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Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Memória imunológica • É uma propriedade do sistema imune adaptativo que propicia respostas mais eficiente e rápidas quando ocorre exposição a antígenos encontrados previamente. • A resposta de memória depende da reexposição ao antígeno. Embora seja muito semelhante à resposta primária, tende a ser mais eficiente e mais rápida. • As células do sistema imune adaptativo que conseguem adquirir memória são os linfócitos T CD4+, T CD8 e os linfócitos B. • A regulação para geração e manutenção dessas populações é diferente e individual. Memória dos linfócitos B Figura 11.18, pág. 450. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • Na imagem podemos observar as respostas de um indivíduo não imunizado vs um indivíduo imunizado e suas características: A frequência de linfócitos B específicos para aquele antígeno, o isotipo do anticorpo produzido, a afinidade do anticorpo e o nível de hipermutação somática. • A frequência de linfócitos B específicos para o antígeno na resposta primária, 1 entre 100000 pode reconhecer esse epítopo específico – Isso é graças à combinação VDJ, sua grande variedade de recombinação permite que o corpo reconheça inúmeros epítopos, mas não muitos de 1 só, a frequência é baixa para um epítopo específico. Já na resposta secundária, 1 em cada 100 e 1000 podem ser específicos. Pela frequência aumentar, é mais rápida a resposta. • Na resposta primária o anticorpo produzido será sempre IgM e até a mudança de classe acontecer, ele será preponderante. Com a mudança de classe, começarão a ser produzidos outros isotipos. Na resposta secundária, as células de memória já fizeram a mudança de classe na primeira ativação. Logo, terão outros tipos de anticorpos. Garante maior eficiência e rapidez na resposta. • A afinidade do anticorpo é maior na resposta secundária, por conta da maturação de afinidade. • A hipermutação somática é maior na resposta secundária, ela continua acontecendo para gerar maior maturação de afinidade. Geração de memória de linfócitos B • A memória é gerada, na maioria dos casos, em respostas T-dependentes. Campbell and Reece. Biology, 2008. Pearson Education, Inc. • O linfócito T, após a ativação e ainda no órgão linfoide secundário, migra em direção à zona marginal e encontra o linfócito B específico para a mesma bactéria. Recebe os sinais, expressa CD40L e produz citocinas. O linfócito B é estimulado a completar seu processo de diferenciação no centro germinativo. A diferenciação pode ir para a formação de plasmócitos, os quais vão secretar os anticorpos (na medula óssea se localizam os produtores de IgG, IgM e IgE; produtores de IgA na lâmina própria; produtores de IgE podem se localizar da membrana basal do epitélio). O outro tipo de célula que o linfócito B pode se diferenciar é a célula B de memória. • A célula B de memória é semelhante ao linfócito B maduro. Permanece migrando através de Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez linfonodos, baço, via linfa e sangue. É estocada nos órgãos linfoides secundários, aguardando a próxima infecção por aquele antígeno. Essas células se mantêm por proliferação homeostática, regulada por citocinas. Os plasmócitos podem durar até décadas na resposta secundária. Figure 5. McHeyzer-Williams, M., Okitsu, S., Wang, N. et al. Molecular programming of B cell memory. Nat Rev Immunol 12, 24–34 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3128. • O antígeno chega no órgão linfoide secundário via linfa na região dos linfócitos B de memória. Ele entra em contato com esses linfócitos B de memória produzido na resposta primária. Isso vai gerar um acúmulo das células de memória nos órgãos linfoides secundários – o que provoca o aumento da frequência de células que o reconheçam. As células B de memória são ativadas e migram para a zona marginal para fazer a interação com o linfócito T. A partir disso, o linfócito B de memória entra em expansão clonal, formando um centro germinativo dentro do folículo linfoide. Esse centro germinativo vai dar origem a novos plasmócitos – plasmócitos de memória e mais células de memória, aumentando ainda mais a frequência de linfócitos B capazes de responder a esse antígeno e gerando uma maior eficiência na resposta. • Isso explica que pessoas que residem em locais endêmicos, desenvolvem respostas mais eficientes. • Esses linfócitos B de memória quando ativados recebem o sinal de CD40L e citocinas, no entanto, já fizeram a mudança de classe e podem dar origem logo no início da resposta germinativa a plasmócitos de memória, mesmo sem passar pelo centro germinativo. • A maturação de afinidade continua acontecendo durante o processo de proliferação no folículo linfoide. Interação T e B • A interação entre o linfócito T e o linfócito B na zona marginal define a geração de memória. Há diferentes tipos de moléculas associadas com o contato entre linfócitos cognatos. Figure 2. McHeyzer-Williams, M., Okitsu, S., Wang, N. et al. Molecular programming of B cell memory. Nat Rev Immunol 12, 24–34 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3128. • Esses linfócitos T que migram para a zona marginal expressam o fator de transcrição Bcl6 que lhes permite produzir citocinas e sinais que regulem a expressão desse fator de transcrição após a ativação do linfócito B. Quando isso acontece, existem 2 possibilidades: o linfócito B continuar expressando Bcl6 dentro da via do centro germinativo começa a fazer a mudança de classe e não ganha a capacidade de diferenciar em plasmócito (torna-se linfócito B de memória). Logo, um linfócito B de memória é uma célula que continua expressando Bcl6, o que permite que ele faça todos os processos da diferenciação dos linfócitos B, menos se diferenciar em plasmócitos. Elas mantem a capacidade migratória dos linfócitos B virgens, porém já foram ativadas e têm a mudança de classe. • O outro caminho é quando o linfócito B expressa o fator de transcrição Blimp1. Esse fator permite a diferenciação em plasmócito e a secreção dos anticorpos. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Linfócitos B de memória • Há diversos tipos de linfócitos B que são gerados. Figure 7. BERKOWSKA, Magdalena A. et al. Human memory B cells originate from three distinct germinal center-dependent and-independent maturation pathways. Blood, v. 118, n. 8, p. 2150-2158, 2011. • O linfócito transicional é aquele que ainda não completou sua formação – imaturo. Torna-se linfócito virgem maduro, é ativado pelo antígeno e começa o processo de diferenciação. • Um dos principais marcadores que está relacionado com a identificação de linfócitos B de memória é a molécula de superfície chamada CD27 – proteína marcadora desses linfócitos. No entanto, existem linfócitos B de memória que não tem CD27 na superfície. • Em respostas contra antígenos T-independentes na mucosa, principalmente no TGI, existem linfócitos de memória CD27- que produzem IgA. • Linfócitos B na zona marginal do baço são linfócitos B-1 efetores naturais da imunidade inata. • E, no centro germinativo, estão os linfócitos B de memória clássicos, ativados por respostas T- dependentes – os linfócitos B CD27+ IgG+, IgA+ ou IgE+; pode haver também linfócitos B de memória CD27- IgG ou IgE que podem dar origem a linfócitos CD27+; ainda, tem o linfócito B de memória IgM+, pertencente aos linfócitos que adquirem a capacidade de gerar memória, mas não fazem mudança de classe (não é comum, mas pode acontecer). Eles também podem dar origem a linfócitos B de memória produtores de outros tipos de anticorpo. • Lembrando que os linfócitos B de memória possuem umacapacidade proliferativa e de maturação de afinidade muito maior que a dos linfócitos B virgens. Figura 11.19, pág. 451. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • Gráfico que compara respostas primárias, secundárias e terciárias, analisando o número de anticorpos e a afinidade deles. • Na resposta primária, o primeiro anticorpo que aparece e que permanece em maior concentração é o IgM – tanto em [], como em afinidade, já que bem no início, sua afinidade será maior. • Na resposta secundária, percebe-se que o pico de produção de IgG é muito maior do que o pico de produção de IgM. Isso porque o número de células de memória geradas que já fizeram mudança de classe e conseguem reconhecer a segunda imunização é maior que o número de células virgens que vão produzir IgM. Há o aumento do número de clones responsivos, gerando uma resposta mais rápida. Ocorre o mesmo na terciária, o pico de IgG é muito maior que o de IgM – pode chegar a que o número de IgM seja imperceptível, porque o número de clones virgens capazes de responder é muito pequeno. • Além disso, a afinidade entre o IgM e o antígeno aumenta muito pouco, é basicamente a mesma, pois há poucos linfócitos virgens sendo ativados na segunda e terceira imunização. A IgG cada vez que houver outra imunização, há o aumento em 2 ordens de grandeza. Logo, essa resposta é mais eficiente, já que os linfócitos B de memória já Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez fizeram a mudança de classe e fazem continuamente a maturação de afinidade. • Por conta dessas melhoras, esses mecanismos muitas vezes são capazes de impedir que uma infecção se desenvolva, assim como evitar manifestações clínicas. Como as células de memória se mantêm vivas por tanto tempo? • As células precisam de contínuo estímulo antigênico? Na maior parte dos casos os linfócitos precisam de estímulos para se manterem vivos. Figura 11.17, pág. 449. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • Esse é um gráfico mostrando a magnitude da resposta de linfócitos T CD4, T CD8 e anticorpos, contra varíola no período de 30 anos. • A varíola foi erradicada no mundo em um período maior do que 30 anos. Portanto, a pessoa do estudo não esteve em contato com o vírus na natureza. E, mesmo assim, depois de 30 anos da vacinação, o nível de anticorpos continua alto. E, como elas não entraram em contato com o vírus nesses 30 anos, significam que essas células estão sobrevivendo por mecanismos homeostáticos de manutenção e proliferação. • Por outro lado, não acontece a mesma manutenção em relação aos linfócitos T CD4 e CD8. A magnitude dessas células diminuiu, embora ainda estejam presentes após 30 anos. • Isso demonstra que a vacina é capaz de induzir a resposta humoral e que os linfócitos B de memória se mantêm por mais tempo e mais ativos no organismo. Figura 11.22, pág. 453. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • Resumo das moléculas de superfície que são expressas em linfócitos B virgens, em linfócitos B efetores – os ativados e nos linfócitos B de memória. • Pode-se observar que os linfócitos B estão entre as duas populações, a virgem e a ativada, em relação a características. É parecido aos dois sendo mais capaz de gerar respostas que os virgens, parecendo mais com o efetor. • A partir disso, conclui-se que a célula B de memória é uma célula com alta capacidade efetora, pronta para desenvolver uma resposta imediata, quase como uma resposta inata. É semelhante as células virgens em termos de comportamento – habitam órgãos linfoides secundários, migram pela linfa e esperam a chegada de antígenos para ser ativados. Memória dos linfócitos T • A formação das células de memória de linfócitos T tem uma grande diferença em relação à formação das células de memória B. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Figura 11.25, pág. 456. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • O linfócito T virgem é estimulado por uma célula dendrítica. Ele dará origem a células efetoras, que vão proliferar e diferenciar no órgão linfoide secundário. E, algumas dessas células efetoras vão dar origem a células de memória. • As células efetoras que estão diferenciando vão dar origem aos linfócitos efetores, que vão ser linfócitos CD4 auxiliares ou CD8 e muitas ou a maioria morre após um tempo – tanto as CD4 quanto as CD8. • Os linfócitos de memória T dão origem a dois subtipos de linfócitos T de memória: os linfócitos T de memória central – se mantêm nos órgãos linfoides secundários, migram através da linfa e do sangue, sendo responsáveis pelo aumento do número de clones capazes de responder ao antígeno na resposta de memória; e os linfócitos T de memória efetores – eles perdem a capacidade de ficar nos órgãos secundários por conta da perda da expressão de CCR7. Com isso, migram para os tecidos. Esses linfócitos se acumulam nos tecidos de acordo com as imunizações ao longo da vida. A principal consequência disso é o aumento da velocidade de resposta. Características e comparação entre as células T de memória TemxTcm • As células de memória central habitam em órgãos linfoides secundários e possuem a mesma capacidade migratória dos linfócitos T virgens através da linfa e circulação sanguínea. Possuem uma baixa capacidade efetora – quando ativadas passam pelo mesmo processo que o linfócito T virgem passa. É capaz de fazer auto-renovação, juntamente com a célula—tronco hematopoiética. Quando ativada, prolifera e da origem a linfócitos T efetores CD4 ou CD8, linfócitos T de memória efetores e linfócitos T de memória central. • Já a célula de memória efetora habita em todos os tecidos periféricos que possa sofrer inflamação e infecção. Possuem alto potencial efetor, mas não efetuam, apenas ficam no tecido. Quando o tecido se recompõe e a resposta inflamatória acaba ficam estocados. Quando acontece uma nova infecção e reconhecem o sinal, imediatamente fazem resposta. São provenientes de Tcm. São capazes de diferenciar apenas em células T CD4 ou CD8 (efetoras). • Logo, a resposta mais rápida e eficiente no caso da memória de linfócitos T está relacionada com o aumento do número de clones responsivos nos órgãos linfoides secundários (memória central) e com os linfócitos T de memória efetora armazenados nos órgãos e tecidos do corpo. Isso faz com que a resposta aconteça imediatamente após a ativação dos linfócitos nesse tecido. Geração de memória • Há vários modelos que indicam como isso pode acontecer. Figure 2. Kaech, S., Cui, W. Transcriptional control of effector and memory CD8+ T cell differentiation. Nat Rev Immunol 12, 749–761 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3307 • O primeiro é o modelo de precursores separados (não é o mais aceito). Segundo ele, existem células Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez T virgens que são predispostas se tornarem células de memória e células T virgens predispostas a virarem células efetoras. Figure 2. Kaech, S., Cui, W. Transcriptional control of effector and memory CD8+ T cell differentiation. Nat Rev Immunol 12, 749–761 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3307. • O modelo da diminuição do potencial efetor (ainda aceito): Segundo esse modelo, quando uma célula dendrítica estimula uma célula virgem com os 3 primeiros sinais, são geradas primeiro as células T de memória central. E, a partir dessas células centrais são gerados os outros tipos de células T de memória e as células efetoras. Ela vai gerando diferentes tipos de célula até chegar à que possui maior potencial efetor, que seria a CD4 ou CD8. Figure 2. Kaech, S., Cui, W. Transcriptional controlof effector and memory CD8+ T cell differentiation. Nat Rev Immunol 12, 749–761 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3307. • Modelo da força do sinal (mais aceito): Quando os sinais (1, 2 e 3) são muito fortes, são produzidos linfócitos T efetores – isso quer dizer que há muitas células dendríticas, muitas citocinas, vários MHC:peptídeo, o que significa uma grande infecção com muita inflamação. Se a agressão é muito elevada, são necessários muitos linfócitos T efetores e o sinal de ativação precisa ser intenso. Por outro lado, quando a força dos sinais é muito baixa, formam-se células T de memória central, para memorizar esse estímulo, mesmo que não seja tão agressor. O meio termo, um sinal intermédio, seria suficiente para induzir a produção de células T efetoras que vão migrar para os tecidos. Se a inflamação persistir, pode aumentar o estímulo, ativando as células T efetoras. A força do sinal pode variar durante a infecção, segundo a quantidade de patógenos e a capacidade de infecção desses. • Independente se a infecção for leve ou grave, vão ser geradas células efetoras no começo para combater a infecção, células T de memória central que vão criar memória e as células T de memória efetora que vão estabelecer a memória nos tecidos periféricos. Figure 2. Kaech, S., Cui, W. Transcriptional control of effector and memory CD8+ T cell differentiation. Nat Rev Immunol 12, 749–761 (2012). https://doi.org/10.1038/nri3307. • Modelo de diferenciação assimétrica: envolve a polarização das células. É mais aplicado para as células CD8. É a divisão assimétrica de linfócitos T após a ativação. O linfócito recebe os sinais da célula dendrítica e ao fazer a sinapse imunológica ele despolariza, para que as moléculas efetoras do citoplasma e superfície do linfócito se aproximem ao local da sinapse. Quando a célula se solta da célula apresentadora e se divide, gera uma célula com potencial efetor maior, porque tem as moléculas efetoras estão concentradas no local onde ocorreu a sinapse e uma célula com maior potencial de memória, a qual não possui as moléculas efetoras, porque do seu lado não estava acontecendo a sinapse. Não se opõe ao modelo da força de sinal. Manutenção dos linfócitos T • A manutenção acontece basicamente por 2 citocinas: IL-15 e a IL-7. • Os linfócitos T de uma forma geral precisam de sinais através do contato com complexos de MHC + peptídeos próprios. Isso é determinado na seleção positiva e permanece ao longo da vida da célula. Tanto a interação com o MHC:peptídeo como a estimulação por citocinas são importantes para manter a sobrevivência. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Figura 11.24, pág. 455. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • A partir da formação das células de memória, as citocinas IL-7 e IL-15 são necessárias para a sobrevivência, assim como o contato com o MHC:peptídeo próprio para continuar proliferando. Até aqui, todos esses processos se aplicam da mesma forma para linfócitos T CD4 e T CD8 – com exceção do modelo de diferenciação assimétrica. A geração e manutenção da memória T CD8+, além dos outros sinais e interações, precisa de linfócitos T CD4+ • Para que sejam produzidas células de memória CD8 centrais e efetoras, é necessário que a célula CD4 auxilie a célula CD8 no processo de ativação. Se a célula CD4 produzir citocinas durante o processo de ativação da célula CD8, essa resposta é melhor e possibilita a resposta de memória. • Experimento 1: Figura 11.26, pág. 457. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • São dois camundongos. O azul é selvagem e o verde não tem MHC de classe II, e portanto, não tem linfócitos T CD4. Ambos foram infectados por uma bactéria que expressa a proteína OVA. Depois de 7 dias, ambos apresentavam linfócitos T CD8 específicos para a proteína OVA em quantidades iguais. Logo, a resposta primária está ok em ambos. • Depois de 70 dias, foram infectados de novo (resposta secundária). Nesse caso, só o camundongo selvagem foi capaz de responder contra a proteína OVA, o que significa que não houve formação de células de memória T CD8. • Experimento 2: Figura 11.27, pág. 458. Murphy, K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora. • Infectaram o camundongo amarelo com LCMV – vírus, extraíram os linfócitos T CD8 desse camundongo e colocaram os linfócitos nos dois camundongos anteriores (azul e verde). • Observou-se ao longo de 60 dias quais camundongos eram capazes de manter essas células CD8 vivas. Viram que o camundongo verde que não tem células CD4 não foi capaz de manter esses linfócitos T CD8 vivos. O azul conseguiu. • Isso demonstra que além de não conseguir gerar linfócitos T de memória, o camundongo que não tem linfócitos T CD4 não consegue manter linfócitos T CD8 de memória vivos por muito tempo. • A manutenção dessas células é tão importante quanto a geração. Gerar células de memória é fundamental, mas elas precisam se manter vivas por longos períodos – para que haja uma memória efetiva. • No momento de interação da célula CD8 com a célula apresentadora é que a célula CD4 deve Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez estar estimulando a CD8, para que as células de memória sejam geradas. Essa geração segue os modelos discutidos.
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