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AULAS 46 47 E 48 FILOSOFIA E ÉTICA 2020 1 PDF

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FILOSOFIA E ÉTICA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 1 
 
 
 
3.6.3 A Exclusão e a Pobreza no mundo 
 
Vimos que a questão da pobreza é hoje uma das principais mutilações sociais 
no mundo. Um aspecto que constrange e envergonha cada cidadão e seus dirigen-
tes. Sob o foco da ética é um problema que deve abarcar toda nossa atenção e em-
penho para minimizá-lo. 
A presença constante, próxima e crescente dessa massa de pobres, que che-
gam a dois terços da população do terceiro Mundo, incomoda e constrange por vá-
rios motivos: 
 
1. Demonstra a ineficiência da administração do Es-
tado, do qual se espera medidas racionais; 
 
 
2. Parece crescer a quantidade de pessoas excluídas 
do contingente de consumidores nacionais; 
 
 
3. É temido que essa população crescente se organi-
ze e aja politicamente contra um sistema que os 
marginaliza; 
A percepção de incompetência, do sistema econômico e político, se somam 
ao desconforto de saber que, nos grandes cen-
tros, milhares de pessoas não se encontram sob 
a vigilância das instituições sociais, vivem como 
podem, à deriva e à revelia dos planejamentos 
oficiais. 
Cria-se, em relação a essa população, um 
sentimento de desconfiança e de insegurança, já 
que há uma relação entre o crescimento dessa 
Aula 46 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
FILOSOFIA E ÉTICA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 2 
população e o aumento da criminalidade nos grandes centros urbanos. Evidenciado 
tanto na mídia como nos estudos de caráter científico, o perfil social, dos criminosos, 
ajudam a reforçar essa associação entre pobreza e criminalidade. 
Os autores dos crimes, oficialmente denunciados, são geralmente analfabe-
tos, trabalhadores braçais e predominantemente de cor negra. Entretanto, sociólo-
gos mais cuidadosos têm estabelecido outras rela-
ções, como o cientista social brasileiro Paulo Sér-
gio Pinheiro, diz que contra a população pobre e 
estigmatizada, a prática policial preconceituosa, 
somada à desproteção das classes subalternas, 
torna a relação entre pobreza e criminalidade que 
já era esperado (profetizado). Acabando por formar 
um círculo vicioso onde, o indivíduo, para ter traba-
lho, precisa ter domicílio, registro, carteira profissi-
onal e uma situação civil legal. Podem, classes 
subalternas, atender tais exigências? Não podem, 
ficam impossibilitados de trabalhar por não cumprir 
tais exigências, passando a engrossar as fileiras de marginalizados que vivem sob 
constante vigilância policial. 
As estatísticas demonstram que o desenvol-
vimento econômico tem aumentado a pobreza e a 
desigualdade social, evidenciando a incompetência 
do Estado, no combate à pobreza, quando toma só 
medidas públicas de policiamento, vigilância e vio-
lência do que de resolução do problema. E com a 
globalização dos meios de comunicação, a pobreza, 
dos países em desenvolvimento, são transformadas 
em manchete internacional. 
 
 
 
 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
FILOSOFIA E ÉTICA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 3 
 
 
 
3.6.4 A caracterização da Pobreza no mundo 
 
A pobreza é estigmatizada, seja pelo caráter de 
denúncia da falência da sociedade e do Estado em 
relação às suas funções junto à população, seja pelo 
contraste com a abundância de produtos, seja pelo 
perigo iminente de convulsão social. A violência e a 
agressividade criam um clima de guerra civil nas gran-
des cidades, onde os índices de criminalidade são 
alarmantes. 
Medo e insegurança associado ao preconceito e 
discriminação contra as camadas pobres, generaliza 
medidas arbitrárias de violência e brutalidade, chaci-
nas, linchamentos e assassinatos. Medidas arbitrárias que não resolvem o proble-
ma. 
“A desigualdade faz com que os pobres e marginalizados tenham menos 
oportunidades de sair da pobreza”, disse Máximo Torero Cullen, vice-diretor-geral do 
departamento de desenvolvimento econômico e social da Organização das Nações 
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), du-
rante o debate de avaliação. Em sua opinião, a 
fome e a pobreza não podem ser erradicadas se 
não forem tomadas medidas para abordar o ODS 
10 – reduzir a desigualdade nos países e entre 
eles–, cuja primeira meta é “alcançar progressiva-
mente e manter o crescimento da renda dos 40% 
mais pobres da população a uma taxa superior à 
média nacional”. 
Estudos procuram caracterizar de maneira científica a pobreza, buscando 
causas, denunciando responsáveis, procurando tratá-la como um fenômeno dissoci-
Aula 47 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
https://brasil.elpais.com/tag/marginados
https://brasil.elpais.com/tag/hambre
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
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ado da sociedade. Chegou-se a falar em "cultura da pobreza”. Realmente, os excluí-
dos dos benefícios da civilização tecnológica acabam por criar mecanismos próprios 
de sociabilidade. Sua estratégia de defesa e sobrevivência já que a pobreza é cons-
tantemente afastada e excluída do convívio social, eximindo-se de responsabilidade 
os que com ela se relacionam direta ou indiretamente. Estudos teóricos refletem es-
sa política de exclusão, ao analisar a pobreza como um fenômeno em si mesmo. Se 
essa população não participa dos benefícios dos “privilegiados” e não consome os 
bens produzidos, certamente algum segmento o faz por ele. 
Análises econômicas preocupadas com o desenvolvimento do mercado, ele-
mento fundamental e necessário ao desenvolvimento das nações, têm procurado 
alertar que a população carente representa uma fragilidade e uma ameaça à estrutu-
ra social como um todo. Esses excluídos representam um desperdício de recursos 
humanos e uma disfunção do sistema econômico. 
Em busca de estatísticas mais detalhadas e úteis para o propósito de reduzir 
a pobreza “sem deixar ninguém para trás”, conforme proclama a agenda de desen-
volvimento sustentável, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
(PNUD) e a Iniciativa sobre Pobreza e Desenvolvimento Humano de Oxford (OPHI 
na sigla em inglês) elaboram anualmente o Índice Global de Pobreza Multidimensio-
nal. A edição de 2019, publicada recentemente, lembra que existe 1,3 bilhão de pes-
soas multidimensionalmente pobres nos 101 países de renda baixa e média que o 
estudo analisa, ou seja, que sofrem várias carências de uma lista de 10 relacionadas 
à saúde, educação e qualidade de vida. São quase o dobro dos 736 milhões daque-
les considerados extremamente pobres, que vivem com menos de 1,90 dólar (cerca 
de 7,07 reais) por dia. 
Apesar da pior situação dos países menos 
desenvolvidos, a maioria na África, os países de 
renda média não estão isentos desse problema. 
De fato, dois terços dos pobres (886 milhões) 
vivem neles, de acordo com esse índice. 
 
 
 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
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3.6.5 A pobreza e a estrutura do Estado 
 
O distanciamento, social e ideológico, a alienação, a discriminação e a estig-
matização, que recaem sobre a pobreza, não ajudam a encontrar soluções para o 
problema nem evitam que as desigualdades sociais aumentem. 
Precisamos entender que o desem-
prego não é condição de quem não quer 
ou não está apto ao trabalho, mas resulta-
do de uma inelasticidade na oferta de em-
prego. Os sem qualificação, sem emprego, 
sem assistência são operários virtuais, 
recrutáveis a qualquer momento, um redu-
to de mão-de-obra barata que anseia por 
uma situação regular. O que Karl Marx 
conceituou de "exércitoindustrial de re-
serva". Só que com a robotização da indústria, que coloca em disponibilidade mas-
sas de trabalhadores, e com a exigência cada vez maior de trabalhadores qualifica-
dos, o conceito de exército de reserva precisa ser reavaliado. Por quê? 
 
1. O desemprego cresce em número e em diferentes 
parcelas da população, agora chamado desemprego 
estrutural. 
 
2. A tecnologia de vanguarda torna a população margi-
nalizada inaproveitável na indústria. 
 
3. Abre-se, nos países mais ricos, uma tendência de 
permanente diminuição da jornada de trabalho na 
indústria. Novas relações e novos conceitos de traba-
lho emergem no mundo: terceirização, trabalho au-
tônomo, desemprego, subemprego, emprego tempo-
rário. 
Aula 48 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
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Não podemos esquecer o dumping so-
cial, um dos principais problemas da competi-
ção internacional onde alguns buscam preços 
competitivos no mercado à custa de explora-
ção de crianças e adolescentes, onde propicia 
uma competição internacional injusta e cria 
uma crise no sistema produtivo aumentando a 
quantidade de produtos e diminuindo, perver-
samente, a capacidade de consumo de um 
número cada vez mais crescente de pessoas. 
A pobreza é complexa, difícil, pública, patente, estigmatizada e incômoda, ela 
aflige, envergonha e exclui. É um fenômeno constante e assustador, que exige me-
didas conscientes e responsáveis. Os esforços serão conjuntos, envolvendo políti-
cas estatais (os Bancos do Povo e a criação de Organizações Não-
Governamentais), onde deverão desenvolver projetos de assistência social, alfabeti-
zação e capacitação para o trabalho, programas comunitaristas, na tentativa de en-
volver a sociedade em atividades de ajuda à população carente. 
A economia tende a crescer e a se desenvolver, a jornada de trabalho e o 
número de empregados tende a diminuir, restando no futuro, pessoas e tempo, que 
poderão se envolver em atividades de ajuda à população carente, onde o sistema 
político vai favorecer uma integração maior da população em geral à sociedade co-
mo forma mais eficiente de combate à pobreza. 
É inconcebível que, depois de séculos de individualismo onde o homem bus-
cou entender, criticar e participar da vida social e do desenvolvimento de instituições 
democráticas, como cidadão, sendo-lhe permitida a atuação política, que ele ainda 
seja considerado vítima da história e dos sistemas sociais. 
 
A seguir iremos refletir sobre algumas questões e 
exercitar o nosso aprendizado. Reflita sobre as 
proposições buscando relacionar os aspectos 
enumerados acima. Lembre-se que iremos adiante 
comentar estas questões para sanar suas dúvidas. 
 
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1- A percepção de incompetência, do sistema econômico e político, se somam ao 
desconforto de saber que, nos grandes centros, milhares de pessoas não se en-
contram sob a vigilância das instituições sociais, vivem como podem, à deriva e à 
revelia dos planejamentos oficiais. 
A consideração acima revela uma fragilidade do sistema político, amplia a exclu-
são e demonstra a incapacidade de direcionar suas ações ao contingente dessa 
população. Além disso, esta realidade: assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Cria, em relação a essa população, um sentimento de desconfiança e de inse-
gurança. 
b) Apresenta o crescimento dessa população e o aumento da criminalidade nos 
grandes centros urbanos. 
c) Reforça a associação entre pobreza e criminalidade. 
d) Demonstra o esforço do Estado em garantir aos indivíduos de qualquer nature-
za a segurança e a acessibilidade. 
 
 
2- Precisamos entender que o desemprego não é condição de quem não quer ou 
não está apto ao trabalho, mas resultado de uma inelasticidade na oferta de em-
prego. Os sem qualificação, sem emprego, sem assistência são operários virtuais, 
recrutáveis a qualquer momento, um reduto de mão de obra barata que anseia 
por uma situação regular. 
Esta consideração revela uma condição do trabalhador na sociedade que foi clas-
sificada por: assinale a alternativa CORRETA. 
a) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo filósofo Karl Marx. 
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b) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo sociólogo Paulo Sérgio Pinhei-
ro. 
c) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo geógrafo Milton Santos. 
d) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo sociólogo Renato Ortiz. 
 
3- Outro problema grave atual consiste na competição internacional onde algumas 
corporações buscam preços competitivos no mercado à custa de exploração de 
crianças e adolescentes, que propicia uma competição internacional injusta e cria 
uma crise no sistema produtivo aumentando a quantidade de produtos e dimi-
nuindo, perversamente, a capacidade de consumo de um número cada vez mais 
crescente de pessoas. 
A consideração acima revela uma realidade atual vinculada ao processo de Glo-
balização. Assinale a alternativa que não está relacionada a esse contexto globa-
lizado. 
a) As grandes empresas (corporações) expandem suas atividades para países do 
terceiro mundo em busca de mão-de-obra barata. 
b) O trabalho infanto-juvenil é uma realidade da exploração econômica realizada 
pelas grandes empresas mundiais. 
c) A expansão das grandes corporações nos países subdesenvolvidos tem contri-
buído para a transformação das realidades locais já que estas corporações ge-
ralmente têm ações de natureza social. 
d) A ampliação da jornada de trabalho nos países do terceiro mundo e o paga-
mento de salários irrisórios aos trabalhadores é uma prática atual das grandes 
corporações. 
 
 
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