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Teste de sensibilidade aos antibióticos (ATB)

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A realização do teste de sensibilidade aos antimicrobianos 
(TSA) é uma das principais tarefas executadas pelo 
laboratório de microbiologia. 
Além de orientar a escolha da terapia antimicrobiana mais 
adequada, o TSA representa uma importante ferramenta 
no monitoramento da evolução da resistência bacteriana 
e age também como um método auxiliar na implantação 
de medidas de controle que evitem a disseminação de 
bactérias multirresistentes. 
TESTE QUALITATIVO 
Relação entre a difusão de um determinado 
antimicrobiano em meio sólido e o crescimento bacteriano 
neste mesmo meio; 
O princípio básico é a difusão do agente antimicrobiano 
na superfície de uma placa de ágar, a partir de disco de 
papel de filtro impregnado com antimicrobiano; 
O teste é interpretado de acordo com o tamanho dos 
halos; 
 
 
Preparo do inóculo: 
Consiste em preparar uma suspensão bacteriana padrão 
equivalente a 0,5 da escala de McFarland. Com o auxílio 
de uma alça bacteriológica, tocar na superfície de três a 
quatro colônias com a mesma morfologia e suspender em 
3 a 4 ml de solução fisiológica estéril. 
Comparar o inóculo ajustando com a escala de McFarland 
colocando os tubos lado a lado contra um cartão de fundo 
preto com tiras branca ou contra a luz. 
Se a turbidez ultrapassar a escala, ajustar com solução 
fisiológica estéril. 
Inoculação nas placas: 
Após o ajuste do inóculo, proceder com a semeadura 
introduzindo um swab estéril na suspensão padronizada. 
Comprimir o swab na parede interna do tubo para evitar 
o excesso do inóculo e semear na superfície do Ágar 
apropriado em três direções diferentes. As placas devem 
estar em temperatura ambiente antes do uso. 
Deixar a placa semeada tampada por 5 minutos e não 
mais de 15 minutos à temperatura ambiente, para que o 
inóculo seja absorvido pelo meio de cultura. 
Aplicação dos discos: 
Colocar o polisensidisc com pinça estéril e pressionar 
levemente a superfície de cada um disco. 
Uma vez o disco colocado, não remover do lugar, pois a 
difusão da droga é imediata. 
Cada antibiograma conterá um polisensidisc especifico 
para a bactéria em análise. 
Incubação das placas: 
As placas devem ser mantidas em estufas 
microbiológicas, nas temperaturas 35 a 36 ºC. 
O tempo de incubação deve ser de 18 à 24 horas. 
Leitura das placas: 
Após o período de incubação determinado, efetuar a 
leitura dos halos de inibição. 
Deve ser observado se há presença de crescimento 
confluente. O aparecimento de colônias individuais 
sugere-se a repetição do teste, pois, o inóculo foi 
insuficiente. 
As placas de Mueller Hinton devem ser lidas com a luz 
posicionada diretamente sobre elas, facilitando a 
visualização dos halos. O diâmetro do halo de inibição é 
lido com o auxílio de uma régua. 
O cuidado deve ser redobrado na leitura de cepas que 
apresentam hemólise, medindo apenas o halo e não a 
hemólise. 
 
 
 Colônias pequenas dentro dos halos devem ser 
verificadas se são clones resistentes ou eventual 
contaminação, antes de ser liberadas como cepas 
resistentes a esses antimicrobianos. 
O halo de inibição deve ser considerado a partir do ponto 
onde não é observado o crescimento bacteriano, a olho 
nu. 
Os halos de inibição para cada antibiótico testado devem 
ser interpretados nas categorias sensível, intermediário e 
resistentes, de acordo com os critérios estabelecidos pela 
BrCAST (atualizado anualmente). 
Alguns fatores que podem afetar o resultado do 
antibiograma: 
 Inóculo fora das concentrações adequadas. 
 Inóculo com a presença de mais de um 
microrganismo. 
 Formulação inadequada do meio, pH ou espessura. 
 Tempo, temperatura e atmosfera de incubação 
inadequada. 
 Concentrações alteradas dos discos. 
 Perda da atividade inibitória dos discos de antibióticos 
por mal acondicionamento ou fora do prazo de 
validade. 
TESTE QUANTITATIVO 
Método de Concentração Inibitória Mínima (CIM) por E-
test 
O E-test é um método quantitativo para avaliar a 
sensibilidade aos antimicrobianos. 
Consiste em uma fita de plástico inerte, transparente, 
contendo de um lado da fita uma escala impressa da CIM, 
e do outro lado existe um gradiente exponencial do 
antimicrobiano distribuído ao lado da fita. 
 
 
Método de microdiluição em caldo 
A microdiluição em caldo é considerada a técnica padrão 
ouro, pois fornece resultados quantitativos (Concentração 
Inibitória Mínima - CIM). 
 
Sistemas automatizados 
Os dois sistemas automatizados mais utilizados, no Brasil, 
para a realização dos testes de suscetibilidade são 
o Vitek®, da bioMérieux e o BD PhoenixTM, da BD 
Diagnostic Systems também pode ser encontrado no 
mercado nacional. 
O uso desses instrumentos permite a execução dos testes 
de suscetibilidade com mais rapidez, pois estes aparelhos 
possuem recursos capazes de detectar alterações 
discretas do crescimento bacteriano. Também são 
capazes de realizar simultaneamente a identificação de 
bactérias Gram-positivas ou Gram-negativas e o TSA, por 
meio de painéis ou cartões combinados.

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