. 
A árvore dos Cubas, naquele dia, brotou uma graciosa flor. 
 
A inversão pode conduzir a um ritmo pouco usual, o que leva a um emprego de pontuação 
também inusitado, como sucede com o seguinte exemplo de João Ribeiro: 
 
"E que torna todos amigos e iguais, a escola" (trad. Coração, 170). 
 
A variação da ordem dos termos da oração, por intercalações, ou antecipações, traz uma 
quebra da unidade de entoação que poderá ser assinalada por vírgula. Assim, a pontuação, num 
texto literário, não pode representar uma camisa de força ao poder criador do universo linguístico 
do artista. Há normas de uma pontuação gramatical, que cumpre conhecer e respeitar. Mas, ao 
lado desta, existem usos que aparentemente são transgressões dessas normas, e que na essência 
se explicam pelo ritmo novo que o escritor empresta aos termos da oração. Cabe, ao leitor 
inteligente, descobrir esse ritmo para não ferir sua função poética. 
 
 
 
 
 
Exercícios elementares 
 
I - Separar o sujeito e o predicado das seguintes orações: 
1- A tarde ia morrendo. 
2- O sol declinava no horizonte. 
3- Um concerto de notas graves saudava o pôr do sol. 
4- Todas se descobriram. 
5- Os aventureiros ajoelharam-se a alguns passos de distância. 
6 - Aires Gomes estendeu o mosquete. 
7- Os animais retardados procuravam a pousada. 
8- Os espinheiros silvestres desatavam as flores, alvas e delicadas. 
9- A luz frouxa e suave do ocaso deslizava pela verde alcatifa. 
10 - Dois mil infantes inimigos espreitavam as estradas. 
11 O livro é o melhor amigo. 
12 - O inimigo desce com grande velocidade. 
13 - Um estremecimento elétrico corre pelas veias dos valentes oficiais. 
14 - Os sinos de bordo soaram nove horas da manhã. 
15 - A escolha da posição fora verdadeiramente inspirada. 
16 - Os restos da destemida guarnição atroam os ares com os gritos de vitória. 
17 - Tupi era o nome de uma tribo. 
18 - Deus conservara ali o coração do escravo. 
19 - A paixão da verdade semelha, por vezes, as cachoeiras da serra. 
20 - Aqueles borbotões d'água eram, pouco atrás, um regato. 
 
II - Construir orações que tenham por sujeito as seguintes expressões: 
1- A felicidade 
2- Os dois moços 
3- Todos 
4- Os cabelos 
5- O braço do viajante 
6 - Seu coração 
7- Os olhos do velho 
8- Nós 
9- A pequena cruz de esmalte 
10 - Os gritos dos selvagens 
 
III - Construir orações que tenham por predicado as seguintes expressões: 
1- ...............abaixaram as armas. 
2- ................tornou-se triste. 
3- ................voltou o rosto com desdém. 
4- .................havia feito coisas incríveis. 
5- .................recusava tomar o alimento. 
6- .................murmurava sua prece. 
7- .................não chegaram ao lusco-fusco. 
8- ..................desobedece à tua voz. 
9- ..................apontou para o fundo do precipício. 
10- ................debruçou-se no parapeito da janela. 
 
IV - Apontar o sujeito e o predicado nas seguintes orações: 
1- Obedece aos teus superiores. 
2- Estas flores são vossas: recebei-as. 
3 - Descobrimos os objetos perdidos. 
4 - Sou obrigado a confessar o engano. 
5- Como estais agora? 
6 - Não lhe entendi palavra. 
7- Podes limpar as mãos à parede. 
8 - E por que não serás conservador? 
9 - Ide com Nosso Senhor. 
10 - Não vos esqueçais de mim. 
 
V- Explicar o emprego da vírgula nos seguintes exemplos:1- "Aqueles são a parte da natureza. Estes, a do trabalho" (RUI BARBOSA). 
2 - Ele se queixava do coração; ela, de insônia. 
3- Havia eu lido esse formoso conto; meu pai, o jornal. 
4- Ela passara naquele instante; tu, logo depois. 
5- O policial examinou os móveis, um por um; os curiosos, o local do acidente. 
 
VI- Apontar o sujeito das seguintes orações, atentando-se para a ordem inversa: 
1- Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras. 
2- De repente os sons melancólicos de um clarim prolongaram-se pelo ar. 
3- Ao redor dele ficaram os irmãos. 
4- Por fim escondeu-se o sol. 
5- Alvorecera brilhante o dia 11 de junho de 1865. 
6 - Mais longe, no extremo da ponte, sobre as desigualdades do terreno, colocara o coronel 
formidáveis baterias de foguete. 
7-Travava-se, corpo a corpo, medonho combate. 
8 - Adiantavam-se gradualmente para o mar os cordões de sentinelas. 
9- Daí soara repentinamente um grito de alarma. 
10 - Dentro de alguns meses será inaugurada a nova capital. 
11 - Falhava-lhe o sonhado emprego? 
 
VII - Explicar o emprego da vírgula nos seguintes exemplos: 
1- "Calisto Elói, naquele tempo, orçava por quarenta e quatro anos" (CAMILO). 
2- "Deram, nos meus progressos intelectuais, larga parte ao uso ou abuso do café e ao estímulo 
habitual dos pés mergulhados nágua fria" (RUI BARBOSA). 
3- "Ao que devo, sim, o mais dos frutos do meu trabalho..." (Id.). 
4- "Mas eu, nisto aqui, faço ainda o que devo" (Id.). 
5- "Menino ainda, assim que entrei para o colégio, alvidrei eu mesmo a conveniência desse 
costume..." (Id.). 
6 - "Tenho, ainda hoje, convicção de que nessa observância persistente está o segredo feliz..." (Id.). 
7- "No Brasil, durante o Império, os liberais tinham por artigo do seu programa cercear os privilégios, 
já espantosos, da Fazenda Nacional" (Id.). 
8 - "Mas, de súbito, agora, um movimento desvairado parece estar-nos levando, empuxados de 
uma corrente submarina, a um recuo inexplicável" (Id.).

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