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Resumo Escolas Criminológicas (ALESSA)

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Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
Criminologia I - Escolas Criminológicas 
 
A criminologia, antes vista (em viés positivista) como mera auxiliar do 
Direito Penal, constituiu-se como uma ciência interdisciplinar, que abrange as 
seguintes áreas: sociologia da violência, psicologia, antropologia, biologia, 
medicina, direito. 
Mudança de paradigma: 
O estudo do crime, inicialmente, consistia no estudo do criminoso e de suas 
características (estudo inicialmente biológico). Com o intuito de tratar, socializar 
e instruir criminosos ou possíveis criminosos, foram criadas, então, as instituições 
de controle formais. Percebeu-se, posteriormente, a importância do 
entendimento do papel formador de identidade daqueles que passavam pelas 
instituições de controle. 
A compreensão do papel da vítima no processo desencadeador do crime 
também foi vista como essencial no estudo do crime, até chegar em uma visão 
mais completa da criminalidade, que abrange todo o contexto do ato ilícito. 
Hoje, a criminologia estuda o processo gerador da criminalidade sob várias 
perspectivas, com a ajuda de demais áreas do conhecimento, havendo, pois, 
uma larga interdisciplinaridade. 
Três pilares das Ciências Penais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DELITO: incidência massiva na população, atingindo um grande número 
de pessoas; incidência aflitiva do fato praticado, ferindo a sociedade; 
persistência espaço-temporal; tem inequívoco consenso a respeito da etiologia 
e das técnicas de intervenção ao criminalizar. 
CRIMINOLOGIA 
Ciência Causal-
Explicativa, de 
caráter empírico. 
Estuda o fato do 
crime em si; seu 
objeto é a 
criminalidade. 
“Mundo do SER”. 
DIREITO PENAL 
Ciência Normativa. 
Seu objeto consiste 
nas normas penais. 
Busca instrumentos 
para a devida 
aplicação da lei. 
“Mundo do DEVE 
SER”. 
POLÍTICA CRIMINAL 
Transforma os 
conhecimentos 
dos dois outros 
pilares em 
estratégias 
concretas para 
prevenir e 
repreender crimes. 
CRIME: é o rompimento do contrato social moderno 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
DELINQUENTE: é um ser histórico, real complexo e enigmático. 
VÍTIMA: tem momentos de relevância e de irrelevância ao longo da história nos 
processos penais: 
- Idade de Ouro da Vítima: até o fim da Idade Média, a vítima era a figura 
principal dos processos delituosos. 
- Neutralização do poder da Vítima: após a Inquisição e principalmente a partir 
do Código Penal Frances, as vítimas eram proibidas de defender seus interesses. 
A pena era estabelecida visando ordem social, e não uma reparação aos danos 
da vítima. 
- Revalorização do papel da Vítima: penas buscando compensação à vítima. O 
estudo da vítima se tornou mais intenso após a Segunda Guerra Mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA LIBERAL CLÁSSICA 
 Século XVIII e XIX. 
 Crítica ao modo punitivo da Idade Média, em que a confissão era vista como 
prova inquestionável e as decisões vinham de cima para baixo  o 
humanismo racionalista resultou em um questionamento dessas práticas. 
 Povo como fonte do direito e como soberano nas relações sociais. 
 Ideia de Contrato Social  o ser abre mão de parte de seus direitos para viver 
em sociedade, recebendo, em troca, a proteção do aparato estatal. 
 Teoria Justificadora das Penas: o crime se configura como rompimento do 
contrato social, e a pena se torna necessária uma vez que o sujeito rompeu 
com uma regra que ele mesmo prometeu  a pena é a violência estatal 
legitimada. 
 Prevê a igualdade de todos perante à lei. 
CONTROLE SOCIAL 
É o conjunto de mecanismos e sanções sociais 
que pretendem submeter os indivíduos às normas. 
INFORMAL 
Passa pela sociedade civil (família, escola, 
mercado de trabalho). Traz mais coesão e 
adesão social, sendo típico de 
comunidades mais simples. 
 
FORMAL 
Consiste no aparelho político do Estado, 
sendo e mais violento. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 Ideia de livre-arbítrio: delito é fruto da livre vontade de escolha do indivíduo. 
Ou seja, o crime é um ato individual. 
 Princípios legitimadores: 
- Princípio da Legalidade define que há de existir uma lei prévia que defina 
determinado ato como ilícito; 
- Princípio da Proporcionalidade expõe que a lei e a pena devem ser 
proporcionais ao caso concreto; 
- Princípio da Culpabilidade defende que a retribuição jurídica proporcional 
e racional ao crime cometido por livre-arbítrio, levando em conta o grau de 
culpabilidade e de escolha do indivíduo 
 A pena e Direito Penal não são meios de modificação do sujeito, mas de 
defesa da sociedade do crime (“retribuição”). 
 
CRIMINOLOGIA POSITIVISTA 
 Séculos XIX e XX. 
 Cesare Lombroso - características físicas do homem delinquente; definição 
do “delinquente nato”. 
 Crime é anormal, patológico  o criminoso é diferente do resto da 
sociedade. 
 Não há livre-arbítrio, há um determinismo biológico  não há liberdade de 
escolha para alguns; já nascem voltados ao crime. 
 A criminologia é vista como um fenômeno natural, o que será alvo de crítica: 
deve-se ter em vista que o crime é uma construção social e cultural (em 
diferentes sociedades ele pode ser criminoso, mas em outras não). 
 A periculosidade (qualidade daquilo que é perigoso a vida) à sociedade é 
o que sustenta a pena. 
 Pena busca transformar o delinquente, readaptando-o à sociedade. 
 O crime é um ato individual determinado naturalmente. 
 Enrico Ferri: o criminoso é um indivíduo anormal, e, para compreendê-lo, 
devemos considerar a “micro sociedade” em que está inserido. 
 Ideologia da Defesa Social: a sociedade deve ser protegida do criminoso. 
Não se questiona sobre o impacto social na formação do criminoso. 
 
TEORIA PSICANALÍTICA DA CRIMINALIDADE 
 Décadas de 1920 e 1930. 
 Defesa uma perspectiva individual e social. 
 Aplicação de ideias freudianas de Desenvolvimento da Personalidade 
Humana na criminologia  explicação da criminalidade por meio do 
inconsciente. 
 Mal-Estar Civilizatório: insatisfação inconsciente dos indivíduos devido à 
repressão de suas vontades e impulsos naturais, o que seria ocasionado pela 
civilidade das relações sociais. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 Cada indivíduo sofre com o conflito entre suas três “personalidades” 
interiores: 
 
 A Reação do Sistema Penal seria a concretização do inconsciente coletivo. 
 A pena é uma forma de conter a euforia social (ID generalizado) de 
vingança característica após ocorrer um crime. 
 
TEORIAS ESTRUTURAIS FUNCIONALISTAS 
 Século XX. 
 O crime cumpre função social: 
- antecipação da moral futura  o crime pode dar uma ideia do futuro das 
percepções éticas da comunidade em que ocorre; 
- agregação social  cria-se um fortalecimento da identidade coletiva no 
momento em que o grupo se une para julgar e “se vingar” institucionalmente 
por meio da pena. 
- adaptação social  o crime é visto como uma reação à impossibilidade do 
indivíduo se adaptar aos ideais dominantes da sociedade. 
 Durkheim afirma que toda sociedade produz crime. 
 As pessoas se agregam em torno de solidariedades. 
 Estado de Anomia: “fase” em que a noção do que é ou não desviante se 
perde entre os membros de uma sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ID: inconsciente (interno) representado pelos sentimentos, pelos 
impulsos, pelos desejos e pelas sensações naturais irracionais. 
EGO: filtro dos impulsos do ID, representado pelas relações sociais e 
pela linguagem. É a forma como nos relacionamos socialmente. 
SUPER-EGO: regras de convivência (externas) que foram internalizadas 
por meio dos costumes. Elas podem parecer confusas e contraditórias. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 
CRIMINOLOGIA DO CONSENSO E DO CONFLITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE CHICAGO 
 Século XIX. 
 Mudanças sociais nos EUA decorrentes da consolidação da burguesia 
industrial, comerciale financeira. 
 Universidade de Chicago: combinava trabalho acadêmico com prestação 
de serviços à comunidade. 
 Chicago tinha um crescimento urbano imenso aliado a um desenvolvimento 
econômico e financeira, tornando-se um grande centro comercial. 
 Expansão de periferias e, devido a inexistência de controle social e cultural, 
surgiram problemas sociais, que potencializaram a criminalidade. 
 Teoria da Ecologia Criminal ou da Desorganização Social: 
- não há uma cidade violenta, mas inúmeras “cidades” dentro da cidade 
que são violentas; 
- a cidade que produz suas próprias diferenças e o ponto de partida é sua 
estrutura ecológica; 
TEORIA DO CONSENSO 
A finalidade da sociedade é 
alcançada com o funcionamento 
perfeito das instituições, de forma 
que os indivíduos compartilhem e 
sigam as regras e os valores 
sociais. 
A sociedade é persistente, estável 
e integrada. 
Escola de 
Chicago 
Teoria da 
Associação 
Diferencial 
Teoria da 
Anomia 
Teoria das 
Subculturas 
Delinquentes 
TEORIA DO CONFLITO 
A coesão e a ordem na 
sociedade são fundadas na base 
da força e da coerção, na 
dominação de uns por outros. 
A sociedade é sujeita a 
mudanças e exibe momentos de 
divergência e de conflito. 
Labbeling 
Aproach 
Teoria 
Crítica da 
Criminologia 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
- nas grandes cidades, cria-se um permanente sentimento de anonimato que 
pode desenvolver uma postura impessoal com reflexo na criminalidade. 
- mobilidade e divisão do trabalho “destruíram” as formas clássicas de 
controle social. 
 Os imigrantes que chegaram a Chicago não eram criminosos no país de 
origem (estavam sob controle social informal), mas ao chegar à cidade se 
tornam. 
 De acordo com a teoria ecológica a cidade se desenvolve em círculos 
concêntricos a partir do centro. 
 GRADIENT TENDENCY: ligação entre certos ambientes da comunidade e 
padrões delinquentes de comportamento. 
 Crime como fruto de uma desorganização social em que o controle social 
informal já não é efetivo e as condições são insalubres. 
 Medidas preventivas: intervenções na comunidade com ajudas 
comunitárias, auxílio às áreas mais degradadas, além de reconstruções da 
arquitetura das cidades com mais segurança, iluminação. 
 
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL 
 Grande influência dos teóricos da Escola de Chicago. 
 Após a Primeira Guerra Mundial os EUA têm um desenvolvimento econômico 
muito grande, ganhando mais espaço no mercado  alastramento da 
corrupção por poderosos. 
 Crise de 1929  inúmeras falências, crescimento da pobreza e da 
criminalidade. 
 Roosevelt, com o New Deal (intervenção estatal acentuada com a 
efetivação de políticas e obras públicas) busca combater a crise. 
 Crime é aprendizado mediante interação e comunicação entre pessoas 
 CRIME DE COLARINHO BRANCO: cometido no âmbito da profissão por 
indivíduos de alta respeitabilidade e prestígio social, tendo consequências 
difusas na sociedade  por não sentirem diretamente o dano e por 
respeitarem esses criminosos a reação social e as penas são leves. 
 O respeito e prestígio dos criminosos de colarinho branco atrapalha o 
julgamento. 
 
TEORIA DA ANOMIA 
 Teoria estrutural-funcionalista da criminalidade. 
 Estrutural-funcionalismo: trabalha com a estrutura da sociedade que regula 
as ações e se pergunta qual a função que todos fatos sociais 
obrigatoriamente têm. 
 Considerada conservadora porque analisa as consequências dos 
problemas, e não as causas. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 Anomia: estado sem lei, injusto, desordenado; caos das normas sociais, crise 
de valores com pouca coesão social, ruptura dos padrões sociais de 
conduta. 
 Consciência coletiva: conjunto de crenças e sentimentos comuns; é um “tipo 
psíquico” da sociedade. 
- sociedades arcaicas  há maior solidariedade e é do tipo mecânica, em 
que as pessoas se associam por semelhança e os homens se diferem pouco; 
- sociedades contemporâneas  solidariedade orgânica, em que os homens 
se integram pela dependência e pela troca; 
 O crime é normal de toda e qualquer sociedade, só se torna anormal 
quando são ultrapassados limites que ferem o funcionamento social  crime 
só é anormal quando em estado de anomia, onde não se sabe mais o que é 
certo e o que é errado. 
 Crime cumpre função social. 
 Assim como o crime é indispensável para o funcionamento da sociedade a 
punição também é: a função da pena é satisfazer a consciência comum que 
foi ferida pelo crime, mantendo a coesão social. 
 Quanto mais intensa é a pena, mais primitiva é a sociedade. 
 Cinco tipos de adaptações individuais: 
- conformista: mais comum em uma sociedade estável, pois ele confere 
estabilidade e tem conformidade com os objetivos culturais e meios 
institucionalizados; 
- ritualista: não valoriza os objetivos culturais pois acha que não é capaz de 
alcança-los, mas compactua com os meios institucionalizados; 
- retraimento: não valoriza objetivos culturais e nem segue meios 
institucionalizados; 
- inovação: “corta caminho” para atingir a ascensão social; 
- rebelião : inconformismo e a revolta, refutação de padrões vigentes e 
formulação de novas metas e valores. 
 
TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE 
 Cultura: todos os modelos coletivos de ação identificáveis em membros de 
uma certa comunidade e passadas de geração em geração. 
 Subcultura: cultura dentro de outra cultura. Aceitam certos aspectos dos 
valores dominantes, mas também exprimem seus próprios valores e padrões 
de grupo, se isolando (reativos). 
 Contracultura: desafiam os valores, padrões e cultura dominantes; propõem 
novos valores (proativos). 
 O “American way of life” vai se tornando inatingível para jovens negros e 
posteriormente para camadas baixas da burguesia branca  subculturas 
vão despontando. 
 Jovens com maior possibilidade de fracas se sentiam contrastantes e 
perdedores em relação a ética do sucesso. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 A construção das subculturas criminais representa a reação de algumas 
minorais muito desfavorecidas diante da exigência de adequar-se 
alheiamente a uma estrutura social intangível. 
 Sob certas condições de insegurança e falta de crenças morais, esta revolta 
da juventude induz a práticas de vandalismo (tipo de delito mais notado)  
formação de gangues. 
 Características básicas dos delitos por subculturas juvenis: 
- não-utilitárias: os furtos e delitos não tem utilidade alguma para sua fruição, 
é um delito por prazer, por glória, por autossatisfação; 
- malícia ínsita ao ato: prazer de desconcertar o outro, de atingir metas 
proibidas e inatingíveis aos seres comuns, autossatisfação com o desconforto 
alheio; 
- Negativismo: negação das normas convencionas, fazer o “inverso” do que 
as normas ditam. 
 O crime é fruto de expressão de um sistema normativo próprio das 
subculturas. 
 
LABELLING APROACH 
 Década de 1960. 
 Sociedade não é organizada, vive uma crise de valores com relações 
conflitivas. 
 Reflexão sobre o sistema de controle social e sobre o papel da vítima no 
delito. 
 Contracultura: geraram protestos, manifestações, novas propostas, críticas, 
transgressões e, acima de tudo, conflitos. 
 1968: marco da atividade transgressora no mundo. 
 No Brasil: tropicalismo. 
 Martin Luther King: defesa da igualdade para os negros, mobilização de 
milhares de pessoas  questiona a ideia de que o sonho americano de 
ascensão seria possível e igualitário. 
 Ação afirmativa: prevenir à discriminação. 
 Interação simbólica: relações sociais que as pessoas têm as condicionam 
reciprocamente. 
 Instâncias formais de controle como fator aumentativo da criminalidade, 
sendo seletivos e discriminatórios  a prisão aumenta a criminalização. 
 Delinquência primária: 1° delito, pode ter causas variadas (sociais, 
econômicas, políticas, culturais). 
 Delinquência secundária: 2º delito,fruto das interações no sistema prisional e 
da aceitação da etiqueta que lhe foi dada  a etiqueta vai se aderindo à 
identidade e a própria pessoa passa a acreditar naquele rótulo (role 
engulfment). 
 “Outsider”: pessoa que não é aceita como membro da sociedade. 
 A conduta desviante é originada pela sociedade  a infração não é uma 
qualidade do ato, mas sim uma consequência da aplicação de outros. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 O desviante é aquele a quem o rótulo social de criminoso funcionou com 
sucesso. 
 A reação social é fundamental para definir o desviante e varia de acordo 
com o infrator. 
 A pena atua como geradora de desigualdades. 
 A delinquência secundária pode ser evitada por meio da descriminalização, 
da aplicação de um processo legal adequado e da desinstitucionalização. 
 
TEORIA CRÍTICA OU RADICAL 
 Compreensão estrutural da sociedade  enfoque macrossociológico. 
 Relação entre os modos punitivos com a forma de produzir e vender 
mercadorias  prisão relacionada ao surgimento do capitalismo mercantil. 
 Criticam todos os pensamentos criminológicos anteriores. 
 Abordagem econômica e social. 
 Superestrutura Social: abrange o Estado, o Direito e o Sistema Penal. 
 Sistema Prisional e Sistema Escola a serviço da reprodução social  
reproduzem discursos meritocráticos falaciosos. 
 Não haveria lugar para todos no “topo da pirâmide” e, por isso, as pessoas 
vão ficando pelo caminho  aqueles que não tiveram oportunidades ficam 
sujeitos às metaregras das instituições de controle formal. 
 Atos são criminosos porque é de interesse das classes dominantes assim 
defini-los  definir certas pessoas como criminosas permite um controle 
maior do proletariado 
 Sociedades socialistas teriam menos crimes que as capitalistas devido a 
diminuição do conflito entre classes  a solução para o crime consiste na 
transformação revolucionária da sociedade e a eliminação dos sistemas de 
exploração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINIMALISMO PENAL 
Reduzir a atuação do Direito Penal (função acessória). 
Delito é criado pela lei, pelo próprio homem. 
Ideia de criminalidade dos oprimidos. 
Descriminalização de certos delitos cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa. 
Intervenções mais agudas em áreas de interesses coletivos. 
Consagração de certos princípios com os quais seriam assegurados os 
direitos humanos fundamentais. 
Intervenção punitiva como última medida. 
 
Alessa Tayjen Martins - 2018/2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABOLICIONISMO PENAL 
Abolição de todo o sistema de solução dos conflitos, na defesa de 
que o sistema penal só sirva para legitimar e produzir desigualdades. 
Direito é uma realidade construída, sendo modificável. 
Direito penal é seletivo e elitista. 
Visão anarquista: principal preocupação está na perda de liberdade 
e autonomia do indivíduo por obra do Estado. 
Visão marxista: sistema penal como instrumento repressor e que oculta 
conflitos sociais; defende a redução do controle social sobre a 
maioria. 
Visão liberal e cristã: em oposição ao sistema anômico construído 
pelas sociedades repressivas, seria criado um sistema eunômico em 
que os homens se ocupariam de seus próprios conflitos. 
NEO-REALISMO DE ESQUERDA/CRIMINOLOGIA CRÍTICA REALISTA 
Contraponto ao realismo de direita, que exigia mais repressão contra 
a criminalidade através de penas mais longas e duras, menor 
discricionariedade ao juízo (law and order movement). 
O movimento lei e ordem somado à política de tolerância zero 
produziram o maior índice de encarcerados na história recente. 
Os neo-realistas de esquerda defendem o regresso ao estudo da 
etiologia do delito com prioridade nos estudos vitimológicos. 
Descriminalizar certos comportamentos e criminalizar outros (novas 
demandas sociais exigem a criação de “novos crimes”). 
Neopunitivismo: preocupação com os fatos que atingem mais 
diretamente a classe trabalhadora. 
A carência relativa produz inconformidade, que somada a falta de 
soluções políticas produz o delito. 
Defendem a reinserção dos delinquentes. 
Prisão mantida somente em circunstâncias extremas (legitimidade ao 
cárcere).

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