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Diferenciação sexual

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Todo um conjunto de cromossomos disposta em ordem decrescente de tamanho e de acordo com a posição do 
centrômero é chamado do cariótipo. Em 22 pares, os cromossomos homólogos são parecidos e têm a mesma 
aparência em ambos os sexos (autossomas). Os dois membros do par 23 são os cromossomos sexuais e são diferentes 
em homens e mulheres. Nas mulheres, o par consiste em XX e nos homens, XY. Quando um espermatócito sofre 
meiose para reduzir o seu número de cromossomos, ele dá origem a 2 espermatozoides que contêm um cromossomo 
X e dois que contêm um Y. 
Os oócitos não têm cromossomos Y e produzem gametas com X. Se o oócito secundário for fertilizado por um 
espermatozoide X, o descendente é do sexo feminino e ser for Y, masculino. O sexo do indivíduo é determinado pelos 
cromossomos do pai. 
 
Os embriões femininos e masculinos se desenvolvem de modo idêntico até 7 semanas após a fertilização. Depois, um 
ou mais genes acionam uma cascata de eventos que leva ao desenvolvimento de um homem; na ausência de 
expressão normal, ocorre o padrão de desenvolvimento feminino. O principal gene que determina o sexo masculino 
é o SRY (região de determinação do sexo do cromossomo Y) e apenas se ela existir e for funcional em um óvulo 
fertilizado que o feto desenvolverá testículos e será do sexo masculino. Se não houver SRY, o feto desenvolverá 
ovários e se diferenciará para o feminino. 
 
Apg-21 Mulher XY 
Determinação do sexo 
Pode-se encontrar mulheres fenotípicas com um genótipo XY com mutações no gene SRY. Estes indivíduos não 
conseguiram se desenvolver normalmente como homens porque o gene SRY era defeituoso. Encontra-se também 
homens fenotípicos com um genótipo XX com um pequeno fragmento do cromossomo Y, incluindo o gene SRY, 
inserido em um dos cromossomos X. Além de determinar o sexo dos descendentes, os cromossomos sexuais são 
responsáveis pela transmissão de várias características não sexuais. Muitos dos genes para tais característicassão 
encontrados no cromossomo X, mas não existem no Y. A característica produz um padrão de hereditariedade, a 
herança ligada ao sexo. 
• O sexo genético é definido pelos cromossomos sexuais, XY nos homens e XX nas mulheres. 
• O sexo gonádico é definido pela presença dos testículos nos homens e dos ovários nas mulheres. 
• O sexo fenotípico é definido pelas características do trato genital interno e genitália externa. 
 
• FENÓTIPO MASCULINO: os testículos dos indivíduos com sexo gonádico masculino secretam hormônio 
antimulleriano e testosterona. A testosterona estimula o crescimento e a diferenciação dos ductos de Wolff, 
que se desenvolvem e formam o trato genital interno masculino e o hormônio antimulleriano provoca a atrofia 
dos ductos de Muller, que formariam o trato genital feminino. 
• FENÓTIPO FEMININO: os ovários dos indivíduos com sexo gonádico feminino secretam estrogênio, mas não 
secretam hormônio antimulleriano nem testosterona. Na ausência da testosterona, os ductos de Wolff não se 
diferenciam e na ausência do antimulleriano, os ductos de Muller não são suprimidos e desenvolvem-se no 
trato genital interno feminino. 
 
 
As células de Leydig são esteroidogênicas, sintetizam colesterol novo, e adquirem através de receptores para 
lipoproteínas de baixa (LDL) e alta densidade (HDL), já que a maior parte do colesterol utilizado como substrato é 
transportado por essas proteínas; posteriormente são armazenados na forma de éster de colesterol. 
Dentro da célula, colesterol livre é gerado pela enzima hidrolase do éster de colesterol. Quando há estímulos para a 
produção de hormônios esteroides, o colesterol livre é transferido para a membrana mitocondrial externa e depois 
para a interna, o que depende da proteína reguladora aguda esteroidogênica (StAR), caracterizando a etapa 
limitadora de velocidade. Na mitocôndria sofre a ação de uma enzima chamada COLESTEROL DESMOLASE (enzima 
Síntese dos hormônios sexuais femininos e masculinos 
P450scc/CYP11A1), formando um produto chamado de PREGNENOLONA, que é transportada até o RE liso. Os 
produtos produzidos que sofrem uma CONVERSÃO PERIFÉRICA. 
Esses hormônios começam a produção em um período chamado de ADRENARCA, na puberdade, quando começa a 
produção de hormônios sexuais. A célula de Leydig se assemelha à célula da zona reticular do córtex da adrenal 
(também responsável pela produção de hormônios esteroides), mas expressa um nível maior de 3β-HSD, de forma 
que a via Δ4 é essencialmente favorecida. Outra grande diferença é a expressão de uma isoforma da 17b-
hidroxiesteroide desidrogenase (17b-HSD tipo 3) específica pela célula de Leydig. 
Zona reticular do córtex da adrenal: a pregnenolona sofre a ação da CYP17 (P-450c17) e vira a 17(OH)-pregnenolona. 
A partir da hidroxipregnenolona é transformada em DHEA (desidroepiandrosterona) e sofre a ação onde é colocado 
um radical sulfeto nela, virando a DHEA sulfatada. A partir desse ponto há produção por vias paralelas, com a produção 
final de ANDROTENEDIONA que é convertida perifericamente nos hormônios andrógenos e estrógenos. Pode ter uma 
produção pequena de glicocorticoides. 
Via biossintética da testosterona: o colesterol sofre a ação da enzima colesterol desmolase estimulada pelo LH  o 
colesterol vira pregnenolona pela CYP11A1  depois vira a progesterona através da 3 beta hidroxiesteroide 
desidrogenase (3B-HSD) , vira 17-OH progesterona através da 17-alfa-hidroxilase, irá virar androstenediona através 
da 17-20 e 3β-hidroxiesteroide desidrogenase (3b-HSD), por fim, vira a testosterona a partir da ação da enzima 17B-
HSD tipo 3 (essa última enzima só está presente nas células de Leydig, não existe na zona reticular). A CYP17 é uma 
enzima bifuncional com atividade 17-hidroxilase e atividade 17,20-liase. 
A testosterona pode virar estradiol (17B-estradiol) nos tecidos periféricos através da ação da aromatase (sofre 
aromatização), enzima CYP19 expressada pelas células de Sertoli. Precisam de proteínas plasmáticas transportadoras 
para circular na corrente sanguínea. 
A importância dos androgênios na produção global dos hormônios esteroides sexuais é de cerca de 50% dos 
androgênios totais na próstata do adulto. Os valores de DHEA E DHEAS diminuem conforme o aumento da idade, 
resultando em uma drástica redução na formação de androgênios e estrogênios. 
Nas mulheres, os androgênios suprarrenais contribuem na libido. Devido à proximidade das células de Leydig com os 
túbulos seminíferos, quantidades significativas de testosterona se difundem para os mesmos e são concentradas no 
compartimento adluminal pela ABP. 
Os níveis de testosterona nos túbulos seminíferos são mais de 100 vezes maiores que os circulantes, necessários para 
a espermatogênese normal. As células espermáticas humanas expressam pelo menos uma isoforma do receptor de 
estrogênio – em diversos tecidos, especialmente o adiposo, a testosterona é convertida em estrógeno, que 
desempenha um papel na maturação e biologia dos ossos do homem. 
 
Na puberdade, determinadas células neurosecretoras do hipotálamo aumentam a sua secreção de hormônio liberador 
de gonadotropina (GnRH). Este hormônio estimula, por sua vez, os gonadotropos na adeno-hipófise a aumentar sua 
secreção de duas gonadotropinas, o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). 
O LH estimula as células intersticiais que estão localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o hormônio 
testosterona. Este hormônio esteroide é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o principal androgênio. É 
lipossolúvel e se difunde facilmente das células intersticiais para o líquido intersticial e, em seguida, para o sangue. 
A testosterona, via feedback negativo, suprime a secreção de LH pelos gonadotropos da adeno-hipófise e suprime a 
secreção de GnRH pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Em algumas células-alvo, como aquelas dos órgãos 
genitais externos e da próstata, a enzima 5-alfarredutaseconverte a testosterona em outro androgênio, chamado di-
hidrotestosterona (DHT). 
O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese. O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células 
sustentaculares estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos 
Regulação hormonal da função testicular 
e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua 
concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Uma 
vez alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células 
sustentaculares liberam inibina, um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adeno-
hipófise. Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior secreção 
de FSH e aumento da espermatogênese. 
A testosterona e a di-hidrotestosterona se ligam aos mesmos receptores de androgênios, que se encontram no 
interior dos núcleos das células-alvo. O complexo hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando alguns 
genes e desativando outros. Em decorrência dessas alterações, os androgênios produzem vários efeitos: 
• Desenvolvimento pré-natal. Antes do nascimento, a testosterona estimula o padrão masculino de 
desenvolvimento dos ductos do sistema genital e a descida dos testículos para o escroto. A di-
hidrotestosterona estimula o desenvolvimento dos genitais externos. A testosterona também é convertida no 
encéfalo em estrogênios (hormônios feminilizantes), que podem atuar no desenvolvimento de determinadas 
regiões do encéfalo em homens 
• Desenvolvimento das características sexuais masculinas. Na puberdade, a testosterona e a di-
hidrotestosterona realizam o desenvolvimento e o alargamento dos órgãos sexuais masculinos e o 
desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas. As características sexuais secundárias 
distinguem os homens das mulheres, mas não têm um papel direto na reprodução. Estes incluem o 
crescimento muscular e esquelético que resulta em ombros largos e quadris estreitos; os pelos faciais e 
torácicos (dentro dos limites da hereditariedade) e a presença de mais pelos em outras partes do corpo; o 
espessamento da pele; o aumento da secreção das glândulas sebáceas e o aumento da laringe e consequente 
engrossamento da voz 
• Desenvolvimento da função sexual. Os androgênios contribuem para o comportamento sexual masculino e 
espermatogênese, e para o desejo sexual (libido) em homens e mulheres. Lembre-se de que o córtex da 
glândula suprarrenal é a principal fonte de androgênios nas mulheres 
• Estimulação do anabolismo. Os androgênios são hormônios anabólicos; isto é, estimulam a síntese de 
proteínas. Este efeito é evidente no maior peso dos músculos e massa óssea que é observado na maior parte 
dos homens em comparação às mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ciclo ovariano consiste em uma série de eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do oócito. O 
ciclo uterino (menstrual) é uma série concomitante de alterações no endométrio do útero para prepará-lo para a 
chegada de um óvulo fertilizado, que ali vai se desenvolver até o nascimento. Se a fertilização não ocorrer, os 
hormônios ovarianos diminuem, o que faz com que o estrato funcional do endométrio descame. O termo geral ciclo 
reprodutivo feminino abrange os ciclos ovariano e uterino, as alterações hormonais que os regulam e as mudanças 
cíclicas relacionadas nas mamas e no colo do útero. 
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e uterino. O 
GnRH estimula a liberação do hormônio foliculoestimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) pela adeno-
hipófise. O FSH inicia o crescimento folicular, enquanto o LH estimula o desenvolvimento adicional dos folículos 
ovarianos. Além disso, o FSH e o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar estrogênio. 
O LH estimula as células da teca de um folículo em desenvolvimento a produzir androgênios. Sob influência do FSH, 
os androgênios são absorvidos pelas células granulosas do folículo e, em seguida, convertidos em estrogênios. No 
meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e, então, promove a formação do corpo lúteo, a razão para o nome hormônio 
luteinizante. Estimulado pela LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. Foram 
isolados pelo menos seis estrogênios diferentes do plasma de mulheres, mas apenas três estão presentes em 
quantidades significativas: beta (β)-estradiol, estrona e estriol. Em uma mulher não grávida, o estrogênio é o estradiol 
mais abundante, que é sintetizado a partir do colesterol nos ovários. 
Os estrogênios secretados pelos folículos ovarianos têm várias funções importantes, dentre elas: 
• Promover o desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas femininas, características sexuais 
secundárias e mamas. As características sexuais secundárias incluem a distribuição do tecido adiposo nas 
mamas, no abdome, no monte do púbis e nos quadris; tom da voz; uma pelve ampla; e o padrão de 
crescimento de pelos no corpo 
• Aumentar o anabolismo proteico, incluindo a formação de ossos fortes. Em relação a isso, os estrogênios são 
sinérgicos com o hormônio do crescimento (hGH) 
• Baixar o nível sanguíneo de colesterol, que provavelmente é o motivo de as mulheres com menos de 50 anos 
correrem risco muito menor de doença da artéria coronária (DAC) do que os homens de idade semelhante 
• Níveis sanguíneos moderados inibem tanto a liberação de GnRH pelo hipotálamo quanto a secreção de LH e 
de FSH pela adeno-hipófise. 
A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo lúteo, coopera com os estrogênios para preparar e 
manter o endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e preparar as glândulas mamárias para a secreção 
de leite. Altos níveis de progesterona também inibem a secreção de LH e GnRH. 
A pequena quantidade de relaxina produzida pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal relaxa o útero inibindo as 
contrações do miométrio. Presumivelmente, a implantação de um óvulo fertilizado ocorre mais facilmente em um 
útero “tranquilo”. Durante a gestação, a placenta produz muito mais relaxina, e isso continua relaxando o músculo 
liso do útero. No final da gestação, a relaxina também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e pode ajudar a dilatar 
o colo do útero, que facilitam a saída do bebê. 
Regulação hormonal da função testicular 
 
 
A duração do ciclo reprodutivo feminino normalmente varia de 24 a 36 dias. Para essa discussão, assume-se uma 
duração de 28 dias e divide-se o ciclo em quatro fases: a fase menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase 
pós-ovulatória. 
fase menstrual 
A fase menstrual, também chamada de menstruação, perdura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. 
• EVENTOS NOS OVÁRIOS. Sob influência do FSH, vários folículos primordiais se desenvolvem em 
folículos primários e, então, em folículos secundários. Este processo de desenvolvimento pode levar 
vários meses para ocorrer. Portanto, um folículo que começa a se desenvolver no início de um dado 
ciclo menstrual pode não alcançar a maturidade e ovular até vários ciclos menstruais mais tarde. 
• EVENTOS NO ÚTERO. O fluxo menstrual do útero consiste em 50 a 150 mℓ de sangue, líquido tecidual, 
muco e células epiteliais do endométrio descamado. Esta eliminação ocorre porque os níveis 
decrescentes de progesterona e estrogênios estimulam a liberação de prostaglandinas que fazem com 
que as arteríolas espirais do útero se contraiam. Como resultado, as células que elas irrigam são 
privadas de oxigênio e começam a morrer. Por fim, todo o estrato funcional descama. Nesta altura, o 
endométrio está muito fino, com cerca de 2 a 5 mm, porque apenas o estrato basalpermanece. O 
fluxo menstrual passa da cavidade uterina pelo colo do útero e vagina até o meio externo. 
fase pré-ovulatória 
A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo 
tem comprimento mais variável do que as outras fases e representa a maior parte das diferenças na 
duração do ciclo. Tem a duração de 6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias. 
Fases do ciclo reprodutivo feminino 
• EVENTOS NOS OVÁRIOS. Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a secretar 
estrogênios e inibina. Por volta do dia 6, um folículo secundário único em um dos dois ovários 
superou todos os outros para se tornar o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina secretados 
pelo folículo dominante diminuem a secreção de FSH, o que faz com que os outros folículos menos 
bem desenvolvidos parem de crescer e sofram atresia. Os gêmeos ou trigêmeos fraternos (não 
idênticos) ocorrem quando dois ou três folículos secundários se tornam codominantes e mais tarde 
são ovulados e fertilizados aproximadamente ao mesmo tempo. Normalmente, um folículo 
secundário dominante único passa a ser o folículo maduro, que continua aumentando até que tenha 
mais de 20 mm de diâmetro e esteja pronto para a ovulação. Este folículo forma uma protuberância 
em forma de vesícula decorrente da tumefação do antro na superfície do ovário. Durante o processo 
de maturação final, o folículo maduro continua aumentando a sua produção de estrogênios. 
• EVENTOS NO ÚTERO. Os estrogênios liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em 
crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células do estrato basal sofrem mitose e 
produzem um novo estrato funcional. Conforme o endométrio se espessa, desenvolvem-se glândulas 
uterinas retas e curtas, e as arteríolas se espiralam e alongam à medida que penetram no estrato 
funcional. A espessura do endométrio aproximadamente dobra, alcançando cerca de 4 a 10 mm. Em 
relação ao ciclo uterino, a fase pré-ovulatória também é denominada fase proliferativa, porque o 
endométrio está proliferando. 
 
 
 
 
 
 
Ovulação 
A ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para o interior da cavidade pélvica, 
geralmente ocorre no 14 o dia em um ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito secundário permanece cercado 
por sua zona pelúcida e coroa radiada. 
Os níveis elevados de estrogênios durante a última parte da fase pré-ovulatória exercem um efeito de feedback 
positivo sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) e induzem à ovulação, como 
se segue 
 
 
fase pós-ovulatória 
A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. 
Em duração, é a parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Tem a duração de 14 dias em um ciclo de 28 dias, 
do 15 o ao 28 o dias 
• EVENTOS NO OVÁRIO. Depois da ovulação, o folículo maduro colapsa, e a membrana basal entre as células 
granulosas e a teca interna se rompe. Uma vez que um coágulo se forma pelo pequeno sangramento do 
folículo rompido, o folículo se torna o corpo rubro. As células da teca interna se misturam com as células 
granulosas conforme todas estas células se transformam nas células do corpo lúteo sob a influência do LH. 
Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas 
também absorvem o coágulo de sangue. Em relação ao ciclo ovariano, esta fase é chamada de fase lútea. 
 
Os eventos posteriores em um ovário que ovulou um oócito dependem se o óvulo foi fertilizado. Se o óvulo 
não foi fertilizado, o corpo lúteo tem uma vida útil de apenas 2 semanas. Em seguida, a sua atividade secretora 
declina, e ele se degenera em um corpo. À medida que os níveis de progesterona, estrogênios e inibina 
diminuem, a liberação de GnRH, FSH e LH aumenta, em decorrência da perda da supressão por feedback 
negativo pelos hormônios ovarianos. O crescimento folicular é retomado e começa um novo ciclo ovariano. 
Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste além de sua duração 
normal de 2 semanas. Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotropina coriônica humana (hCG). Este 
hormônio é produzido pelo cório do embrião, começando aproximadamente 8 dias após a fertilização. Como 
o LH, o hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo. A determinação de hCG no sangue ou na urina 
materna é um indicador de gravidez e é o hormônio detectado pelos testes de gravidez de venda livre. 
 
• EVENTOS NO ÚTERO. A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento 
e enrolamento das glândulas uterinas, a vascularização do endométrio superficial e o espessamento do 
endométrio até 12 a 18 mm. Em decorrência da atividade secretora das glândulas uterinas, que começam a 
secretar glicogênio, este período é denominado fase secretora do ciclo uterino. Estas alterações preparatórias 
alcançam seu pico aproximadamente 1 semana após a ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado 
pode chegar ao útero. Se a fertilização não ocorrer, os níveis de progesterona e estrogênios declinam, em 
decorrência da degeneração do corpo lúteo. A interrupção na progesterona e nos estrogênios provoca a 
menstruação.

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