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Farmacologia Vitória Araújo Fármacos que modulam o SNParassimpático Relembrando Simpático: luta ou fuga – atividade simpática predomina. Parassimpático: descanso e digestão – atividade parassimpática predomina. → Contrai a pupila- glaucoma → Estimula o fluxo salivar e lagrimal – inibido em cirurgia → Contrai os brônquios – inibe o SNP como tratamento para asma brônquica → Retardo dos batimentos cardíacos- pouco aplicabilidade clínica. → Contrai a bexiga – com a inibição do SNP, ocorre o relaxamento solucionando um problema de incontinência urinária. SNP: Neurotransmissores- acetilcolina Receptores- colinérgicos Nicotínicos e muscarínicos. Nos receptores nicotínicos a junção neuromuscular que vai ter mais efeitos terapêuticos. Ativação dos receptores pela acetilcolina nos músculos esquelético, promove a contração. Fármacos que atuam nesse receptor possuem aplicabilidade terapêutica, como: Promover relaxamento – uso para o bloqueio em cirurgias, em anestésicos Promove a contração – uso em miastenia gravis, onde a musculatura do paciente está muito flácida, relaxada. E os receptores muscarínicos, possuem 5 subtipos: M1 M2 M3 M4 M5 Órgão específicos – muscarínicos (pupila) Específicos para musculatura esquelética – nicotínicos. Fármacos que modulam o SNP Estimulação parassimpática: 📌 Colinomiméticos de ação direta (imitam a acetilcolina) – agonistas diretos. Fármacos: Betanecol- atua somente nos receptores muscarínicos e são usados para hipotonia da bexiga e do trato gastrointestinal. Acetilcolina – não usada clinicamente, possui afinidade tanto com o receptor muscarínicos quanto com o nicotínico. Pilocarpina – mais usada, mais afinidade com muscarínico e usado para glaucoma. 📌 Colinomiméticos de ação indireta (inibidores de acetilcolinesterase – que é uma enzima que degrada acetilcolina) – assim, aumentando a disponibilidade da acetilcolina endógena. Os agentes ligam-se a AChE e a inibem. Divididos em 3 classes: - Álcool simples Edrofônio: possui ligação reversível. Possui efeito rápido. - Ésteres do ác. Carbônico Neostigmina e fisostigmina- ambos possuem ligação covalente, o que indica que possuem efeito mais prolongado. - Organofosfarados Isoflutofato- complexo enzimático extremamente estável. Efeito muito intenso e prolongado. Se preocupar mais pela parte tóxica do que terapêutica (usados como pesticidas). São bem absorvidos pela pele, pulmão, intestino e conjuntiva – o que os torna perigosos para serem humanos. Efeitos tóxicos dos pesticidas: gânglios autonômicos coração músculo liso e tecido glandular SNC Pilocarpina Indicação: glaucoma (pressão ocular elevada) O humor aquoso (secreção produzida nos olhos) é secretado e drenado lenta e continuamente. No glaucoma, a drenagem é obstruída quando a pupila dilata, levando ao aumento da pressão intraocular. Com a ativação do músculo constritor da pupila pelos agonistas muscarínicos reduz a pressão intraocular. Farmacologia Vitória Araújo - sinais de intoxicação: miose, salivação, sudorese, constrição brônquica, vômitos e diarreia. Reversão: atropina parenteral em doses altas (associada à manutenção dos sinais vitais e descontaminação). Função importante na junção neuromuscular, nos receptores nicotínicos. Miastenia Gravis – agonistas de ação indireta. Aumentam a doença de contração, sobretudo em músculos enfraquecidos na miastenia gravis. - Usado Edrofônio – usado para diagnóstico de miastenia, pela sua rápida (5-15 minutos) e reversível ação. - E para terapia a longo prazo, é usado piridostigmina (4-6 horas). Efeitos colaterais Com a acetilcolina aumentada, irá ativar outros receptores muscarínicos de órgãos alvo, podendo gerar: - Diminuição da força de contração e frequência cardíaca; - Diminuição da resistência vascular periférica ( ↓ da pressão). Se esses efeitos forem muito proeminentes, podem ser controlados pela administração de fármacos antimuscarínicos, como a atropina. A atropina antagoniza os receptores muscarínicos. Inibição parassimpática: 📌 Antagonistas coliceptores. → Antagonistas muscarínicos- terão mais efeitos em órgãos efetores. Antagonistas competitivos, através do bloqueio do tônus colinérgico normal, esses agentes propiciam o predomínio das respostas simpáticas. • Alcaloides naturais: atropina (mais seletivos p/ muscarínicos). Outros: oxibutinina, propantelina, terodilina, darifenacina e solifenacina. Indicação clínica: incontinência urinária e síndrome da bexiga. Promove relaxamento do músculo detrusor e a contração do esfíncter da bexiga, causando, assim, retenção urinária. • Comp. Amônio quaternário – se liga em muscarínicos e nicotínicos. Ipratrópio Indicações clínicas: broncodilatador É mais efetivo do que os agonistas beta- adrenérgicos no tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica, porém menos efetivo no tratamento da asma. → Antagonistas nicotínico- mais efeito na junção neuromuscular e gânglios. Ativação dos receptores – promove contração Bloqueio dos receptores – promove relaxamento Indicação clínica: Efeito na junção muscular Usados para produzir bloqueio neuromuscular durante procedimentos cirúrgicos ou processo de intubação (relaxa o músculo). Deve ser usado em associação com anestésico (pois não promovem alívio da dor). Monitoramento da frequência cardíaca e da PA durante toda a ação do fármaco. Possui um efeito reversível. Exemplos: variam com relação a duração. Ação muito longa (d-tubocurarina, pancurônio) Duração intermediária (vecurônio, rocurônio) Composto rapidamente degradado (mivacúrio). Atropina Extraída de planta. Indicações clínicas: induzir midríase para exames oftalmológicos; inibir o excesso de salivação de muco durante cirurgia; anular os efeitos de envenenamento muscarínicos.
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