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Aula 3- eletrocardiograma

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Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
Eletrocardiograma (ECG)
ANATOMIA DO CORAÇÃO PARA EFEITOS DO 
ELETROCARDIOGRAMA 
 
Faces 
♥ Face anterior (esternocostal): aderida a face 
posterior do esterno. Formada principalmente pela 
parede anterior do ventrículo direito. 
 
♥ Face septal: corresponde ao septo que separa o 
ventrículo direito do ventrículo esquerdo 
 
♥ Face lateral: uma alta e uma baixa. 
 
♥ Face pulmonar (esquerda): formada principalmente 
pelo ventrículo esquerdo, ocupa a impressão 
cardíaca do pulmão esquerdo. 
 
♥ Face posterior/ diafragmática: tem porções do 
ventrículo direito e do ventrículo esquerdo. Apoia-
se sobre o diafragma. 
 
 
Irrigação 
♥ As coronárias estão acima da válvula aórtica, 
quando o coração se contrai, ejeta sangue para 
todo o organismo menos para si próprio. 
 
♥ O seio coronariano sai no alto da válvula aórtica, 
então na diástole, enquanto o sangue está 
refluindo, encontra a válvula fechada, encontra a 
musculatura dilatada e assim, o sangue penetra na 
coronária direita e na esquerda. Na sístole, a 
musculatura cardíaca colaba as arteríolas e os 
capilares, então o sangue não entra. 
 
COMO ENTRA SANGUE? 
1. Coronária direitaCoronária direitaCoronária direitaCoronária direita caminha entre o átrio e 
ventrículo direito e caminha para a face 
diafragmática gerando a descendente posterior, 
além de irrigar: 
→ Face anterior do ventrículo direito 
→ Átrio direito 
→ Nó sinusal 
→ Nó atrioventricular 
Se sofrer uma lesão, o que fica prejudicado é a 
face diafragmática e a anterior. 
 
a)a)a)a) Ramo descendente posterior da coronária 
direita irriga: (em alguns pacientes sai da 
esquerda) 
→ Pedaço do ventrículo esquerdo 
→ Pedaço do ventrículo direito. 
 
2. Coronária esquerdaCoronária esquerdaCoronária esquerdaCoronária esquerda: nasce sob a forma de 
tronco da coronária e se divide imediatamente em: 
Se sofrer uma lesão, o que fica prejudicado é a 
lateral alta, lateral baixa e a septal. 
 
a)a)a)a) Descendente anterior esquerda irriga: 
→ Uma lasca do ventrículo direito 
→ Uma lasca do ventrículo esquerdo 
→ Face lateral baixa. 
 
b)b)b)b) Circunflexa irriga: 
♥ Face lateral alta 
 
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO 
♥ Para que os átrios e os ventrículos não se 
contraiam juntos, na embriogênese, o coração em 
seu tubo inferior faz uma curva e dobra sobre si 
mesmo, formando o átrio que empurra sangue 
para baixo e o ventrículo que empurra sangue 
para cima. 
 
♥ Se o átrio e o ventrículo se contraem ao mesmo 
tempo, os ventrículos por terem muito mais massa, 
vão ejetar o sangue novamente para os átrios, 
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então é preciso que o estímulo elétrico espere o 
ventrículo relaxar para jogar sangue do átrio para 
o ventrículo. Para que isso aconteça é necessário 
que haja uma sincronia, enquanto um contrai, o 
outro relaxa. Quem permite essa sincronia é o 
sistema de condução. 
 
Sistema de condução 
♥ Nasce no nodo sinusal, emite fibras internodais 
para baixo porque o átrio direito é vertical e uma 
das fibras que é anterior lança um ramo para o 
átrio esquerdo (fibra de bachman). As fibras 
internodais podem ser anterior, média ou posterior. 
Posteriormente a serem emitidas para baixo, essas 
fibras caminham para o nó atrioventricular e 
quando chega nesse nodo tem que esperar para 
dar tempo do ventrículo relaxar (o estímulo recebe 
uma mensagem que diz slow is Best- devagar é 
melhor). O estímulo vem lentamente pelo nodo 
atrioventricular e quando o ventrículo está pleno 
de líquido sanguíneo, ele então se contrai. Esse 
estímulo que vem de forma lenta chega até feixe de 
his, que se divide em direito e esquerdo. 
 
♥ O feixe de his só joga estímulo para o ventrículo 
direito, assim como o esquerdo só joga estímulo 
para o septo e ventrículo esquerdo. Como ele ta em 
cima do septo, o primeiro a se contrair é o septo e 
depois ambos os ventrículos se contraem. 
 
DERIVAÇÕES 
♥ Em derivações bipolares (D1, D2, D3) e unipolares 
(aVF, aVR, aVL) para que o ventrículo esquerdo que 
é muito musculoso não empurre o septo para o 
ventrículo direito que possui a parede mais fina, a 
contração vai acontecer na seguinte ordem: 
1º Contração do septo 
2º Contração de ambos os ventrículos, a 
resultante delas pela lei do paralelogramo. 
3º Os ventrículos tentam subir o seu 
assoalho para ejetar o resto do sangue 
para a sua cavidade, por isso chamado de 
vetor raspa do tacho. 
 
♥ Os átrios se contraem em cima, depois no meio e 
por fim embaixo. Já os ventrículos vão se contrair 
primeiro embaixo, depois no meio e por último em 
cima. 
♥ O átrio direito tem uma anatomia vertical porque 
ele é fruto da veia cava superior com a veia cava 
inferior.. 
O átrio esquerdo é fruto da junção das duas veias 
pulmonares esquerdas e as duas direitas, logo ele 
é horizontal. 
Por isso, a resultante será oblíqua. 
 
Estímulo vem do nodo atrivoentricular (cima) par 
baixo, mas a resposta se dá de baixo para cima. 
 
O vetor que vai se formar no átrio direito, por ser 
anatomicamente verticalizado, será de cima para 
baixo. 
 
No átrio esquerdo, que possui uma anatomia 
horizontalizada, o vetor será horizontal da 
direita para a esquerda. 
 
Passa pelo nodo atrioventricular sem massa, só 
estímulo elétrico, contrai o septo e vem de cima 
para baixo, mas a resposta é de baixo para cima. 
 
Como no próximo ciclo a parte de baixo tem que 
estar pronto porque vai contrair primeiro a 
repolarização se dá de baixo para cima, deixando 
um rastro de positividade. 
 
Então, na despolarização deixa um rastro de 
negatividade e na repolarização (cabeça está para 
baixo) de positividade, para se contrair outra vez 
em um futuro ciclo. 
 
INTRODUÇÃO AO ELETROCARDIOGRAMA 
♥ O eletrocardiograma é um aparelho que registra a 
passagem do elétron. 
♥ O que define se uma parte do eletrocardiograma é 
para cima ou para baixo é se tem carga positiva 
ou negativa. 
→ Alguém caminha em direção a mim: + onda 
positiva 
→ Alguém se vira de costa e caminha de 
costas para mim: - onda negativa 
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Fisiologia II 
→ Alguém caminha para longe de mim, mas 
de frente pra mim + onda positiva. 
Quem faz isso são os vetores, os quais funcionam 
como dipolos, como se fossem corrente elétricas 
que passa. 
 
 
 
Figura 1 Créditos Bruna Soares 58
Lei do paralelograma – vetores 
♥ Como já sabemos a resultante entre o átrio direito 
e esquerdo será oblíqua. 
 
♥ Vetor do átrio: ao chegar pelo nodo 
atrioventricular, é melhor que passe devagar para 
dar tempo dos ventrículos relaxarem, para receber 
o sangue do átrio esquerdo e direito. 
Posteriormente segue para o feixe de his direito 
(lança estímulo para o ventrículo direito) e 
esquerdo (lança estímulo para o septo e para o 
ventrículo esquerdo), depois fibras de purkinje e 
por fim miócitos para se contrair. 
 
D1: positivo (vê cabeça) 
D2: positivo (vê cabeça) 
D2: positivo (vê cabeça) 
 
 
♥ Vetor do septo: 
→ Feixe de his lança o estímulo do ventrículo 
esquerdo para o ventrículo direito e um 
pouco de cima para baixo porque o septo 
é oblíquo. 
 
 
 
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D1: negativo (olha a cauda) 
D2: positivo 
D3: positivo 
 
♥ Em seguida, quem se contrai é a musculatura 
superior que está aderida ao esqueleto fibroso. O 
vetor resultante (terceiro vetor) puxa o ventrículo 
de baixo para cima. 
 
 
♥ Depois repolariza para positivar as massas. Vai 
ocorrer de baixo para cima. A seta ta voltada para 
baixo porque deixa um rastro de positividade. 
Quando ele vem de cima para baixo, ele deixa um 
rastro de negatividade. 
 
 
D1: positivo 
D2: positivo 
D3: positivo 
 
♥ O tamanho da seta está relacionado ao módulo da 
força de contração. Quanto mais massa muscular, 
mais alta ou mais baixa é a seta porque a altura 
registra voltagem e a horizontal registra duração 
no tempo. Por isso osátrios tem uma onda 
pequena e ventrículos uma onda grande. 
 
♥ A membrana dos miócitos tem poros que podem 
ser impermeáveis ou permeáveis. Quando são 
estimulados, se abrem e tornam-se permeáveis ao 
sódio, ao potássio e ao cálcio. Entretanto, 
continuam impermeáveis as proteínas, porque elas 
são extensas e possuem grande peso molecular. 
 
♥ No exterior da célula tem muito sódio, muito cálcio 
e pouco potássio. 
 
♥ No interior da célula tem pouco sódio, pouco 
cálcio e muito potássio. 
 
♥ Quando se abrem as comportas, o estímulo elétrico 
vai abrir as comportas. Assim, o sódio tende a 
entrar, já que sua concentração fora da célula é 
maior. Quem faz esse deslocamento/ essa força é o 
gradiente de concentração. Além disso, o sódio é 
positivo e o interior da célula negativo, por isso, a 
força elétrica também faz com que o sódio entre. 
Ademais, o cálcio tende a entrar também porque há 
muito mais do lado de fora do que do lado de 
dentro (do lado de dentro fica retido no retículo 
sarcoplasmático) 
 
♥ Já o potássio tem muito do lado de dentro, por 
isso tende-se a sair devido ao gradiente de 
concentração. Do ponto de vista elétrico, o exterior, 
assim como o potássio, é positivo, logo ele tende 
a ir em direção ao lado interno da membrana 
(opostos se atrem). 2 forças empurram o sódio 
para dentro (gradiente elétrico e de concentração). 
Entretanto, há uma força empurrando ele pra fora, 
o gradiente de concentração. 
 
♥ Quando o potássio sai e o sódio e cálcio e entram, 
ao mesmo tempo, está funcionando uma proteína: 
a bomba de sódio e potássio, que traz 2 potássios 
para dentro e leva 3 sódios para fora. Logo, temos 
o sódio entrando pelos poros e saindo pela bomba 
e o potássio saindo pelos poros e entrando pela 
bomba. 
 
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♥ Para recompor o sódio do lado de fora, porque 
quando inverte tem muito potássio fora muito 
sódio dentro (ou seja, quando a despolarização se 
completa), a bomba á abastecida e acelera. Assim, 
ela recompõe o sódio do lado de fora e potássio 
dentro, ou seja, consegue positivar o exterior, por 
isso o vetor da repolarização é positivo, vem 
positivando (olhando da esquerda para direita, vê 
a cabeça, logo o vetor é positivo e a onda é +; 
olhando da direita para a esquerda olha o vetor 
com a cabeça negativa e a cauda positiva como se 
fosse um meteoro, indo da esquerda para a direita 
positivando, logo, a onda é -) 
 
♥ Quando o estímulo vem de cima para baixo, ele 
deixa um rastro de negatividade no exterior da 
célula, porque antes da despolarização o interior 
da célula é negativo (por conta das proteínas, 
principalmente). Quando joga muito sódio para 
dentro, muito mais que o potássio sai, o interior 
fica positivo e o exterior negativo. Então o 
estimulo desce deixando um rastro de negatividade 
e quando volta deixa um rastro de positividade. A 
referência do rastro é o lado de fora da célula. 
 
♥ Nos átrios o vetor vem de cima para baixo (da 
esquerda para a direita na imagem), mas volta de 
baixo para cima. (direita para a esquerda na 
imagem) porque é em cima que tem que 
despolarizar primeiro. No próximo ciclo, nos 
ventrículos vem de baixo para cima (da esquerda 
para a direita na imagem) e volta (ao contrário) 
deixando um rastro de positividade. 
 
♥ Nos átrios vai deixando um rastro de negatividade 
(da esquerda para a direita) e volta deixando um 
rastro de positividade (da direita para a esquerda) 
do mesmo ponto para o mesmo ponto, ou seja, 
isso é despolarização, negativo virando positivo, 
porque o vetor está indo da esquerda para a 
direita. 
 
♥ A repolarização deixou tudo negativo do lado de 
fora, vem positivando no nó sinusal, para o nó 
atrioventricular. A repolarização não aparece no 
eletrocardiograma, o QRS é tão robusto que apaga 
a eletricidade do átrio, porque o ventrículo tem 
muito mais massa, no átrio a despolarização vem 
de cima para baixo e a repolarização também, 
porque o período refratário do átrio começa de 
cima para baixo. 
 
♥ O exterior tem muito sódio, por isso é positivo e o 
interior fica negativo por conta das proteínas, 
principalmente. 
 
♥ A repolarização é dada pela velocidade da bomba, 
tanto no átrio quanto no ventrículo, só que no 
ventrículo ela é intensa embaixo, por isso vem de 
baixo para cima, a bomba acelera mais em baixo, 
recompõe mais rapidamente em baixo, depois no 
meio e por último em cima, por isso que é um 
vetor de cabeça para baixo, andando em marcha ré, 
para deixar um rastro de positividade/ de cabeça. 
 
COMO SE REGISTRAM OS VETORES 
♥ Quais são os vetores bipolares? D1, D2 e D3. Porque 
tem o eletrodo explorador (cabeça da seta) e a base 
(fim da seta). São chamados de bipolares porque 
tem dois polos. 
 
♥ Os unipolares são: avR, avL e avF. A base é a 
mesma nos três, o centro elétrico do coração. O 
explorador está representado pelos nomes avR, 
avL e avF. 
 
♥ Horizontal= tempo; vertical= voltagem 
 
 
Bipolares 
D1 NORMAL 
♥ O átrio direito e esquerdo geram uma resultante 
positiva, uma onda positiva, possuem pouca 
massa. A onda apresenta 0,3mV e duração de 0,3ms, 
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preenchendo mais ou menos três quadradinhos na 
horizontal. É o que está de laranja. 
 
 
♥ O impulso posteriormente passa ao nodo 
atrioventricular, feixe de his e fibras de purkinje. O 
primeiro registro é o final da onda P e o começo 
do complexo QRS, que não tem massa muscular, 
sendo chamado segmento PR. É o que está de 
amarelo. 
 
 
 
♥ Agora começa a sístole ventricular quando o 
estímulo chega, o que é representado pelo traço 
vermelho. No vetor do septo, o D1 será negativo e o 
septo terá pouca massa, por isso o tamanho é 
pequeno. 
 
 
 
♥ Depois do septo vem a contração de ambos os 
ventrículos, em D1 o vetor será positivo, e eles vão 
possuir muita massa (pico alto de vermelho) 
 
 
♥ Por fim, o último vetor da contração/ sístole é 
chamado a raspa do tacho. Em D1 será negativo, 
haverá pouca massa, o que é representado pelo 
pequeno traço para baixo de vermelho após o pico 
da contração de ambos os ventrículos. 
 
 
 
♥ Chegando a diástole, o vetor vem de baixo para 
cima, com a cabeça em baixo, voltando positivo. O 
D1 vai se positivo. Esse segmento está em roxo. 
 
D2 NORMAL 
♥ Os vetores do normal vão ser sempre os mesmos, 
o que vai variar é de onde estamos olhando. 
 
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♥ Despolarização dos átrios positivo 
 
♥ Passagem pelo nodo AV: por não ter massa 
muscular, não é nem positivo e nem negativo. Em 
seguida é feixe de his e fibras de purkinje. 
 
♥ Depois da contração dos átrios, nodo sinusal, AV, 
o que contrai posteriormente é o septo do 
ventrículo, senão o ventrículo esquerdo colabaria 
e empurraria o septo para o direto. Em D3 é 
positivo. 
 
♥ Em seguida desse o que vem é contração de ambos 
os ventrículos, muita massa. Em D3 é positivo. 
 
♥ Raspa do tacho: D3 negativo 
 
♥ Repolarização: em D3 é positivo. 
 
 
 
♥ Segmento PR: no final da sístole atrial até o 
começo da sístole ventricular, esse segmento 
corresponde a passagem pelo nodo AV. O nodo AV 
é o que vai diminuir a velocidade para dar tempo 
do ventrículo relaxar. Quanto maior o bloqueio, 
mais esse segmento demora, porque bloqueia-se o 
nodo AV em primeiro grau. Isso é a síndrome do PR 
curto/ síndrome de Wolff Parkinson whithe. 
Quando se tem essa síndrome a freqüência não 
aumenta muito porque a repolarização se mantém. 
 
♥ D2, D3 e aVF estão voltado para a face posterior/ 
diafragmática. 
 
♥ D1 e avL olham mais para a face lateral alta do 
ventrículo esquerdo. 
 
 
 
Unipolares 
AVR NORMAL 
♥ O primeiro fenômeno do ciclo cardíaco é a 
despolarização do nó sinusal, que é um ponto que 
não se registra, em seguinte despolarização dos 
átrios. A AVR vai estar olhando para a cauda, 
então o vetor resultante só pode ser negativo e a 
onda P. 
 
♥ Se oeletro estiver com a AVR positiva, o vetor vai 
estar ao contrário. Ao invés do estímulo ir do 
nodo sinusal ao AV, vai do AV para o sinusal. 
Algum infarto matou o sinusal. 
 
 
♥ Depois o estímulo segue para o nó atrioventricular 
que não possui nenhuma massa, nem voltagem 
para cima e nem para baixo. É somente um registro 
no tempo, que está em amarelo após a linha 
laranja. 
 
 
 
♥ O primeiro vetor do ciclo ventricular é o septo. O 
AVR é positivo, pode variar, depende do peso e 
altura da pessoa. Se a pessoa é acima do peso, o 
coração faz uma rotação anti-horária. Já se o 
paciente for muito alto e magro demais, o coração 
faz uma rotação horária. Nesse caso a pessoa não 
é nem um e nem outro, por isso deu uma pequena 
onda positiva. 
 
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♥ Próximo é a contração de ambos os ventrículos, 
que vai ser negativo e com muita massa. 
 
 
 
♥ O vetor que finaliza o ciclo ventricular é a raspa 
do tacho, que é positivo em AVR. 
 
 
 
♥ A repolarização no ventrículo ocorre de baixo 
para cima, com a cabeça negativa (avr olha a 
cauda), logo, a onda T é negativa. 
 
 
 
 
AVL NORMAL 
♥ O primeiro vetor que é a contração dos átrios vai 
ter um avl positivo. 
 
 
 
♥ O ciclo dos ventrículos vai ter como primeiro vetor 
o septo, avl será negativo 
 
 
♥ Contração de ambos os ventrículos, AVL será 
positivo, muita massa. 
 
 
 
♥ Por fim teremos a raspa do tacho, que estará em 90 
graus em AVL. Logo, ele pode ser positivo, 
negativo ou nem registrar. 
 
 
 
♥ Na repolarização é de baixo para cima, com a 
cabeça positiva. Logo, onda T é positiva.
 
 
AVF NORMAL 
♥ O primeiro vetor resultante dos átrios, projetado 
no eixo de avf que olha de baixo para cima, 
olhando para a cabeça. Logo, a onda p sempre será 
positiva em AVF. 
 
 
♥ Em seguida vem a passagem pelo nodo AV, 
formando o segmento QR, que funciona como uma 
quebra-mola para dar tempo para o ventrículo se 
distender. 
 
 
♥ Vetor do septo positivo se junta com o vetor do 
ventrículo, formando um grande positivo.
 
 
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Na repolarização é de baixo para cima, com a 
cabeça positiva. Logo, onda T é positiva. 
 
O primeiro vetor resultante dos átrios, projetado 
no eixo de avf que olha de baixo para cima, 
a cabeça. Logo, a onda p sempre será 
 
Em seguida vem a passagem pelo nodo AV, 
formando o segmento QR, que funciona como uma 
mola para dar tempo para o ventrículo se 
 
Vetor do septo positivo se junta com o vetor do 
entrículo, formando um grande positivo. 
 
♥ Por fim a raspa do tacho que é negativa
 
 
♥ Por fim teremos a repolarização que será positivo, 
porque vem de baixo para cima, mas com a cabeça 
positiva. 
 
 
PRÉ-CORDIAIS
 
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Por fim a raspa do tacho que é negativa 
 
Por fim teremos a repolarização que será positivo, 
porque vem de baixo para cima, mas com a cabeça 
 
CORDIAIS 
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♥ VI, V2 e V3 estão no coração direito, enquanto V4, V5 
e V6 estão no coração esquerdo. 
 
♥ Ambos os ventrículos se contraem ao mesmo 
tempo. V1, V2 e V3 estão do lado direito, se ambos 
emitirem estímulo elétrico ao mesmo tempo, ouve-
se primeiro lado direito, o que também acontece ao 
contrário. 
V1 NORMAL 
♥ O primeiro estímulo é no só sinusal, que não tem, 
é um ponto. Em seguida ocorre a despolarização 
dos átrios. O V1 está pertinho dos átrios. O átrio 
direito vê a cabeça e o esquerdo vê a cauda. Isso 
em V1 é normal, chama-se isso de isodifásico, que 
significa 2 fases iguais. 
 
 
 
♥ Em seguida, registra-se o segmento PR (passagem 
pelo nodo av). 
 
♥ Só em V1 que vai ocorrer separadamente. De V1 a V3 
primeiro olha-se o ventrículo direito. Em v3, v4 e v5 
primeiro vai ser ventrículo esquerdo. 
 
♥ Primeiro percebe-se o ventrículo direito, que está 
olhando para a cabeça (onda R do ventrículo 
direito). Depois terá contração do ventrículo 
esquerdo e V1 olhará para a cauda, esse ventrículo 
tem mais massa que o direito. 
 
 
 
♥ A repolarização sempre será positiva. A onda p da 
repolarização acompanha o complexo S em v1. 
Complexo QRS muito maior que o QR 
 
 
 
♥ A onda t em v2 pode ser positiva ou negativa. 
 
♥ A onda R em V1 corresponde a ventrículo direito. A 
onda S corresponde a ventrículo esquerdo. 
 
V6 NORMAL 
♥ Os átrios se contraem, e é positivo porque olha 
para a cabeça. 
 
 
 
♥ Passagem pelo nodo av, segmento PR. 
 
♥ Agora vem o ventrículo esquerdo, e como está 
olhando a cabeça, é positivo. 
 
 
 
♥ Após o VE vem o ventrículo direito, é negativo 
porque olha para a cauda da seta. 
 
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♥ A onda R em V1 corresponde a ventrículo direito. A 
onda S corresponde a ventrículo esquerdo. 
 
 
 
♥ A quantidade de massa do ventrículo esquerdo é a 
soma de R em v6 e S em v1/v2/v3. Para calcular 
ventrículo direito soma S em v6 e R e v1. 
 
V3 e V4 NORMAIS 
♥ V3: átrio positivo > PR > olha-se primeiro o 
ventrículo direito positivo > ventrículo esquerdo 
negativo (v3 olha a cauda) 
 
 
 
♥ V4: átrio positivo > PR > ventrículo esquerdo 
positivo > ventrículo direito negativo. 
 
 
 
PATOLOGIAS 
♥ As obstruções das artérias podem ser parciais ou 
totais. A falta de oxigênio vai ser registrado na 
diástole, porque primeiro o coração alimenta todo 
mundo de oxigênio, para depois, ao relaxar, 
alimentar a si próprio. Isso porque na contração 
ele colaba os capilares, assim o sangue vai todo 
pra cima. Quando o sangue retorna pela contração 
das artérias e arteríolas, ele encontra a válvula 
aórtica fechada, mas tem dois orifícios logo em 
cima, que são a coronária esquerda e direita que 
entram para irrigar com oxigênio o miocárdio. 
 
♥ Na diástole, se faltar i completamente e começar a 
ter morte celular, quem se altera é o ST. Se faltar 
oxigênio parcialmente, quem ser altera é a T, a 
qual pode ficar chata (achatada) invertida ou 
apiculada. 
 
♥ Invertida: é sinal que tem obstrução parcial da 
artéria que irriga d1 (artéria circunflexa, que é um 
ramo da coronária esquerda). 
 
♥ Onda T achatada em D1: átrios não se alteram, PR 
não se altera, septal não se altera, ambos 
ventrículos não se alteram, raspa do tacho não se 
altera, mas na diástole, a onde t vai estar 
achatada. Entretanto, as vezes fica zerada mesmo, 
como se fosse um segmento PR. Em d1, a face que 
está comprometida é a lateral alta, a qual é 
irrigada pela circunflexa (ramo da carótida 
esquerda). 
 
 
♥ O segmento ST e a onda T correspondem a 
diástole. 
 
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♥ A obstrução aguda total altera o ST, onda p, 
segmento PR, septo normal, massas ventriculares, 
raspa do tacho e repolarização. Essa quando 
falha, da onda invertida/achatada/aculminada. Na 
repolarização quando a obstrução já é aguda, já 
tem isquemia, fibroblasto naquela região, o ST 
ficou supra convexo e a onda T normal, o que na 
maioria das vezes representa o IAM (infarto agudo 
do miocárdio) 
 
 
NOMENCLATURAS 
Segmento PR: passagem pelo nodo atrioventricular. 
A onda P representa a despolarização atrial (contração 
dos átrios) 
As ondas QRS representam a despolarização 
ventricular, que ocorre em 3 fases: despolarização 
septal (onda Q), despolarização das paredes 
ventriculares (onda R) e despolarização das regiões 
atrioventriculares (onda S); 
A onda T representa a repolarização ventricular; 
A repolarização atrial é camuflada no 
eletrocardiograma, pois ocorre juntamente à 
despolarização ventricular. 
 
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