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Linfócitos T

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PROBLEMA 2: CARA-CRACHÁ 
 
PERGUNTAS 
® 1. Como são apresentados os antígenos nos órgãos linfoides? 
® 2. Qual a fase expressa pela primeira interrogação? 
® 3. Quais citocinas responsáveis pela proliferação das células? 
® 4. De que forma ocorre a proliferação de células T? 
® 5. De que forma ocorre o PROCESSO de diferenciação? 
® 6. Qual a função das células apresentadas no tecido periférico? (de acordo com a imagem) 
HIPÓTESES 
® 1. APCs como células dendríticas, macrófagos e células B plasmoides detectam patógenos ou estruturas exógenas 
e levam para células de defesa do sistema imune nos órgãos linfoides secundários 
® 2. Reconhecimento de antígeno sendo que a APC ativa apresenta e as células T progenitoras reconhecem. 
® 3. Interleucinas de forma geral que consigam estimular a replicação do DNA dos leucócitos e IL- 2R 
® 4. Citocinas auxiliam nos receptores e direcionam a replicação e diferenciação. Esses processos da célula T estão 
relacionados a expansão clonal. Sendo que dentre os vários receptores, o antígeno será proliferado. 
® 5. Fundamentalmente são por mecanismos de diferenciação que a partir de receptores ocorre o processo de 
sinalização celular que promovem a expressão gênica. Também pode haver mecanismo de feedback positivo. 
® 6. Ativação de macrófagos, killing, memória, diferenciação de linfócitos B em plasmócitos, potencialização das 
células do SI inato e ativação de outras células que ativam processos inflamatórios e outros fagócitos ativados. 
OBJETIVOS 
® 1. Entender de que forma ocorre o processo de ativação, maturação, diferenciação das células T. 
® 2. Citar as funções efetoras das células T. 
REFERÊNCIAS 
® ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 
Cap. 9, 509-548; Cap. 10, 549-602; Cap. 11, 603-624. 
® ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H. Imunologia Básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. 4 ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014. Cap. 5, 164-204; Cap. 6, 205-227. 
® JANEWAY, CA. et al. Imunobiologia: O sistema imune na saúde e na doença. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
Cap. 8, 341-370. 
 
 
 
 
OBJETIVO 1: ENTENDER DE QUE FORMA OCORRE O PROCESSO DE 
ATIVAÇÃO, MATURAÇÃO, DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS T. 
ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T POR ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS 
VISÃO GERAL SOBRE OS LINFÓCITOS T 
® Os linfócitos T são muito importantes na imunidade adquirida, sobretudo na defesa de possíveis infecções que nós 
estamos expostos a todo o momento. Diferentemente dos linfócitos B, que vão atuar sobretudo na imunidade 
chamada de humoral, que está relacionada aos anticorpos, os linfócitos T têm um papel imprescindível na chamada 
imunidade adaptativa celular, que é aquela que defende o organismo por meio de células (no caso, os linfócitos T) 
contra microorganismos que já venceram as barreiras e estão intracelulares (na superfície da célula hospedeira). 
Existem duas maneiras principais que fazem com que esses microorganismos consigam, de fato, penetrar as 
barreiras da imunidade inata e se alojarem dentro das células do hospedeiro: 
o Ou aquele microorganismo se deparou com alguma célula fagocítica da imunidade inata (sentinelas) mas 
possui resistência às atividades microbicidas que essas células têm e, por isso, conseguiu entrar = bactérias 
e protozoários que conseguem até reproduzir dentro das vesículas dos fagócitos. Inclusive, alguns desses 
microorganismos conseguem até escapar dos fagossomos (fagolisossomas) e ficar no citoplasma, que é onde 
eles vão ficar mais protegidos ainda, porque os microbicidas estão só nas vesículas, pra não lesar a célula. 
o Ou esse patógeno é um vírus e, por toda sua peculiaridade, vai se ligar ao receptor da célula que é específico 
pra vírus e começam a duplicar dentro da célula hospedeira. O que é um pouco mais complicado, porque 
essas células não conseguem destruir esse vírus e eles podem manter proteínas virais dentro dessas células 
infectadas gerando infecções latentes. 
® Além de fazer parte de forma muito importante da imunidade adaptativa celular, o linfócito vai participar também 
da imunidade humoral, que é quando o linfócito T ajuda o linfócito B a produzir anticorpos. Além disso os linfócitos 
T também participam da ativação de fagócitos (T auxiliar) e da morte de células infectadas (T citotóxico). 
® As células T possuem uma especificidade muito grande, e isso acontece por conta do MHC (complexo principal de 
histocompatibilidade), que vai assegurar que as células T consigam identificar antígenos associados a outras células 
e que esses linfócitos respondam a eles. 
ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T 
® O processo da resposta das células T, de modo geral, inicia quando os antígenos são reconhecidos pelos linfócitos 
T nos órgãos linfoides periféricos, como o baço, por exemplo, e a partir dai é estimulada sua proliferação e 
diferenciação, que são várias etapas sequenciais pra que essas células sejam aumentadas em quantidade (de forma 
antígeno-específica), e que pode ser tanto em células de memória (células inativas, que circulam durante até anos 
e vão responder só quando houver uma exposição repetida), quanto em células efetoras, que vão ser ativadas, a 
partir desse momento, sempre pelos mesmos antígenos nos órgãos linfoides e até em tecidos periféricos que não 
são linfoides. Esse processo, de modo geral, vai ser chamado de expansão clonal, justamente porque são geradas 
milhares de células de progenitores clonais, todas com a mesma especificidade de Ag, assegurando que a 
imunidade adaptativa mantenha o ritmo com a proliferação dos microorganismos (compensatório). 
® Depois que as células efetoras conseguem agir e matar o agente infeccioso, todos os estímulos que desencadearam 
esse processo de expansão e diferenciação passam não existir mais, então a grande maioria das células que foram 
geradas morrem, ficando só as células de memória. 
® Linfócito T naive (virgem): linfócitos que não responderam previamente a Ags, ou seja, são “virgens”. Eles ficam 
circulando nos órgãos linfóides periféricos procurando um antígeno proteico. E, nesses órgãos, os antígenos vão 
ser processados pelas moléculas do MHC das células dendríticas, que inclusive são estimuladores para que novas 
células virgens sejam formadas. 
® Esse processo de ativação das células T ocorre nos órgãos linfóides secundários (timo, linfonodos), que são 
justamente as regiões onde os linfócitos circulam e onde geralmente as células dendríticas maduras (imunidade 
inata) apresentam os antígenos para essas células. Depois dessa exposição, os linfócitos T naive, que ainda não 
tinham respondido a um antígeno, passam a ser ativados nesses órgãos linfoides e passam a responder 
efetivamente a uma infecção. Como ele faz isso = produzindo um arsenal de células efetoras que tem a mesma 
especificidade desse linfócito T naive, para que elas consigam atuar juntas no combate ao secretando citocinas, 
mas também gerando céls. de memória, para que exposições repetidas gerem respostas rápidas e efetivas. 
® APCs: não só expõem os Ags, mas também orientam como e o quão intensa vai ser a resposta das céls T (relação 
entre imunidade inata e imunidade adaptativa). 
 
 
® Existem vários mecanismos de feedback que regulam esses processos de proliferação e diferenciação, porque ao 
mesmo tempo que é importante que as células T quando ativadas liberem sinais para as APCs, pra que elas ativem 
outras células T e a resposta seja mais deflagrada (feedback +), é importante também que haja um limite de 
segurança, porque a resposta inflamatória não pode ser exagerada, pra não chegar ao ponto de lesar a célula, e 
também é importante pra que o sistema imune retorne ao estado de equilíbrio/homeostase (feedback -). Esse 
feedback -, inclusive, acontece porque à medida em que o Ag vai sendo eliminado, os linfócitos perdem os 
estímulos de sobrevivência, porque esses estímulos vêm do próprio Ag. 
® Importância da diferenciação das céls. naive (virgens) para as efetoras:além de conseguirem realizar funções 
mais especializadas, conseguem migrar entre os tecidos e chegarem até o sítio de infecção/inflamação, que são 
locais que essas células efetoras vão encontrar o antígeno e responder a ele, seja pelo mecanismo das células T 
CD4+ (secreção de citocinas que vão recrutar céls. SI inato), seja pelo mecanismo das céls. T CD8+ (destruição 
direta dessas células) 
SINAIS PARA ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T 
® Para que os linfócitos T proliferem e sejam diferenciados em células efetoras, é necessário que haja primeiramente 
o reconhecimento dos antígenos (pra resposta ser antígeno-específica), em seguida uma coestimulação, que vai 
conseguir aumentar essa resposta, e por fim a necessidade das citocinas, que vão amplificar essa resposta e vão 
direcionar essa resposta ao longo de diversas vias de diferenciação que são especializadas. 
RECONHECIMENTO E COESTIMULAÇÃO DE UM ANTÍGENO 
® O reconhecimento do antígeno é o primeiro sinal que os linfócitos precisam, porque a resposta precisa ser 
antígeno-específica, então, obviamente, é necessário o antígeno pra que isso ocorra. E esse reconhecimento, que 
vai ser principalmente através das células dendríticas (porque estão na região ideal pra interagir com as células T, 
já que existem quimiocininas que atraem as DCs para os vasos linfáticos e levam até os linfonodos), é essencial 
para que as células T naive sejam ativadas. Então temos as DCs capturando os Ags que conseguem atravessar as 
barreiras epiteliais, e aqueles Ags que estão na circulação são capturados pelas DCs também, só que no baço, 
depois esses Ags são transportados até a região das zonas de células T, que ficam nos linfonodos. Esse processo, 
de modo geral, vai acontecer porque nos linfonodos existem as chamadas quimiocinas, que são produzidas ali 
mesmo no órgão linfoide e vão se ligar ao receptor de quimiocina CCR7 nas células 
® A partir do momento em que as células T já estão diferenciadas, várias outras células que não as DCs também 
conseguem reconhecer o antígeno, então por exemplo na resposta humoral vão ter as células B apresentando 
antígenos para as células T auxiliares, na resposta celular temos os macrófagos apresentando os antígenos para 
as células T auxiliares também. Então, se tratando de resposta imune adaptativa, com os linfócitos já 
diferenciados, temos praticamente qualquer célula (desde que nucleada) com a capacidade de apresentar 
antígeno para o sistema imune adaptativo e também a capacidade dela ser destruída pelos linfócitos citotóxicos. 
 
RECONHECIMENTO DE PEPTÍDEOS ASSOCIADOS AO MHC 
® O reconhecimento dos antígenos de natureza peptídica e também das moléculas do complexo MHC nas 
APC sempre é feita por receptores das células T (TCR) e o correceptor, que pode ser o CD4 ou o CD8. Esse 
TCR está presente em todas as células T (CD4 e CD8) e é, basicamente, formado por uma cadeia alfa e outra 
beta, e as duas vão participar juntas do reconhecimento dos antígenos. 
® Ao mesmo tempo que o receptor de célula T está reconhecendo o complexo peptídeo-MHC, a CD4, que é 
outra molécula de reconhecimento, reconhece o MHC classe II ou a CD8 reconhece o MHC classe I. 
Basicamente o classe I é um ligante relacionado aos antígenos do citosol e o classe II está associado à célula 
apresentadora de antígeno. 
 
 
® As células T também podem ser ativadas por moléculas que se ligam ao receptor de linfócito T de muitos 
ou todos os clones de células T, de forma independente da especificidade do TCR ao complexo MHC, que 
são os chamados ativadores policlonais. Esses ativadores policlonais são muito utilizados em experimentos 
e também na pratica clinica, principalmente em exames que analisam a função das células T. Inclusive, 
quando essa ativação e liberação excessiva de citocinas por muitas células T causam alguns problemas, 
como é o caso de superantígenos microbianos que podem causar uma inflamação sistêmica grave. 
PAPEL DAS MOLÉCULAS DE ADESÃO NA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T 
® Existem moléculas que ficam na superfície das células T que são muito importantes para que os ligantes sejam 
reconhecidos pelas células T e, mais que isso, para que a ligação das células T com as APC se mantenha estabilizada, 
porque, naturalmente, a maior parte dos receptores de linfócito T ligam-se aos complexos MHC com baixa 
afinidade, e é essencial que haja uma mínima estabilidade pra que, pelo menos, o limiar de sinalização seja 
alcançado. 
® Essa estabilização é feita por moléculas de adesão que estão nas células T (superfície) que se unem aos ligantes 
que estão na superfície da célula apresentadora de antígeno, e a mais importante delas é a família das integrinas, 
principalmente é o LFA-1. 
PAPEL DA COESTIMULAÇÃO NA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T 
® Para que as células T naive consigam se proliferar e, em seguida, se diferenciar, são necessários sinais fornecidos 
por duas estruturas: primeiramente, os sinais fornecidos por moléculas das APCs, que são os chamados 
coestimuladores, e também dos sinais que são induzidos pelos próprios antígenos, que vão desencadear esse 
processo de diferenciação com a especificidade. Ou seja, as APCs expressam algumas moléculas que vão atuar 
juntamente com o antígeno para que, só assim, seja induzida a ativação da célula T. E, justamente por atuarem 
junto com o antígeno na ativação das células T, essas moléculas são chamadas de coestimuladores, e esse 
processo é chamado de coestimulação. 
® Destaques na imagem: A transdução do sinal a partir do 
reconhecimento do antígeno e dos sinais bioquímicos que são 
liberados para o interior da célula. Observe o MHC se ligando 
ao receptor de célula T, a mesmo tempo que proteínas se ligam 
também ao TCR, de modo que haja essa transdução do sinal. 
® E esse processo de coestimulação acontece a partir de microorganismos que vão fazer as citocinas serem 
produzidas na resposta inata, e ai vão ativas as APCS, e aí vão ser expressos os coestimuladores, como o B7, que 
é o mais importante. E, a partir dessa coestimulação, as APCs se ativam e começam a produzir citocinas que vão 
estimular diretamente a diferenciação das células T naive em células efetoras. 
 
A FAMÍLIA DE COESTIMULADORES B7: CD28 – O CD28, que é um receptor da célula T, está envolvido na via 
coestimulação mais importante na ativação das células T, porque ele é o responsável por se ligar às moléculas 
coestimuladoras (no caso, B7) que ficam na superfície das APCs ativadas. E esses receptores são expressos na 
grande maioria das células T (90% das células T auxiliares e 50% das citotóxicas). E esses coestimuladores B7 tem 
a sua expressão aumentada por meio de alguns produtos microbianos (produtos que se ligam a TLRs) ou então 
quando o corpo está passando por uma resposta imune inata, e esse mecanismo é muito importante para que 
esses linfócitos T não sejam ativados atoa. Então, aqui, vemos um importante exemplo da imunidade inata 
amplificando a resposta da imunidade adaptativa. 
® Além termos essa influência da exposição a um antígeno para a expressão dos coestimuladores, existe um 
mecanismo que aumenta a expressão desses coestimuladores B7 por meio de uma alça de feedback positivo, 
® Uma outra possiblidade de estimular a ativação as células T é por meio dos adjuvantes, que são produtos que 
mimetizam moléculas produzidas por microorganismos e por células necróticas que vão estimular a imunidade 
inata e depois a adaptativa. É o caso das vacinas, por exemplo. 
ESTÍMULOS PARA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T CD8+ 
® Para que uma célula T CD8+ seja ativada, é essencial um reconhecimento dos peptídeos associados ao MHC de 
classe I, e requer também a coestimulação ou células T auxiliares (ou os dois). 
® A ativação das células T CD8 + tem algumas características específicas. Por exemplo: sua diferenciação em 
linfócitos T citotóxicos completamente ativos ou em células de memória, pode apresentar uma ativação que seja 
concomitante das células T auxiliares, porque quando as células infectadas são infectadas por um vírus,por 
exemplo, são englobadas pelas células dendríticas, a APC pode apresentar Ags formados por moléculas dos dois 
sistemas (MHC-I e MHC-II), o que quer dizer que a ativação das duas (CD4 e CD8) ocorre perto. Uma questão 
interessante sobre essa relação entre as CD4 e CD8 é que as CD4 podem produzir citocinas que vão auxiliar na 
ativação das CD8, e isso justifica algo que acontece em pacientes com HIV, porque neles, mesmo o vírus matando 
só as células TCD4 (não mata as CD8), as CD8 não conseguem responder de forma completa a esses vírus, por 
isso o grande problema imunológico que essas pessoas enfrentem. 
 
VIAS BIOQUÍMICAS DA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T 
® Nesse tópico, vamos focar em caminhos bioquímicos que vão levar à ativação de células T. O processo é o 
seguinte: Assim que uma célula T reconhece os antígenos e os coestimuladores, ela começa a expressar várias 
proteínas que vão estar diretamente envolvidas na proliferação, na diferenciação e até nas funções efetoras das 
células. Então, obviamente, se analisarmos uma célula T virgem, que não teve uma exposição prévia a um Ag, a 
síntese proteica dela vai ser muito mais baixa do que uma célula que acabou de ter contato com um antígeno. E 
essas proteínas que vão sendo expressas medeiam várias outras respostas subsequentes das células T, incluindo 
a produção de fatores de transcrição, que vão ser fundamentais par que sejam produzidas citocinas e seus 
receptores, para que sejam produzidas moléculas que vão favorecer a multiplicação das células (indutoras de 
ciclo celular) e moléculas efetoras, como o CD40. 
® Observamos na imagem a 
ativação das células T CD8+ 
envolvendo a célula dendrítica, 
que vai apresentar o antígeno 
para a célula T CD8, juntamente 
com a T CD4, que auxilia essa 
ativação com a produção de 
citocinas, que vão estimular o 
crescimento e a diferenciação 
das células T. 
 
 
RESPOSTAS FUNCIONAIS DOS LINFÓCITOS T AOS ANTÍGENOS E À COESTIMULAÇÃO 
® Como já vimos, assim que o antígeno e os coestimuladores são reconhecidos, é iniciada uma série de respostas 
sequenciais que vão culminar na expansão de clones de linfócitos específicos e na diferenciação das células T 
virgens em células efetoras ou de memória. E todo esse processo de resposta das células T é principalmente 
mediado por citocinas, que não só vão atuar nas próprias células T, como também em várias outras células 
(inclusive da imunidade inata). 
® Então, nos próximos tópicos, vamos estudar cada um dos componentes das respostas biológicas das células T. 
SECREÇÃO DE CITOCINAS E EXPRESSÃO DOS RECEPTORES PARA CITOCINA 
® A principal resposta ao antígeno e ao coestimulador que os linfócitos T fazem é a secreção de citocinas, que é 
bem rápida e cada uma delas tem uma atividade diferente. O que elas têm em comum vai ser só a atuação como 
mediadoras da imunidade e da inflamação, mas essa mediação pode acontecer de muitas formas. 
 
Figura: proteínas produzidas pelas células T 
a partir da estimulação por antígeno. Como 
podemos ver, a cinética delas varia de 
acordo com o estímulo e cada uma dessas 
proteínas vai gerar um efeito diferente nesse 
processo de ativação. Por exemplo: a IL-2 é 
uma citocina que atua como fator de 
crescimento, o ligante CD40 já é uma 
molécula efetora. 
Dentre todas essas citocinas que vão sendo 
produzias, uma das mais importantes é a IL-2, 
que vai ser a primeira citocina a ser produzida 
e tem um papel muito importante na 
estimulação para que as células T se 
proliferem e se diferenciem. 
EXPANSÃO CLONAL 
® Os linfócitos T, assim que são ativados pelos antígenos e coestimuladores, já começam a proliferar no primeiro 
ou segundo dia, e a partir dessa proliferação vão sendo gerados clones de linfócitos que possuem uma 
especificidade para o antígeno, e que podem formar células efetoras que vão agir diretamente no combate à 
infecção. 
 
DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS T VIRGENS EM CÉLULAS EFETORAS 
® A função das células efetoras vai ser sempre erradicar a infecção (já se tem célula efetora diferenciada uns 3 ou 
4 dias após a exposição ao microorganismo) e essa erradicação pode ocorrer de duas formas, por duas células. 
Vou falar de uma que age de forma mais indireta, mas é muito importante: 
® Linhagem auxiliar T CD4+: podem migrar para os folículos linfoides nos órgãos linfoides e ajudar as células B, 
podem ativar fagócitos a partir da secreção de citocinas. Inclusive, existe uma proteína que é a mais importante 
que fica na superfície do linfócito T CD4, que é ligante CD40. 
 
SUBGRUPOS DE CÉLULAS T AUXILIARES CD4+ DISTINGUIDOS POR PERFIL DE CITOCINAS 
® Na década de 1980, foram feitos estudos que analisavam a forma com a qual acontecia a produção das citocinas 
pelas células T auxiliares e, foi aí que os pesquisadores descobriram que aquela célula T auxiliar, que eles estavam 
estudando, na verdade correspondia não só a uma célula, como um grupo de células. E foi justamente a 
descoberta desses vários subgrupos de células T auxiliares que justificou a habilidade do sistema imunológico 
adquirido de responder de forma diferente pra cada microorganismo. Por exemplo: alguns são fagocitados, 
outros que já são maiores, como os helmintos, são destruídos pelos eosinófilos, por meio da produção de IgE. 
® Uma importante curiosidade é que muitas das células CD4 podem produzir um tipo de citocina e depois passar a 
produzir outro tipo, ou seja, existe uma plasticidade nessas populações, onde um subgrupo pode ser convertido 
em outro sob determinadas condições específicas. 
® O que determina quais vão ser esses subgrupos a serem desenvolvidos vai ser justamente os estímulos que as 
células T virgens recebem quando elas encontram os antígenos microbianos, porque cada subgrupo vai ser 
induzido de acordo com o microorganismo que ele é destinado a combater, por isso que a imunidade adaptativa 
é considerada tão diversa e pode responder a tantos tipos diferentes de microorganismos. 
 
Como podemos ver, a magnitude da expansão clonal 
das células T CD8 é bem maior que das CD4, e uma 
relação que pode justificar essa diferença é que, se 
formos analisar a função das células, as células CD8 
são células efetoras que exterminam aquelas células 
infectadas por um contato direto, já as CD4 tem uma 
função mais indireta, que é secretar citocinas pra ativar 
outras células efetoras, ou seja, há realmente muito 
mais necessidade de células citotóxicas (exército)que 
de células que induzem a ativação de outras células 
efetoras. 
Ø SUBGRUPO TH1: Estimulam o englobamento que é feito pelos fagócitos e o extermínio de 
microorganismos, com destaque para as infecções virais, porque o componente-chave que essas células 
produzem é o (IFN-γ), que tem esse nome por justamente interferir na existência dos vírus. Uma outra 
função dessas células é a estimulação para que sejam produzidos isótopos de anticorpos, que vão promover 
a fagocitose dos microorganismos por meio da ativação do complemento. Além disso, uma outra função 
que o IFN-γ é estimular as respostas das células T, porque eles conseguem estimular a expressão de 
moléculas do MHC-classe I e dos coestimuladores B7 na superfície de macrófagos e células dendríticas; 
o A diferenciação no subgrupo TH1 é orientada pela combinação de duas citocinas, IL-12 e IFN-γ, que 
são produzidas quando há um estímulo vindo de bactérias ou vírus. É interessante mencionar que 
a produção de IFN-γ não somente mata os microorganismos, como também promove mais 
desenvolvimento de TH1 e inibe o desenvolvimento de TH2 e TH17, então a IFN-γ acaba polarizando 
ainda mais a resposta a esse subgrupo. 
 
Ø SUBGRUPO TH2: Estimulam a imunidade independente de fagócitos, que é por meio dos eosinófilos, que 
são células que vão defender o organismo principalmente contra os helmintos. E essa defesa só consegue 
ocorrer porque as células TH2 produzem a interleucina-4, que é uma citocina que estimula a produção de 
IgE e interleucina-5, que vão ativar os eosinófilos. Além disso, as citocinas produzidas pelasTH2 também 
ativam fagócitos. 
o O desenvolvimento das células TH2 é estimulado pela IL4, que é estranho porque quem produz a 
IL4 é justamente a TH2, mas aparentemente existe um mecanismo que sob o estímulo de antígeno 
é produzida a IL-4, que ativa fatores de transcrição que promovem a diferenciação em TH2, e a 
partir dele há uma maior produção de TH4, que amplifica a resposta TH2, e assim sucessivamente. 
 
Ø SUBGRUPO TH17: Recebe esse nome porque são elas que secretam a IL-17, que vai atuar induzindo a 
inflamação. Inclusive, essa subclasse foi descoberta a partir da sua associação com várias doenças 
inflamatórias, como a esclerose múltipla, a artrite reumatoide). Diferente do subgrupo TH2, que é bem 
importante pra defesa contra helmintos, esse subgrupo TH17 está mais associado à defesa contra bactérias 
e fungos, porque essas células secretam citocinas que recrutam principalmente neutrófilos. 
o Pra que sejam desenvolvidas as células TH17 são necessárias citocinas inflamatórias como a IL-6 e 
a IL-1, que são produzidas pelos macrófagos e células dendríticas e a IL-23, que tem relação com a 
IL-12, além de um fator transformante de crescimento beta (TGF beta). 
 
DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS T CD8+ EM LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS (CTL) 
® Os linfócitos T CD8+, quando são ativados por um antígeno e pelos coestimuladores, passam a se diferenciar em 
linfócitos T citotóxicos, que são capazes de destruir diretamente as células que foram infectadas e expressam 
aquele antígeno. Essa destruição ocorre por meio de enzimas que vão induzir a apoptose dessas células 
infectadas, é como uma maquinaria de destruição. 
DESENVOLVIMENTO DE LINFÓCITOS T DE MEMÓRIA 
® Uma parte dos linfócitos T ativados por antígenos tornam-se células de memória, que são células que podem 
sobreviver mesmo depois da infecção ter sido erradicada por bastante tempo. Na verdade, a única coisa que 
essas células vão precisar é de sinais que vão sendo enviados por certas citocinas, principalmente a IL-17, que 
vão manter essas células vivas. 
® As células T de memória podem ser encontradas em órgãos linfóides, em vários tecidos periféricos, 
principalmente nas barreiras mucosas e na pele e no sangue também. 
® Em geral, em condições normais, essas células T não ficam produzindo citocinas ou destruindo células infectadas, 
elas só vão fazer isso quando ela encontrar de novo um antígeno conhecido, ou seja, as células de memória são 
como “células sentinelas, células de espera”. 
® Existem dois principais subgrupos de células T de memória que tem uma atuação um pouco mais específica e são 
muito importantes: 
® Células de memória central: são células que povoam órgãos e tecidos linfóides e são responsáveis por uma 
expansão clonal que acontece de forma muito rápida, assim que o antígeno é reexposto; 
® Células de memória efetoras: ficam localizadas na mucosa e em outros tecidos periféricos e ficam mediando 
funções efetoras rápidas quando esse antígeno é reexposto. 
 
DECLÍNIO DA RESPOSTA IMUNE 
® Assim como observamos uma replicação rápida e intensa de linfócitos durante uma exposição a um antígeno, 
que é a expansão clonal, é primordial também, que, depois que essa infecção é combatida, o organismo retorne 
ao seu estado normal, ou homeostático, para que ele esteja preparado para atender a uma próxima infecção. 
® E como que ocorre esse declínio de resposta? Pra entendermos esse processo, precisamos compreender que a 
sobrevivência e a proliferação das células T só ocorre porque existem sinais que mantém esse estímulo, como os 
sinais coestimuladores e os sinais de citocinas, como a IL-12. Assim que a infecção acaba, sabemos que esses 
sinais acabam, então o estímulo acaba, e essas células acabam morrendo por apoptose. 
 
OBJETIVO 2: CITAR AS FUNÇÕES EFETORAS DAS CÉLULAS T. 
TIPOS DE REAÇÕES IMUNES MEDIADAS POR CÉLULAS T 
® Existem 2 tipos de reações imunes que são mediadas pelas células T. A primeira delas está relacionada com as 
células T auxiliares CD4+, que secretam citocinas e recrutam, em seguida, outros leucócitos para ajudar no 
combate do microorganismo por meio da fagocitose, e a segunda reação imune é mais direta, que está 
relacionada às células T citotóxicas CD8, que matam qualquer célula que esteja infectada contendo proteínas 
microbianas (podem estar no citosol ou no núcleo), de forma que todo o reservatório da infecção seja eliminado 
a nível celular. 
 
® Lembrando que o processo de reconhecimento de antígenos proteicos perpassam dois estágios: primeiro, as 
células T virgens reconhecem os antígenos nos tecidos linfoides, como principalmente no baço e nos linfonodos, 
como já vimos, e respondem se proliferando e se diferenciando em células efetoras, e só depois, que essas células 
já são diferenciadas em efetoras, é que elas vão exercer suas funções a partir do reconhecimento do antígeno 
(que tem que ser o mesmo, obviamente, porque é antígeno-específica) mas que pode estar em qualquer lugar 
do corpo, que essas células vão agir de modo a eliminar esse microorganismo. 
 
MIGRAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM RELAÇÕES IMUNES MEDIADAS POR CÉLULAS 
® Como sabemos, para que as respostas imunes mediadas por células T ocorram, que seria a resposta adaptativa 
celular, é necessário que as células T passem por duas migrações: 
® A primeira vai envolver as células T virgens, que é quando elas precisam migrar entre o sangue e os tecidos 
linfóides em todo o corpo até conseguir encontrar células dendríticas em um órgão linfoide secundário, que pode 
ser o baço ou um linfonodo, por exemplo, que vão apresentar os antígenos que já são conhecidos por essas 
células T. 
® A segunda migração vai ocorrer depois de todo o processo que já falamos, vai ser só depois que as células forem 
ativadas e já estiverem diferenciadas em células efetoras. Essas células efetoras vão migrar de volta para onde 
está ocorrendo a infecção, mas ela já volta destruindo o microorganismo. 
® Essa migração de células T virgens e de células T efetoras envolve três famílias de proteínas: as selectinas, as 
integrinas e as quimiocinas, que são proteínas responsáveis por controlar a migração não só de linfócitos como 
de outros leucócitos de modo geral. 
® Essas duas vias de migração de células T (virgens e efetoras) são bem diferentes, porque existem moléculas de 
adesão e receptores para quimiocinas que são expressas de formas diferentes nas duas vias. 
 
 
® As células T virgens expressam a molécula de adesão celular L-selectina e o receptor para quimiocinas CCR7, que 
vão servir pra mediar essa migração das células T virgens para os linfonodos e para as vênulas endoteliais altas, 
que basicamente são vasos especializados localizados nas zonas de células T dentro os tecidos linfoides, e são 
revestidas por células endoteliais especializadas, que tem ligantes que vão se ligar à L-selectina. Além disso, essas 
vênulas endoteliais altas também têm algumas quimiocinas que vão fixar o receptor CCR7. A partir dai vão sendo 
gerados sinais, até que 
 
FUNÇÕES EFETORAS DE LINFÓCITOS T AUXILIARES CD4+ 
® Estudamos os subtipos dos linfócitos T auxiliares separados, mas é importante mencionar que muitas das reações 
de todos os subtipos ocorrem ao mesmo tempo, e isso é fundamental para que haja vários mecanismos agindo 
em conjunto no combate aos microorganismos, então ao mesmo tempo que leucócitos estão sendo recrutados 
ao sítio de infecção, fagócitos que já estão ali se ativam, tudo junto. 
PAPEL DAS CÉLULAS TH1 NA DEFESA DO HOSPEDEIRO 
® A principal função das células Th1 é aumentar a capacidade dos fagócitos em destruir os microorganismos, e isso 
acontece por meio da ativação dos macrófagos, que vai ser basicamente por causa da secreção de uma citocina, 
que é o interferon-gama, que vai justamente funcionar como um ativador dos macrófagos, ou seja, vai tornar os 
macrófagos células altamente microbicidas, que conseguem destruir facilmente os microorganismos ingeridos. 
Essa reação era a que basicamente definia a imunidade celular, inclusiveaté hoje é, de fato, a função mais bem 
esclarecida e firmada das células T CD4+ de modo geral, mas sabemos que existem outras funções 
desempenhadas pelas outras células, como a Th17 e a Th2. 
® Embora a ativação dos macrófagos esteja relacionada com a imunidade inata, a magnitude da resposta é muito 
maior nas reações mediadas por células da imunidade adaptativa, porque só na imunidade adaptativa que temos 
o envolvimento das células T. 
® Basicamente, primeiro os macrófagos vão apresentar os antígenos microbianos para as células Th1, isso vai 
estimular a expressão de CD40L e IFN-gama nas células T, que são quimiocinas que vão ativar os fagócitos para 
que eles consigam destruir os microorganismos ingeridos, e ao mesmo tempo esses fagócitos ativados produzem 
IL-12, que é uma citocina que vai atuar na estimulação da diferenciação das células T CD4+ virgens em células 
Th1, ou seja, a resposta vai sendo continuamente ampliada. 
Imagem indicando o processo de 
migração de linfócitos T virgens e 
efetores. Mostra a forma com que as 
células chegam até os linfonodos por 
vênulas endoteliais altas, que 
expressão ligantes para a L-
selectina, que é um receptor da 
célula T virgem. Tem também 
mostrando os linfócitos T já 
ativados, que vão para os locais de 
infecção a partir de estímulos nesses 
próprios locais, que é basicamente a 
secreção de selectinas, integrinas e 
quimiocinas. 
 
 
PAPEL DAS CÉLULAS TH17 NA DEFESA DO HOSPEDEIRO 
® A principal função das células Th17 é promover o recrutamento de leucócitos, principalmente os neutrófilos para 
o local da infecção, e esse processo ocorre quando essas células Th17 secretam citocinas, porque são elas que 
vão recrutar esses neutrófilos (monócitos também) para que eles sejam levados até o local da infecção, e esse 
processo de infiltração de células sob estímulo das células T é bastante típico de um quadro inflamatório. 
® Além da inflamação, as células Th17 conseguem estimular a produção de substâncias (localmente) que vão agir 
como antibióticos, como por exemplo as defensinas. 
® Algumas citocinas produzidas por células Th17 ajudam a manter as barreiras epiteliais funcionalmente integras, 
aumentando a imunidade inata. 
® As reações das células Th17 são voltadas a defesa de infecções fúngicas e bacterianas, e aqueles indivíduos que 
possuem problemas nas respostas da Th17 sofrem com muitas infecções, incluindo a candidíase, como exemplo 
de fungo, e os vários abcessos que podem ser formados por todo o corpo, em casos de infecções bacterianas. 
PAPEL DAS CÉLULAS TH2 NA DEFESA DO HOSPEDEIRO 
® A principal função das células Th2 é ativar os eosinófilos para que eles destruam parasitas helmínticos. Para que 
isso ocorra, primeiro as células vão reconhecer os antígenos, depois vão se diferenciar (todo o processo que já 
vimos), depois são produzidas as citocinas (incluindo a IL4 e a IL5), a IL4 vai começar a estimular a produção de 
IgE, que vai se fixar nos receptores Fc dos eosinófilos, a IL5 já vai ativar direto o eosinófilo e aqueles grânulos 
enzimáticos atacam o microorganismo. 
® As células Th2 também tem uma função muito relevante que é a de secreção de muco e o próprio peristaltismo 
no trato gastrointestinal, e isso vai ser fundamental para que a expulsão do parasita ocorra, pelo intestino. 
 
FUNÇÕES EFETORAS DOS LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS CD8+ (CTL) 
® O papel dos linfócitos T citotóxicos é basicamente reconhecer aqueles peptídeos que estão associados ao MHC 
classe I de microorganismos em células infectadas e formar uma adesão com essas células. Essa adesão vai 
acontecer por meio de moléculas de adesão como as integrinas, que vão justamente estabilizar a ligação das 
células citotóxicas com as células infectadas. 
® Quando as células T citotóxicas são ativadas a liberar por exocitose seus grânulos contendo enzimas, várias 
enzimas são liberadas na célula alvo, principalmente a perforina e a granzima. A diferença entre essas duas 
enzimas é que a perforina vai facilitar a entrada das granzimas no citosol, e é justamente as granzimas que vão 
ativar a apoptose. 
® O reconhecimento de antígenos pelos linfócitos T citotóxicos acarreta a ativação de vias de transdução de sinais 
que ocasionam a exocitose do conteúdo dos grânulos dos CTL para a “sinapse imune”, que é entre o CTL e a 
célula-alvo. 
® As células T citotóxicas podem atuar liberando citocinas (IFN-gama, TTNF-alfa e LT-alfa). Elas vão agir juntas no 
combate ao microorganismo. O IFN-gama O IFN-� inibe diretamente a replicação viral e também induz o aumento 
da expressão de moléculas do MHC de classe I e de outras proteínas que estão envolvidas no carregamento de 
peptídeos para essas moléculas do MHC de classe I recém-sintetizadas nas células infectadas, aumentando a 
chance de que as células infectadas sejam reconhecidas como células- alvo para o ataque citotóxico. O IFN-� 
também ativa os macrófagos, recrutando-os para os locais de infecção; e o TNF-� ou o LT-� podem agir em 
sinergia com o IFN-� na ativação dos macrófagos e matando algumas células-alvo por meio de sua interação com 
o TNFR-1, o qual induz apoptose. 
® Os linfócitos T citotóxicos não precisam de coestimulação e nem de ajuda das células T para que sejam ativados, 
então qualquer célula que esteja infectada consegue, em qualquer tecido, ser destruída por meio dos CTL. 
® Uma questão importante e até de preservação de células é que as células T citotóxicas, quando vão matar o alvo 
que expressa o Ag específico, matam só a célula-alvo mesmo, preservando as células espectadoras que podem 
estar misturadas com as células-alvo e preservam a própria célula T citotóxica. E isso acontece porque a liberação 
das moléculas efetoras citotóxicas é muito focalizada, e esse direcionamento acontece porque as células T 
citotóxicas orientam seus microtúbulos e seu complexo de golgi para focar na célula alvo. Isso evita uma lesão 
disseminada no tecido e preserva quando o tecido tem células que não tem muita regeneração, como o SNC. 
® Existem três proteínas liberadas pelas CTL que são importantes para que essa destruição seja feita: 
o Perforina: auxilia na entrega do conteúdo dos grânulos para o citoplasma das células alvo 
o Granzimas: ativam a apoptose dentro do citoplasma da célula alvo 
o Granulisina: possui ação antimicrobiana e pode induzir a apoptose se ela estiver em altas concentrações

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