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resumo atendimento pré hospitalar

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1 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E 
INTEGRAÇÃO COM O PRONTO 
SOCORRO 
INTRODUÇÀO 
• Início  década de 80, Corpo de Bombeiros  
Rio de Janeiro, seguido de São Paulo 
• Os APHs no Brasil se diferenciavam dependendo da 
influência exercida pela figura do paramédico 
proveniente dos Serviços de Resgate de Bombeiros 
Americanos e dos serviços influenciados pelo Serviço 
de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) 
francês, no qual a presença do médico é obrigatória. 
• SISTEMA DE ATENDIMENTO MEDICO AS 
URGENCIAS – MODELO FRANCES. 
 
 
 
• MODELO AMERICANO = 
 
 
• Os médicos e bombeiros foram treinados nos dois 
modelos de atendimento e iniciaram os serviços de 
APH no Brasil com protocolos próprios baseados nos 
serviços de origem. 
 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR 
• APH = O atendimento que procura chegar 
precocemente à vítima, após ter ocorrido um 
agravo à saúde (de natureza traumática ou não 
traumática ou, ainda, psiquiátrica), que possa 
levar a sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, 
sendo necessário, portanto, prestar-lhe 
atendimento e/ou transporte adequado a um 
serviço de saúde devidamente hierárquico e 
integrado ao Sistema de Saúde (SUS)”. MS. 
Portaria nº 814/GM de 1º de junho de 2001 
• Aquela situação de urgência e/ou emergência, 
que procura atender a vítima nos primeiros 
minutos após ter ocorrido o agravo à saúde e que 
possa levar a deficiência física ou mesmo à 
morte, por intermédio de um atendimento 
adequado, objetivando estabilizar os sinais vitais 
ou realizar outros atendimentos médicos 
necessários. A fim de transportá-la assistida e 
com segurança a um hospital devidamente 
estruturado. Resolução nº 028/97 CFM 
• Em 2002 a portaria n 2.048/GM revogou a 
portaria anterior e criou regras claras p APH no 
brasil, adotando o modelo FRANCÊS. 
 
 
SAMU = SERVICO DE ATENDIMENTO MOVEL DE 
URGENCIA (SAMU/192) É UM PROGRAMA QUE 
PRESTA SOCORRO A POPULACAO EM CASOS DE 
EMERGENCIA. Funciona 24h por dia. 
EQUIPE = Equipes de profissionais de saúde: médicos, 
enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que 
atendem às urgências de natureza traumática, clínica, 
pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental 
da população. 
 
REGULAÇAO MEDICA DAS URGENCIAS E 
EMERGENCIAS = Função da Central Reguladora: 
organizar a relação entre os serviços, qualificando o fluxo 
dos pacientes no sistema, gerando uma porta de 
comunicação aberta ao público, por meio da qual os 
pedidos de socorro são recebidos, avaliados e 
hierarquizados. TEL 192 
REGULADOR  MEDICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicos ; auxiliares de 
regulação medica TARM 
PROF NÃO ORIUNDOS 
DA AREA DA SAÚDE = 
- telefonista ou auxiliar 
de regulacao 
-condutores de 
veículos de urgência 
-radio operador 
-segurancas 
-bombeiros 
 
 
2 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
AÇÕES DA POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS : 
• Organizar o atendimento de urgência nos pronto-
atendimentos, unidades básicas de saúde e nas 
equipes do Programa Saúde da Família; 
• Estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel 
(Samu/192); 
• Reorganizar as grandes urgências e os pronto-
socorros em hospitais; 
• Criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas 
urgências; e 
• Estruturar o atendimento pós-hospitalar. 
 
 
 
REGULAMENTO TECNICO : 
• Atendimento pré-hospitalar fixo – UBS, USF, UPA, 
ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico 
e terapia, unidades não-hospitalares de atendimento 
às urgência e emergência e pelos serviços de 
atendimento pré-hospitalar móvel. 
• Unidades não-hospitalares de atendimento às 
urgências e emergências – médicos e enfermeiros 24 
horas, técnicos/auxiliares de enfermagem. 
• Atendimento Pré-Hospitalar móvel (primário ou 
secundário) – médicos e enfermeiros responsáveis, 
médicos e enfermeiros assistenciais, técnicos e 
auxiliares de enfermagem. 
• Perfil dos profissionais: médico, enfermeiro, técnico e 
auxiliar de enfermagem, telefonista, rádio operador, 
condutor de veículos de urgência, profissionais 
responsáveis pela segurança, bombeiros militares. 
 
FUNÇOES DO MEDICO REGULADOR = 
1. Julgar e decidir sobre a gravidade de um caso que 
lhe está sendo comunicado via rádio ou telefone. 
2. Enviar os recursos necessários ao atendimento. 
3. Monitorar e orientar o atendimento feito por outro 
profissional de saúde habilitado (médico 
intervencionista, enfermeiro, técnico ou auxiliar de 
enfermagem). 
4. Definir e acionar o serviço de destino do paciente, 
informando-o sobre suas condições e previsão de 
chegada. 
5. Julgar a necessidade ou não do envio de meios 
móveis de atenção. 
6. Realizar a gravação das comunicações, o 
preenchimento das fichas médicas de regulação, das 
fichas de atendimento médico e de enfermagem, e o 
seguimento de protocolos institucionais consensuais 
e normatizados que definam os passos e as bases 
para a decisão do regulador. 
7. Estabelecer em protocolo de regulação, os limites do 
telefonista auxiliar de regulação médica. 
8. Definir e pactuar a implantação de protocolos de 
intervenção médica pré-hospitalar. 
9. Monitorar o conjunto das missões de atendimento e 
as demandas pendentes 
10. Registrar os dados das regulações e missões, uma 
vez que os protocolos correspondentes deverão 
estar claramente constituídos e a autorização deverá 
estar assinada na ficha de regulação médica e no 
boletim/ficha de atendimento pré-hospitalar. 
11. .Saber com exatidão as capacidades/habilidades da 
sua equipe. 
12. Submeter-se à capacitação específica e habilitação 
formal para a função de regulador. 
13. Participar de programa de educação continuada. 
14. Manter a ética e o sigilo profissional. 
15. Manter-se nos limites do sigilo e da ética médica ao 
atuar como porta-voz em situações de interesse 
público. 
 
FUNÇÕES GESTORAS DO MÉDICO 
REGULADOR 
• Decidir - recurso mobilizado frente a cada caso. 
• Decidir destino hospitalar ou ambulatorial dos 
pacientes atendidos no pré-hospitar. 
• Decidir - destinos hospitalares, não aceitando a 
inexistência de leitos vagos como argumento para 
não direcionar os pacientes para a melhor hierarquia 
disponível em termos de serviços de urgências. 
• Exercer a autoridade de regulação pública das 
urgências sobre a atenção pré-hospitalar móvel 
privada, sempre que esta necessitar conduzir 
pacientes ao setor público. 
• Contar com acesso às demais centrais do complexo 
regulador, de forma que possa ter as informações 
necessárias e o poder de dirigir os pacientes para os 
locais mais adequados às suas necessidades. 
 
AS ETAPAS DO ATENDIMENTO PRÉ 
HOSPITALAR : 
o Acionamento: chamado telefone – atendimento 
feito pelo técnico de regulação médica (TARM) 
o Regulação: o médico regulador recebe a ligação do 
técnico de regulação médica e inicia o atendimento. 
o Despacho: o médico regulador despacha os 
recursos necessários. 
 
 
3 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
o Atendimento local: ações necessárias para 
estabilização da vítima. 
o Regulação do hospital de referência: o médico 
regulador determina onde a vítima deverá ser 
encaminhada. 
o Transporte: tempo gasto durante o transporte entre 
o local e o hospital. 
o Entrega (delivery): refere-se à passagem do caso 
pela equipe do APH para a equipe da emergência. 
o Recuperação de materiais e limpeza da viatura: a 
equipe de APH precisa se colocar à disposição o 
mais rápido possível e pode depender da liberaçãoda maca e de outros materiais. 
 
 
CLASSIFICACAO DA AMBULANCIA E 
TRIPULACAO NECESSARIA : 
AMBULÂNCIAS 
Tipo A – decúbito horizontal, sem risco de vida, remoções 
simples de caráter eletivo – motorista. 
 Tipo B – Suporte Básico – inter-hospitalar com risco de 
vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de 
pacientes com risco de vida desconhecido, não 
classificado com potencial de necessitar de intervenção 
médica no local e/ou durante transporte até o serviço de 
destino – motorista, técnicos ou auxiliar de enfermagem. 
Tipo C – Resgate – pré-hospitalar de vítimas de acidentes 
ou pacientes em locais de difícil acesso, com 
equipamento de isolamento de salvamento – 3 
profissionais militares, policiais rodoviário, bombeiros, 
sendo um motorista. 
Tipo D – Suporte Avançado – atendimento e transporte 
de alto risco, pré-hospitalar ou inter-hospitalar – 
motorista, enfermeiro, médico. 
Tipo E – Aeronave – inter-hospitalar ou resgate (asa 
rotativa) – considerado suporte avançado. 
 Tipo F – Embarcação – veículo aquático. 
 Outros veículos – suporte básico: condutor, técnico ou 
auxiliar de enfermagem – suporte avançado: condutor, 
médico e enfermeiro. 
MISSAO DO SERVICO PH = assistencia medica – 
trauma, emergências clinicas, obstetricas, psiquiátricas, 
pediátricas. 
 
 
COMPETENCIAS DOS SOCORRISTAS : 
• Avaliar a cena - identificar o mecanismo do trauma; 
• Garantir sua segurança e das vítimas - realizar o 
exame primário - vias aéreas, respiração, circulação 
e estado neurológico; 
• Observar sinais diagnósticos: cor da pele, tamanho 
das pupilas, reação das pupilas à luz, nível de 
consciência, habilidade de se movimentar e reação à 
dor; 
• Verificar os sinais vitais (Pulso e Respiração) e situar 
o estado da vítima na escala de trauma e de coma; 
• Identificar situações de gravidade em que a tentativa 
de estabilização do paciente no local deve ser evitada 
diante a urgência da intervenção hospitalar - ferida 
perfurante de tórax; 
• Colher informações do paciente e da cena do 
acidente; 
• Manter as vias aéreas permeáveis com manobras 
manuais e equipamentos disponíveis no veículo de 
emergência (cânulas orofaríngeas e aspirador); 
• Realizar ventilação artificial – bolsa-valva-máscara; 
intubação orotraqueal. 
• Realizar a circulação artificial - massagem cardíaca; 
• Controlar o sangramento externo - por pressão 
direta, elevação do membro e ponto de pressão - 
utilizando curativos e bandagens; 
• Reconhecer os períodos do parto; 
• Prestar cuidados ao recém-nato; 
• Oferecer o primeiro atendimento às gestantes e às 
crianças traumatizadas; 
• Fazer intervenção em crises e oferecer atendimento 
a pacientes especiais - epiléticos, doentes mentais, 
alcoólatras e suicidas; 
• Evitar o pânico; 
• Não dê qualquer tipo de bebida a vítimas de qualquer 
tipo de acidente. 
 
URGENCIAS COLETIVAS : 
• Funções do socorrista – antes de chamar o 
atendimento especializado: 
• Providenciar comunicação –serviços de saúde, 
defesa civil, bombeiros e polícia; 
• Isolar o local, para proteger vítimas e socorristas; 
• Determinar locais diferentes para a chegada dos 
recursos e saída das vítimas; 
• Retirar as vítimas que estejam em local instável; 
• Determinar as prioridades de atendimento – triagem 
rápida das vítimas; 
• Providenciar o transporte de forma adequada. 
 
 
 
4 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
CATÁSTROFES  é um fenômeno ecológico súbito de 
magnitude suficiente para necessitar de ajuda externa. 
Do ponto de vista médico – catástrofe é aquela situação 
em que as necessidades de cuidados médicos excedem 
os recursos imediatamente disponíveis, havendo 
necessidade de medidas extraordinárias e coordenadas 
para se manter a qualidade básica ou mínima de 
atendimento. 
o NATURAIS 
o PROVOCADAS PELO HOMEM 
 
 
ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS: 
o Eventos súbitos - mais de cinco vítimas. 
o O atendimento a acidentes com múltiplas vítimas é 
um desafio no qual os serviços de atendimentos pré-
hospitalares e os hospitais se deparam com 
frequência. 
 
PRINCIPIOS BASICOS = triagem, tratamento , 
Transporte. 
 
✓ TRIAGEM – realizar uma avaliação sucinta dos 
clientes, a fim de determinar o nível de gravidade 
ou prioridade da assistência. 
Quando os recursos de pessoal e de material forem 
insuficientes frente a um acidente. Ex. acidente com 
ônibus, com várias vítimas. 
OBJETIVO - Avaliar rapidamente todas as vítimas; 
Determinar a prioridade dos cuidados; Dar acesso aos 
cuidados para as vítimas nas quais o estado de saúde 
requer intervenção imediata e rápida; Reduzir os riscos 
de deterioração do estado clínico; Diminuir a ansiedade; 
Diminuir as frustrações e inquietudes da equipe; Reduzir 
o tempo de atendimento; Reduzir os riscos de agressão 
contra a equipe ou outras pessoas no local de 
atendimento; Melhorar o funcionamento do serviço de 
emergência/urgência. 
 
CLASSIFICACAO PARA TRIAGEM – 
Prioridade máxima – COR VERMELHA 
• Clientes recuperáveis; lesões muito graves; risco de 
vida nos primeiros 5-15 minutos. 
• Parada cardíaca/respiratória; 
• Artéria seccionada; 
• Cianose; 
• Convulsões; 
• Dispnéia grave; 
• Ferimento torácico fechado; 
• Ferimentos torácicos e abdominais abertos; 
• Ferimento aberto no olho; 
• Hipotensão grave – choque; 
• Hipertensão grave; 
• Hipotermia < 32º; 
• Inconsciência; 
• Intoxicação medicamentosa severa; 
• Inalação de substâncias tóxicas; 
• Perda de um membro; 
• Politraumatismo; 
• Queimaduras extensas; 
• Queimadura química no olho; 
• Tempo de triagem: 30 a 60 segundos 
 
Prioridade moderada – COR AMARELA 
• Pode aguardar; lesões graves; sem risco de vida nas 
próximas 24 horas. 
• Alteração da consciência, 
• Anomalias do rítmo cardíaco; 
• Agressão sexual; 
• Dificuldade respiratória; 
• Dor nas costas com ou sem suspeita de lesão da 
coluna cervical; 
• Dor abdominal ou dorsal aguda; 
• Dor testicular súbita; 
• Dor torácica no cardiopata; 
• Dor torácica - indivíduo > de 35 anos; 
• Comportamento violento; Confusão súbita; 
• Dores dorsais associadas a sintomas neurológicos; 
 
 
5 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
• Traumatismo no olho; Corpo estranho no olho; 
• Hematúria grave; 
• Traumatismo abdominal; 
• Sangramento vaginal abundante associado à 
gravidez; 
• Hemoptise, hematêmese, melena; 
• Síncope; * parestesia e paresia 
• Tempo de triagem: 2 minutos 
Prioridade mínima – COR VERDE 
• Pode aguardar; lesões leves. 
• Ansiedade; 
• Abscesso; 
• Dispnéia leve; 
• Dor dorsal após traumatismo; 
• Fraturas simples; 
• Hemorragias leves; 
• Luxações; 
• Perda do peso; fraqueza crônica; 
• Cefaléia crônica; 
• Tempo de triagem: até 2 minutos 
 
Prioridade NULA – COR PRETA (morte clinica) = São as 
vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou 
para identificação de cadáveres. 
 
 
EQUIPAMENTOS PARA ATENDIMENTO PRÉ 
HOSPITALAR : 
• Vias aéreas, ventilação e oxigenação: cânulas 
orofaríngeas, cânulas nasofaríngeas, aspiradores de 
secreções. 
• Material para intubação endotraqueal: laringoscópio, 
cânulas de intubação endotraqueal, máscara 
laríngea, combitube, kit de cricotireoidostomia, 
máscara de oxigenação,ressuscitador manual – 
ambu. 
• Administração de oxigênio: cilindros de oxigênio, 
respirador portátil, oxímetro de pulso portátil, 
conjunto para drenagem de tórax; 
 
EQUIPAMENTOS PARA MONITORIZAÇAO E 
TERAPEUTICA CARDIOCIRCULATORIA: 
• Monitor cardíaco• Desfibrilador portátil 
• Monitor eletrônico de múltiplas maneiras 
• Calça antichoque 
• Cateteres de infusão. 
EQUIPAMENTOS DESTINADOS A 
IMOBILIZACAO DE FRATURAS E REMOÇÃO 
: 
• Talas infláveis , Talas maleáveis 
• Tração de fêmur 
• Colete de imobilização dorsal , Colar cervical 
• Imobilizador lateral de cabeça 
• Tábuas de imobilização - prancha longa 
• Cintos de fixação 
• Bandagem triangular 
 
MATERIAL PARA PEQUENA CIRURGIA= Pacote 
contendo: campos duplos, campos simples, cadarços de 
algodão ou clamps para laqueadura umbilical. 
EQUIPAMENTOS DIAGNOSTICOS= Esfigmomanômetro 
e estetoscópio. 
EQUIPAMENTOS DE COMUNICACAO = rádios portáteis 
e telefone. 
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA = Refletores, 
Lanternas, Cordões de isolamento, Extintor de 
incêndio,Capacetes, Óculos de proteção, Luvas 
descartáveis,Máscaras cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO INICIAL AO 
POLITRAUMATIZADO 
 
TRAUMA = É um evento nocivo que advém da liberação 
de formas específicas de energia ou de barreiras físicas 
ao fluxo normal de energia. Qualquer lesão ou 
perturbação produzida no organismo por um agente 
exterior acionado por uma força. TRAUMA É UMA 
DOENÇA. 
Hospedeiro – homem 
Vetor de transmissão – carro, arma de fogo, bicicleta... 
 
Três fatores devem estar presentes e interagir 
simultaneamente para que uma doença ocorra: 
1. energia; 
2. “hospedeiro” no qual o agente possa residir (ser 
humano); 
3. ambiente apropriado no qual o agente e o 
hospedeiro possam interagir. 
 
EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA: 
• Trauma – desafio internacional para os sistemas de 
saúde pública. 
• 2020 - segunda causa externa de morte no mundo 
(OMS). 
• Brasil – importante causa de mortalidade e de 
morbidade. 
• Brasil – primeiro lugar como causa de morte – 5 aos 
40 anos. 
 
TRATAMENTO POLITRAUMATIZADO 
GRAVE : Rápida identificação das lesões e instituição 
de medidas terapêuticas para controlar as condições que 
ameaçam a vida. 
 PRIORIDADES = 
1. avaliação da cena. 
2. reconhecer a existência de incidentes de múltiplas 
vítimas e desastres. Prioridade no desastre - salvar o 
maior número de pacientes. 
3. avaliação sucinta da cena e voltar à atenção para a 
avaliação de cada paciente 
 
AVALIAÇAO INICIAL : 
 
I-PREPARAÇÃO= 
- PRÉ-HOSPITALAR Entrosamento entre a equipe de 
atendimento (SAMU/resgate), UPA e hospital de 
referência. Dar ênfase à via aérea, controle da 
hemorragia externa e do choque, à imobilização do 
doente e ao transporte imediato – centro de trauma. 
- INTRA-HOSPITALAR - Existência de um serviço de 
emergência preparado para o atendimento do 
traumatizado. Equipamentos: laringoscópios, tubos, 
soluções de cristaloides aquecidas, equipamentos de 
monitoração. Convocação de mais médicos S/N. 
II-TRIAGEM: No ambiente pré-hospitalar - classificar as 
vítimas de acordo com o tipo de tratamento e recursos 
disponíveis – baseado nas prioridades – XABCDE. 
Para evitar transferências inadequadas, triar e classificar 
o paciente no local do atendimento: 
A) Múltiplas vítimas - tratar primeiramente aos pacientes 
mais graves quando: o número de vítimas e a 
gravidade das lesões não excederem a capacidade 
de atendimento do hospital. 
B) Vítimas em massa – atender primeiramente aos 
pacientes com maior chance de sobrevida quando o 
número de vítimas e a gravidade das lesões 
excederem a capacidade de atendimento hospitalar 
- envolver um consumo racional de tempo, 
equipamento e pessoal. META SALVAR. 
 
III-AVALIAÇÃO PRIMÁRIA; 
 
X – Hemorragia externas graves= Controle de 
hemorragias que possam levar o paciente a morte no 
momento ou tardiamente pelo distúrbio hemodinâmico. 
A – Vias aéreas com proteção da coluna cervical = 
Obstrução das vias aéreas 
 * Corpos estranhos 
 * Sangue 
 * Secreções 
 * Língua 
 
CONDUTAS PARA A LIBERAÇÃO E MANUTENÇÃO 
DAS VIAS AÉREAS 
• Manobras de Chin Lift (elevação do mento) e Jaw 
Thrust (tração da mandíbula). 
• Colocação da cânula orofaríngea -Guedel - em 
pacientes inconscientes. 
• Aspiração de sangue e secreções com aspirador de 
ponta rígida 
• Estar sempre atento as indicações de intubação 
orotraqueal e providenciar o material adequado. 
 
 
7 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
• Intubação/ECG (Escala de coma de Glasgow) </= a 
8. (oro ou nasotraqueal) 
• Cricotireoidostomia. 
• Uso do colar cervical. 
VIA AÉREA CIRÚRGICA - INDICAÇÕES: 
• Impossibilidade de intubação orotraqueal por: 
• Edema de glote 
• Fratura de laringe 
• Hemorragia copiosa 
• Lesões faciais extensas 
 
 
B – Ventilação/respiração= 
• Verifique se o paciente está respirando. 
• Paciente eupneico – oxigênio úmido – 3 a 5 l/min. 
• Paciente dispneico – oxigenar com máscara à 12 
l/min. 
• Paciente com apneia 
• ou PCR – ventilar com 
• bolsa-válvula-máscara - 
• (ambu). Intubação??? 
Podemos encontrar situações que possam vir a 
comprometer uma adequada ventilação: 
❖ Pneumotórax hipertensivo 
❖ Contusão pulmonar 
❖ Tórax instável 
❖ Pneumotórax aberto 
❖ Hemotórax maciço 
 
 
C – Circulação com controle da hemorragia/perfusão = 
 
• Coloração da pele – acinzentada na face e 
esbranquiçada nas extremidades – sinais evidentes 
de hipovolemia; 
Pele = perfusão adequada – pele rosada; 
Coloracao pálida : perfusão deficiente 
Coloracao azulada (cianose) – oxigenação incompleta. 
Avaliar leito ungueal e das mucosas – lábios, gengivas ou 
extremidades dos dedos. 
• Nível de consciência – alterado – má perfusão 
cerebral; 
• Pulso – pulso central palpável (femoral ou carotídeo) 
– sinal de normovolemia. P. rápido e fino 
(taquisfigmia) = hipovolemia. Avalie a presença, 
qualidade e a regularidade. 
 Taquicardia/Taquisfigmia; 
 Bradicardia/Bradisfigmia; 
 Ritmo irregular. 
• Pressão arterial – hipotensão - hipovolemia 
• Pressão de pulso – convergência entre as pressões 
sistólica e diastólica – hipovolemia; 
• Sudorese. 
TIPOS DE HEMORRAGIA - 
1. Sangramento capilar: escoriações - lesam 
minúsculos capilares abaixo da pele; 
2. Sangramento venoso: camadas mais profundas 
do tecido – controlada por pressão direta; 
3. Sangramento arterial: sangramento de difícil 
controle; caracterizado por sangue vermelho 
vivo que jorra da ferida. 
 
 Metodos de hemostasia - 
• Pressão direta: aplicar pressão no local do 
sangramento – curativo com gaze ou compressa 
e atadura. 
• Torniquetes: usados em hemorragia grave e não 
controladas com pressão direta. 
• Calca pneumática antichoque. 
Temperatura 
 Pele fria – perfusão diminuída. 
 Umidade 
 Pele seca – boa perfusão; 
 Pele úmida – associada a choque e à perfusão 
diminuída. 
Tempo de enchimento capilar= Pressiona-se o leito 
ungueal; 
 >= 2 seg. – perfusão inadequada; 
 
 
D – Disfunção neurológica, estado neurológico = 
Nível de consciência diminuído, alertar para 4 
possibilidades: 
1. Oxigenação cerebral diminuída. 
2. Lesão do sistema nervoso central. 
3. Intoxicação por drogas ou álcool. 
4. Distúrbio metabólico (diabetes, convulsão e 
PCP). 
 
 
8 
 
MARINA MEDINA FERREIRAE – Exposição e ambiente. 
❖ Verificar os segmentos corpóreos: dorso – cuidado – 
COLUNA CERVICAL. 
❖ Prevenir hipotermia – cobertores aquecidos fluídos 
intravenosos aquecidos. 
 
 
 
 IV-Medidas auxiliares à avaliação primária e à 
reanimação; 
❖ Limitada na Cena 
❖ Cateterização urinária e gástrica 
❖ Oximetria de pulso 
❖ Monitoração eletrocardiográfica 
❖ Controle da pressão arterial 
❖ Exame radiográfico e estudos diagnósticos 
(HOSPITAL) 
 
 V-Avaliação secundária e história = É a avaliação da 
cabeça aos pés do doente. Fazer o exame físico primário, 
identificar as lesões de risco e iniciar reanimação antes 
de começar o exame secundário. Exame físico detalhado, 
observando a presença de ferimentos cortantes e 
penetrantes, fraturas, hematomas e qualquer sinal que 
evidencie um TCE ou um trauma fechado de tórax e 
abdome 
HISTÓRICO AMPLA 
1. Alergias 
2. Medicamentos de uso habitual 
3. Passado médico/Prenhez 
4. Líquidos e alimentos ingeridos recentemente 
5. Ambiente e eventos que levaram ao trauma 
 
Ver - Inspeção 
1. Examine a pele; 
2. Atentar para hemorragia externa ou sinais de 
hemorragia interna; 
3. Observe escoriações, queimaduras, contusões, 
hematomas, lacerações e ferimentos, 
penetrantes, edema, deformidade óssea; 
4. Observe se há qualquer coisa que não “pareça 
certa”. 
Ouvir - auscultar 
1. Observe som incomum quando o doente inspira 
ou expira; 
2. Observe som anormal na ausculta do tórax; 
3. Verifique se o murmúrio vesicular é igual e 
normal em ambos os pulmões; 
4. Observe qualquer som incomum (sopros) nos 
vasos, o que pode indicar lesão vascular. 
 
 
 
Sentir – palpação 
1. Mova cuidadosamente cada osso na região = 
crepitação óssea, dor ou movimento incomum. 
2. Palpe com firmeza todas as partes da região. 
Sinais Vitais. 
⇨ Cabeça 
⇨ Pescoço 
⇨ Tórax 
⇨ Abdome 
⇨ Pelve 
⇨ Dorso 
⇨ Extremidades 
⇨ Exame neurológico 
 
 
 VI-Reavaliação e monitoração contínuas após a 
reanimação = O paciente deve ser reavaliado 
continuamente até que se estabeleça o tratamento 
definitivo e assegurar que fatos novos não passem 
despercebidos, e detectados. 
 VII-Transferência = Decisão de transferência – médica. 
 Responsabilidade – toda equipe 
 
 
CONSIDERAR A NECESSIDADE DE 
TRANSFERÊNCIA DO DOENTE: 
Durante a avaliação primária e a fase de reanimação, o 
médico que está atendendo o doente costuma ter 
informações suficientes para estabelecer a necessidade 
de transferência para outra instituição. 
 
PACIENTE TRAUMATIZADO GRAVE : 
 
o Limite sua presença na cena em 10 min., ou menos. 
o Via aérea inadequada; 
o Ventilação comprometida; 
o Hemorragia externa significativa ou suspeita de 
hemorragia interna; 
o Estado neurológico anormal – ECG < 13, convulsão, 
déficit sensitivo motor; 
o Trauma penetrante na cabeça, pescoço ou no 
tronco; 
o Amputação ou quase amputação proximal aos 
dedos; 
o Doença coronariana, DPOC, distúrbio de 
coagulação, idade > 55 anos, hipotermia, 
queimaduras e gravidez 
 
 
 
 
 
9 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
QUEIMADURAS 
Relacionada às agressões por calor, agente elétrico, 
radioativo ou químico, provocando lesões da pele 
com coagulação direta dos tecidos e perda da 
barreira cutânea. 
 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE : 
A pele é uma túnica complexa, que reveste a 
superfície corporal. Um centímetro cúbico de pele 
possui: 
✓ 5 milhões de células; 
✓ 4 metros de nervos; 
✓ 1 metro de vasos sanguíneos; 
✓ 100 glândulas sudoríparas; 
✓ 25 glândulas sebáceas; 
✓ 5 folículos pilosos 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES – 
1. Protecao contra o meio externo 
2. Regulação de liquidos 
3. Termorregulação 
4. Sensibilidade e adaptação metabólica 
 
 
 
MECANISMO DE TRAUMA : 
 Alterações térmicas (calor ou frio); 
 Químicas (ácidos, álcalis ou corrosivos); 
 Elétricas (passagem da corrente elétrica e faísca); 
 Radiação nuclear. 
 
 QUEIMADURA TERMICA 
 Calor – principal fator provocador de lesões. 
 Permanência por tempo prolongado em ambientes 
quentes – queimadura de vias aéreas, inalação de 
fumaça e produtos tóxicos, com asfixia ou 
intoxicação, e a presença de explosão pode levar à 
formação de pneumotórax. 
 Adultos - correlação com lesões profissionais e 
acidentes automobilísticos. 
 Crianças – lesões com líquidos quentes, água quente 
– domicílio, sólidos quentes, ferro de passar roupa e 
tampas de forno, em casos de violência nas 
escaldaduras, imersão em água quente. 
 Idosos - associação com patologias clínicas e 
ortopédicas – dificuldade na mobilidade que podem 
levar ao contato com o fogo. 
 
 
 QUEIMADURA QUIMICA 
• Ácidos e as Bases fortes (ácido sulfúrico, 
clorídrico, soda cáustica, álcool, gasolina, etc.) 
• A lesão tecidual depende: 
• concentração do agente químico; 
• quantidade de substância; 
• modo e duração do contato com a pele; 
• extensão corporal exposta ao agente; 
• mecanismo de ação do produto. 
 Ácidos – necrose por coagulação e formação de 
placas de escara. 
 Álcalis – necrose de liquefação, deixando a área 
exposta e mais acessível a infecções – fica 
aderidos à pele e não sai apenas com a lavagem 
local. 
 Não deve neutralizá-las, pois não se sabe ao certo o 
produto e nem o volume para a neutralização. 
 Queimaduras oculares – lavagem por 20min. – 
SF 0,9% ou água limpa. 
 
 
10 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
RADIACAO NUCLEAR 
 Habitualmente não é visível, pode ser liberada por 
partículas e ondas, se propaga pelo ar e pode afetar 
pessoas muito distantes do local, e pode favorecer a 
formação de diversos tipos de cânceres. 
 Isolar a área – animais, água, alimentos, plantas e 
objetos contaminados podem ser contaminantes. 
 Contactar - CNEN (Comissão Nacional de Energia 
Nuclear e CETESB) - Companhia de Tecnologia de 
Saneamento Ambiental. 
 Tratamento especializado – restrito, difícil, 
prolongado e altamente custoso. 
 Acidente Radioativo Césio 137 – Goiania 13 
Setembro 1987 - Conclusão, 29/09/87 alerta do 
acidente radioativo. Foram 11 mortes, 600 
contamiddos, 100 mil expostos à radiação. 
 
 QUEIMADURA ELÉTRICAS 
 Passagem da corrente: pelo corpo da vítima, 
identificando a lesão de entrada e de saída da 
corrente – lesões ocultas de órgãos. Lesões graves e 
óbito. 
 Lesões musculares, desordens elétrica do miocárdio, 
lesões ósseas e de órgãos vitais, muitas vezes, ocultas. 
 
 
 QUEIMADURA BIOLÓGICAS 
• Animais – Lagarta-de-fogo, Água-viva, Medusa, Sapo 
bufo. 
• Vegetais – o Látex de certas plantas, Urtiga. 
 
 
 
PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA: 
PHTLS traz denominações diferentes da queimadura a 
depender da região. 3 regiões: 
1. zona de coagulação = é o centro da lesão e onde 
ocorre morte tecidual (necrose) 
2. zona de estase = Ao redor da lesão central, é 
encontrado um tecido lesionado, mas não de forma 
irreversível 
3. zona de hiperemia. 
Se for aplicado gelo na queimadura, essa zona 
intermediária ficará sem receber sangue pela 
vasoconstrição, resultando em aumento da lesão de 
coagulação. 
 
 
PRIMEIRO GRAU = 
 Epiderme; 
 Características: Avermelhadas, dolorosas; presença 
de perfusão; discreto ou nenhum edema e seca. 
 Raramente têm significado clínico, com exceção das 
grandes áreas de queimadura solar, em que o 
paciente tem muita dor e risco de desidratação; 
 Fazer hidratação oral. 
 Geralmente não deixam cicatriz 
 
SEGUNDO GRAU: 
 Epidermee partes variadas da derme subjacente; 
 Superficiais ou Profundas; 
 Características: Formam vesículas ou Flictenas 
(bolhas), são dolorosas, hiperemiada, edema, 
folículos Pilosos permanecem intactos; 
 Podem ter bolhas ou áreas sem epiderme com base 
brilhante ou úmida; 
 Cicatrização de 2 a 3 semanas; 
 As lesões profundas exigem correção cirúrgica. 
 
Superficial: 
 Também chamadas de Queimadura de Espessura 
Parcial. 
 Atingem toda a epiderme e parte da derme, 
conservando razoável quantidade de anexos 
cutâneos (folículos pilosos e glândulas sudoríparas). 
Caracterizam pela formação dos flictemas, eritema, 
umidade e dor acentuada. Os flictemas quando 
rompidos deixam a mostra uma superfície rósea. 
Normalmente evoluem para restauração total da pele 
em 14 a 21 dias, com mínima formação cicatricial. 
Exemplo: líquido superaquecio. 
 
 
 
11 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
Profunda: Acometem quase que totalmente a derme; 
Apresentam flictemas que quando rompem deixam à 
mostra uma superfície esbranquiçada com pouco brilho e 
é menos dolorosa. Embora possam evoluir para 
restauração após três semanas, o epitélio neoformado é 
muito friável, apresentando ulcerações recorrentes e forte 
tendência à cicatrização hipertrófica e formação de 
contraturas. 
Exemplo: líquidos superaquecidos, chama direta 
 
 
 
 
TERCEIRO GRAU 
Espessas, secas, esbranquiçadas e com aspecto de 
couro; 
 Casos graves, aparência carbonizada, com 
trombose visível dos vasos sanguíneos, tecido 
enegrecido (carbonizado), aperolado, 
esbranquiçado, seco e endurecido, destruição de 
fibras nervosas. 
 Dor – por ser circundadas por queimaduras de 
segundo grau; 
 Podem ser incapacitantes e ter risco de vida. 
 É necessário fazer a excisão cirúrgica imediata e a 
reabilitação intensiva em um centro especializado 
(UTQ). 
 
 
 
QUARTO GRAU 
Atingem todas as camadas da pele e queimam o tecido 
adiposo, músculos, ossos ou órgãos internos 
subjacentes. 
 
 
REPERCUSSAO HEMODINAMICA: 
Nas áreas queimadas, há um aumento da permeabilidade 
vascular, ocasionada por lesão endotelial direta ou por 
liberação de substâncias vasoativas, com 
extravasamento de plasma para o espaço intersticial. 
Esta perda plasmática ocorre, com grande intensidade, 
nas primeiras oito horas após a queimadura, ocasionando 
a formação de edema, proporcional à intensidade de 
lesão, atingindo o máximo nas primeiras 24-36 horas 
O edema em tecido não lesado é decorrente da 
ação de substâncias vasoativas, comum em 
queimaduras com área superior a 20-30%. 
VOLEMIA – TEMPERATURA  DEB CARDIACO 
VISCOSIDADE SANGUINEA. 
 
TRATAMENTO INICIAL DA QUEIMADURA; 
QUEIMADURA x POLITRAUMA 
 ATEDIMENTO INICIAL - 
 Atendimento ao politraumatizado. 
 Exame primário – ABCDE e reanimação. 
 Atentar às características específicas de cada 
mecanismo de trauma e origem. 
 Avaliar a SCQ 
 
AVALIACAO PRIMARIA 
A – VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA 
CERVICAL 
- As queimaduras que envolvem as vias aéreas são 
graves e podem levar à obstrução das vias aéreas 
superiores (EDEMA). 
- O calor do fogo provoca edema de vias aéreas acima 
das cordas vocais – ocluir. 
- Queimaduras por calor seco – atingem as vias aéreas 
superiores. 
- Queimaduras por vapor aquecido – podem atingir 
vias aéreas inferiores. 
- Sintomas: dispneia, rouquidão, taquipneia e tosse. 
 
 
12 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- As vítimas podem necessitar de intubação 
endotraqueal – difícil e perigosa – profissional 
experiente. 
 
SINAIS DE QUEIMADURA DAS VIAS AÉREAS 
✓ Queimaduras faciais; 
✓ Queimaduras das sobrancelhas e vibrissas nasais; 
✓ Depósito de fuligem na orofaringe; 
✓ Faringe avermelhada e edemaciada; 
✓ Escarro com resíduos carbonáceos; 
✓ História de confinamento em ambiente incendiário 
ou explosão. 
 
 B – RESPIRAÇÃO 
- O comprometimento da ventilação pode estar 
associado ao trauma de tórax - vítima lançada à 
distância - choque elétrico e explosão. 
- As lesões mais comuns são: 
✓ Pneumotórax aberto ou fechado; 
✓ Hemotórax; 
✓ Tamponamento cardíaco. 
✓ Expansibilidade torácica comprometida – por 
queimaduras circunferenciais – fazer escarotomia 
bilateral no nível da linha axilar anterior . 
 
 Níveis de carboxi-hemoglobina, consequências e 
tratamento: 
 HbCO > 10% Cefaleia, náuseas e confusão 
mental 
____________________________________________ 
 40 a 60% Convulsão e coma 
___________________________________________ 
 > 60% Óbito 
____________________________________________ 
TRATAMENTO: O2 a 100% por máscara e em níveis 
mais elevados, oxigenioterapia hiperbárica. Quando IOT, 
VM com PEEP além da fisiológica. 
 
C - CIRCULAÇÃO 
- Verificar PA. 
- Fibrilação ventricular e PCR. 
- O grande queimado perde fluídos através das áreas 
queimadas e edema. 
- Choque hipovolêmico (não hemorrágico) – 
desenvolvimento gradual. Líquido → 3° Espaço 
- Choque precoce – é devido a outras lesões 
associadas com hemorragia (4 a 6 h após a 
queimadura – não atribuir à queimadura). 
 
 Acesso venoso – preferencialmente em membro não 
queimado – iniciada rapidamente – mais de 20% de 
SCQ – 2 acessos venosos com cateter de grosso 
calibre. 
 Cuidados especiais – idosos e crianças ou indivíduos 
com comorbidades – EAP. 
 Solução cristaloide – Expansão Volêmica 
 
 
Ex. Considere que um homem de 70Kg sofreu uma 
queimadura de terceiro grau em 27% da superfície 
corpórea e você chega ao local logo depois da lesão. A 
velocidade de ressuscitação volêmica seria calculada da 
seguinte maneira: 
 
Volume total em 24h: “2 - 4ml x Kg x % SCQ” = 4 x 70 x 
27 = 7.560ml SF ou RL 
 = 7.560 ÷ 2 = 3.780ml 
 
 
Volume adm. Desde a lesão até 8h. 
3.760/8h = 472,5ml/h 
3.760/16h = 236,25ml/h 
 
 
Solução Hipertônica ‘Salgadão’: 
 Está indicado nas Queimaduras Pulmonares, nos 
casos de demora do socorro médico, pacientes já 
chocados, Lesão grave de face, Queimadura 
circular de extremidades e Grandes queimados; 
Solução hipertônica de cloreto de sódio a 7,5%, 
tendo como vantagem a menor necessidade de 
líquidos na ressucitação e, por conseguinte menor 
edema. 
 NaCl 20%------ 35 ml 
 SF 0,9%--------- 65 ml 
 
 Administrar 4 ml/kg em dose única, em 30 
minutos, 
seguida da infusão de RL isotônico. 
 
 
CHOQUE DO QUEIMADO 
O débito urinário deve ser monitorado, sendo o parâmetro 
mais confiável da perfusão tecidual, devendo ser 
introduzido sonda vesical em sistema fechado e medir a 
diurese de horário, desprezando a primeira urina colhida, 
pois pode estar na bexiga antes da queimadura. 
Nos Adultos deve-se manter diurese de 30 a 50 ml/h, e 
em Crianças, 1 ml/Kg/h. 
 
 
FORMULA DE 
PARKLAND 
100ml SOL. Ipertonica 
NaCl 7,5% 
 
 
13 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
D – Estado Neurológico 
- As alterações neurológicas podem ser devidas à 
hipóxia, à intoxicação por monóxido de carbono, 
ou lesões associadas à TCE. 
- Com a passagem da corrente elétrica na região 
da cabeça e cervical poderá ocorrer convulsões, 
fraturas de vértebras pela contração muscular. 
- Imobilização da cervical S/N. 
 
E – EXPOSIÇÃO / AMBIENTE 
- Retirar as roupas para fazer o exame físico; 
- Cuidadoscom hipotermia (Manta Térmica), 
roupas aderidas → Retirar no ambiente 
hospitalar; 
- Retirar adornos; 
- Cuidado com Hipotermia. 
 
 
 
TRATAMENTO INICIAL DA QUEIMADURA 
- Parar o processo de queimadura; 
- Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas; 
- Remover a vítima do ambiente hostil; 
- Remover as roupas que não estejam aderidas ao 
corpo da vítima; 
- Promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de 
roupas ou de substâncias como asfalto que estejam 
aderidos ao corpo do queimado; 
- Retirar das extremidades aneis, pulseiras, relógios ou 
joias antes que o membro edemacie. 
- Acometimento da face – proteger os olhos da vítima 
com gaze limpa umedecida em soro ou água limpa; 
- Proteger as áreas queimadas com pano limpo e 
úmido para aliviar a dor; 
- Se a área afetada envolver mãos ou pés, separar os 
dedos com pequenos rolos de gaze umedecida com 
soro fisiológico antes de cobri-los; 
- Cobrir a vítima com lençol descartável e por cima 
deste colocar o cobertor térmico. 
- Iniciar o mais rápido possível a Hidratação do 
Paciente (Parkland ou Brooke modificada). 
 
 
ReposiçãoVolêmica (Solução Isotônica) 
 Existem várias fórmulas para calcular a quantidade 
de solução cristalóide que deve ser infundido no 
paciente grande queimado durante a fase de 
ressuscitação, a maioria baseada no peso do 
paciente e na superfície corporal queimada, com o 
objetivo de tentar fornecer uma quantidade de líquido 
ideal para a adequada perfusão tissular, sendo as 
mais usadas: 
 Fórmula de Brooke Modificada: vol. de RL = 2-3 ml x 
% de SCQ x peso (kg). 
 SCQ – restrita a 50% 
 Fórmula de Parkland: vol. de RL = 3-4 ml x SCQ x 
peso (kg). 
 
 
ANALGESIA 
 A dor é intensa. 
 Queimaduras de segundo grau – dor intensa. 
 Queimadura de terceiro grau – ausência de dor. 
 Adultos: Deve ser realizada sempre por via EV e 
de preferência usar a Meperidina (2 mg/kg), 
porém deve ser administrada em pequenos 
“bolus”, sob supervisão dos parâmetros vitais; na 
ausência desta, poderá ser usado fentanil ou 
cetamina (1 a 2mg/kg); 
 Nunca administrar medicações IM ou SC 
(choque - vasoconstrição periférica – reverte 
choque, absorção rápida – parada respiratória); 
 Crianças – Dipirona. 
 
 
 
EXAME SECUNDARIO - 
- Avaliação completa da cabeça ao pés; 
- Identificar outras lesões ou condições clínicas; 
- Curativos; 
- Evitar contaminação e fluxo de ar sobre as feridas; 
- Curativos secos esterilizados; 
- Bolhas – romper no hospital 
 
 
CLASSIFICAÇAO 
 
POR GRAVIDADE Sete fatores são usados para se 
determinar a gravidade da queimadura: 
- Profundidade; 
- Extensão (SCQ); 
- Envolvimento de áreas críticas (mãos, pés, face e 
genitália); 
- Idade da vítima (crianças e idosos possuem maior 
risco); 
- Presença de lesão pulmonar por inalação; 
- Presença de lesões associadas (outros 
traumatismos); 
- Doenças preexistentes (diabetes mellitus, 
insuficiência renal, etc). 
 
 
 
 
14 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIMADURAS LEVES: – Sem internação, tratamento 
ambulatórial! 
1º grau: Qualquer Extensão 
2º grau: < 10% SCQ no Adulto 
< 05% SCQ na Criança 
3º grau - < 05% SCQ no Adulto 
< 02% SCQ na Criança 
 
QUEIMADURAS MODERADAS: – Internação 
dependente de outros fatores! 
2º grau: entre 10% e 20% SCQ no Adulto 
entre 05% e 10% SCQ na Criança 
3º grau: entre 05% e 10% SCQ no Adulto 
entre 03% e 05% SCQ na Criança 
 
QUEIMADURAS GRAVES: – Internação UTQ sempre! 
2º grau: > 20% SCQ no adulto 
10% SCQ na criança 
3º grau: > 10% SCQ no adulto 
05% SCQ na criança 
 
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO 
Prioridade a grandes queimados, com área superior a 
20% de superfície queimada 
A internação esta indicada nos seguintes tipos de 
queimaduras: 
➢Lesão de 3º grau atingindo mais de 10% de superfície 
corporal 
queimada no adulto e 5% na criança. 
➢Lesão de 2º grau atingindo área superior a 20% no 
adulto e 
10% na criança. 
➢Queimaduras importantes de face, mãos e pés. 
➢Queimadura de região perineal ou genitália. 
 
 
 
ÁREAS CRÍTICAS: 
- Vias aéreas 
- Mãos 
- Face 
- Pés 
- Genitais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
TRAUMA DE TORAX 
 
 
Resulta de traumas fechados e penetrantes 
15%-20%- toracotomia 
Outros 85%- oxigênio suplementar, suporte 
ventilatório, analgesia e drenagem de tórax. 
 
- 1 em cada quatro mortes consequente de 
trauma. 
- ORGAOS NOBRES = coração, pulmoes, 
estruturas vitais, traqueia, brônquios e 
grandes vasos. 
Lesões torácicas - prejudicam ventilação ou 
oxigenação 
- Hipóxia tecidual (diminuição de O2 ) 
- Hipercarbia (aumento de CO2) 
- Acidose (acúmulo de ácidos e diminuição do 
pH). 
 
 
MECANISMO DE TRAUMA : 
▪ Colisões de veículos 
▪ Quedas 
▪ Lesões por prática de esportes 
▪ Lesões por esmagamento 
▪ Ferimentos por arma branca ou por projétil de arma 
de fogo 
 
TRAUMA PENETRANTE 
 Objetos de tamanhos variáveis penetram o tórax 
 Laceração de órgãos internos 
 Pneumotórax 
 Hemotórax 
 Sangramento no parênquima pulmonar 
 
TRAUMA CONTUSO 
 Transmissão de energia através da parede aos 
órgãos internos 
 Lesão de tecido e vasos sanguíneos pulmonares 
 Contusão pulmonar 
 Pneumotórax 
 Hemotórax 
 Ruptura de grandes vasos- aorta 
 Contusão cardíaca. 
 
 
INSPEÇAO 
 Palidez e sudorese 
 Apreensão 
 Cianose 
 Frequência respiratória- respiração agônica, uso 
de musculatura acessória e batimentos da asa 
do nariz 
 Posição da traqueia 
 Distensão da veia jugular 
 Contusões, abrasões e lacerações. 
 Respiração e expansão torácica 
 Movimento paradoxal da caixa torácica 
 Ferimentos- borbulhamento 
 
 
 
AUSCULTA : 
- Verificar a presença ou ausência de 
murmúrio vesicular. 
- Diminuição ou ausência de murmúrio 
vesicular em um hemitórax- ar ou sangue no 
espaço pleural. 
- Estertores- contusão pulmonar 
- Bulhas abafadas- hemopericárdio 
- Sopro cardíaco- lesão valvar 
 
PALPAÇAO: 
 
- Pescoço e Tórax 
- Pesquisar: pontos dolorosos, crepitação óssea, 
enfisema de subcutâneo e segmento instável da 
parede torácica. 
- A dor pode “imobilizar” o paciente na tentativa 
de limitar a movimentação do tórax. 
OXIMETRIA DE PULSO: 
- Mede a saturação de O2 da hemoglobina 
- Deve ser monitorizada continuamente 
- Detecta alterações nas condições do paciente e 
resposta ao tratamento 
- Deve ser ≥ 94% 
CAPNOGRAFIA EM FORMA DE ONDA – mede 
concentração de dióxido de carbono no gas respirado. 
 
 
 
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES 
ESPECÍFICAS- FRATURAS DE COSTELAS – fraturas de 
1 e 2 ALTO RISCO . Cerca de 5% tem ruptura de aorta 
- Presente em 10% das vítimas de trauma 
- Maior morbidade e mortalidade´- fraturas 
múltiplas, bilaterais, e idade avançada 
- Fratura de costelas 4-8- mais comum 
 
 
16 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- Lesão de músculos, pulmões e vasos 
sanguíneos- extremidades das costelas 
fraturadas 
- Comum contusão pulmonar, pneumotórax e 
hemotórax 
- Fratura de últimas costelas- lesão de figado e 
baço 
- Fratura simples- dor à respiração ou 
movimentação e dificuldade de respirar 
- Palpação cuidadosa revela o local da fratura- 
crepitação 
- Avaliar sinais vitais e amplitude dosmovimentos 
respiratórios 
- Empregar oximetria de pulso 
- Aliviar a dor 
- Reavaliações constantes- deterioração 
respiratória e circulatória 
- Acesso venoso- condições do paciente e tempo 
de transporte 
- Analgésicos intravenosos 
- Evitar imobilizações rígidas da caixa torácica 
 
TORAX INSTAVEL : 
- Impacto no esterno ou na parede lateral do tórax. 
Ocorre quando duas ou mais costelas adjacentes são 
fraturadas em pelo menos dois lugares. O segmento 
ósseo fraturado- perda da estabilidade. 
Respiração paradoxal: segmento instável se movimenta 
para dentro durante a inspiração e para fora na expiração 
Hipóxia e hipercarbia. 
CONSEQUENCIAS: 
1. Diminuição na capacidade vital proporcional ao 
tamanho do segmento instável. 
2. Aumento no trabalho da respiração. 
3. Dor limita capacidade de expansão da caixa 
torácica. 
4. Contusão do pulmão subjacente. 
 
- Dor intensa associada a distress 
- Frequência respiratória elevada 
- Dificuldade de realizar respirações profundas 
- Crepitação óssea e dor à palpação 
- Movimento paradoxal pode ou não ser evidente 
Tratamento 
- Alívio da dor- narcóticos IV 
- Suporte ventilatório 
- Oximetria de pulso 
- Oxigenioterapia-manter sat de O2 ≥ 94% 
- Suporte ventilatório- máscara facial- CPAP 
- Intubação traqueal e ventilação com pressão 
positiva- tempo de transporte prolongado. 
 
 
CONTUSAO PULMONAR: 
- Trauma fechado ou penetrante 
- Acúmulo de sangue e líquido no espaço 
intersticial e alvéolos 
- Prejudica ventilação e trocas gasosas 
- O quadro depende da severidade da contusã. No 
início pode não haver alterações 
- Com o progresso da contusão ocorre aumento 
da FR 
- Podem aparecer estertores sobre a área 
acometida 
Tratamento 
- é dirigido ao suporte ventilatório 
- Avaliação contínua da FR e dos sinais de 
distress respiratório 
- Oximetria de pulso e capnografia contínuos 
- Suporte ventilatório com máscara facial, 
CPAP ou intubação traqueal e ventilação 
mecânica 
- Manter saturação de O2 ≥ 94% 
 
 
17 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- Administração judiciosa de líquidos IV- evitar 
aumento do edema 
- Administrar o suficiente para manter PAS em 
80 mmHg 
 
PNEUMOTÓRAX SIMPLES: 
- Presença de ar no espaço pleural 
- Leva ao colapso do pulmão do mesmo lado 
- Paciente refere dor pleurítica e dificuldade para 
respirar, de leve a severa 
- Pode apresentar insuficiência respiratória 
- O murmúrio vesicular diminuído do lado lesado 
- Administrar oxigênio suplementar 
- Obter acesso venoso 
- Tratar choque se desenvolver 
- Monitorização da oxímetria de pulso e capnografia 
- Transporte rápido para hospital 
- Pode desenvolver pneumotórax hipertensivo 
 
PNEUMOTÓRAX ABERTO: 
- Ferimento penetrante na caixa torácica 
- Comunica o espaço pleural com a atmosfera 
- Mecanismos- explosões, ferimento por arma de fogo 
ou arma branca, empalamentos 
- Quando o paciente inspira o ar entra pela lesão 
- Som audível quando o ar entra e sai da caixa torácica. 
- Orifícios grandes- fluxo de ar preferencialmente pela 
lesão- colapso pulmonar 
- Paciente apresenta insuficiência respiratória 
- Encontra-se ansioso, taquipneico e taquicárdico 
- O exame do tórax revela a lesão que borbulha 
durante a expiração 
- O ar pode entra no espaço pleural pela lesão na caixa 
torácica e pela eventual lesão pulmonar 
Tratamento 
- Oclusão da lesão e administração de O2 suplementar 
- Tradicionalmente tem-se empregado o curativo de 3 
lados 
- Ele previne a entrada de ar na inspiração e permite a 
saída na expiração 
- Evita o desenvolvimento de pneumotórax 
hipertensivo 
- Atualmente- selo valvulado ao invés do curativo de 3 
lados 
Recomendações do PHTL (Prehospital Trauma Life 
Support): 
- Colocar um selo valvulado sobre a lesão 
- Se não disponível- curativo de 3 lados com papel 
laminado ou plástico 
- Se nenhum destes está disponível cobrir com um 
curativo de gaze tipo “petróleum”- não permite 
entrada e saída de ar 
- Se desenvolver insuficiência respiratória-remover 
curativo 
- Persiste IR- toracostomia com agulha 
- Persiste IR- intubação traqueal e ventilação mecânica 
 
 
PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO : 
- Emergência com risco de vida 
- O ar entra continuamente e fica preso no espaço 
pleural 
- Aumento gradual da pressão intratorácica 
- Leva a um desvio do mediastino para o lado 
contralateral 
- Comprometimento da função circulatória 
- Diminuição do DC com alterações da troca gasosa-
choque 
- Acotovelamento da veia cava inferior 
- Qualquer paciente com trauma de tórax é susceptível 
de apresentar um PH 
- Maior risco- pacientes com fratura costal, 
pneumotórax simples e aqueles sob ventilação com 
pressão positiva 
- Quadro clínico depende do volume de gás 
acumulado 
- Dificuldade para respirar e dor torácica 
- Agitação, taquipneia, distress respiratório, cianose e 
apneia 
- Desvio da traquéia para o outro lado 
- Diminuição do murmúrio vesicular 
- Som timpânico a percussão- impossível na cena do 
acidente 
- Distensão jugular e crepitação no tórax 
- Diminuição da pressão de pulso, hipotensão e 
choque 
 
Tratamento : 
- Descompressão do tórax 
- Indicação: 
- Piora do distress respiratório 
- Diminuição ou ausência unilateral do murmúrio 
vesicular 
 
 
18 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- Choque descompensado com PAS < 90 mmHg com 
diminuição da pressão de pulso. 
 
PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO: 
- Se descompressão não disponível- O2 > 85% e 
transporte rápido para o hospital 
- Paciente com curativo oclusivo- retirada temporária e 
repetida 
- Paciente entubado- cuidado com intubação seletiva 
 
Toracostomia com agulho 
- Inserção de agulha no espaço pleural 
- Permite o escape de ar 
- Historicamente- 2º EI com linha hemiclavicular 
- Recentemente- 5º EI na linha axilar anterior 
- Cateter de punção venosa de grosso calibre (10-16)- 
8,5 cm de comprimento 
- Cateter deve ser introduzido até haver fluxo de ar 
- Tirar a agulha e fixar o cateter 
- Transporte rápido para um hospital 
 
HEMOTORAX: 
- Presença de sangue no espaço pleural 
Adulto- espaço pleural pode conter de 2.500mL a 
3.000mL de sangue. 
- Musculatura da caixa torácica 
- Ruptura de vasos intercostais. 
- Ruptura dos grandes vasos. 
- Ruptura do próprio pulmão e seus vasos. 
- Os sintomas estão relacionados com a perda de 
sangue 
- O doente pode estar confuso ou ansioso 
- Sinais: taquipnéia, diminuição do murmúrio vesicular 
e os sinais clínicos de choque 
- Hemopneumotórax 
- Corrigir os problemas ventilatórios e circulatórios 
- Oxigênio em alta concentração 
- Ventilações assistidas (bolsa-máscara) 
- Intubação endotraqueal S/N 
- Reposição volêmica (hipovolemia e choque) 
- Transporte para hospital, para correção cirúrgica 
imediata. 
 
TRAUMA CARDIACO: 
- Contusão cardíaca 
- Ruptura valvar 
- Ruptura cardíaca fechada 
- Trauma torácico fechado grave 
- Tórax atinge o painel ou a direção 
- Coração é comprimido entre o esterno e a coluna. 
- P.A.S. pode chegar a 800 mmHg. 
- Distúrbios no sistema de condução elétrica do 
coração 
- Ruptura valvular 
- Ruptura da parede miocárdica (tamponamento 
cardíaco) 
- “Flail sternum”- fratura de costelas bilateral 
- minuição do débito cardíaco 
- Arritmias 
- O “socorrista” deve alertar o pessoal do hospital 
sobre qualquer sinal clínico. 
- Administração de O2 
- Monitoramento da F.C. 
- Monitorização cardíaca 
- Arritmia- anti-arrítmicos 
Transporte rápido para hospita 
 
 
TAMPONAMENTOPERICARDICO 
- Pericárdio- membrana resistente, fibrosa, flexível e 
inelástica. 
- Hemopericárdio: pode levar ao tamponamento 
cardíaco. 
- Causas: arma branca 
- arma de fogo 
- Sintomas relacionados com lesão de tórax e choque 
associado 
- No adulto- espaço pericárdico pode conter de 200 a 
300 ml de sangue (volume menor pode diminuir o 
débito cardíaco) 
- Aumento de sangue no saco pericárdico – aumento 
da FC- manter o D.C. 
- Atividade elétrica sem pulso 
- TRÍADE DE BECK: 
- Aumento de pressão venosa 
- Choque 
- Abafamento de bulhas cardíacas 
- PULSO PARADOXAL 
- Transporte rápido para o hospital 
- Não perder tempo no local do trauma 
- Choque: infusão intravenosa de solução com 
eletrólitos (durante o transporte) 
- Pericardiocentese por agulha (sala de emergência) 
- Correção cirúrgica 
 
 
19 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- PCR consequente ao trauma do tórax anterior 
- Fibrilação ventricular 
- Tratamento- manobras de RCP 
- Soco precordial 
- Desfibrilação elétrica 
 
RUPTURA TRAUMATICA DA AORTA: 
- Forças de cisalhamento-porção distal do arco aórtico 
- Ruptura após emergência da artéria subclávia 
esquerda 
- Ruptura de toda parede- exsanguinação 
- Ruptura parcial- adventícia preservada-maior 
sobrevida 
- Diagnóstico difícil. 
- Hospital TC, artografia ou eco transesofágico. 
- Informações do local do trauma (importante). 
- 1/3- sem sinais de trauma de tórax. 
- Choque inexplicado (suspeita de ruptura. 
- Pulso MMSS e femoral. 
- O2 suplementar 
- Suporte ventilatório com máscara facial 
- Transporte imediato 
- Comunicar hospital 
 
RUPTURA DE TRAQUEIA/BRONQUIOS 
- Dispneia intensa e tosse com sangue vermelho vivo. 
- Hemorragia intensa- ferimentos penetrantes. 
- Pode haver hemotórax ou pneumotórax. 
- Enfisema de subcutâneo (acima das clavículas para 
pescoço e face). 
- Pneumotórax hipertensivo que pode ser refratário 
(não responsivo) à descompressão 
- A ventilação assistida pode ser muito difícil. 
- Fornecer O2 suplementar 
- Transporte rápido para hospital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO 
 
- LCT leve- GCE- 13-15 
- mod- GCE- 9-12 
- grave- GCE- < 9 
- 80% - lesões leves. 
 
Causas: 
- Colisões automobilísticas 
- Quedas 
- Violências 
- Leões não-intencionais em locais de trabalho 
- Lesões relacionadas aos esportes 
- Acidentes automobilísticos- causa principal entre 5 e 
75 anos 
- Quedas- causa principal até 4 anos e idosos. 
 
Tratamento desafiador 
- Pacientes muitas vezes combativos 
- Manuseio de via aérea difícil- musculatura da 
mandíbula travada e vômitos 
- Presença de choque e outras lesões 
- Intoxicação por álcool e outras drogas 
- Podem ocorrer LCT com evidências mínimas ou 
ausentes de trauma. 
Tratamento pré-hospitalar: 
- Assegurar oferta de O2 
- Identificar pacientes com risco elevado de 
herniação e pressão intracraniana (PIC) elevada 
- Estabelecer condições para recuperação. 
- Fluxo sanguíneo cerebral constante: 
- Pressão de perfusão cerebral adequada 
- Mecanismo de autorregulação cerebral 
Pressão de perfusão cerebral = pressão arterial média - 
pressão intracraniana 
- PAM = 85-95 mmHg 
- PIC (adultos) = 15 mmHg 
- PPC = 70-80 mmHg. 
 
- Fluxo sanguíneo cerebral = pressão de perfusão 
cerebral / resistência vascular cerebral 
Queda do FSC- diminuição da RVC 
PPC abaixo 50 mmHg- mecanismos regulatórios não 
conseguem compensar 
FSC reduzido- aumento da extração de O2 
Queda do FSC- declínio da função neurológica e isquemia 
cerebral. 
 
- Sangramento intracraniano- compressão dos tecidos 
adjacentes e aumento da PIC (efeito de massa) 
- Aumento da PAM para manter PPC 
- Aumento da PAM ou medidas para diminuir PIC 
insuficientes- diminuição do FSC, isquemia e função 
neurológica prejudicada 
- Pacientes com lesão neurológica- PAS > 90 mmHg 
- Compressão dos seios venosos- fraturas de crânio 
com afundamento, hematomas intracranianos, 
trombose seios venosos→ diminuição da drenagem 
venosa e aumento da PIC 
- Compressão da veia jugular- flexão da cabeça e colar 
cervical apertado- diminuição da drenagem venosa. 
- Cérebro é um órgão altamente metabólico 
- Altos requerimentos de O2 
- Hipóxia- vasodilatação para aumentar FSC 
- Ocorre quando PaO2 < 50 mmHg 
- FSC pode aumentar em 400% 
- Hipocapnia- vasoconstrição cerebral 
- Hipercapnia- vasodilatação 
- Hiperventilação- hipocapnia→ vasoconstrição 
cerebral→ ↓PIC- ↓ FSC- isquemia cerebral 
- PaCO2 < 35 mmHg- aumenta risco de isquemia 
cerebral 
- PaCO2 normal- entre 35 e 45 mmHg 
- PaCO2 > 45 mmHg- hipercapnia- vasodilatação 
cerebral e ↑ PIC 
 
FISIOPATOLOGIA 
- Hipocapnia- vasoconstrição cerebral 
- Hipercapnia- vasodilatação 
- Hiperventilação- hipocapnia→ vasoconstrição 
cerebral→ ↓PIC- ↓ FSC- isquemia cerebral 
- PaCO2 < 35 mmHg- aumenta risco de isquemia 
cerebral 
- PaCO2 normal- entre 35 e 45 mmHg 
- PaCO2 > 45 mmHg- hipercapnia- vasodilatação 
cerebral e ↑ PIC. 
 
LESÃO CEREBRAL PRIMÁRIA 
- Trauma direto do encéfalo associado a lesões 
vasculares. 
- Ocorre no momento da agressão. 
- Inclui lacerações, contusões, hemorragias, lesão de 
nervos e vasos sanguíneos. 
LESÃO CEREBRAL SECUNDÁRIA 
- Leões neurológicas que não haviam acontecido na 
lesão primária 
- Processo patológico que ocorrem horas a semanas 
após o insulto 
- Foco primário- identificar e evitar os mecanismos de 
lesão 
- Hipóxia. 
- Hipotensão e FSC inadequado. 
- Mecanismos celulares- insuficiência de energia, 
inflamação e cascatas suicídas. 
 
 
21 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
 
CAUSAS INTRACRANIANAS 
- Efeito de massa e herniação- herniação uncal, do 
cíngulo e da amígdala cerebelar. 
- Isquemia- aumento da PIC. 
- Edema cerebral- lesão de membrana e inflamação. 
- Hematomas intracranianos. 
- Hipertensão intracraniana. 
 
EFEITO DE MASSA E HERNIAÇÕES 
- - Interação entre cérebro, líquido cérebro-espinhal e 
sangue contidos na calota craniana 
- -Doutrina de Monroe-Kellie- soma do volume do 
tecido cerebral, sangue e LCE deve ser constante 
- O aumento de um dos componentes leva a 
diminuição de um ou dos dois outros componentes 
- Lesão com efeito de massa- diminuição do volume do 
LCE e aumento do retorno venoso. 
 
EFEITO DE MASSA E HERNIAÇÕES 
- Acima do limiar – aumento da PIC 
- Herniaçoes – deslocamento do cérebro atraves de 
estruturas fixas. 
- Compressão cerebral e isquemia 
- Síndromes de herniaçao. 
- Hérnias: Uncal (transtentorial), Central, 
- subfalcinaCerebelar- transtentorial , Tonsilar. 
 
SINDROMES DE HERNIAÇÃO 
- Compressão de 3 nervo- dilatação pupilar ipsilateral 
- Compressão do trato motor- hemiparesia 
contralateral e sinal de Babinski 
- Compressão do tronco cerebral- posturas de 
decorticação e descerebração. 
- Compressão do sistema ativador reticular 
ascendente 
- Modos respiratórios anormais ou apneia 
- Respiração de Cheyne-Stokes 
- Hiperventilação neurogênica central 
- Respiração atáxica 
- Aumento da PIC- ativação do sistema nervoso 
autônomo (SNA) 
- Aumento da PAM para manter a PPC 
- Estimulação de barorreceptores- ativação vagal- 
bradicardia- Fenômeno de Cushing- bradicardia, HAS e 
respiração irregular 
CAUSAS INTRACRANIANAS DE LESÃO SECUNDÁRIA 
- Isquemia e herniações 
- Edema cerebral 
- Hematomas intracranianos 
- Obstrução venosa 
- Hipertensão intracraniana 
CAUSAS EXTRACRANIANAS 
- Hipotensão 
- Hipóxia 
- Anemia 
- Hipoglicemia/hiperglicemia 
- Hipocapnia/hipercapnia 
- Convulsões. 
 
HIPOTENSÃO 
- Tempo com PAS < 90 mmHg- preditor de mau 
prognóstico 
- Causa principal- hemorragias 
- Ressuscitação com fluidos e tratamento definitivo 
- Lesão cerebral traumática- declínio do FSC 
- Alterações no mecanismo de autorregulação do FSC 
- Vasodilatação em áreas muito lesadas- desvio do 
sangue de áreas potencialmente salváveis 
- Hiperventilação agressiva 
- Manter PAS > 90 mmHg. 
 
HIPÓXIA E HIPERÓXIA 
- Lesão cerebral irreversível- 4-6 minutos de anóxia 
- Sat de O2 < 90 mmHg- impacto na LCT 
- Grande parte dos pacientes apresentam hipóxia- 
oximetria de pulso 
- Ventilação e fluxo sanguíneo adequados são críticos 
- Hiperóxia- lesão cerebral, pulmões, coração e olhos? 
- Manter PaO2 entre 100-200 mmHg 
 
ANEMIA 
- Transporte de O2- crítico na LCT 
- 50% de queda na hemoglobina- impacto profundo no 
transporte de O2 para o cérebro 
HIPOCAPNIA E HIPERCAPNIA 
- Ambas podem piorar a LCT 
- Hipocapnia leva a vasoconstrição cerebral- diminui o 
FSC e oferta de O2 
- Hipercapnia pode resultar de hipoventilação- 
intoxicação por drogas e álcool 
- Leva a vasodilatação cerebral e aumento da PIC 
 
HIPOGLICEMIA E HIPERGLICEMIA 
- - Após LCT- aumento precoce no consumo de 
glicose 
- Posteriormente- diminuição prolongada do consumo 
de glicose 
- Depressão do consumo de glicose é maior em 
pacientes com LCT mais grave 
- Ambas hiperglicemia e hipoglicemia são associadas 
a pior prognóstico 
- Dosar glicemia em todos pacientes com alteração do 
nível de consciência. 
 
 
22 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
 
CONVULSÕES 
- Pacientes com LCT- risco aumentado de convulsões 
- Pode ser induzida por hipóxia, hipoglicemia e 
alterações eletrolíticas 
- Cérebro isquêmico ou com lesão cerebral- estado de 
mal epiléptico 
- Convulsões- agravam hipóxia 
- Depleção de O2 e glicose 
 
OBSTRUCAO VENOSA 
- Obstrução extracraniana- aumento da PIC 
- Posição da cabeça- flexão ou flexão e rotação 
comprimem a veia jugular 
- Colar cervical muito apertado- ↑ PIC de 4-14,5 mmHg 
- Manter cabeça na posição neutra e evitar colar 
apertado 
 
CONDIÇOES ESPECIFICAS DE TRAUMA DE 
CRANIO 
 
Lesoes de escalpe 
- Escalpe é composto de múltiplas camadas de tecido 
- É ricamente vascularizado 
- Hemorragias podem levar a exsanguinação 
- Comum em colisão contra o para-brisas e pessoas 
com cabelo longo preso em máquinas. 
 
 
Fraturas de Cranio 
- Resultam de traumas fechados e penetrantes 
- Fratura linear de pouca significância por si próprio 
- Aumentam o risco de hematoma intracraniano 
- Fratura com afundamento- intervenção 
neurocirúrgica 
- Fratura aberta- risco de meningite. 
- Fratura de base do crânio 
- Drenagem de LCR pelo nariz ou ouvidos- 12% a 30% 
- Equimose periorbital (sinal de guaxinin), 
- Equimose retroauricular (sinal de Battle). 
 
CONCUSSAO CEREBRAL 
- Alterações neurológicas transitórias: 
- perda da consciência- não necessária 
- Amnésia retrógrada e anterógrada. 
- Olhar fixo, confusão, desorientação, fala arrastada e 
incoerente, falta de coordenação, alterações 
emocionais 
- Cefaléia severa, tonturas, náuseas, vômitos 
- Devem ser transportados ao hospital 
- CT de crânio- sem alterações 
- Encefalopatia traumática crônica 
 
HEMATOMA INTRACRANIANO 
- Divididos em 3 tipos: epidural, subdural e 
intracerebral. 
- Diagnóstico no ambiente pré-hospitalar é quase 
impossível. 
- Feito no hospital através da TC de crânio 
- Podem produzir rápido aumento da PIC. 
 
HEMATOMA EPIDURAL 
- 2% das LCTs que requerem hospitalização. 
- Mortalidade- 20%. 
- Fratura do osso temporal- lesão da artéria 
meníngea média. 
- Formato de lente 
- História clássica- período curto de perda da 
consciência, intervalo lúcido e rebaixamento do 
nível de consciência. 
- Pupila dilatada com reflexo lento do mesmo lado 
do impacto. 
- Hemiparesia ou hemiplegia do lado oposto. 
- Mortalidade geral- 20% 
- Tratamento cirúrgico rápido- prognóstico 
excelente- mortalidade de 2%. 
HEMATOMA SUBDURAL 
- - 30% dos traumas de crânio graves. 
- Sangramento venoso. 
- Sangue no espaço subdural- entre a dura-máter e 
aracnóide. 
- Rompimento das veias-ponte- trauma craniano 
violento. 
- Pode apresentar de 2 modos: 
- Trauma significante- ruptura das veias-ponte e 
sangramento rápido para o espaço subdural 
- Lesão expansiva com efeito de massa 
- Lesão concomitante do parênquima cerebral 
subjacente 
- Depressão aguda do estado mental 
- Transporte rápido para o hospital- cirurgia 
- Pacientes idosos ou debilitados 
- Apresentam atrofia cerebral 
- Acumulo de sangue sem efeito de massa- 
assintomático 
- Ocorrem por quedas ou outros traumas menores 
- Muitos não apresentam história de trauma. 
- Alguns pacientes com sangramentos repetidos 
- Efeito de massa gradual 
- Apresentação menos dramática 
- Cefaleia, alterações visuais, alterações de 
personalidade e da fala, hemiparesia e hemiplegia 
- Pacientes em uso de anticoagulantes- apresentação 
mais rápida. 
 
 
23 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
 
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE 
- Sangramento abaixo da membrana aracnoide 
- A camada de sangue é usualmente delgada- não 
possui efeito de massa 
- Paciente queixa de cefaleia, náuseas, vômitos e 
tonturas 
- Sinais meníngeos- rigidez de nuca 
- Geralmente não requer cirurgia de descompressão 
- Maior risco de contusão cerebral 
 
CONTUSÃO CEREBRAL: 
- Comum em pacientes com traumas graves e 
moderados 
- Pode ser acompanhada por hematomas 
intracerebrais 
- Traumas fechados- lesões múltiplas 
- Lesão por contra-golpe- longe do local do impacto 
- Podem levar a depressão do nível de consciência 
 
TRAUMA DE CRANIO PENETRANTE: 
- Lesão neurológica desvastadora 
- Lesão tecidual direta 
- Lesão por arma de fogo- energia associada com o 
projétil (cavitação) 
- Projetil que cruza a linha média- prognóstico ruim 
- Alto incidência de infecção 
 
 
TRATAMENTO: 
- Intervenções que obedecem uma sequência. 
- Priorizar o tratamento de lesões que comprometem a 
vida. 
- Imobilizar rapidamente e transportar para hospital 
mais próximo com recursos para atender casos com 
LCT. 
 
HEMORRAGIA COM EXANGUINAÇÃO: 
- Controle de hemorragias é essencial 
- Compressão direta ou bandagem de hemorragias 
externas 
- Lesões complexas de escalpe podem levar a perdas 
grandes de sangue 
- Podem ser controladas com chumaços de gazes 
- Compressão da vasculatura dos bordos da lesão. 
- Não fazer compressão direta sobre afundamento de 
crânio 
- Hemorragia de artéria carótida ou veia jugular- 
compressão direta 
- Imobilização em prancha rígida 
 
 
 
VIAS AÉREAS: 
- Ruídos ventilatórios indicam obstrução parcial. 
- Vômito, sangramento e edema decorrente de trauma 
facial comprometem a via aérea. 
- Hematomas no assoalho da boca ou palato mole- 
obstrução de via aérea 
- Promover abertura manual- manobra de tração da 
mandíbula 
- Promover aspiração de secreções e sangue 
- Intubação traqueal ou dispositivos supra-glóticos 
podem ser necessários 
- Pacientes com fraturas de face e laríngea ou traumas 
de pescoço assumem posição que mantem aberta a 
viaaérea 
- Ventilação transtraqueal, cricotiroidostomia por 
agulha ou cirúrgica quando não se consegue intubar 
- Pacientes com pontuação na escala de Glasgow ≤ 8- 
intubação traqueal 
- Cuidado- intubação prolongada pode ser prejudicial 
- Levar em consideração tempo de transporte e 
experiência em intubação 
- Manter Sat de O2 > 90% 
- O uso de bloqueadores neuromusculares pode 
facilitar a intubação. 
 
RESPIRAÇÃO: 
- Todos pacientes com LCT devem receber O2 
suplementar 
- Utilizar oximetria de pulso 
- Manter sat de O2 maior que 90-94% 
- Ventilação com pressão positiva pode ser necessária 
- Tratar complicações como pneumotórax hipertensivo 
ou aspiração 
- Evitar hipocapnia e hipercapnia 
- Medida do CO2 no ar expirado (ETCO2) pode ser 
empregada 
- Hiperventilação pode ser empregada em 
determinadas circunstancias 
- Observar frequência respiratória, profundidade e 
eficiência da respiração. 
- Observar padrões anormais. 
- Considerar lesões torácicas. 
 
CIRCULAÇAO : 
- Perda de sangue e hipotensão- causas importantes 
de lesão cerebral secondária 
- Combinação de hipóxia e hipotensão associada com 
alta mortalidade 
- Transporte para o hospital é prioritário 
- Choque hipovolêmico ou neurogênico- ressuscitação 
com cristaloides 
 
 
24 
 
MARINA MEDINA FERREIRA 
- Manter PAS > 90 mmHG 
- Adultos com LCT com sinais vitais normais- infundir 
não mais que 125 ml/hora de fluidos 
AVALIACAO NEUROLOGICA: 
- Avaliação do nível de consciência- Escala de 
Glasgow 
- Convulsões- benzodiazepínico 
- Imobilização da coluna cervical 
- O uso de colar cervical não é mandatória se a cabeça 
e pescoço estiverem imobilizados 
- Pupilas- simetria e resposta ao estímulo luminoso. 
- Diferença > 1 mm anormal. 
- LCT moderada a grave- serviço hospitalar com 
recursos de tomografia computatorizada e 
neurocirurgia. 
- FC, PA, SaO2 e Escala de Glasgow reavaliados e 
anotados a cada 5 ou 10 min. 
- Transporte em posição supina. 
- Comunicar o hospital de destino. 
-

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