Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Pâncreas e adrenal ANATOMIA ♥ A adrenal ou suprarrenal são essas estruturas bilaterais e pequenas em relação ao rim, estando posicionada no ápice do rim. Elas possuem duas partes: córtex (mais superficial) e medula (mais interna). ♥ A maior parte da adrenal é composta pelo córtex. O córtex possui zonas/ camadas diferentes. A zona mais superior é a glomerulosa, abaixo temos a fasciculada e mais próximo a medula temos a zona reticular. Hormônios produzidos pela adrenal: cortisol, epinefrina, aldosterona e norepinefrina e hormônio sexual. Adrenal 2 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II HISTOLOGIA ♥ No córtex teremos a produção dos hormônios esteróides, cada um em sua zona. Esses hormônios têm sua origem no colesterol e são estimulados pelo nosso eixo endócrino hipotálamo- hipófise- adrenal. ♥ Já na medula temos a presença das células de cromafins, por isso temos a síntese e liberação das catecolaminas. Medula adrenal ♥ Células poliédricas organizadas em cordões ou algomerados. ♥ Síntese de epinefrina (80% das células de cromafins é responsável por sintetizar epinefrina) e norepinefrina (20%). ♥ A noraepinefrina é mias importante a nível central, à nível de sinalização do sistema nervoso central. MEDULA ADRENAL Sistema nervoso simpático ♥ Independente do órgão inervado tem uma estrutura que começa na medula espinhal (corpo celular no neurônio). Esse neurônio estende seu axônio até o gânglio paravertebral.. ♥ O estímulo tem que sair do sistema nervoso central e ir até o órgão alvo, mas no caminho ele passa por um gânglio. No sistema simpático, o gânglio é chamado de paravertebral por estar situado próximo a coluna vertebral. 3 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ O neurônio pré-ganglionar libera neurotransmissores para o gânglio paravertebral e com isso o segundo neurônio (pós ganglionar) é ativado. O neurotransmissor liberado pelo neurônio pré-ganglionar é a acetilcolina. Células de cromafins ♥ Na medula adrenal vamos ter célula cromafins que são consideradas os próprios neurônios pós- ganglionares modificados. Na sua origem embrionária são diferenciados de tecido nervoso. Então essa região em específica acaba se comportando como m gânglio. ♥ As células são inervadas por neurônios simpáticos pré-ganglionares. O neurônio pré-ganglionar (tem corpo celular na medula espinhal) chega até a medula, estimulando as células de cromafins. Na medula da adrenal, o neurônio pré-ganglionar estimula a célula de cromafins pela liberação do neurotransmissor acetilcolina e essa célula de cromafins libera o conteúdo que tem armazenado (epinefrina e noraepinefrina) na circulação sanguínea. Conseguimos controlar a ação dos órgãos periféricos tanto diretamente pela inervação simpática quanto pela disponibilidade de adrenalina pra circulação sanguínea, tendo sua ação no orgão alvo. Síntese de catecolaminas 4 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Tudo começa no precursor que é a tirosina e através de uma série de reações enzimáticas temos a biossíntese dos hormônios. A tirosina hidroxilase converte a tirosina em dopa, essa é convertida em dopamina. A dopamina por sua vez é armazenada nos grânulos (como se fosse uma vesícula). A dopamina através da dopamina beta hidroxilase é convertida a noraepinefrina e essa é convertida a epinefrina. Mecanismo de ação das catecolaminas ♥ Após a síntese o hormônio é armazenado e com o estímulo ele é liberado. As catecolaminas são liberadas na circulação, especialmente a adrenalina. ♥ A ação delas depende do receptor que está na órgão alvo. Todos os receptores são acoplados à proteína G. Inativação de catecolaminas ♥ Monoamina oxidase (MAO) presente nas mitocôndrias, principalmente dos neurônios. ♥ Catecol-O-metiltransferase (COMT) se expressa no fígado e tem a função principal de regular as catecolaminas circulantes. Feocromocitoma ♥ A proliferação das células de cromafins está associada a formação de adenoma levando o aumento na produção de epinefrina e noraepinefrina. Com isso aumenta-se a concentração das catecolaminas na circulação, consequentemente gerando a hiperativação do sistema nervoso simpático. As manifestações clinicas que podem aparecer são: → Taquicardia/ palpitações porque a adrenalina atua nos cardiomiócitos aumentando a freqüência cardíaca. → Aumento da pressão arterial porque a adrenalina atua nos vasos promovendo vasoconstrição, aumentando a resistência vascular periférica aumentando assim a PA. → Aumento da sudorese por conta da ativação das glândulas sudoríparas. CÓRTEX ADRENAL ♥ Cada região do córtex adrenal é responsável pela síntese de diferentes hormônios esteróides: os corticosteróides. ♥ Secreção de hormônios androgênios em menor escala. Inibitório k 5 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Tipos de corticosteroides ♥ Glicocorticoides: → Regulação da glicemia → Efeitos sobre metabolsimo protéico e lipídico • Cortisol: responsável por 95% da atividade glicocorticóide • Corticosterona: menos potente que o cortisol. ♥ Mineralocorticoides → Regulação da concentração de eletrólitos no líquido extracelular → Aldosterona- 90% da atividade mineralocorticóide → Desoxicorticosterona (DOC): menos potente que a aldosterona Síntese de corticosteroides ♥ Como eles são esteróides a sua síntese está relacionado ao colesterol (precursor na síntese dos esteróides). ♥ Tudo começa com o armazenamento de colesterol e gotículas de lipídeos (células espumosas) e com a ação de enzimas, esse colesterol vai ser transformado em hormônio esteróide. ♥ Essas reações ocorrem na mitocôndria ou no retículo endoplasmático. ♥ O colesterol foi disponibilizado para a célula na forma de LDL e HDL, vai passar por uma série de reações químicas formando alguns precursores como a pregnenolona e a partir daí dependendo da maquinaria enzimática que a célula ativa, ela consegue produzir tanto a androstenediona, quanto cortisol ou aldosterona. ZONA FASCICULADA ♥ Alguns fatores como infecção, estresse, dor, hipoglicemia, entre outros sinalizam para o sistema nervoso central e são percebidos pelo hipotálamo. Esse hipotálamo libera o CRH (hormônio de liberação de corticotrofina) e esse hormônio vai atuar na adeno-hipófise que vai secretar o ACTH ou corticotrofina (função de estimular o córtex da adrenal). Com o estimulo mediado pelo ACTH as células da zona fasciculada vão ter condições de produzir mineralocorticóides. À medida que o cortisol vai sendo liberado, ele também atua inibindo a secreção de ACTH e CRH. Cortisol ♥ Vai ser secretado pela células da zona fasciculada do córtex da adrenal e vai ser liberado na circulação. ♥ Na circulação vai ser transportado por proteínas como CBG (globulina ligadora de corticosteróide ou transcortina) e albumina. ♥ Vai ser liberado nos tecidos, vai ter sua ação nos receptores e depois pode ser inativado/ metabolizado. A inativação ocorre no fígado e a eliminação é feita pelos rins. 6 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ A inativação pode ocorrer pela conversão do cortisol em cortisona (tem fraca atividade) e essa pode ser convertida novamente em cortisol no fígado/ tecido adiposo/ SNC/ pele, etc. ♥ Mecanismo de ação: → Cortisol entra na célula passando livremente pela membrana e se liga ao seu receptor citoplasmático (GR) → Forma-se um complexo → Translocação do complexo cortisol-GR para o núcleo. A ação do cortisol, desse complexo, altera os padrões de transcrição gênica (síntese protéica da célula) → Ligação aos elementos de reposta a glicocorticóides → Regulaçãoda transcrição de genes-alvo. ♥ Ações: → Sistema imunitário: atua em várias células participando da resposta imune sempre com o sentido de suprimir essa reposta imune. → Fígado: é um glicocorticóide, logo ele atua regulando a gliconeogênese. → Músculo: relacionado ao catabolismo de proteínas. → Tecido adiposo: relacionado a lipólise Ações do cortisol ♥ Quando o cortisol atua sobre as proteínas no músculo, ele vai ter seu reconhecimento nos receptores das células musculares esqueléticas alterando a síntese de proteína no sentido de aumentar o catabolismo de proteína, mobilizando aminoácidos para o plasma, aumentando a gliconeogênese. Além disso, atua no tecido adiposo aumentando a oxidação de ácidos graxos e ao mesmo tempo diminuir a utilização de glicose pelas células. Ademais, no fígado atua no aumento da síntese de enzimas o que também contribui para aumentar o processo de gliconeogênese. Por fim vemos o estímulo do cortisol ao aumento da produção de glicose, o aumento da mobilização de proteínas e ácidos graxos. De forma geral temos o favorecimento do aumento da glicemia. Figura 1 SOBRE O METABOLISMO DE GLICOSE, PROTEÍNAS E LIPÍDEOS ♥ O cortisol, endógeno ou exógeno, quando administrado a um indivíduo promove uma redução dos níveis circulantes de linfócitos, eosinófilos e basófilos. Com cerca de 4 horas essas células são redistribuídas pelo corpo, ficando mais restritas a baço, medula, linfonodos Figura 2 SOBRE O SISTEMA IMUNE 7 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ZONA GLOMERULOSA Aldosterona ♥ Mecanismo de ação: → Aldosterona entra na célula e se liga a seu receptor citoplasmático (MCR- receptor de mineralocorticoides). → Translocação do complexo aldosterona- MCR para o núcleo → Ligação aos elementos de resposta → Regulação da transcrição de genes-alvo. ♥ Ações: → Promove o aumento da absorção de sódio e água e conseqüente aumento do volume sanguíneo. → Aumento da excreção do potássio → Aumento da pressão sanguínea. ♥ Quando temos níveis inadequados de aldosterona, perde-se sódio urina, há redução do volume extracelular o que está associado a desidratação. Além disso, pode-se levar ao baixo volume sanguíneo e consequente choque circulatório. ZONA RETICULAR ♥ O androgênio também tem sua síntese a partir de colesterol. Androgênios adrenais ♥ O transporte de DHEA também é feito através da ligação com proteínas plasmáticas (albumina e globulinas- baixa afinidade). ♥ O DHEAS é o hormônio circulante mais abundante entre os 20-30 anos. A aldosterona também tem natureza lipossolúvel. 8 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ A eliminação desse hormônio é feita pelo rim (eliminação renal). SÍNDROME DE CUSHING ♥ Aumento dos níveis de glicocorticóides na circulação sanguínea. ♥ Aumento do metabolismo protéico no sentido de disponibilizar aminoácidos para a circulação para serem utilizados para obtenção de energia. ♥ Níveis excessivos de cortisol podem estar associados ao aumento de androgênio. ♥ De forma geral é causada pelo nível de corticóides. Formas e causa ♥ Forma hipofisária: resulta da secreção excessiva de ACTH por um tumor da glândula hipófise (doença de cushing). ♥ Forma suprarrenal: causada por um tumor das glândulas. ♥ Forma ectópica: tumor não hipofisário secretor de ACTH. → Alguns tumores malignos extra- hipofisários, com carcinomas pulmonares, podem secretar ACTH e causar síndrome de cushing. ♥ Iatrogênica: causa mais comum. SÍNDROME DE ADDISON ♥ Insuficiência do córtex suprarrenal ♥ Insuficiência adrenal primária (causas): → Autoimune → Lesão do córtex adrenal → Infecções → Iatrogênica ♥ Deficiências de glicocorticóides e mineralocorticóides e hiperpigmentação resultante dos níveis altos de ACTH. ♥ O corticóide não esta inibindo a hipófise anterior (que libera ACTH), assim, ela libera muito ACTH para tentar estimular o córtex da adrenal a produzir os corticóides. ♥ A POMC (precursor do ACTH) é uma estrutura complexa que vai ter uma parte clivada originando o ACTH. Esse passa por uma outra clivagem dando origem ao alfa- MSH. Uma outra parte da POMC v ai dar origem ao beta- MSH. Quanto maior a produção de ACTH, maior vai ser a produção de MSH, assim teremos mais estimulação de melanócitos. ♥ O aumento da estimulação dos melanócitos faz com que eles não resistam gerando a morte e perda de pigmentação ou aumento da concentração de pigmentos em algumas regiões. INSUFICIÊNCIA SUPRARRENAL IATROGÊNICA ♥ Quando temos a administração prolongada de corticosteróides exógenos, estimula-se as alças de feedback. Assim é como se o corpo estivesse super estimulado a produzir cortisol e como se esse estivesse inibindo a hipófise e o hipotálamo. ♥ A conseqüência disso é a hipófise para de secretar ACTH, ou até secreta, mas em níveis tão pequenos que não estimula a adrenal. 9 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ANATOMIA ♥ O pâncreas é um órgão alongado ♥ Localizado do lado esquerdo da cavidade abdominal ♥ É retroperitoneal ♥ Próximo ao duodeno ♥ Glândula mista com papel duplo → Porção exócrina: relacionada aos ácinos • Enzimas digestivas que fazem parte do sulco pancreático. → Porção endócrina: ilhotas de langerhans • Células beta: insulina e amilina • Células alfa: glucagon • Células delta: somatostatina (inibe a liberação de glucagon e insulina) • Células PP: polipeptídeo pancreático HISTOLOGIA ♥ A secreção para ajudar a digestão está associada aos ácinos pancreáticos. ♥ As ilhotas de langerhans possuem células diferentes que produzem os hormônios. METABOLISMO DE GLICOSE ♥ A glicose como fonte de energia Pâncreas 10 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ A glicose vai estar presente no sangue/ circulação, estando associada à respiração celular aeróbia fornecendo energia para o metabolismo celular. ♥ O fornecimento de glicose para o encéfalo tem que ser ininterrupto. A hipoglicemia moderada ou grave persistente pode causar disfunção e até morte cerebral. ♥ Com a alimentação temos a absorção intestinal desses carboidratos aumentando a glicemia. Esse aumento de glicemia vai ser percebido pelas células beta do pâncreas e com isso haverá um aumento de insulina na circulação aumentando a captação de glicose pelos tecidos (GLUT- transportador de glicose). O excesso de glicose é armazenado inicialmente na forma de glicogênio no fígado e músculo. ♥ Quando o fígado e os músculos se tornam saturados de glicogênio, a glicose adicional vai ser convertida em ácidos graxos e triglicerídeos pelo fígado e armazenado em adipócitos. METABOLISMO DE LIPÍDEOS E PROTEÍNAS ♥ O metabolismo de lipídeo pode gerar 9 kcal/g de energia quando comparado com os carboidratos e proteínas que geram 4 kcal/g de energia. O SNC/ hemácia não conseguem utilizar o ácido graxo por isso que não adianta ter essa reserva. ♥ O fígado é capaz de decompor os ácidos graxos formando corpos cetônicos que são liberados no sangue. Isso pode acontecer nas situações que favorecem a decomposição das gorduras (diabetes mellitus, jejum prolongado). A consequência disso é o aumento de cetona liberado na corrente gerando cetoacidose. ♥ Quando se pensa em diabetes mellitus e em jejum prolongado também há participação do metabolismo de proteínas. Nessas situações os aminoácidos vão ser mobilizados sendo convertido em glicose (gliconeogênese), gerando energia. FAMÍLIA DE TRANSPORTADORES DE GLICOSE (GLUTs) ♥ GLUT 1: expresso em todos os tecidos e linhagens celulares respondendo pela maior parte da captação basal (insula-independente) de glicose. ♥ GLUT 2: expresso principalmente no fígado e células beta (ajuda a controlar a liberação de insulina).♥ GLUT 4: insulino-dependente, portanto sendo encontrado nos tecidos responsivos à insula (músculo esquelético, célula adiposas). ♥ Existem ainda muitos outros GLUTs. ♥ Tecidos insulino-dependentes: na presença de insula expressa o transportador de captação da glicose na superfície celular. ♥ Tecidos insulino-independentes: expressa transportador de captação da glicose constitutivamente independente de insulina (GLUT 1 e 3) 11 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II INSULINA ♥ É sintetizada pelas células beta das ilhotas de langerhans. Primeiro é sintetizado a pré-pró- insulina que não tem atividade biológica. Essa é convertida em pró-insulina, sendo retirada a cadeia sinal. Posteriormente forma-se a insulina (cadeia a e b), composta de cadeias de aminoácidos que se unem através de pontes de sulfeto. ♥ Quando o peptídeo C está diminuído, a insulina também está reduzida já que ela é produzida com o peptídeo C. Entretanto eles tem o tempo de vida diferentes (peptídeo C tem um tempo de vida maior). ♥ O estímulo para liberação de insulina é a glicose. O alimento estimula a secreção de insulina. Temos a secreção basal de insulina e depois da alimentação temos um pico de insulina (liberação da insulina que foi produzida e ficou armazenada). Sobre o estímulo para a liberação da insulina... ♥ Como a glicose consegue sinalizá-lo para o pâncreas? A partir da captação de glicose pelos receptores GLUT 2 das células beta pancreáticas. ♥ À medida que aumenta a concentração de glicose, ela é internalizada. Após entrar na célula beta pancreática, ela passa pela glicólise e após passar pelas sinalizações da bioquímica, vai ter a produção de ATP. Assim há aumento da razão ATP em relação ADP. ♥ O aumento de ATP vai ser sinalizado para a membrana fechando os canais de potássio (sensível ao ATP). Com esse canal fechando temos o inicio da despolarização da membrana levando a abertura do canal de cálcio. O fluxo de cálcio para dentro da célula estimula a liberação de insulina. 12 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Mecanismo de ação: a insulina se liga a subunidade alfa induzindo uma transformação nesse receptor de modo que um domínio de cinase se aproxime do outro fosforilando um ao outro (na parte intracelular na qual temos dois domínios de cinase). Após serem fosforilados, ficam ativos e acabam fosforilando várias enzimas que vão induzir modificações nessas células. Então vemos substratos dos receptores de insulina, que são proteínas que se ativam por meio da atividade de cinase do receptor influenciando no transporte de glicose e alem disso altera síntese de proteína, de lipídeo, de glicogênio, crescimento de expressão gênica. ♥ Com a captação de glicose, temos a alteração do metabolismo, geração de ATP, piruvato, glicólise, formação de lipídio e armazenamento de glicose na forma de glicogênio facilitando a glicogênese. EXERCÍCIO FÍSICO E GLICEMIA ♥ Uma das proteínas que são ativadas pela ação dos receptores é a AKT, a qual é estimulada pelo exercício físico também. ♥ A AKT estimula a translocação de GLUT 4 para a membrana da célula. Então no final tem mais GLUT 4 na membrana, aumentando a captação de glicose, ♥ reduzindo a glicemia. COMO MANTER A GLICEMIA ADEQUADA NO JEJUM? ♥ Olhando para a ilhota de langerhans a secreção de insulina está baixa porque a glicemia esta baixa. Se a insulina está baixa, ela deixa de fazer os seus processos de estimulação do fígado, assim remos a produção do glucagon, o qual atua estimulando a gliconeogênese e a glicogenólise, reestabelendo a disponibilidade de glicose e a glicemia. COMO MANTER A GLICEMIA ADEQUADA APÓS AS REFEIÇÕES? ♥ Os carboidratos da dieta contribuem para o aumento da glicemia, o TGI libera incretinas que ajudam estimulando as ilhotas a produzirem mais insulina. ♥ Assim vemos a ação da insulina como se espera. Ela tem ação no fígado e no músculo para aumentar a captação de glicose e ação da insulina no tecido adiposo. ♥ Inibi-se a produção da glicose hepática e inibir a glicólise. Aqui tem um efeito menor de glucagon. 13 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II AÇÕES DA INSULINA ♥ A medida que a insulina se liga ao seu receptor e ativa as cascatas intracelulares, temos o aumento do crescimento celular e também temos o aumento da síntese de proteínas e glicogênio. Esse nível adequado de insulina sendo liberada vai estimular o crescimento do próprio músculo (efeito anabolizante sobre a musculatura esquelética) Quando falta insulina, o acido graxo vai ser mobilizado como fonte energética, assim entramos no processo de cetogênese (geração dos corpos cetônicos). O problema disso é que os corpos cetônicos (acetona, ácido acetocético e betabutirático) vão ser utilizados como fonte de energia por alguns tecidos e eliminados pela respiração (conseguimos ver pelo hálito). 14 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II 15 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II 16 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II
Compartilhar