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1 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Diferenciação sexual INTRODUÇÃO ♥ O cromossomo sexual define o processo de diferenciação sexual que da origem as estruturas sexuais femininas e masculinas. A diferenciação depende da presença do cromossomo Y que possui um gene SRY, o qual vai ser responsável pelo fator determinante testicular que induz a diferenciação da crista gonadal em testículo, que começa a produzir hormônios sexuais masculinos (hormônio testosterona e anti mulleriano) que induzem a diferenciação das estruturas embrionárias das que compõe o sistema reprodutor masculino. A ausência do cromossomo Y gera a ausência do fator SRY, o faz com que a crista gonadal se diferencie em ovário. ♥ Quem decide se o indivíduo será XX ou XY é o espermatozóide. 2 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Diferenciação masculina ♥ O fator determinante testicular induz o desenvolvimento da região medular da crista gonadal. ♥ As células mesodérmicas se diferenciam em células de sertoli ou de leydig e se organizam formando os túbulos seminíferos (estrutura no testículo). Essas células são responsáveis pela síntese dos hormônios masculinos ainda na vida intrauterina. Células de leydig: produz testosterona Células de sertoli: produz hormônio anti mulleriano ♥ Ao produzir esses hormônios, se induz a diferenciação das estruturas indiferenciadas (ducto de Muller- paramesonéfrico ou ducto de Wolff- mesonéfrico). ♥ Os ductos de Wolff sofrem ação da testosterona e assim vão se desenvolver dando origem à porção ductal (epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal). A próstata e a glândula bulbouretral surgem da uretra. ♥ O hormônio anti-mulleriano induz a uma involução dos ductos de Muller (ele regride, se degenera). ♥ Os hormônios sexuais masculinos induzem a diferenciação da genitália externa. Na presença de testosterona e dihidrotestosterona, o tubérculo genital e as saliências lábio escrotais sofrem alterações formando a genitália externa masculina. Diferenciação feminina ♥ A ausência do fator determinante testicular induz a diferenciação da crista gonadal em ovário. Então o mesoderma presente na crista gonadal migra para região cortical e as células vão se diferenciar em células da granulosa e células da teca. ♥ As células da granulosa e da teca não vão ser ativadas durante a vida uterina. Na vida intra- uterina o ovário não tem função de síntese hormonal. Essas células formam o folículo ovariano, mas esse fica inativo ate a puberdade. ♥ Na ausência da testosterona, os ductos de Wolf vão regredir, formando ligamentos. ♥ Já os ductos de Muller na ausência do hormônio anti-mulleriano vai dar origem a: → Tuba uterina → Útero → Cérvice → Parte da vagina interna ♥ Na ausência da testosterona, a genitália externa indiferenciada vai sofrer alterações estruturais formando a genitália externa feminina. ♥ A puberdade se da quando o hipotálamo ativa. Esse hipotálamo começa a liberar GnRH que estimula a adeno-hipófise a liberar FSH e LH atuando nas gônadas, ativando-as. ♥ Na mulher os hormônios sexuais não só atuam na formação de um gameta viável, mas também atuam formando um ambiente favorável para o desenvolvimento fetal para que ocorra fecundação, desenvolvimento embrionário e fetal. ♥ Os hormônios sexuais também são responsáveis por induzir o surgimento das características sexuais secundárias, as quais são responsáveis pela diferenciação da estrutura física masculina e feminina. 3 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ANATOMIA ♥ Testículo: onde são produzidos os gametas. ♥ Epidídimo: possui cabeça, corpo e cauda. Nesse órgão o espermatozóide fica armazenado na cauda até o momento da ejaculação. ♥ Ducto deferente: na hora da ejaculação o espermatozóide que estava na cauda passa por esse ducto onde recebe a secreção das glândulas acessórias (vesícula, próstata e bulbouretral). ♥ Vesícula seminal e próstata: produzem a porção líquida do sêmen que têm componentes fundamentais para a manutenção da viabilidade do espermatozóide. ♥ Glândula bulbouretral: sua secreção é importante para fazer uma limpeza na uretra para que posteriormente passe o sêmen, isso porque na uretra passa urina também, a qual é prejudicial a vida do espermatozóide. Sistema reprodutor masculino 4 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Túbulos seminíferos: formam a porção medular do testículo, e em sua parede há formação do espermatozóide. ♥ Rede testicular: leva o espermatozóide até o epidídimo, passando pela cabeça, corpo e ficando armazenado na cauda até a ejaculação. ♥ Célula de sertoli (masculino) se equivale a granulosa (feminino) e as células de leydig (masculino) equivalem às células da teca (feminino) ♥ O testículo também produz estradiol, mas o que acontece é que ele produz esse hormônio a partir da testosterona. ♥ Mas por que o hormônio dominante nos homens é a testosterona e na mulher é o estradiol? Porque quem transforma testosterona em estradiol é a enzima aromatase p450. As células de sertoli têm pouca aromatase p450, mas as células da granulosa têm muito. Assim, a célula de sertoli transforma pouca testosterona em pouco estradiol e esse estradiol fica no testículo tendo sua função na espermiogênese, mas não alcança o sangue. Já no ovário, as células da granulosa tem muita aromatase p450, assim elas transformam praticamente toda testosterona produzida pelas células da teca, convertendo essa a estradiol. ♥ Células germinativas: são as células que vão dar origem ao espermatozóide. ESPERMATOGÔNIAS 5 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Iniciam meiose se transformando em ESPERMATÓCITO PRIMÁRIO Sofre a primeira divisão meiótica ESPERMATÓCITO SECUNDÁRIO Sofre a segunda divisão meiótica ESPERMÁTIDE Sofre espermiogênese (alteração morfológica das estruturas celulares) ESPERMATOZOIDE LIBERADO ♥ Até a puberdade o menino não tem capacidade de produzir espermatozóide porque o seu eixo hipotálamo não estará ativo, ou seja, não estará estimulando o testículo e nem a célula de leydig a produzir os hormônios que induzem a espermatogênese. MATURAÇÃO DAS ESPERMÁTIDES Espermiogênese ♥ No final da espermatogênese vamos ter a espermiogênese que é uma alteração morfológica da espermátide formando o espermatozóide. ♥ A testosterona que induz a espermatogênese ♥ O espermatozóide é formado por: → Cabeça (acromossoma + núcleo) → Cauda (peça intermediária, principal e final) ♥ A única organela que tem no espermatozóide é a mitocôndria que é fundamental para produção de ATP para que a cauda consiga realizar seu batimento a partir da presença de din que está presente no axonema formando o flagelo do espermatozóide). SÊMEN ♥ Formado por uma quantidade significativa de espermatozóides (100 a 200 milhões de espermatozóides/ml) ♥ O líquido da vesícula seminal representa 60% do volume total e é composto por: frutose, fosfolipídeos, ergotioneína, ácido ascórbico, flavinas e prostaglandinas. Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 MATURAÇÃO DAS ESPERMÁTIDES No final da espermatogênese vamos ter a espermiogênese que é uma alteração morfológica da espermátide formando o espermatozóide. A testosterona que induz a espermatogênese Cabeça (acromossoma + núcleo) Cauda (peça intermediária, principal e A única organela que tem no espermatozóide é a que é fundamental para produção de ATP para que a cauda consiga realizar seu dineína (proteína que está presente no axonema formando o flagelo Formado por uma quantidade significativa de tozóides (100 a 200 milhões de O líquido da vesícula seminal representa 60% do volume total e é composto por: frutose, fosfolipídeos, ergotioneína, ácido ascórbico,♥ Já ao líquido vindo da próstata compõe at do volume total, sendo composto por: poliamina, ácido cítrico, colesterol, fosfolipídios, zinco e fosfatase ácida. FUNÇÃO ENDÓCCRINA DAS CÉLULAS DE SERTOLI ♥ Produzem uma proteína ligadora de androgênios ABP que se liga a testosterona permitindo a desse hormônio na espermatogênese (é preciso dessa proteína para que a testosterona consiga induzir a espermatogênese) ♥ Estimula espermiogênese (espermátide espermatozoide) ♥ São estimuladas pelo FSH ♥ É responsável pela síntese de estradiol que participa da espermiogênese. FUNÇÃO ENDÓCRINA DAS CÉLULAS DE LEYDIG ♥ São estimuladas pelo LH ♥ Essas células sintetizam testosterona a partir do colesterol. FATORES QUE ESTIMULAM A ESPERMATOGÊNESE ♥ Testosterona: essencial ao crescimento e à divisão das células germinativas. Induz a proliferação das espermatogônias. 6 inha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Já ao líquido vindo da próstata compõe até 20% do volume total, sendo composto por: poliamina, ácido cítrico, colesterol, fosfolipídios, zinco e FUNÇÃO ENDÓCCRINA DAS CÉLULAS DE SERTOLI Produzem uma proteína ligadora de androgênios- ABP que se liga a testosterona permitindo a ação desse hormônio na espermatogênese (é preciso dessa proteína para que a testosterona consiga induzir a espermatogênese) Estimula espermiogênese (espermátide- São estimuladas pelo FSH É responsável pela síntese de estradiol que icipa da espermiogênese. FUNÇÃO ENDÓCRINA DAS CÉLULAS DE LEYDIG São estimuladas pelo LH Essas células sintetizam testosterona a partir do FATORES QUE ESTIMULAM A ESPERMATOGÊNESE : essencial ao crescimento e à divisão germinativas. Induz a proliferação das ♥ Hormônio luteinizante: estimula aas células de leydig a secretar testosterona ♥ Hormônio folículo-estimulante: estimula as células de sertoli, sem essa estimulação não ocorre a conversão das espermátides (espermiogênese). ♥ Estrogênio: formados a partir da testosterona pelas células de sertoli, estimulados por FSH, são essenciais à espermiogênese. ♥ Hormônio do crescimento: promove a divisão inicial das espermatogônias. ♥ Os hormônios esteróides atuam dent que eles passam livremente pela bicamada lipídica e os seus receptores são intracelulares. EFEITOS DA TESTOSTERONA E METABÓLITOS ♥ Efeitos no desenvolvimento pré-natal: → Diferencia a estrutura reprodutora masculina ♥ Efeito estimulatório sobre o crescimento do trato genital masculino durante a adolescência: → Estimula o crescimento da genitália externa ♥ Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos: → Físico masculino (alargamento dos ombros) → Crescimento laringeal (hipe mucosa laríngea) → Efeitos mentais ♥ Efeitos anabólicos → Músculos • Formação de proteína (aumenta a taxa metabólica e aumenta a espessura da pele- acne) Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 : estimula aas células de : estimula as células de sertoli, sem essa estimulação não ocorre a es (espermiogênese). : formados a partir da testosterona pelas células de sertoli, estimulados por FSH, são : promove a divisão Os hormônios esteróides atuam dentro da célula já que eles passam livremente pela bicamada lipídica e os seus receptores são intracelulares. EFEITOS DA TESTOSTERONA E METABÓLITOS natal: Diferencia a estrutura reprodutora o crescimento do trato genital masculino durante a adolescência: Estimula o crescimento da genitália Desenvolvimento e manutenção dos caracteres Físico masculino (alargamento dos Crescimento laringeal (hipertrofia da Formação de proteína (aumenta a taxa metabólica e aumenta a acne) → Ossos • Crescimento linear acelerado (epífise se une precocemente a parte longa dos ossos) • Aumento d óssea) • Pelve (estreita, alongada e forte) ♥ Efeitos hematológicos e imunológicos → Aumento da eritropoietina o que aumenta a quantidade de eritrócitos (taxa metabólica) ♥ Balanço hidro-eletrolítico → Retenção de sódio, água, potássio, cá fosfato e sulfato. ♥ Estimula o crescimento de pelo na região peitoral e facial e inibe o crescimento de cabelo 7 inha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Crescimento linear acelerado (epífise se une precocemente a parte longa dos ossos) Aumento da densidade óssea (massa Pelve (estreita, alongada e forte) Efeitos hematológicos e imunológicos Aumento da eritropoietina o que aumenta a quantidade de eritrócitos (taxa eletrolítico Retenção de sódio, água, potássio, cálcio, fosfato e sulfato. Estimula o crescimento de pelo na região peitoral e facial e inibe o crescimento de cabelo 8 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II REGULAÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS ♥ GnRH: estimula a adenohipófise a liberar FSH e LH. → O hipotálamo masculino produz quantidades pulsáteis e constantes de GnRH. → Estimula a liberação de LH e FSH de forma constante pela adeno-hipófise. → Lh ativa célula de leydig e FSH célula de sertoli. Ocorre a produção de testosterona, um pouco de estradiol e a proteína ligadora de andrógenos que induz a espermatogênese, produzindo espermatozóide. → A testosterona que vai para circulação sanguínea vai ser responsável pelas características sexuais masculinas. ♥ A testosterona circulante faz feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise para que não haja produção de testosterona acima do necessário. LIBERAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES ♥ Para liberação dos espermatozoides vamos ter uma associação d eventos que envolvem o SNA (simpático como indutor da ejaculação e o parassimpático como indutor da ereção). O SNA parassimpático atua de forma indireta e estimula a produção de óxido nítrico, induzindo a síntese desse óxido nítrico. ♥ O corpo peniano é formado por essas regiões chamadas de corpos cavernosos que são formados por trabéculas possuem entre elas uma artéria cavernosa. A artéria cavernosa sofre ação do óxido nítrico. NEUROTRANSMISSÃO CENTRAL ♥ Temos diferentes tipos de estímulos que podem induzir uma ativação parassimpática e ao induzir essa ativação, vamos levar a liberação de óxido nítrico nos corpos cavernosos. 9 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Quando temos a liberação de óxido nítrico a partir da liberação de neurotransmissores e ativação parassimpática que vai induzir a produção desse óxido, ele atua na arteríola cavernosa. Quando há presença do óxido nítrico vai-se induzir uma vasodilatação onde as trabéculas se preenchem com sangue, assim o pênis alcança a ereção pelo efeito vasodilatador do óxido nítrico. O óxido nítrico atua na musculatura lisa dos vasos induzindo a produção do segundo mensageiro chamado GMPc, o qual inibe os canais de cálcio fazendo com que a concentração de cálcio no músculo liso diminua, o que induz o relaxamento, assim teremos uma vasodilatação que vai permitir o preenchimento dos corpos cavernosos com sangue e isso induz a ereção. Depois de um período, o GMPc vai ser metabolizado por uma enzima chamada de fosfodiesterase que vai fazer com que eu inative esse segundo mensageiro, permitindo a entrada de cálcio fazendo com que a musculatura se contraia e assim haja perda de ereção. Existem os fármacos que inibem a atividade da fosfodiesterase, prolongando o tempo de ereção porque assim o GMPc fique ativo por um período mais longo. 10 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II FUNÇÕES REPRODUTIVAS FEMININAS ♥ Preparação do corpo da mulher para a concepção e a gravidez. ♥ Período de gravidez em si. ♥ As principais funções do sistema reprodutor feminino consistem em produzir óvulos para fertilização pelos espermatozóides e proporcionar as condições apropriadas à implantação do embrião, crescimento e desenvolvimento do feto, e nascimento.HORMÔNIOS FEMININOS ♥ Estradiol: prepara o corpo e as estruturas reprodutoras para se tornar fértil. Modifica o organismo deixando o corpo fértil. ♥ Progesterona: prepara o corpo para receber e manter a gestação. Sistema reprodutor feminino 11 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II OVOGÊNESE ♥ O gameta feminino é formado a partir da ovogênese, onde a partir de uma célula mãe vamos ter a formação de uma célula filha viável devido a divisão desigual no gameta feminino, formando o corpúsculo polar (composto apenas por DNA em excesso que precisa ser eliminado). ♥ Na vida intra-uterina, todas as ovogonias iniciam meiose e se transformam em ovócitos primários, parando na prófase I. Nesse momento, as ovogonias perdem capacidade de realizar mitose. Ovócito primário não realiza mitose. Se todas as minhas ovogonias se transformam em ovócitos primários, a partir desse ponto eu tenho limite da quantidade de ovócitos. 12 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II CICLO MENSTRUAL ♥ O ovócito é o gameta, ele que disponibiliza todas as organelas que o embrião precisa para o desenvolvimento inicial. Além disso, disponibiliza toda proteína, todo RNA mensageiro. ♥ Hormônios hipofisários: LH e FSH ♥ Hormônios ovarianos: estradiol e progesterona. ♥ Dura em média 28 dias, é um processo recorrente. ♥ Divide-se em ciclo ovariano, hormonal e menstrual. 13 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Temos alterações dos folículos devido à ação dos hormônios gonadotróficos, os quais crescem principalmente pela ação do FSH. ♥ Inicialmente temos a liberação de uma quantidade maior de FSH. ♥ O hipotálamo feminino pode produzir GnRH de duas formas: pulsátil (assim como o masculino), também consegue eliminar de uma vez só e cessar. Essas formas diferentes de liberar GnRH induz uma resposta na adeno-hipófise diferentes. → A adeno-hipófise responde a quantidade de GnRH pulsátil liberando na circulação sanguínea um pouco mais de FSH e um pouco de LH. O FSH estimula o crescimento folicular. ♥ Esse folículo que começa a crescer vai produzir a partir das células foliculares, o estradiol. ♥ Quando o LH se liga as células da teca, essa célula produz testosterona. Esse hormônio sai da célula da teca e vai para a granulosa e nela (que possui receptor de FSH) converte testosterona em estradiol. ♥ O folículo pré-ovulatório que é o estágio final do folículo vai produzir uma quantidade elevada de estradiol. ♥ O estradiol elevado faz feedback positivo no eixo hipotálamo-hipófise, induzindo uma liberação de alta quantidade de GnRH. Essa alta quantidade de GnRH vai na adeno-hipófise e induz o que chamamos de pico de LH. Com isso temos um aumento da circulação sanguínea ao redor do folículo, assim ocorre a saída de água do vaso sanguíneo causando um edema que comprime o folículo. Por fim, o pico de lh induz a síntese de enzimas digestivas no ápice do folículo, gerando o rompimento da membrana e a liberação do complexo cumulus oophorus, o que chamamos de ovulação. ♥ O LH também vai na célula da granulosa e na célula da teca e induz a luteinização (essas células vão alterar a sua morfologia e sua função). Elas (as células) diminuem sua produção de estradiol e passam a produzir progesterona, se transformando em células luteais que formam uma glândula transitória chamada de corpo lúteo (esse produz progesterona). Atresia celular: folículos que se degeneram/ regridem. 14 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ A progesterona faz feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise, como a testosterona. Isso porque se a progesterona está elevada ou já ovulou ou está gestante (não produz folículo já que o organismo já alcançou sua meta). Se não tiver embrião, quando chega perto do fim do ciclo, ausência do embrião faz com que o hipotálamo se ative e produza ocitocina e a libere na neuro- hipófise. A ocitocina circulante vai ao ovário e induz a produção de prostaglandina que induz a regressão do corpo lúteo. Sem embrião, sem objetivo alcançado, por isso o corpo volta a liberar FSH, mas antes é preciso remover o feedback negativo da progesterona, então o ovário tem induzir a regressão do corpo lúteo. ♥ Ao produzir prostaglandina, essa induz uma vasoconstrição nas arteríolas endometriais, diminuindo o fluxo para as células endometriais, dificultando o metabolismo delas. Assim, as células morrem e começam a se descamar, a se soltar do útero, esse processo é chamado de mesntruação. ♥ A fase folicular tem como estrutura dominante o folículo e o hormônio dominante é o estradiol, já na fase lútea a estrutura dominante é o corpo lúteo e o hormônio dominante é a progesterona. 15 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II No primeiro dia da menstruação temos liberação pulsátil de GnRH, o que estimula a liberação de FSH. Esse hormônio estimula o crescimento folicular. Quanto mais desenvolvido o folículo, maior a produção de estradiol. A alta quantidade de estradiol induz a liberação de uma alta quantidade de GnRH pelo hipotálamo induzindo a formação do pico de Lh. O pico de LH induz alterações ao redor do folículo promovendo a ovulação. Depois de ovular, as células diminuem a produção de estradiol e aumenta a de progesterona porque as células foliculares se transformam em células luteais, formando o corpo lúteo. No fim do ciclo, se não houver embrião há menstruação e recomeça tudo. 16 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II EFEITOS DOS ESTROGÊNIOS ♥ Geral: proliferação e crescimento celular dos tecidos dos órgãos sexuais femininos e de outros relacionados com a reprodução. ♥ Específicos: útero, tubas uterinas e órgãos sexuais externos. ♥ Induz proliferação dos alvéolos mamários, por isso na puberdade as glândulas mamárias se desenvolvem. ♥ Papel importante no depósito de cálcio nos ossos. ♥ Induz a uma proliferação de células adipócitas. ♥ Induz a um alargamento da pelve para facilitar a passagem do bebe no parto. ♥ Liberação de neurotransmissores. ♥ Não afeta a distribuição de pelo corporal. ♥ Pele com textura macia. EFETIOS DA PROGESTERONA ♥ Efeito da gravidez. ♥ Alterações secretórias no endométrio feminino, preparando o útero para implantação do óvulo e efeito quietude. ♥ Prepara as mamas para lactação.
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