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Circulação pulmonar INTRODUÇÃO ♥ O nosso sistema respiratório vai ser a única estrutura no organismo que vai receber dois tipos de circulação: → Circulação pulmonar: o sangue vai para os pulmões a partir da artéria pulmonar. Então o sangue vai chegar ao pulmão com a função de realizar troca gasosa. • Baixa pressão • Alto fluxo (então volume de sangue vai ser grande) • Função: distribuir o fluxo de sangue em uma distância hidrostática muito menor (sangue só circula até os pulmões). → Circulação sistêmica: vai chegar às estruturas a partir das artérias brônquicas que vão vir de um ramo da aórtica. Essas artérias brônquicas vão levar um sangue rico em oxigênio que vai circular em alta pressão. Tem a função de levar o sangue rico em nutrientes para os tec estão ativos/ realizando metabolismo (o pulmão também recebe). • Alta pressão • Função: distribuir o sangue através dos numerosos órgãos, o que requer um gradiente de pressão muito alto. ♥ O pulmão vai ser a única estrutura que vai receber as duas circulações devido a sua função de realização de trocas gasosas. ♥ As estruturas arteriais são diferentes possuem funções diferentes. ♥ No sentido de manter uma eficiente troca gasosa pulmonar, a principal função da circulação pulmonar é: → Interagir com o débito ventricular direito e, ao mesmo tempo, manter a pressão Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 Circulação pulmonar e trocas gasosas O nosso sistema respiratório vai ser a única estrutura no organismo que vai receber dois tipos : o sangue vai para os pulmões a partir da artéria pulmonar. i chegar ao pulmão com a função de realizar troca gasosa. Alto fluxo (então volume de sangue Função: distribuir o fluxo de sangue tância hidrostática muito menor (sangue só circula até os : vai chegar às estruturas a partir das artérias brônquicas que vão vir de um ramo da aórtica. Essas artérias brônquicas vão levar um sangue rico em oxigênio que vai circular em alta pressão. Tem a função de levar o sangue rico em nutrientes para os tecidos que estão ativos/ realizando metabolismo (o Função: distribuir o sangue através dos numerosos órgãos, o que requer um gradiente de pressão O pulmão vai ser a única estrutura que vai ulações devido a sua função As estruturas arteriais são diferentes, isso porque uma eficiente troca gasosa pulmonar, a principal função da circulação com o débito ventricular direito e, ao mesmo tempo, manter a pressão pulmonar e capilar em níveis constantemente baixos realizar as trocas gasosas. ♥ Um equilíbrio adaptativo é preservado mesmo com um débito cardíaco vinte vezes acima do ♥ Artérias brônquicas → Ramos da aorta torácica que Leva sangue ao pulmão. → Responsável por aproximadamente ½% do débito cardíaco total → Sangue oxigenado, supre os tecidos de suporte dos pulmões. ♥ O sangue brônquico é drenado pelas veias pulmonares. Esse retorno pelas veias pulmonares torna o fluxo para o átrio esquerdo e o débito do ventrículo esquerdo cerca de 1 a 2% maiores que o débito do ventrículo direito. ♥ O fluxo sanguíneo é moderado, tem o intuito de suprir a necessidade metabólica das estr pulmonares. ♥ O lado esquerdo além de receber o fluxo que vem da circulação pulmonar, ele também recebe um sangue que está sendo drenado da circulação sistêmica. 1 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II e trocas gasosas pulmonar e capilar em níveis constantemente baixos para que se consiga realizar as trocas gasosas. Um equilíbrio adaptativo é preservado mesmo com um débito cardíaco vinte vezes acima do normal. Ramos da aorta torácica que Leva sangue Responsável por aproximadamente ½% do débito cardíaco total Sangue oxigenado, supre os tecidos de suporte dos pulmões. O sangue brônquico é drenado pelas veias . Esse retorno pelas veias pulmonares torna o fluxo para o átrio esquerdo e o débito do ventrículo esquerdo cerca de 1 a 2% maiores que o débito do ventrículo direito. O fluxo sanguíneo é moderado, tem o intuito de suprir a necessidade metabólica das estruturas O lado esquerdo além de receber o fluxo que vem da circulação pulmonar, ele também recebe um sangue que está sendo drenado da circulação CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA CIRCULAÇÃO PULMONAR ♥ A circulação é servida por um ventríc pode gerar pressão alta. Para impedir que essa pressão seja alta, já que a força de ejeção não pode ser muito menor, a resistência pulmonar vai ser alterada. Quando não consegue se mexer na força, mexe-se na resistência. ♥ A resistência pulmonar vai ser 10 vezes menor que a da resistência vascular sistêmica para impedir que haja uma alta pressão na circulação pulmonar. ♥ Dentro da circulação pulmonar o fluxo sanguíneo precisa ser direcionado para alvéolos bem ventilados (oxigenados), para uma boa da relação ventilação/ perfusão, para que a troca gasosa seja eficiente. ♥ Caso ocorra uma broncoconstrição para uma região específica alveolar, fazendo com que a pressão dos gases dentro desse alvéolo se altere, interferindo-se na ventilação alveolar, vai ocorrer a liberação de substâncias vasoconstritoras. Quando a pressão de oxigênio cai no alvéolo, diferente da circulação sistêmica, vamos ter a liberação de substâncias vasoconstritoras (na sistêmica seria de vasodilatadoras). Isso das substâncias vasoconstritoras, para desviar o fluxo sanguíneo para o alvéolo que está funcionando bem, ventilando bem troca gasosa ocorra efetivamente e para manter uma boa relação entre perfusão e ventilação. Pressão pulmonar ♥ A pressão normal na circulação pulmonar e de 25/10 mmHg, com pressão média de 15mmHg. ♥ Fala-se em hipertensão pulmonar quando a pressão pulmonar média excede 25 mmHg em repouso e/ou 30 mmHg no exercício. ♥ Na pressão sistêmica temos uma variação de 120/80 mmHg aproximadamente. Essa diferença de pressão é importante porque tem uma distância hidrostática muito menor da circulação pulmonar quando comparada a sistêmica. Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA CIRCULAÇÃO é servida por um ventrículo que não pode gerar pressão alta. Para impedir que essa pressão seja alta, já que a força de ejeção não pode ser muito menor, a resistência pulmonar vai ser alterada. Quando não consegue se mexer na vai ser 10 vezes menor que a da resistência vascular sistêmica para impedir que haja uma alta pressão na circulação Dentro da circulação pulmonar o fluxo sanguíneo precisa ser direcionado para alvéolos bem ventilados (oxigenados), para uma boa adequação da relação ventilação/ perfusão, para que a troca Caso ocorra uma broncoconstrição para uma região específica alveolar, fazendo com que a pressão dos gases dentro desse alvéolo se altere, olar, vai ocorrer a liberação de substâncias vasoconstritoras. Quando a pressão de oxigênio cai no alvéolo, diferente da circulação sistêmica, vamos ter a liberação de substâncias vasoconstritoras (na sistêmica seria de vasodilatadoras). Isso das ias vasoconstritoras, para desviar o fluxo sanguíneo para o alvéolo que está funcionando bem, ventilando bem, para que a troca gasosa ocorra efetivamente e para manter uma boa relação entre perfusão e ventilação. lação pulmonar e de 25/10 mmHg, com pressão média de 15mmHg. se em hipertensão pulmonar quando a pressão pulmonar média excede 25 mmHg em Na pressão sistêmica temos uma variação de 120/80 diferença de pressão é importante porque tem uma distância hidrostática muito menor da circulação pulmonar EFEITO DOS GRADIENTES DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS PULMÕES SOBRE O FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR REGIONAL ♥ Pode-se interferir nas pressões e isso vai fazer com que ocorra uma interferência no fluxo sanguíneo, essa diferença vai interferir diretamente na relação ventilação/ perfusão. Relação ventilação/ perfusão ♥ Admite-se que para cada litro de ventilação alveolar (Va) exista umde fluxo sanguíneo capilar pulmonar (Qc). Ou seja, uma relação perfeita vai ser quando há o equilíbrio de 1 para 1. ♥ Qualquer variação a partir desse equilíbrio perfeito, seja uma variação na ventilação, seja na perfusão, vai se alterar as tensões de gases nos alvéolos afetados, interferindo na troca gasosa. ♥ Alterações na Va e na Qc são expressas como uma relação chamada relação ventilação perfusão ♥ Relação de equilíbrio ideal = 1.0 (0,8) Se aumentar a ventilação, necessar aumentar a perfusão, e vice sempre o equilíbrio. 2 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II EFEITO DOS GRADIENTES DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS PULMÕES SOBRE O FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR REGIONAL nas pressões e isso vai fazer com que ocorra uma interferência no fluxo sanguíneo, essa diferença vai interferir diretamente na relação Relação ventilação/ perfusão se que para cada litro de ventilação alveolar (Va) exista um emparelhamento com 1 litro de fluxo sanguíneo capilar pulmonar (Qc). Ou seja, uma relação perfeita vai ser quando há o Qualquer variação a partir desse equilíbrio perfeito, seja uma variação na ventilação, seja na alterar as tensões de gases nos alvéolos afetados, interferindo na troca gasosa. Alterações na Va e na Qc são expressas como uma relação ventilação perfusão. Relação de equilíbrio ideal = 1.0 (0,8) Se aumentar a ventilação, necessariamente é preciso aumentar a perfusão, e vice-versa, a fim de manter Efeitos das alterações na V/q ♥ Sem ventilação para remover o C02 e restaurar o O2 fresco, a composição dos gases nessas áreas é semelhante ao sangue venoso (O2= 40m 46mmHg). Isso porque não iremos conseguir realizar a troca gasosa. ♥ Essas alterações ocorrem, principalmente pela gravidade e também pela pressão hidrostática. ♥ Efeitos da perfusão: → Com a ação da gravidade, o ápice do pulmão vai sofrer um efeito tendo a diminuição da perfusão no ápice pulmonar. → As bases dos pulmões recebem quase mais sangue que os ápices recebem. → Na base do pulmão, a perfusão aumenta linearmente em proporção à pressão hidrostática. Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 Sem ventilação para remover o C02 e restaurar o O2 fresco, a composição dos gases nessas áreas é semelhante ao sangue venoso (O2= 40mmHg e CO2= Isso porque não iremos conseguir alterações ocorrem, principalmente pela gravidade e também pela pressão hidrostática. Com a ação da gravidade, o ápice do pulmão vai sofrer um efeito de gravidade, tendo a diminuição da perfusão no ápice As bases dos pulmões recebem quase 20x que os ápices recebem. Na base do pulmão, a perfusão aumenta linearmente em proporção à pressão ♥ Efeitos da ventilação: → As diferenças regionais pulmonares na ventilação são menos drásticas que as diferenças de perfusão. → A ventilação também é aumentada nas bases dos pulmões com aproximadamente 4x mais ventilação ápice. ♥ Zona 1: ápice pulmonar, efeito gravi pressão hidrostática. ♥ Zona 2: mais na região apical, temos essa equivalência na pressão sistólica, já na diastólica ela fica menor, logo temos uma menor perfusão quando correlacionada com a ventilação. 3 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II diferenças regionais pulmonares na ventilação são menos drásticas que as diferenças de perfusão. A ventilação também é aumentada nas bases dos pulmões com aproximadamente 4x mais ventilação na base do que no Zona 1: ápice pulmonar, efeito gravitacional na Zona 2: mais na região apical, temos essa equivalência na pressão sistólica, já na diastólica ela fica menor, logo temos uma menor perfusão quando correlacionada com a ventilação. 4 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II INTRODUÇÃO DE TROCAS GASOSAS ♥ A complexidade dos segmentos dos organismos animais gerou dificuldades às trocas gasosas. ♥ Células dependentes do suprimento de oxigênio e remoção de gás carbônico promoveram o desenvolvimento de um sistema respiratório interno intimamente associado ao sistema cardiovascular, com o surgimento de proteínas especializadas no transporte de gases como a hemoglobina. ♥ Essa adequação permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico produzido pelo metabolismo. CONCENTRAÇÃO E PRESSÃO DE GASES RESPIRATÓRIOS ♥ O ar atmosférico é composto por uma mistura de gases (N2, O2, CO2, H20). ♥ A movimentação contínua e aleatória dos gases permite que ocorra a difusão. A difusão ocorre sempre do ambiente de maior concentração para a região de menor circulação. Os solutos vão se deslocar a partir do gradiente de concentração. ♥ Os gases têm um comportamento diferente. Como eles são moléculas que se movimentam aleatoriamente, o choque entre essas moléculas e contra a parede do recipiente vai fazer com que os gases se difundam do ambiente de maior pressão para o de menor pressão. A diferença de pressão que vai fazer com que o gás se difunda. ♥ O ar que participa das trocas gasosas é o ar alveolar. Esse ar alveolar vai ser composto pela soma das pressões parciais de uma mistura de gases= pressão total. ♥ Pressão parcial: pressão que o gás exerceria se fosse o único gás a ocupar um determinado volume. ♥ Pressão total: soma de todas as pressões de todos os gases presente no ar. ♥ Ar traqueal: mistura contendo ar atmosférico saturado com vapor de água (da evaporação de água dos revestimentos epiteliais superiores) à temperatura corporal de 37 graus Celsius. 5 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Para que a troca gasosa ocorra é preciso que haja o gradiente de pressão. É preciso que a pressão de oxigênio no alvéolo seja maior do que a pressão de oxigênio no capilar. Além disso, é preciso que a pressão de gás carbônico no capilar seja maior do que no alvéolo. ♥ Quando chega ao tecido é diferente. É preciso que a pressão de oxigênio nas células teciduais seja menor do que a pressão de oxigênio dos capilares sistêmicos. Além disso, a pressão de gás carbônico vai ser menor nos capilares sanguíneos do que nas células teciduais. SÓ HÁ TROCA GASOSA QUANDO SE MANTÉM A DIFERENÇA DE PRESSÃO. ♥ As pressões parciais de oxigênio e gás carbônico nos alvéolos variam pouco durante a respiração normal: quantidade de oxigênio que inspiramos e de gás carbônico que expiramos a cada respiração é similar a que se difunde para o sangue (O2) e para o alvéolo (CO2). ♥ Todavia, fatores podem afetar as pressões parciais de oxigênio e gás carbônico nos alvéolos. São os fatores que interferem nas pressões parciais de oxigênio e gás carbônico: → Ventilação alveolar: porque se interfere na quantidade de oxigênio que chega e de gás carbônico que sai. → Composição do ar inspirado: se temos ma ventilação rica em oxigênio, vai chegar um ar com uma pressão maior de oxigênio. Por exemplo, em uma situação de elevada altitude, teremos uma menor pressão de ar atmosférico, gerando uma menor pressão de oxigênio. 6 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II 7 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II UNIDADE RESPIRATÓRIA ♥ Unidade respiratória é o local que ocorrem as trocas gasosas. Compreende: → Bronquíolo respiratório: onde começa a presença dos alvéolos. → Ductos alveolares → Sacos alveolares → Alvéolos: recebe a circulação pulmonar. Alvéolos ♥ São evaginações das paredes dos bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares. 8 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II MEMBRANA RESPIRATÓRIA- entre a luz alveolar e a luz capilar ♥ Constituintes: 1. Camada de líquido e surfactante 2. Epitélio alveolar: pneumócito tipo II 3. Membrana basal epitelial 4. Espaço intersticial 5. Membranabasal do capilar 6. Endotélio do capilar ♥ Fatores que afetam a velocidade da difusão dos gases através da membrana respiratória: 1. Espessura de membrana 2. Área de superfície da membrana 3. Coeficiente de difusão do gás 4. Diferença de pressão entre os dois lados da membrana respiratória. (alvéolo e capilar) ♥ Capacidade de difusão da membrana respiratória → Conceito: o gás que se difunde pela membrana cada um minuto para uma diferença de pressão de 1mmHg. → Capacidade de difusão do O2: 21 Ml/ min/mmHg → Capacidade de difusão do CO2: 400 a 450 ml/ min/mmHG Podem estar fundidos Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 9 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II 10 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II
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